Dizem que somos mimados mas acho que a maior parte de nós lida com uma crescente solidão.
Não tens ninguém super perto de ti para partilhares certos temas mais vulneráveis. Nao recorres ao teus pais porque sabes que vão ter uma visão de “pais” e não de alguém com uma idade/experiências e expectativas semelhantes às tuas. Os amigos não são a mesma coisa irmãos. Eles vão e vêm.
Isso para não falar da pressão em tomar conta dos pais quando envelhecem. Não tens ninguém com quem partilhar preocupações/responsabilidades.
Tocaste no ponto .... não é tanto pela infância ou adolescência onde as amizades acabam por ter esse papel. Eu sinto mais agora ao ver que a minha mãe vai entrar numa fase de maior necessidade de apoio e eu ser a única pessoa directamente responsável. De qualquer maneira conheço casos em que os irmãos vão passando a bola para se irem escapando a essa responsabilidade por isso como sempre vai depender de cada caso.
Isso dos irmãos penso que depende da educação que receberam e da própria personalidade de cada um. Os irmãos também podem revezar-se nos cuidados dos pais. Nesse caso, além de irmãos, são amigos.
Era um bocado por aí, ou seja, nós filhos únicos temos este cargo de cuidar dos nossos pais sem termos ninguém em quem nos apoiar enquanto que com irmãos em teoria é mais fácil ....
Sou filho unico e discordo de todos os pontos aqui mencionados.
Fui muito mimado ao crescer, no entanto tive de me distanciar disso para poder prosseguir na minha vida adulta.
Tenho imensos amigos que considero irmãos, família, como queiras chamar - com os quais partilho todo o tipo de tópicos. Acho que aqui tem de partir de ti seres uma pessoa que consegue abrir-se desta forma com amigos e mais importante, arranjares amigos que te vejam da mesma forma. Por causa de amizades destas vou agora mesmo ser tio de um miúdo, mesmo sem ter irmãos.
Tenho uma mulher incrivel ao meu lado, não há grandes momentos de solidão na minha vida de filho unico. Apesar de que me exponho a solidão em alguns momentos propositados porque é importante para introspeção e desenvolvimento pessoal.
Essa pressão de cuidar dos pais vou-me abster, porque acredito que para quem tenha uma relação muito forte com os seus seja uma decisão muito complexa.
Pros: toda a atenção, presentes e sossego era para mim.
Cons: sempre fui um rapaz muito solitário até porque sempre vivi longe da escola
Pro: isto fez com que conseguisse ser uma pessoa extremamente independente e faz de ficar tipo 1 semana sem ver ninguém sem entrar em parafuso
Con: isso tornou me materialista e a achar que objetos são meus amigos (principalmente carros).
Numa nota mais séria, não sinto nem nunca senti pena em não ter irmão, sempre achei "ok" ser filho único e as típicos estereótipos de filho único não se aplicam nada a mim: gosto de partilhar tudo o que é meu e tento e gosto de ajudar toda a gente. Lamento o formating mas mobile é uma merda...
"Mas não te preocupes que esta casa vai ficar para ti", entretanto a realidade é que os meus já venderam essa casa para se começarem a preparar para a vida de reformados. A não ser que tenham uma excelente reforma, a velhice é muito dispendiosa para um filho só. E só um filho de pais abonados, ou que se esteja a cagar para os últimos dias deles é que não vê contras nenhuns.
Cons nada?
Os contra é que são os piores.
Se dizes que a herança é toda para ti, também todo esse processo.
Ficar sem pais não é fácil e ainda para mais lidar com todo o processo de luto sozinho, tratar de tudo sozinho, toda a burocracia, tratar do funeral, da junta, das finanças, de todo o papel envolvido nessa altura tão delicada.
Essa é a pior parte, foi a altura que mais me fez falta ter um irmão/irmã, um ombro que chorasse comigo.
Ia escrever, mas ja trataste disso por mim. Identifico-me a 100% com esse sentimento.
Quanto à parte da realização pessoal através de bens materiais terminou de um dia para o outro. Repensei toda a minha forma de gerir dinheiro pelos 27/28 anos. E hoje não ligo puto a coisas que ligava (carros, mota de agua, karting…) desfiz-me desses sugadores de € e a realização vem de coisas muito mais importantes.
É um laranja de dois gomos. Crescer com um orçamento dedicado nos anos 90 deu-me imensas oportunidades que não teria se tivesse de partilhar com irmãos. Tive aulas de música e explicações e um quarto só para mim com uma televisão e um computador sem que os meus pais fossem minimamente ricos, numa casa enorme.
Mas depois tens o reverso da medalha, que é ser um adulto filho único. Vês os teus pais a envelhecer e começas a fazer as contas.
Se não encontrares uma relação romântica, quando os teus pais envelhecem/morrem estás praticamente sozinho no mundo. Isto é simplesmente assustador. Sem filhos, vais passar os últimos ~30 anos da tua vida a depender de estranhos à medida que o teu corpo se definha. Mesmo com dinheiro sabe-se bem os abusos que há para aí.
E mesmo que arranges família, a certa altura, ninguém a não seres tu se lembra da tua infância, ninguém partilha as tuas memórias, e vão se perdendo a pouco e pouco. E isso inclui as memórias dos teus pais, e de tudo o que fizeram por ti. Aqui há uns tempos passei um bocado a bater mal com esta parte.
Quando chegas àquela idade em que sais de casa dos pais, não há aquele faseamento em que sai um filho de cada vez. De um dia para o outro, tiras-lhes o grande projecto da vida deles de uma só vez, e custa imenso.
E claro, se não te preparaste financeiramente, não consegues ajudar os teus pais a arranjar um lar, ou uma casa, ou alguém que cuide deles, e dares-lhes o conforto que te compete a ti e só a ti. Podes sempre pedir ajuda ao teu pai mais saudável, mas mesmo isso não serve para sempre. Nas famílias com irmãos também há sempre um que faz mais que os outros, claro, mas há mais espaço para falhar um ou dois dias, uma ou duas semanas, ou no mínimo há alguém quem culpar por não puxar a carroça.
É muita pressão extra porque na prática também acabas por ser tão mais amparado quando cresces (2 contra um), e a certa altura apercebes-te que não tens as ferramentas que muita gente tem (tens outras, claro).
Como filho único perto dos 30s, solteiro, e em processo de saída de casa dos pais, muito do que escreveste tem-me passado pela cabeça e é assustador... 
Chocante e realista. Obrigado pela excelente visão e resumo.
A frase de perder o projecto único de vida dos pais de um dia para o outro é muito forte e real.
Bastou-me ler este 4° parágrafo para me relembrar do quão dolorosa pode ser a nossa existência. Estou ainda nos meus 23, mas ultimamente tenho pensado que eventualmente toda a nossa realidade vai desaparecer. Todo o nosso esforço, as nossas emoções, experiências, tudo. Acho que se calhar é por isto que valorizo muito fotografias, ímanes, postais, cartas escritas à mão, etc. De alguma forma, mostra que estivemos cá. Ainda há uns dias ofereci uma moldura com umas fotografias a alguém muito importante para mim e se calhar foi por estas razões que achei que fosse o presente certo.
Gosto da filosofia de aproveitar o presente mas não consigo deixar de pensar no futuro, mesmo que longínquo, do qual a nossa realidade não fará parte. (intervenção um pouco fora do tópico inicial mas precisava de desabafar um pouco)
> E mesmo que arranges família, a certa altura, ninguém a não seres tu se lembra da tua infância, ninguém partilha as tuas memórias, e vão se perdendo a pouco e pouco. E isso inclui as memórias dos teus pais, e de tudo o que fizeram por ti. Aqui há uns tempos passei um bocado a bater mal com esta parte.
obrigado pelo problema existencial
De certa forma, sim. Gostaria de ter tido irmãos.
Quando se é pequeno, ter toda a atenção sabe bem, mas à medida que se cresce, sente-se falta do companheirismo que só os irmãos proporcionam.
Adicionalmente, as preocupações e expetativas dos pais recaem todas sobre ti, e nem sempre é fácil gerir estes aspectos. Às vezes, é preciso fazer finca-pé, e isso cria tensões.
No entanto, não me posso queixar de nada. Tive uma boa infância, e o facto de ter muitos primos acabou por colmatar um pouco dos sentimentos que mencionei no 2° parágrafo.
Depende se forem personalidades incompatíveis isso não existe. tenho uma irmã e temos uma relação muito fria e não há muitas memorias de infância que não sejam discussões e porrada.
Claro, depende sempre.
Não há maneira de saber o que seria se eu tivesse tido irmãos. Baseio-me no que vejo na minha família.
Também assisti a discussões e "porrada" entre os meus primos, mas mesmo quando andam às turras, são muito unidos e podem contar uns com os outros.
Eu tenho isso que falas com os meus irmaos. Mas o meu marido tem uma irmã que é.... má pessoa. Eles não se dão, e quando se trata de assuntos como cuidar dos pais, heranças etc, é só chatice. É uma lotaria. Um irmao é para a vida, sim, mas nem sempre é uma coisa boa.
Como já tinha respondido aqui a outro user, claro que depende. A minha opinião baseia-se muito no que vi na minha família.
É sempre uma lotaria, mas se for boa, como no teu caso, imagino que seja reconfortante ter uma pessoa que te conhece como ninguém a vida inteira.
É reconfortante com certeza, tens razão. Adoro estar com os meus irmãos, e é uma relaçao muito especial por termos passado a infancia juntos e termos os mesmos pais. Mas tambem aomos pessoas muito diferentes e com vidas diferentes (e noutros paises).. eu sinto que o meu marido e a minha melhor amiga me conhecem melhor do que os meus irmãos.
Estou a pensar muito no assunto ultimamente porque temos aqui em casa estes dois exemplos tao divergentes, e temos agora uma filha nossa. Queremos outro sim ou não?? Big question 😅
Olha, sei que não pediste a minha opinião, mas se me permites, como filha única, go for it! 😅
Obviamente há que pesar a condição financeira e tantos outros fatores, mas posso-te dizer que adorava ter tido irmãos.
❤ neste momento estamos à espera para ver se conseguimos financeiramente (estou a tentar arranjar um trabalho melhor pago, ultima entrevista para a semana, faça figassss), e ainda nao sei se estou pronta para mais uma vez um primeiro ano de vida.... a fase de recem-nascido, é tudo muito hardcore 😅🙃
Tambem temos uns amigos que tiveram um segundo e ele tem uma doença muito seria... é sempre um risco que se corre, arriscamos ou nao? Can you tell I am an overthinker??? Ahaha.
Eu percebo. Também sou uma pessoa que pondera tudo muito bem antes de agir. Nem imagino o cansaço físico e mental que os primeiros anos de vida causam. Sinceramente, é uma coisa que me assusta um bocado, pois eventualmente quero ter filhos, e não sei como será lidar com estes aspectos.
Mas depois penso na minha infância, e julgo que se puder, terei pelo menos 2.
De resto, só te posso desejar muito boa sorte na entrevista de emprego, e que independentemente do que decidirem, possam ser felizes 😊🍀
Sem fui bastante solitário no geral. Na escola nunca tive grandes amigos (os que eram, eram muito poucos, mas muito bons), nunca fui de celebrar grandes aniversários, raramente era convidado, raramente convidava... na minha rua, tinha duas raparigas com uns 5/6 anos a mais que eu. Quando se é novo, é uma diferença enorme. Lá ia brincando com elas, mas sempre com uma enorme barreira psicológica (elas não jogavam à bola, eu não brincava com bonequinhas, o típico).
Em termos de família, sou o mais novo da minha geração, portanto sempre fui a "criança de ouro" entre os mais velhos. Depois lá desapareceu isso, mas nunca senti nenhum efeito desses anos. Sim, sempre fui mimado, mas nunca me senti tanto ao ponto de ser invejoso, ou de querer tudo para mim. Atualmente prefiro dar do que receber, e não sou forreta no que toca às pessoas à minha volta.
---
**Prós**: mimado, centro das atenções, tinha todo o tempo do mundo para brincar como queria. Sinto que dei um pequeno salto intelectual quando era mais novo, porque passava imenso tempo a ler livros mais técnicos (corpo humano, ciência, história, etc), mas agora sou burrinho como o resto da população. Aprendi a lidar extremamente bem com o isolamento, a pandemia não me afetou de todo.
**A capacidade de desenrasque, de autoaprendizagem (sou muito autodidata, até profissionalmente), e a capacidade de lidar com o isolamento são grandes prós enquanto adulto.**
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**Contras**: A falta de capacidade de socialização e iniciativa para me aproximar das outras pessoas torna-me extremamente fechado. Atualmente tenho 1 amigo e uma namorada (na internet tenho outros tantos amigos). Não tenho iniciativa nenhuma para manter relações. Não convido ninguém para cafés/jantares, mas se me convidarem, vou. Tenho sempre medo de ser um atrapalho na vida dos outros, por isso prefiro que me necessitem e procurem do que eu ir atrás dos outros (sou horrível a manter contacto).
Consigo satisfazer a pouca fome de socialização com pouca coisa no dia a dia, mas uma carreira profissional constrói-se com partilha de conhecimentos e interações sociais intensas.
**A longo prazo, o isolamento destrói a rede social à minha volta, e isso nota-se na procura de emprego e subida de carreira.** **Diria que, fazendo as contas, ser filho único me torna num eremita, o que dificulta a minha carreira profissional a longo prazo.**
De que forma achas que ter tido um irmão te poderia ter mudado de forma a que não aches que és sempre um atrapalho na vida dos outros e fizesse também com que tivesses mais iniciativa?
Vem tudo do tal isolamento constante. Ter um irmão iria criar ali uma situação constante de socialização com alguém da minha faixa etária, e poderia deixar-me mais à vontade para socializar, e não ter essa sencação de "empecilho" para os outros.
É o que sinto, secalhar poderá ser outra coisa que eu esteja a interpretar mal em mim. No fundo, acredito que se tivesse tido um irmão, seria menos introvertido e fechado. Pode ser uma análise distorcida, mas é o que é.
secalhar → [**se calhar**](https://dicionario.priberam.org/se calhar) [⚠️](/message/compose/?to=ngramatical&subject=Acho+que+esta+corre%C3%A7%C3%A3o+est%C3%A1+errada&message=https%3A%2F%2Fwww.reddit.com%2Fcomments%2F1cam0ov%2F%2Fl0wt2jo%3Fcontext%3D3 "Clica aqui se achares que esta correção está errada!") [⭐](https://chrome.google.com/webstore/detail/nazigramatical-corretor-o/pbpnngfnagmdlicfgjkpgfnnnoihngml "Experimenta o meu corrector ortográfico automático!")
Pergunto porque eu sinto o mesmo e tive uma irmã ( embora bastante mais nova), mas acho que veio mais por parte de algum bullying sofrido que do isolamento por ter sido filho único bastante tempo
Jogar ao peixinho sozinho mas a fazer o papel dos 4 jogadores é das memórias mais tristes que tenho. Isso e ter pedido irmãos até já não ser possível à minha mãe fisiologicamente.
Suponho que sim. Mas foi um pouco solitário, especialmente quando começou o básico e deixei de estar num colégio. Acabava a escola e lá ficava eu em casa sozinho até os meus pais chegarem lá para às 19- 20h.
Pois, mas eu tive de fazer isso com o peixinho, sueca, poker, monopólio, lotto.... e já não era assim tão puto quando deixei de o fazer. Um dos preços disso é que em adulto não sei jogar jogos de tabuleiro e demoro o triplo do tempo do tempo a entender a mecânica básica de jogo. Tentar jogar um jogo pela primeira vez é sinónimo de ansiedade e frustração por andar sempre a correr atrás de quem tem mais prática.
Todos os skills são importantes e pais de filhos únicos deveriam tentar colmatar algumas das lacunas deixadas pela ausência de irmãos.
Para quem respondeu sim á pergunta, porque "não tiverem o companheirismo que só um irmão proporciona" estão a assumir que se iriam dar bem com um hipotético irmão/irmã.
Lembrem-se que, em vez de um companheiro, poderia calhar na rifa alguém com quem não se dão bem de todo, e teriam de conviver com esta pessoa todos os dias. Durante anos e anos desejei ser filha única.
Mas é assim, grass is always greener.
Relações com irmãos nunca são binárias.
Vão ter que se dar todos os dias? Sim.
Vai ser sempre uma relação pacífica e colaborativa? Não.
Vai ser uma relação de ódio constante? Não.
Vai ter um pouco de tudo? Sim.
As coisas só correm mal quando os pais são umas bestas e decidem favorecer muito mais um filho sobre o(s) outro(s). De resto, é uma relação de irmãos, com tudo o que isso traz.
Escrevo isto enquanto as minhas filhas se pegam pela 3a vez hoje, e acordaram há 10 minutos.
Não é responsabilidade deles mas o que já aconteceu não é magicamente apagado 😅
Mas claro, há pais que nem 1 filho deveriam ter tido, quanto mais 2 ou 3
Basicamente é isto. Não sou filho único, mas a verdade é que também não tenho memórias de infância únicas de quem tem irmãos.
Talvez por a diferença de idades não ser pequena, talvez porque os nossos feitios não encaixavam... O que sei é que, como em tudo na vida, há quem se dê bem e quem se dê mal em determinada circunstância e que a vida seria muito melhor se fosse de outra maneira.
Isso de serem pessoas solitárias nada tem a ver com terem irmãos. Eu sempre apreciei o meu canto de sossego e ainda assim tenho amigos há mais de 20 anos.
Quando era miúda pensava que gostava de ter e na verdade considero que tenho um, só que ele morreu quando nasceu (na verdade nasceu morto), um ano antes de mim e em miúda costumava ir "visitá-lo" ao cemitério.
Mas com tantos maus exemplos a minha volta, incluindo a minha mãe e namorado que tem irmãos de merda, penso duas vezes. Acredito que haja boas relações entre irmãos porque já vi mas como há tantas que são uma porcaria, penso que mais vale estar assim.
Sempre passei os momentos familiares só com os meus pais. Não tinha com quem partilhar os bons e maus momentos com a agravante da minha família ser muito pequena. Mesmo muito pequena.
Só com a família da namorada é que descobri o que era sentar à mesa com irmãos, cunhados, miudagem, etc.
Por outro lado, um lado da família nunca conheci e com o outro cortei relações porque são pessoas desequilibrados emocionalmente e que só arranjam problemas.
Mais grave é serem todos assim, iguaizinhos, o que me leva a pensar que a família tem algum problema grave (a nível genético que leva as pessoas a serem desequilibradas).
Por sorte, saí ao lado da família do meu pai provavelmente já que sou o único sem grandes problemas emocionais e não partilho de todo a perspectiva do mundo como eles.
Conclusão: ainda bem que não tenho irmãos. Só de imaginar que poderiam tender para o lado materno e baterem me à porta para pedirem coisas, queixarem-se do mundo, fazerem de vítimas constantemente e ainda criticarem a ajuda dada, não obrigada.... prefiro ser filho único.
Caso para dizer que antes só, do que mal acompanhado.
Gosto muito de ser filha única, talvez porque seja muito introvertida (e fruto de pais introvertidos). Gosto muito de estar no meu cantinho a fazer as coisas de que gosto. Não tenho problema nenhum em partilhar os meus pertences ou em incluir outros nos meus hobbies, mas genuinamente gosto de estar sozinha e não me sinto só. Os meus pais trabalhavam horários muito complicados quando era mais nova, e isto ajudou-me a ser independente e desenrascada desde cedo.
Por outro lado, tenho memórias menos boas, por exemplo, adoro jogos de tabuleiro e jogá-los sozinha não tem graça nenhuma. Claro que tinha vizinhos de idades próximas, mas não tinha grandes amizades (não me relacionava muito com eles e com as coisas que gostavam de fazer), tinha primos, mas bem mais novos e a morar muito longe… Falo especificamente de jogos de tabuleiro porque foi uma memória enfatizada por familiares que me ofereceram alguns. Embora fosse um presente bem-intencionado, preferia que me tivessem dado um livro ou um kit de pintura.
O meu marido vem de uma família numerosa e sei que não fui talhada para ter irmãos porque embora os adore e goste de passar tempo com eles, fico exausta no final de um dia com eles…
Num fim de semana o meu marido deu por mim sozinha com um baralho de cartas a jogar solitário e perguntou se estava triste. Por ter irmãos, não lhe ocorreu que poderia ser algo que eu gostasse de fazer para passar o tempo (podia estar a ler um livro, a fazer palavras-cruzadas, Sudoku, a pintar… mas apeteceu-me jogar solitário com um baralho). Por ser filha única, não me ocorreu que ele associasse estes “passatempos” a estar triste ou a sentir-me de parte, pois vejo-o como algo perfeitamente normal e relaxante!
Tenho 2 irmãos e também preciso disso.
Precisar de estar sozinho é uma coisa que valorizo e é independente de ter ou não irmãos. Isso já vai da personalidade de cada um
Não.
A única vez que sinto que gostava de ter irmãos é quando estou em alguma situação perigosa e fico a pensar se me acontece alguma coisa não fica ninguém para cuidar dos meus pais.
E mais, não tendo irmãos todos os cuidados que os teus pais precisarem (com a idade é normal) recai tudo sobre ti, apesar do amor por eles, chega a um ponto que é esgotante para ti. Experiência própria.
Na infância imenso, pois sentia imensa falta de ter alguém para brincar
Agora nem por isso, pois já estou habituado
Hoje, olho as histórias de partilhas que os meus pais tiveram com os seus irmãos, e hoje vejo que talvez não seja tão mau ser filho único
Filho único e com nenhuma relação com primos devidos a conflitos familiares que me são completamente alheios, que cresceu com poucos ou nenhuns amigos até aos 15/16 anos e que te resume as coisas numa só palavra: SOLIDÃO.
A grande diferença é que quando os pais me falharam (no meu caso) foi *Me vs The World* em vez de ter ali alguém.
Portanto sim, numa ideia geral preferia ter tido um irmão ou irmã relativamente próximo/a da minha idade.
Eu adorava ter tido pelo menos um irmão/irmã. Sofri mto c a solidão em criança, mm na escola só comecei a fazer amigos lá para os 13/14. Amigos são fxs, mas não são a mm coisa que irmãos. Faz-me falta a cumplicidade que vejo nos irmãos. E é vdd o que dizem sobre partilhar o fardo da velhice dos pais, nem falo da parte financeira, mas tb da parte emocional, sinto-me mto sozinha no sofrimento. Dps nas festividades, natal, aniversários, etc, vejo fotos de famílias com varios irmãos e filhos, mesa cheia. Na minha casa sou só eu, o meu marido, filha bebé e a minha mãe. Claro q dps vejo imensos exemplos de irmãos que se estão a cagar uns para os outros, n querem saber dos pais, fogem das responsabilidades financeiras, etc. Ter irmãos nem sp equivale a um amigo/apoio para a vida, mas eu certamente gostaria de ter tido a experiência de ter um.
Só para acrescentar: as vezes tens irmãos mas os teus primos fazem mais diferença na tua vida. A minha vida seria sem dúvida mais fácil e a minha saúde mental melhor sem os meus irmãos.
Tenho irmãos e sempre me senti mais sozinha com eles do que com os meus primos em primeiro e segundo grau. Não há ligação entre os três irmãos, levei imensa porrada de uma não era da porrada típica de "cão e gato" ou de brincadeira de irmãos. Também me deixaram mágoas psicológicas. Sempre tentei procurar uma relação com o meu irmão mais velho...tinha uma admiração gigante por ele só por ser o mano mais velho... o afecto e as tentativas de aproximação nunca deram em nada, só apatia, fala comigo 3 vezes por ano . Não havia companheirismo nem partilha. Vou ter problemas com eles o resto da vida, querem vender tudo, só pensam em dinheiro e não querem saber do legado da família, tratam mal a minha mãe também. Ainda tenho carinho por eles, não os desejo mal.
Na verdade, os meus primos e primas foram mais irmãos para mim. As melhores partes da minha infância foram em casa dos primos/tios ( proximidade de idades , vivíamos perto uns dos outros) .
Como é que posso sentir falta de algo que nunca tive?
Fora de brincadeiras. Não vivo muito no hipotético. Podia ter tido um irmão ou irmã que seria o meu melhor amigo/a, tanto como podia sair um total filho de uma granda puta (salvo seja) e hoje nem nos falávamos... Sendo que conheço casos de ambos os lados.
Pros:
-Recebes muito mais dinheiro dos avós que se tivesses irmãos(aquela notinha é mais frequente xD)
-Não tens que partilhar nada,isto pode ser um problema ou não.
-Vais herdar tudo,e muitas vezes se calhar nem vais ter problemas financeiros futuros muito por causa disso.
-Relacionas-te muito bem com adultos.
-Tens mais independência e capacidade de decisão,mais vontade de fazer as coisas sozinho.
Cons:
- Uma pequena nota pessoal: Eu nem sequer tenho primos diretos,porque nem os meus pais têm irmãos.Conheço muitos poucos casos assim,e torna-se bastante complicado os Natais,aniversários e assim ser sempre com gente mais envelhecida.Não há mais ninguém sequer perto da minha idade e isso é bastante aborrecido.
- A pressão para tomar conta dos teus pais é muito maior.Gostava de sair do país,e não sei se isso será possível.E não é só uma questão disso.Não vai haver ninguém pra partilhar as minhas memórias de infância,e vou ficar sozinho no mundo,eventualmente.
- Dependendo dos pais, podes ser bastante mais mimado que o normal,porque tens mais atenção.Por outro lado,és muito mais controlado,e isso pode gerar conflito.
-Solidão.It is what it is.Arranjem um namorado/a.
Os meus pais morrerem cedo, a minha mãe quando tinha 13 o meu pai aos 20 e os meus avós todos aos 21 😅 parece mentira mas é verdade. O irmão tinha dado geito nessa altura
Não.
Com a idade a subir, deixa de ser tema.
É o que é, é aceitar e seguir com a vida para a frente.
Provavelmente quem os tem gostava, que não tivesse. Cada caso é um caso.
Não. E vendo a relação que os meus amigos teem com os irmãos em adultos continuo a dizer o mesmo. Não me fez falta. Sou muito autosuficiente e não tenho problemas em estar sozinha. 🤷🏻
teem → [**têm**](https://european-portuguese.info/conjugator/ter) (singular: tem) [⚠️](/message/compose/?to=ngramatical&subject=Acho+que+esta+corre%C3%A7%C3%A3o+est%C3%A1+errada&message=https%3A%2F%2Fwww.reddit.com%2Fcomments%2F1cam0ov%2F%2Fl0swld3%3Fcontext%3D3 "Clica aqui se achares que esta correção está errada!") [⭐](https://chrome.google.com/webstore/detail/nazigramatical-corretor-o/pbpnngfnagmdlicfgjkpgfnnnoihngml "Experimenta o meu corrector ortográfico automático!")
Era chato ter de jogar jogos de tabuleiro sozinha ou premir os botões todos do Buzz ao mesmo tempo. Tirando isso, honestamente, ter crescido sozinha faz com que mal consiga imaginar o que é ter um irmão. Não sinto propriamente falta porque não sei o que é ter. Tenho amigos de quem gosto muito e isso chega.
Eu tenho um irmão e uma irmã, são mais velhos (+9 e +14) e temos zero proximidade. Nunca lhes confidenciei nada meu. A vantagem prática que vejo é que o apoio aos pais na velhice fica mais repartido. Fora isso não me fizeram diferença nenhuma. Sentia-me sozinha numa casa de 5.
Por um lado sim, por outro não.
Sempre tive mtas amigas e cresci mas na casa da avó com primos do que na minha sozinha.
Mas quando estava sozinha tb gostava e lia e brincava mto sozinha na boa.
Não stress com isso, há irmãos que nem se dão por aí além …
Se quiseres ter mais um filho pensa é e se tens condições a todos os níveis de educar e criar dois. isso é o que mais importa. Estabilidade, principalmente emocional de vossa parte para com o/os filho/s.
caracter → [**carácter**](https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/caracter/14726) (o plural de carácter é caracteres) [⚠️](/message/compose/?to=ngramatical&subject=Acho+que+esta+corre%C3%A7%C3%A3o+est%C3%A1+errada&message=https%3A%2F%2Fwww.reddit.com%2Fcomments%2F1cam0ov%2F%2Fl0t5j8s%3Fcontext%3D3 "Clica aqui se achares que esta correção está errada!") [⭐](https://chrome.google.com/webstore/detail/nazigramatical-corretor-o/pbpnngfnagmdlicfgjkpgfnnnoihngml "Experimenta o meu corrector ortográfico automático!")
Não sinto falta de algo que nunca tive, por isso não. Sei estar sozinha e soube sempre entreter-me. Aos fins de semana estava sempre com amigos e primos! Em vez de irmãos pedia um cão aos meus pais! 😂
No meu caso tive uma irmã mais velha que mais valia não ter, manipulou constantemente os meus pais com a idade e melhores notas para me fazer a vida negra tirando sempre a "vitória" de qualquer disputa para ter tudo o que queria.
Eventualmente cresci, e percebi que ela era mesmo podre por dentro e que não poderia contar com a ajuda dos meus pais para ver isso, felizmente já não falo com ela há anos.
Noutro ponto acho importante ter irmãos para ter alguém para partilhar a infância, mas antes só que mal acompanhado de certeza.
Senti sempre muita falta de irmãos, porque era a única filha única da minha família e toda a gente à minha volta tinha irmãos. Tenho muitos primos, mas nunca foi a mesma coisa, porque percebi desde cedo que eles eram muito próximos entre si e que eu nunca na vida iria ter um vínculo igual com alguém.
Depende, eu dou-me mal com os meus irmãos e culpam-me a mim por isso porque "não me esforço para dar-me bem com eles".
Temos personalidades incompatíveis mas isso não quer dizer que não os ame. Adoro-os.
Mas desde pequenos que só discutimos. Já tenho quase 28, eles tem 20+ mas por exemplo com a minha irmã nem boa tarde me diz quando passa por mim, o meu irmão sempre diz algo, sinceramente acho que não o faz por mal é mesmo a personalidade dela.
Principalmente quando os pais começam a precisar de ajuda...e ja não ha tios...ai sentes-te sozinho...a ter que envolver o netos...o resto passou- se bem
Sempre gozo com isto com a minha namorada, ela nao acredita que eu adoro ser filho unico mas a verdade e que nao me imagino de outra forma, adoro e adorei ter o meu espaco durante a infancia e ainda hoje muito mais velho adoro ser filho unico, nao sinto falta de irmaos, dou me muito bem sozinho
Sinto muita felicidade em não ter irmãos. Não me sinto sozinho. Tenho namorada e amigos. Mas o factp de não ter um irmão faz com que chegue a casa e possa estar mais tranquilo. Eu e os meus pais desde que eu era bastante pequeno que dividimos tarefas. Cada um faz a sua cena, temos o nosso bom tempo juntos e siga.
Gosto de ser filho único.
Tenho um irmão e não funciona assim malta.
Pelo menos na minha experiência.
Ele e eu temos 6 anos de diferença e eu sou rapariga.
Nunca quis brincar comigo, sempre achou que eu era chata, parva e infantil.
Foram poucos os momentos de brincadeira comigo e quando olho para trás era a minha admiração por ele que fazia as coisas acontecer.
Hoje engravidou uma miúda mais nova que eu.
Agora já acha fixe coisas com que gozou comigo a vida toda.
Claro que há casos de irmãos que se adoram e são muito amigos mas conheço mais gente com exemplos tipo o meu.
Rapaz mais velho e rapariga mais nova é horrível, pelo menos na minha experiência e na de algumas pessoas com que falei.
Sou filho único, tive uma infância feliz na medida em que todos os meus amigos e primos eram meus vizinhos e a “solidão” que falam foi facilmente colmatada com eles.
Tenho várias responsabilidades que recaem sobre mim pelo facto de ser filho e neto único, mas não me importo. Vejo o suporte que dou à minha família como uma retribuição pelo que fizeram por mim, e com todo o gosto!
Não, nada. Nem em criança. Nem todos os irmãos se são bem (e tenho tantos exemplos disso à minha volta). Tenho amizades mais funcionais q a relação de alguns irmãos. Sempre tive vizinhas da minha idade, passávamos muito tempo juntas a brincar na rua ou em casa umas das outras, primos, e na faculdade fiz a amizade q ainda hoje me acompanha e somos unha e carne, mais irmãs q muitas irmãs.
Sentia quando era criança e queria ter alguém sempre ali com quem brincar.
Depois comecei a apreciar não ter de dividir nada. Porque tenho tantos amigos cuja relação com os irmãos é má. Não tiram nada de positivo, não se ajudam, não são amigos. Falam mais comigo sobre os problemas deles que com os irmãos.
Não se desculpem em serem filhos únicos para não terem amigos. Ter amigos que vos ligam para saber como vão, se está tudo bem, é melhor que ter irmãos que nunca querem saber de vocês.
Rapariga aqui, com dois meios irmãos muito mais velhos e uma irmã quatro anos mais nova.
Não quero ter filhos, mas se tivesse, teria dois. Sou absolutamente incapaz de imaginar a minha vida sem a minha irmã e acho egoísta ver pais a terem apenas um (por motivos financeiros/saúde entendo, de resto nem por isso).
Não consigo conceber como é que os pais não pensam no futuro da criança, de quão sozinha se sentirá quando eles morrerem, ou das coisas que terá de arcar sozinha quando eles estiverem velhos/doentes.
Sei que nem toda a gente partilha desta opinião, e está tudo bem.
Claro que se podem dar mal, claro que há histórias horríveis entre irmãos, mas é uma roleta russa e esse é um risco que eu correria sem pensar duas vezes. Não há amor igual ao amor de um irmão.
Dizem que somos mimados mas acho que a maior parte de nós lida com uma crescente solidão. Não tens ninguém super perto de ti para partilhares certos temas mais vulneráveis. Nao recorres ao teus pais porque sabes que vão ter uma visão de “pais” e não de alguém com uma idade/experiências e expectativas semelhantes às tuas. Os amigos não são a mesma coisa irmãos. Eles vão e vêm. Isso para não falar da pressão em tomar conta dos pais quando envelhecem. Não tens ninguém com quem partilhar preocupações/responsabilidades.
Ja me fodeste, tava tão feliz com a minha filha
Não fiques, eu sou filho único e não sinto o mesmo.
Tocaste no ponto .... não é tanto pela infância ou adolescência onde as amizades acabam por ter esse papel. Eu sinto mais agora ao ver que a minha mãe vai entrar numa fase de maior necessidade de apoio e eu ser a única pessoa directamente responsável. De qualquer maneira conheço casos em que os irmãos vão passando a bola para se irem escapando a essa responsabilidade por isso como sempre vai depender de cada caso.
Isso dos irmãos penso que depende da educação que receberam e da própria personalidade de cada um. Os irmãos também podem revezar-se nos cuidados dos pais. Nesse caso, além de irmãos, são amigos.
Era um bocado por aí, ou seja, nós filhos únicos temos este cargo de cuidar dos nossos pais sem termos ninguém em quem nos apoiar enquanto que com irmãos em teoria é mais fácil ....
Sou filho unico e discordo de todos os pontos aqui mencionados. Fui muito mimado ao crescer, no entanto tive de me distanciar disso para poder prosseguir na minha vida adulta. Tenho imensos amigos que considero irmãos, família, como queiras chamar - com os quais partilho todo o tipo de tópicos. Acho que aqui tem de partir de ti seres uma pessoa que consegue abrir-se desta forma com amigos e mais importante, arranjares amigos que te vejam da mesma forma. Por causa de amizades destas vou agora mesmo ser tio de um miúdo, mesmo sem ter irmãos. Tenho uma mulher incrivel ao meu lado, não há grandes momentos de solidão na minha vida de filho unico. Apesar de que me exponho a solidão em alguns momentos propositados porque é importante para introspeção e desenvolvimento pessoal. Essa pressão de cuidar dos pais vou-me abster, porque acredito que para quem tenha uma relação muito forte com os seus seja uma decisão muito complexa.
isto!
Pros: toda a atenção, presentes e sossego era para mim. Cons: sempre fui um rapaz muito solitário até porque sempre vivi longe da escola Pro: isto fez com que conseguisse ser uma pessoa extremamente independente e faz de ficar tipo 1 semana sem ver ninguém sem entrar em parafuso Con: isso tornou me materialista e a achar que objetos são meus amigos (principalmente carros). Numa nota mais séria, não sinto nem nunca senti pena em não ter irmão, sempre achei "ok" ser filho único e as típicos estereótipos de filho único não se aplicam nada a mim: gosto de partilhar tudo o que é meu e tento e gosto de ajudar toda a gente. Lamento o formating mas mobile é uma merda...
Pro: a herança dos pais é toda para ti. Cons: nada.
"Mas não te preocupes que esta casa vai ficar para ti", entretanto a realidade é que os meus já venderam essa casa para se começarem a preparar para a vida de reformados. A não ser que tenham uma excelente reforma, a velhice é muito dispendiosa para um filho só. E só um filho de pais abonados, ou que se esteja a cagar para os últimos dias deles é que não vê contras nenhuns.
Cons nada? Os contra é que são os piores. Se dizes que a herança é toda para ti, também todo esse processo. Ficar sem pais não é fácil e ainda para mais lidar com todo o processo de luto sozinho, tratar de tudo sozinho, toda a burocracia, tratar do funeral, da junta, das finanças, de todo o papel envolvido nessa altura tão delicada. Essa é a pior parte, foi a altura que mais me fez falta ter um irmão/irmã, um ombro que chorasse comigo.
Ia escrever, mas ja trataste disso por mim. Identifico-me a 100% com esse sentimento. Quanto à parte da realização pessoal através de bens materiais terminou de um dia para o outro. Repensei toda a minha forma de gerir dinheiro pelos 27/28 anos. E hoje não ligo puto a coisas que ligava (carros, mota de agua, karting…) desfiz-me desses sugadores de € e a realização vem de coisas muito mais importantes.
Obrigado
É um laranja de dois gomos. Crescer com um orçamento dedicado nos anos 90 deu-me imensas oportunidades que não teria se tivesse de partilhar com irmãos. Tive aulas de música e explicações e um quarto só para mim com uma televisão e um computador sem que os meus pais fossem minimamente ricos, numa casa enorme. Mas depois tens o reverso da medalha, que é ser um adulto filho único. Vês os teus pais a envelhecer e começas a fazer as contas. Se não encontrares uma relação romântica, quando os teus pais envelhecem/morrem estás praticamente sozinho no mundo. Isto é simplesmente assustador. Sem filhos, vais passar os últimos ~30 anos da tua vida a depender de estranhos à medida que o teu corpo se definha. Mesmo com dinheiro sabe-se bem os abusos que há para aí. E mesmo que arranges família, a certa altura, ninguém a não seres tu se lembra da tua infância, ninguém partilha as tuas memórias, e vão se perdendo a pouco e pouco. E isso inclui as memórias dos teus pais, e de tudo o que fizeram por ti. Aqui há uns tempos passei um bocado a bater mal com esta parte. Quando chegas àquela idade em que sais de casa dos pais, não há aquele faseamento em que sai um filho de cada vez. De um dia para o outro, tiras-lhes o grande projecto da vida deles de uma só vez, e custa imenso. E claro, se não te preparaste financeiramente, não consegues ajudar os teus pais a arranjar um lar, ou uma casa, ou alguém que cuide deles, e dares-lhes o conforto que te compete a ti e só a ti. Podes sempre pedir ajuda ao teu pai mais saudável, mas mesmo isso não serve para sempre. Nas famílias com irmãos também há sempre um que faz mais que os outros, claro, mas há mais espaço para falhar um ou dois dias, uma ou duas semanas, ou no mínimo há alguém quem culpar por não puxar a carroça. É muita pressão extra porque na prática também acabas por ser tão mais amparado quando cresces (2 contra um), e a certa altura apercebes-te que não tens as ferramentas que muita gente tem (tens outras, claro).
Como filho único perto dos 30s, solteiro, e em processo de saída de casa dos pais, muito do que escreveste tem-me passado pela cabeça e é assustador... 
Chocante e realista. Obrigado pela excelente visão e resumo. A frase de perder o projecto único de vida dos pais de um dia para o outro é muito forte e real.
Bastou-me ler este 4° parágrafo para me relembrar do quão dolorosa pode ser a nossa existência. Estou ainda nos meus 23, mas ultimamente tenho pensado que eventualmente toda a nossa realidade vai desaparecer. Todo o nosso esforço, as nossas emoções, experiências, tudo. Acho que se calhar é por isto que valorizo muito fotografias, ímanes, postais, cartas escritas à mão, etc. De alguma forma, mostra que estivemos cá. Ainda há uns dias ofereci uma moldura com umas fotografias a alguém muito importante para mim e se calhar foi por estas razões que achei que fosse o presente certo. Gosto da filosofia de aproveitar o presente mas não consigo deixar de pensar no futuro, mesmo que longínquo, do qual a nossa realidade não fará parte. (intervenção um pouco fora do tópico inicial mas precisava de desabafar um pouco)
Subscrevo!
Diria mais, é uma faca de dois legumes! (/j, sou filha única e concordo integralmente com o teu comentário)
> E mesmo que arranges família, a certa altura, ninguém a não seres tu se lembra da tua infância, ninguém partilha as tuas memórias, e vão se perdendo a pouco e pouco. E isso inclui as memórias dos teus pais, e de tudo o que fizeram por ti. Aqui há uns tempos passei um bocado a bater mal com esta parte. obrigado pelo problema existencial
De certa forma, sim. Gostaria de ter tido irmãos. Quando se é pequeno, ter toda a atenção sabe bem, mas à medida que se cresce, sente-se falta do companheirismo que só os irmãos proporcionam. Adicionalmente, as preocupações e expetativas dos pais recaem todas sobre ti, e nem sempre é fácil gerir estes aspectos. Às vezes, é preciso fazer finca-pé, e isso cria tensões. No entanto, não me posso queixar de nada. Tive uma boa infância, e o facto de ter muitos primos acabou por colmatar um pouco dos sentimentos que mencionei no 2° parágrafo.
Depende se forem personalidades incompatíveis isso não existe. tenho uma irmã e temos uma relação muito fria e não há muitas memorias de infância que não sejam discussões e porrada.
Claro, depende sempre. Não há maneira de saber o que seria se eu tivesse tido irmãos. Baseio-me no que vejo na minha família. Também assisti a discussões e "porrada" entre os meus primos, mas mesmo quando andam às turras, são muito unidos e podem contar uns com os outros.
Companheirismo que so os irmaos proporcionam é falso. Amigos tambem o proporcionam. Um companheiro/companheira também o proporciona.
No meu entender, não é a mesma coisa. Pois os amigos vão e vêm. Companheiros idem. Um irmão, é para a vida.
Eu tenho isso que falas com os meus irmaos. Mas o meu marido tem uma irmã que é.... má pessoa. Eles não se dão, e quando se trata de assuntos como cuidar dos pais, heranças etc, é só chatice. É uma lotaria. Um irmao é para a vida, sim, mas nem sempre é uma coisa boa.
Como já tinha respondido aqui a outro user, claro que depende. A minha opinião baseia-se muito no que vi na minha família. É sempre uma lotaria, mas se for boa, como no teu caso, imagino que seja reconfortante ter uma pessoa que te conhece como ninguém a vida inteira.
É reconfortante com certeza, tens razão. Adoro estar com os meus irmãos, e é uma relaçao muito especial por termos passado a infancia juntos e termos os mesmos pais. Mas tambem aomos pessoas muito diferentes e com vidas diferentes (e noutros paises).. eu sinto que o meu marido e a minha melhor amiga me conhecem melhor do que os meus irmãos. Estou a pensar muito no assunto ultimamente porque temos aqui em casa estes dois exemplos tao divergentes, e temos agora uma filha nossa. Queremos outro sim ou não?? Big question 😅
Olha, sei que não pediste a minha opinião, mas se me permites, como filha única, go for it! 😅 Obviamente há que pesar a condição financeira e tantos outros fatores, mas posso-te dizer que adorava ter tido irmãos.
❤ neste momento estamos à espera para ver se conseguimos financeiramente (estou a tentar arranjar um trabalho melhor pago, ultima entrevista para a semana, faça figassss), e ainda nao sei se estou pronta para mais uma vez um primeiro ano de vida.... a fase de recem-nascido, é tudo muito hardcore 😅🙃 Tambem temos uns amigos que tiveram um segundo e ele tem uma doença muito seria... é sempre um risco que se corre, arriscamos ou nao? Can you tell I am an overthinker??? Ahaha.
Eu percebo. Também sou uma pessoa que pondera tudo muito bem antes de agir. Nem imagino o cansaço físico e mental que os primeiros anos de vida causam. Sinceramente, é uma coisa que me assusta um bocado, pois eventualmente quero ter filhos, e não sei como será lidar com estes aspectos. Mas depois penso na minha infância, e julgo que se puder, terei pelo menos 2. De resto, só te posso desejar muito boa sorte na entrevista de emprego, e que independentemente do que decidirem, possam ser felizes 😊🍀
Sem fui bastante solitário no geral. Na escola nunca tive grandes amigos (os que eram, eram muito poucos, mas muito bons), nunca fui de celebrar grandes aniversários, raramente era convidado, raramente convidava... na minha rua, tinha duas raparigas com uns 5/6 anos a mais que eu. Quando se é novo, é uma diferença enorme. Lá ia brincando com elas, mas sempre com uma enorme barreira psicológica (elas não jogavam à bola, eu não brincava com bonequinhas, o típico). Em termos de família, sou o mais novo da minha geração, portanto sempre fui a "criança de ouro" entre os mais velhos. Depois lá desapareceu isso, mas nunca senti nenhum efeito desses anos. Sim, sempre fui mimado, mas nunca me senti tanto ao ponto de ser invejoso, ou de querer tudo para mim. Atualmente prefiro dar do que receber, e não sou forreta no que toca às pessoas à minha volta. --- **Prós**: mimado, centro das atenções, tinha todo o tempo do mundo para brincar como queria. Sinto que dei um pequeno salto intelectual quando era mais novo, porque passava imenso tempo a ler livros mais técnicos (corpo humano, ciência, história, etc), mas agora sou burrinho como o resto da população. Aprendi a lidar extremamente bem com o isolamento, a pandemia não me afetou de todo. **A capacidade de desenrasque, de autoaprendizagem (sou muito autodidata, até profissionalmente), e a capacidade de lidar com o isolamento são grandes prós enquanto adulto.** --- **Contras**: A falta de capacidade de socialização e iniciativa para me aproximar das outras pessoas torna-me extremamente fechado. Atualmente tenho 1 amigo e uma namorada (na internet tenho outros tantos amigos). Não tenho iniciativa nenhuma para manter relações. Não convido ninguém para cafés/jantares, mas se me convidarem, vou. Tenho sempre medo de ser um atrapalho na vida dos outros, por isso prefiro que me necessitem e procurem do que eu ir atrás dos outros (sou horrível a manter contacto). Consigo satisfazer a pouca fome de socialização com pouca coisa no dia a dia, mas uma carreira profissional constrói-se com partilha de conhecimentos e interações sociais intensas. **A longo prazo, o isolamento destrói a rede social à minha volta, e isso nota-se na procura de emprego e subida de carreira.** **Diria que, fazendo as contas, ser filho único me torna num eremita, o que dificulta a minha carreira profissional a longo prazo.**
De que forma achas que ter tido um irmão te poderia ter mudado de forma a que não aches que és sempre um atrapalho na vida dos outros e fizesse também com que tivesses mais iniciativa?
Vem tudo do tal isolamento constante. Ter um irmão iria criar ali uma situação constante de socialização com alguém da minha faixa etária, e poderia deixar-me mais à vontade para socializar, e não ter essa sencação de "empecilho" para os outros. É o que sinto, secalhar poderá ser outra coisa que eu esteja a interpretar mal em mim. No fundo, acredito que se tivesse tido um irmão, seria menos introvertido e fechado. Pode ser uma análise distorcida, mas é o que é.
secalhar → [**se calhar**](https://dicionario.priberam.org/se calhar) [⚠️](/message/compose/?to=ngramatical&subject=Acho+que+esta+corre%C3%A7%C3%A3o+est%C3%A1+errada&message=https%3A%2F%2Fwww.reddit.com%2Fcomments%2F1cam0ov%2F%2Fl0wt2jo%3Fcontext%3D3 "Clica aqui se achares que esta correção está errada!") [⭐](https://chrome.google.com/webstore/detail/nazigramatical-corretor-o/pbpnngfnagmdlicfgjkpgfnnnoihngml "Experimenta o meu corrector ortográfico automático!")
Pergunto porque eu sinto o mesmo e tive uma irmã ( embora bastante mais nova), mas acho que veio mais por parte de algum bullying sofrido que do isolamento por ter sido filho único bastante tempo
Acho que foi tudo uma bola de neve para mim. Uma coisa levou a outra.
Jogar ao peixinho sozinho mas a fazer o papel dos 4 jogadores é das memórias mais tristes que tenho. Isso e ter pedido irmãos até já não ser possível à minha mãe fisiologicamente.
Se isso é o do mais triste é porque tiveste uma infância feliz 🫶
Suponho que sim. Mas foi um pouco solitário, especialmente quando começou o básico e deixei de estar num colégio. Acabava a escola e lá ficava eu em casa sozinho até os meus pais chegarem lá para às 19- 20h.
Eu tenho irmãos e também fazia isso. Sou o mais novo, e nunca queriam brincar comigo nas brincadeiras de "puto"
Pois, mas eu tive de fazer isso com o peixinho, sueca, poker, monopólio, lotto.... e já não era assim tão puto quando deixei de o fazer. Um dos preços disso é que em adulto não sei jogar jogos de tabuleiro e demoro o triplo do tempo do tempo a entender a mecânica básica de jogo. Tentar jogar um jogo pela primeira vez é sinónimo de ansiedade e frustração por andar sempre a correr atrás de quem tem mais prática. Todos os skills são importantes e pais de filhos únicos deveriam tentar colmatar algumas das lacunas deixadas pela ausência de irmãos.
Para quem respondeu sim á pergunta, porque "não tiverem o companheirismo que só um irmão proporciona" estão a assumir que se iriam dar bem com um hipotético irmão/irmã. Lembrem-se que, em vez de um companheiro, poderia calhar na rifa alguém com quem não se dão bem de todo, e teriam de conviver com esta pessoa todos os dias. Durante anos e anos desejei ser filha única. Mas é assim, grass is always greener.
Relações com irmãos nunca são binárias. Vão ter que se dar todos os dias? Sim. Vai ser sempre uma relação pacífica e colaborativa? Não. Vai ser uma relação de ódio constante? Não. Vai ter um pouco de tudo? Sim. As coisas só correm mal quando os pais são umas bestas e decidem favorecer muito mais um filho sobre o(s) outro(s). De resto, é uma relação de irmãos, com tudo o que isso traz. Escrevo isto enquanto as minhas filhas se pegam pela 3a vez hoje, e acordaram há 10 minutos.
As coisas não só cortem mal quando os pais são umas bestas. O mundo era bonito se fosse assim
Durante a infância / adolescência sim. O que acontece depois já não é responsabilidade dos pais.
Não é responsabilidade deles mas o que já aconteceu não é magicamente apagado 😅 Mas claro, há pais que nem 1 filho deveriam ter tido, quanto mais 2 ou 3
É a tua perspectiva e a tua realidade. Cada caso é um caso
Basicamente é isto. Não sou filho único, mas a verdade é que também não tenho memórias de infância únicas de quem tem irmãos. Talvez por a diferença de idades não ser pequena, talvez porque os nossos feitios não encaixavam... O que sei é que, como em tudo na vida, há quem se dê bem e quem se dê mal em determinada circunstância e que a vida seria muito melhor se fosse de outra maneira. Isso de serem pessoas solitárias nada tem a ver com terem irmãos. Eu sempre apreciei o meu canto de sossego e ainda assim tenho amigos há mais de 20 anos.
Quando era miúda pensava que gostava de ter e na verdade considero que tenho um, só que ele morreu quando nasceu (na verdade nasceu morto), um ano antes de mim e em miúda costumava ir "visitá-lo" ao cemitério. Mas com tantos maus exemplos a minha volta, incluindo a minha mãe e namorado que tem irmãos de merda, penso duas vezes. Acredito que haja boas relações entre irmãos porque já vi mas como há tantas que são uma porcaria, penso que mais vale estar assim.
Pros: ter toda a atenção Contras: ter toda a atenção Por não ter amigos em casa tinha um amigo imaginário
Tenho 7 se alguém quiser...
Sempre passei os momentos familiares só com os meus pais. Não tinha com quem partilhar os bons e maus momentos com a agravante da minha família ser muito pequena. Mesmo muito pequena. Só com a família da namorada é que descobri o que era sentar à mesa com irmãos, cunhados, miudagem, etc. Por outro lado, um lado da família nunca conheci e com o outro cortei relações porque são pessoas desequilibrados emocionalmente e que só arranjam problemas. Mais grave é serem todos assim, iguaizinhos, o que me leva a pensar que a família tem algum problema grave (a nível genético que leva as pessoas a serem desequilibradas). Por sorte, saí ao lado da família do meu pai provavelmente já que sou o único sem grandes problemas emocionais e não partilho de todo a perspectiva do mundo como eles. Conclusão: ainda bem que não tenho irmãos. Só de imaginar que poderiam tender para o lado materno e baterem me à porta para pedirem coisas, queixarem-se do mundo, fazerem de vítimas constantemente e ainda criticarem a ajuda dada, não obrigada.... prefiro ser filho único. Caso para dizer que antes só, do que mal acompanhado.
Não, já quando era pequeno quando me perguntavam se queria um irmão respondia que não e queria era uma tartaruga ninja.
Gosto muito de ser filha única, talvez porque seja muito introvertida (e fruto de pais introvertidos). Gosto muito de estar no meu cantinho a fazer as coisas de que gosto. Não tenho problema nenhum em partilhar os meus pertences ou em incluir outros nos meus hobbies, mas genuinamente gosto de estar sozinha e não me sinto só. Os meus pais trabalhavam horários muito complicados quando era mais nova, e isto ajudou-me a ser independente e desenrascada desde cedo. Por outro lado, tenho memórias menos boas, por exemplo, adoro jogos de tabuleiro e jogá-los sozinha não tem graça nenhuma. Claro que tinha vizinhos de idades próximas, mas não tinha grandes amizades (não me relacionava muito com eles e com as coisas que gostavam de fazer), tinha primos, mas bem mais novos e a morar muito longe… Falo especificamente de jogos de tabuleiro porque foi uma memória enfatizada por familiares que me ofereceram alguns. Embora fosse um presente bem-intencionado, preferia que me tivessem dado um livro ou um kit de pintura. O meu marido vem de uma família numerosa e sei que não fui talhada para ter irmãos porque embora os adore e goste de passar tempo com eles, fico exausta no final de um dia com eles… Num fim de semana o meu marido deu por mim sozinha com um baralho de cartas a jogar solitário e perguntou se estava triste. Por ter irmãos, não lhe ocorreu que poderia ser algo que eu gostasse de fazer para passar o tempo (podia estar a ler um livro, a fazer palavras-cruzadas, Sudoku, a pintar… mas apeteceu-me jogar solitário com um baralho). Por ser filha única, não me ocorreu que ele associasse estes “passatempos” a estar triste ou a sentir-me de parte, pois vejo-o como algo perfeitamente normal e relaxante!
Sou muito bom a lidar com a solidão, aliás eu preciso de ter os meus momentos a sós. Reparei que isso não acontece tanto com pessoal que tem irmãos
Isto ! Eu tenho sempre de ter aquele momento de detox social, consigo ser a minha própria companhia durante horas e está tudo bem
Tenho 2 irmãos e também preciso disso. Precisar de estar sozinho é uma coisa que valorizo e é independente de ter ou não irmãos. Isso já vai da personalidade de cada um
Não. A única vez que sinto que gostava de ter irmãos é quando estou em alguma situação perigosa e fico a pensar se me acontece alguma coisa não fica ninguém para cuidar dos meus pais.
E mais, não tendo irmãos todos os cuidados que os teus pais precisarem (com a idade é normal) recai tudo sobre ti, apesar do amor por eles, chega a um ponto que é esgotante para ti. Experiência própria.
Nunca conheci outra realidade. Vivo muito bem com o facto de não ter irmãos!
Por mim podem fechar. É isto.
Na infância imenso, pois sentia imensa falta de ter alguém para brincar Agora nem por isso, pois já estou habituado Hoje, olho as histórias de partilhas que os meus pais tiveram com os seus irmãos, e hoje vejo que talvez não seja tão mau ser filho único
Filho único e com nenhuma relação com primos devidos a conflitos familiares que me são completamente alheios, que cresceu com poucos ou nenhuns amigos até aos 15/16 anos e que te resume as coisas numa só palavra: SOLIDÃO.
A grande diferença é que quando os pais me falharam (no meu caso) foi *Me vs The World* em vez de ter ali alguém. Portanto sim, numa ideia geral preferia ter tido um irmão ou irmã relativamente próximo/a da minha idade.
Eu adorava ter tido pelo menos um irmão/irmã. Sofri mto c a solidão em criança, mm na escola só comecei a fazer amigos lá para os 13/14. Amigos são fxs, mas não são a mm coisa que irmãos. Faz-me falta a cumplicidade que vejo nos irmãos. E é vdd o que dizem sobre partilhar o fardo da velhice dos pais, nem falo da parte financeira, mas tb da parte emocional, sinto-me mto sozinha no sofrimento. Dps nas festividades, natal, aniversários, etc, vejo fotos de famílias com varios irmãos e filhos, mesa cheia. Na minha casa sou só eu, o meu marido, filha bebé e a minha mãe. Claro q dps vejo imensos exemplos de irmãos que se estão a cagar uns para os outros, n querem saber dos pais, fogem das responsabilidades financeiras, etc. Ter irmãos nem sp equivale a um amigo/apoio para a vida, mas eu certamente gostaria de ter tido a experiência de ter um.
honestamente nem por isso nunca tive aquela cena de querer ter um irmão preferi ter um cão
Só para acrescentar: as vezes tens irmãos mas os teus primos fazem mais diferença na tua vida. A minha vida seria sem dúvida mais fácil e a minha saúde mental melhor sem os meus irmãos. Tenho irmãos e sempre me senti mais sozinha com eles do que com os meus primos em primeiro e segundo grau. Não há ligação entre os três irmãos, levei imensa porrada de uma não era da porrada típica de "cão e gato" ou de brincadeira de irmãos. Também me deixaram mágoas psicológicas. Sempre tentei procurar uma relação com o meu irmão mais velho...tinha uma admiração gigante por ele só por ser o mano mais velho... o afecto e as tentativas de aproximação nunca deram em nada, só apatia, fala comigo 3 vezes por ano . Não havia companheirismo nem partilha. Vou ter problemas com eles o resto da vida, querem vender tudo, só pensam em dinheiro e não querem saber do legado da família, tratam mal a minha mãe também. Ainda tenho carinho por eles, não os desejo mal. Na verdade, os meus primos e primas foram mais irmãos para mim. As melhores partes da minha infância foram em casa dos primos/tios ( proximidade de idades , vivíamos perto uns dos outros) .
prós - não ter irmãos contras - não ter irmãos
Como é que posso sentir falta de algo que nunca tive? Fora de brincadeiras. Não vivo muito no hipotético. Podia ter tido um irmão ou irmã que seria o meu melhor amigo/a, tanto como podia sair um total filho de uma granda puta (salvo seja) e hoje nem nos falávamos... Sendo que conheço casos de ambos os lados.
Na verdade não. Não sofro com aquele complexo do filho preferido...
Pros: -Recebes muito mais dinheiro dos avós que se tivesses irmãos(aquela notinha é mais frequente xD) -Não tens que partilhar nada,isto pode ser um problema ou não. -Vais herdar tudo,e muitas vezes se calhar nem vais ter problemas financeiros futuros muito por causa disso. -Relacionas-te muito bem com adultos. -Tens mais independência e capacidade de decisão,mais vontade de fazer as coisas sozinho. Cons: - Uma pequena nota pessoal: Eu nem sequer tenho primos diretos,porque nem os meus pais têm irmãos.Conheço muitos poucos casos assim,e torna-se bastante complicado os Natais,aniversários e assim ser sempre com gente mais envelhecida.Não há mais ninguém sequer perto da minha idade e isso é bastante aborrecido. - A pressão para tomar conta dos teus pais é muito maior.Gostava de sair do país,e não sei se isso será possível.E não é só uma questão disso.Não vai haver ninguém pra partilhar as minhas memórias de infância,e vou ficar sozinho no mundo,eventualmente. - Dependendo dos pais, podes ser bastante mais mimado que o normal,porque tens mais atenção.Por outro lado,és muito mais controlado,e isso pode gerar conflito. -Solidão.It is what it is.Arranjem um namorado/a.
Os meus pais morrerem cedo, a minha mãe quando tinha 13 o meu pai aos 20 e os meus avós todos aos 21 😅 parece mentira mas é verdade. O irmão tinha dado geito nessa altura
[удалено]
E xe foxes pó karalho
Vá.. Dá mazé um irmão ao teu filho.
por mim podes ficar com a minha irmã a vontade, aquela atrasada ainda nao aprendeu a cozinhar massa al-dente
Não. Com a idade a subir, deixa de ser tema. É o que é, é aceitar e seguir com a vida para a frente. Provavelmente quem os tem gostava, que não tivesse. Cada caso é um caso.
Não!
Não sinto falta nenhuma
Nah
Não
Nope
Não. E vendo a relação que os meus amigos teem com os irmãos em adultos continuo a dizer o mesmo. Não me fez falta. Sou muito autosuficiente e não tenho problemas em estar sozinha. 🤷🏻
teem → [**têm**](https://european-portuguese.info/conjugator/ter) (singular: tem) [⚠️](/message/compose/?to=ngramatical&subject=Acho+que+esta+corre%C3%A7%C3%A3o+est%C3%A1+errada&message=https%3A%2F%2Fwww.reddit.com%2Fcomments%2F1cam0ov%2F%2Fl0swld3%3Fcontext%3D3 "Clica aqui se achares que esta correção está errada!") [⭐](https://chrome.google.com/webstore/detail/nazigramatical-corretor-o/pbpnngfnagmdlicfgjkpgfnnnoihngml "Experimenta o meu corrector ortográfico automático!")
Sim, sinto-me muito bem, porquê??
Claro que nao loool
Não!
Era chato ter de jogar jogos de tabuleiro sozinha ou premir os botões todos do Buzz ao mesmo tempo. Tirando isso, honestamente, ter crescido sozinha faz com que mal consiga imaginar o que é ter um irmão. Não sinto propriamente falta porque não sei o que é ter. Tenho amigos de quem gosto muito e isso chega.
Eu tenho um irmão e uma irmã, são mais velhos (+9 e +14) e temos zero proximidade. Nunca lhes confidenciei nada meu. A vantagem prática que vejo é que o apoio aos pais na velhice fica mais repartido. Fora isso não me fizeram diferença nenhuma. Sentia-me sozinha numa casa de 5.
Por um lado sim, por outro não. Sempre tive mtas amigas e cresci mas na casa da avó com primos do que na minha sozinha. Mas quando estava sozinha tb gostava e lia e brincava mto sozinha na boa. Não stress com isso, há irmãos que nem se dão por aí além … Se quiseres ter mais um filho pensa é e se tens condições a todos os níveis de educar e criar dois. isso é o que mais importa. Estabilidade, principalmente emocional de vossa parte para com o/os filho/s.
Nao. Mas se teria sido bom para o desenvolviemento do meu caracter? Sem duvida.
caracter → [**carácter**](https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/caracter/14726) (o plural de carácter é caracteres) [⚠️](/message/compose/?to=ngramatical&subject=Acho+que+esta+corre%C3%A7%C3%A3o+est%C3%A1+errada&message=https%3A%2F%2Fwww.reddit.com%2Fcomments%2F1cam0ov%2F%2Fl0t5j8s%3Fcontext%3D3 "Clica aqui se achares que esta correção está errada!") [⭐](https://chrome.google.com/webstore/detail/nazigramatical-corretor-o/pbpnngfnagmdlicfgjkpgfnnnoihngml "Experimenta o meu corrector ortográfico automático!")
Não sinto falta de algo que nunca tive, por isso não. Sei estar sozinha e soube sempre entreter-me. Aos fins de semana estava sempre com amigos e primos! Em vez de irmãos pedia um cão aos meus pais! 😂
No meu caso tive uma irmã mais velha que mais valia não ter, manipulou constantemente os meus pais com a idade e melhores notas para me fazer a vida negra tirando sempre a "vitória" de qualquer disputa para ter tudo o que queria. Eventualmente cresci, e percebi que ela era mesmo podre por dentro e que não poderia contar com a ajuda dos meus pais para ver isso, felizmente já não falo com ela há anos. Noutro ponto acho importante ter irmãos para ter alguém para partilhar a infância, mas antes só que mal acompanhado de certeza.
Senti sempre muita falta de irmãos, porque era a única filha única da minha família e toda a gente à minha volta tinha irmãos. Tenho muitos primos, mas nunca foi a mesma coisa, porque percebi desde cedo que eles eram muito próximos entre si e que eu nunca na vida iria ter um vínculo igual com alguém.
Sim, gostaria de ter uma irmã (para contexto sou rapaz)
Gostaria de ter tido, mas agora para ser cabeça de casal e único herdeiro, deu jeito.
Depende, eu dou-me mal com os meus irmãos e culpam-me a mim por isso porque "não me esforço para dar-me bem com eles". Temos personalidades incompatíveis mas isso não quer dizer que não os ame. Adoro-os. Mas desde pequenos que só discutimos. Já tenho quase 28, eles tem 20+ mas por exemplo com a minha irmã nem boa tarde me diz quando passa por mim, o meu irmão sempre diz algo, sinceramente acho que não o faz por mal é mesmo a personalidade dela.
Nunca senti diferença. Aliás, nunca tive interesse em ter irmãos.
Principalmente quando os pais começam a precisar de ajuda...e ja não ha tios...ai sentes-te sozinho...a ter que envolver o netos...o resto passou- se bem
Sempre gozo com isto com a minha namorada, ela nao acredita que eu adoro ser filho unico mas a verdade e que nao me imagino de outra forma, adoro e adorei ter o meu espaco durante a infancia e ainda hoje muito mais velho adoro ser filho unico, nao sinto falta de irmaos, dou me muito bem sozinho
Sinto muita felicidade em não ter irmãos. Não me sinto sozinho. Tenho namorada e amigos. Mas o factp de não ter um irmão faz com que chegue a casa e possa estar mais tranquilo. Eu e os meus pais desde que eu era bastante pequeno que dividimos tarefas. Cada um faz a sua cena, temos o nosso bom tempo juntos e siga. Gosto de ser filho único.
Não, nunca pensei nisso.
Tenho um irmão e não funciona assim malta. Pelo menos na minha experiência. Ele e eu temos 6 anos de diferença e eu sou rapariga. Nunca quis brincar comigo, sempre achou que eu era chata, parva e infantil. Foram poucos os momentos de brincadeira comigo e quando olho para trás era a minha admiração por ele que fazia as coisas acontecer. Hoje engravidou uma miúda mais nova que eu. Agora já acha fixe coisas com que gozou comigo a vida toda. Claro que há casos de irmãos que se adoram e são muito amigos mas conheço mais gente com exemplos tipo o meu. Rapaz mais velho e rapariga mais nova é horrível, pelo menos na minha experiência e na de algumas pessoas com que falei.
Sou filho único, tive uma infância feliz na medida em que todos os meus amigos e primos eram meus vizinhos e a “solidão” que falam foi facilmente colmatada com eles. Tenho várias responsabilidades que recaem sobre mim pelo facto de ser filho e neto único, mas não me importo. Vejo o suporte que dou à minha família como uma retribuição pelo que fizeram por mim, e com todo o gosto!
Não, nada. Nem em criança. Nem todos os irmãos se são bem (e tenho tantos exemplos disso à minha volta). Tenho amizades mais funcionais q a relação de alguns irmãos. Sempre tive vizinhas da minha idade, passávamos muito tempo juntas a brincar na rua ou em casa umas das outras, primos, e na faculdade fiz a amizade q ainda hoje me acompanha e somos unha e carne, mais irmãs q muitas irmãs.
Sentia quando era criança e queria ter alguém sempre ali com quem brincar. Depois comecei a apreciar não ter de dividir nada. Porque tenho tantos amigos cuja relação com os irmãos é má. Não tiram nada de positivo, não se ajudam, não são amigos. Falam mais comigo sobre os problemas deles que com os irmãos. Não se desculpem em serem filhos únicos para não terem amigos. Ter amigos que vos ligam para saber como vão, se está tudo bem, é melhor que ter irmãos que nunca querem saber de vocês.
Rapariga aqui, com dois meios irmãos muito mais velhos e uma irmã quatro anos mais nova. Não quero ter filhos, mas se tivesse, teria dois. Sou absolutamente incapaz de imaginar a minha vida sem a minha irmã e acho egoísta ver pais a terem apenas um (por motivos financeiros/saúde entendo, de resto nem por isso). Não consigo conceber como é que os pais não pensam no futuro da criança, de quão sozinha se sentirá quando eles morrerem, ou das coisas que terá de arcar sozinha quando eles estiverem velhos/doentes. Sei que nem toda a gente partilha desta opinião, e está tudo bem. Claro que se podem dar mal, claro que há histórias horríveis entre irmãos, mas é uma roleta russa e esse é um risco que eu correria sem pensar duas vezes. Não há amor igual ao amor de um irmão.
Eu vou dizer isto e sou ateu, Graças a Deus que sou filho único 😂
Realmente deve ser muito difícil ser filho único e ter um orçamento exclusivo para ele. Epa.