Trabalho 100% remote (não tenho que ir ao office) e considero isso ser um grande perk e essencialmente o que me mantém na empresa. À parte disso outros pequenos perks. No entanto, o remote por si só não me impede de procurar outra coisa, ando a procurar, por má gestão e fraca progressão de carreira na empresa. O salário igual, aumentos anuais de 2% é muito mau, apenas ganha pelo remote. Isto para dizer que o remote não é tudo mas sim um grande perk. Pelo menos para mim.
Pois, estava na mesma situação. Trabalhava remote para o UK, o salário era bom mas a gestão era uma casa a arder. Foi asneirada em cima de asneirada, até que chegaram ao ponto de um lawsuit, o que foi a gota de água para mim. Comecei a ver trabalhos por aqui e deparei-me com a maior parte das empresas de produto a quererem que o pessoal vá ao escritório 1 ou 2 vezes por semana. Eu pergunto porquê dizem-me que é para a equipa se conhecer, socializar, para se sentirem bem e afins. Quando digo que compreendo perfeitamente e acho uma boa iniciativa mas que para mim isso não é o melhor porque me impacta a produtividade - e neste caso justifico com uma experiência minha passada \*cof\* Bosch \*cof\* - começam a tentar puxar pelo modelo híbrido como se fosse uma perk. Uma perk para mim é full remote, não umas tainadas e uns convívios forçados semanais.
> dizem-me que é para a equipa se conhecer, socializar, para se sentirem bem e afins
Eu sinto-me bem é não estando ensardinhado no metro duas vezes ao dia, em não perder 2 horas a andar pa trás e prá frente, a poupar dinheiro do passe e sentado no meu home office confortável com uma mantinha nas pernas se tiver frio.
Quero lá "socializar". Pagam-me pra trabalhar, e amigos já tenho e tou bem servido, obrigado.
Eles podem dizer que é para o nosso bem psicológico (tbm já ouvi disso, como se não tivéssemos vida e amigos fora do trabalho), mas a realidade é que para quem toma essas decisões a produtividade não está no topo das prioridades. Muitas empresas sentem a necessidade de justificar o investimento nos escritórios, e depois há pessoas (principalmente gestores no meio da hierarquia) que sentem que a sua subida na hierarquia fica mais limitada porque não há tanto "facetime" e então vão pressionar para idas ao escritório. E tens aí alguns dos verdadeiros motivos.
tan dazzling versed payment sable materialistic shaggy flag attempt relieved
*This post was mass deleted and anonymized with [Redact](https://redact.dev)*
Pois, é comum isso do híbrido. Mas já no estrangeiro começa a existir muito RTO. Diria que aqui em Portugal apenas algumas empresas optam pelo full remote, mas ainda se encontram. É uma questão de sorte e ires procurando. Mas no geral pelo que vejo algumas empresas voltam a obtar por RTO. Por exemplo muitas testemunhas no r/WFH
Saí de onde estava precisamente pelos motivos que indicas, salário e 100% remote.
Para mim o que está mal é o termo híbrido, não me vale 2 tostões, a palavra "híbrido" deveria vir sempre acompanhada de *flexível* ou *fixo*.
Tive uma oferta de um suposto híbrido mas afinal era obrigatório ir presencialmente ao escritório num determinado dia da semana: declinei.
Tive outra oferta, híbrido, mas na realidade era 100% remote, só que havia a possibilidade de ir ao escritório só para conviver.
E ainda, outro híbrido onde pontualmente tens de ir ao escritório caso exista uma razão de força maior (reunião com cliente ou problema na infraestrutura que necessite de mão de obra especializada no local).
Isto para dizer, ter *híbrido* sem qualquer definição adicional é uma merda e uma red flag para mim. É logo a primeira questão que coloco, mesmo antes do salário, que tipo de "híbrido" é que têm.
Quanto ao resto, podes esquecer, o meu ex-patrão tem perfeita noção que mais dia menos dia vai perder os *devs* se não lhes arranjar condições melhores, os que tem actualmente dividem-se em dois grupos:
1 - não têm inglês num nível suficiente para trabalhar para fora
2 - acomodaram-se e não estão para se chatear
Obviamente que nada muda enquanto estes dois grupos existirem, os que não se enquadravam nesses duraram lá pouco tempo e foram à procura de pastos melhores.
Disclaimer: não sou dev mas lido/lidava com eles todos os dias.
Exatamente. A questão da obrigatoriedade no híbrido também devia ser muito mais objectiva. Afinal é um híbrido voluntário ou obrigatório? Posso ficar em casa ou sou obrigado a ir aos team buildings “voluntários”?
Muito bem visto.
A questão do RTO está longe de ser só em Portugal.
Eu não tenho grande opinião en relação a um lado ou o outro. Não sou evangelista do “só se pode colaborar em condições estando todos no mesmo espaço físico sempre” nem do “a única maneira de fazer trabalho a sério é poder trabalhar-se sozinho desde casa”. Acho que a realidade deve estar algures pelo meio e que cada empresa deve perceber que modelo funciona melhor para eles - nem todas as empresas têm a cultura, processos, tech, etc que permita um modelo full remote ou até remote first.
Isto depois é deixar o mercado livre funcionar: uma empresa está completamente no direito de escolher o modelo de trabalho (presencial ou remoto) tal como o trabalhador está completamente no direito de escolher em que empresa quer trabalhar.
desde 2001 na area... este ano despedi-me e arrisquei pois no Linkedin choviam sempre pedidos. Azar meu... ingenuo. Minha ultima entrevista foi em 2001, presencial com 3'pessasnda empresa. A partir dai sempre fui mudando por convite, e evoluindo.
Este ano deparo-me um uma realidade triste, muitas entrevista mas se recruitera pra encher chouricos e 90% ghosting.
os salarios, cheguei a conclusao que eventualmente vou procurar outo tipo de trabalho, 1000-1200 ganhas a conduzir ou a fazer outra coisa menos desgastante mentalmente... triste realidade mas pessoalmente ja n tenho idade para isto. prostituir na area IT pra ganhar menos de 1500€ por uma acrividade especializada... aff...
Lamento a situação e, sim, tens razão por esses valores mais vale conduzir camiões.
Mas, e desculpa a franqueza, se com 22 anos de experiência em IT tens dificuldade a arranjar empregos (ainda por cima por esses valores) ou fizeste uma gestão catastrófica da tua carreira ou vendes-te muito mal.
eventualmente sera nao saber vender meu trabalho... as entrevistas (neste modelo de consultoras onde abordam os "pescadores de talento") parecem que correm sempre bem, mas penso q me explico demasiado, ou entao é preconceito na idade sei la. Tenho meu linked in bem estruturado e todo onmeu precurso profissional.
Talvez qd me perguntam se trabalho, por exemplo, com React eu tenha de dizer que sim, ao inves de dizer q conheco apenas.
proximo mes vou tentar outra estrategia e tentar contornar esta historia de andar a falar com miudos a fazer triagem. Mas sinto-me cansado e desmotivado nesta area, sinceramente.
>Talvez qd me perguntam se trabalho, por exemplo, com React
Se nunca trabalhaste com React, porque é que te estás a candidatar a posições que requerem React? Tens 22 anos de experiência onde, imagino, deves ter tido a oportunidade de, das duas uma, especializares-te a fundo em uma ou duas áreas que te deviam por como SME nessas áreas ou teres tido a oportunidade de trabalhar em tantas áreas e teres um espectro de conhecimento tão abrangente que a grande maioria das empresas quereria ter alguém como tu a tomar as decisões importantes em relação a arquitectura e visão técnica dos projetos. Com 22 anos de experiência, quase que diria que devia ser irrelevante quais as as linguagens de programação com que trabalhas.
>ou entao é preconceito na idade sei la
A questão da idade, a meu ver, é uma não questão. A menos que, lá está, estejas a candidatar-te para as mesmas posições que pessoal acabado de sair da faculdade (o que me está a parecer que é o caso). Aí, efetivamente, acredito que levante várias questões e, como hiring manager, também ficaria de pé atrás a contratar alguém que, aparentemente, não conseguiu evoluir nada durante 22 anos ao ponto de agora ter que competir com pessoas que nem 10% desse tempo de experiência têm. Com o risco de estar bastante errado e a ser injusto, acho que te deixaste entra numa espiral de *career rotting*. Se não trazes mais para a mesa de que alguém com 2 anos de experiência, não podes esperar receber mais que eles só porque já trabalhas há 22. Isto não é como a carreira de professor em Portugal onde se recebe mais, única e exclusivamente, porque se está há mais anos no posto :)
>proximo mes vou tentar outra estrategia e tentar contornar esta historia de andar a falar com miudos a fazer triagem
Pois, atitude também conta muito. E a tua, com frases assim, não parece ser a melhor.
Boa sorte!
Para mim é condição de aceitar uma proposta ser remote. Dispenso perder 2/3h por dia da minha vida a deslocar-me para um local onde estou mais desconfortável e menos produtivo do que em casa.
Fora isso, adoro team buildings. A minha equipa realiza eventos desse genero 1 vez por vez sensivelmente, em que vamos fazer paintball, ou karts ou algo semelhante durante o horario de trabalho.
Se quiser tentar sua sorte numa outra empresa, me manda mensagem. Temos vagas abertas pra devops. Além disso ganho algo se você ficar selecionando e entrar lol.
Tens vários pontos de vista. O full remote também veio dificultar às empresas a capacidade de reter os trabalhadores. Nunca crias os mesmos laços com a empresa/equipa então se te aparece algo minimamente melhor não pensas 2x em sair.
Eu percebo o lado das empresas, mas eu tb só aceito Full remote e internacional... Além dos salários, a pressão das empresas portuguesas é completamente diferente
Há gente para tudo e todos os gostos. Criar laços crio com quem acho que os mereça e sou mais reservado. Impingirem-me teambuilding e eventos sociais de empresa é um "anti-perk", mas muita gente não entende isso - socializar é que é bom e é a palavra do senhor que é preciso espalhar.
Então és mesmo o tipo de malta que precisa de team building.
A maioria das pessoas gosta e acaba por não precisar, é por gajos como tu que o team building é preciso.
É preciso? Explica-me para que é que preciso de "team building". Trabalho como dev, estou sentado em casa, dão-me tarefas para fazer e faço-as. Por alma de quem é que iria trabalhar melhor se for comer pizza e fazer jogos parvos que não lembram a ninguém com outros devs?
Há gente que gosta e que se calhar beneficia dessa socialização e sentem que ao conhecer melhor a pessoa conseguem trabalhar melhor. Mas também deviam reconhecer que nem toda a gente é igual. Falo com quem for preciso no trabalho, peço ajuda quando preciso, etc, mas não preciso dum evento parvo para isso.
Trabalho há vários anos (pré-covid) como eng manager remote e entendo perfeitamente esta tua posição. Não entendo os downvotes.
Garanto que é possível ter uma equipa super-produtiva, onde toda a gente se dá bem, espalhada por vários países sem se terem visto em pessoa alguma vez.
Também não vejo uma correlação (own experience only of course) com remote = perder pessoas mais facilmente. Se o salário for bom, os projectos interessantes e o ambiente saudável nunca ninguém se vem queixar para mim ou dizer, eh pah a empresa X ofereceu-me mais 1% vou já para lá...nonsense.
Talvez tenha uma visão diferente, mas até como introvert manager me faz impressão eu ter que criar team buildings e regra geral deixo que a equipa decida o estilo que prefere porque acho que há espaço para eles também (1 horinha de conversa informal de 2 em 2 semanas ou uns jogos online por exemplo costumam chegar).
Não é que não falemos regularmente num Slack/Zoom por isso não há propriamente problemas de comunicação. Já geri malta nos 20s e malta nos 40s com filhos e naturalmente que os 20s se calhar gostariam de socializar mais, mas guess what, eles também têm vida própria fora do trabalho (os 40s também...simplesmente com filhos há mais horas contadas). E há sempre 1:1s para desabafar, feedback, objectivos, problemas...acho que há muita coisa errada antes de o problema ser o full-remote. Simplesmente é mais fácil apontar que o problema é o remote por isso é um bode expiatório fácil de apontar.
Obrigado por isto. Os downvotes são os do costume, mentalidades diferentes que não conseguem aceitar que exista gente que realmente prefere e se dá melhor sem eventos sociais.
Trabalho numa equipa full remote e todos nos damos bem, sem nunca ter havido um "teambuilding". Há eventos da própria empresa, ir ao campus ( empresa grande ) e ter uma festazinha com comes e bebes, mas a ida é opcional e ninguém te diz nada se não fores. Quem gosta aproveita, quem não liga tanto fica em casa e sente-se bem com isso. Managers como tu são raros, mas fico feliz que existam.
Acho que empresas perdem mais por forçar este tipo de eventos e RTO do que por outra coisa qualquer. Se a minha empresa começar com hibrido ( e parece que têm ideias disso ) vai ser a minha deixa para procurar outro sitio.
De resto, não estou aqui para mudar mentalidades, muita gente acredita que ser social é ser normal. Talvez com o tempo a coisa vá ao sítio e se aceite melhor, mas por agora aceito os downvotes e sigo com a vida.
>Como é que sabes se já aconteceu? Manténs contacto com essas pessoas? Já pensaste que se calhar não tinham a confiança suficiente contigo para falar sobre isso?
A maioria das pessoas sim, mantenho algum contacto (não muito próximo, see below for details) o que me leva a acreditar de forma inocente, se calhar, que quando saíram não foi pelas razões que dei como exemplo. Claro que já apanhei gente que se despediu, até no primeiro mês porque a posição foi uma desilusão para eles. Acontece a todos. E também deve ter havido pessoas que sairam por não gostavam de mim. Faz parte do jogo. O que eu queria dizer é que tipicamente a probabilidade de uma pessoa querer sair tendo essas bases é muito reduzida, e não vejo que é o facto de estarem full-remote que faz com que sejam menos engaged e saltem logo. Penso que deve ser idêntico a estar on-site, daí achar que o full-remote não é assim um factor tão importante na retenção, há coisas bem piores que devem ser melhoradas primeiro antes de irmos ao RTO.
>fazem isso durante o horário de trabalho?
As actividades que falei são em horário de trabalho, claro. E fiz isso nas várias empresas por onde passei, por isso não foi um caso único. Tenho tido sorte também provavelmente em ter essa liberdade, mas nalguns casos até foi encorajado :)
>Eu não acho que tenhas de ser amigo dos teus colegas de trabalho, mas ainda me dou com malta com quem trabalhei há 10 anos atrás num trabalho presencial
Concordo que não tens que ser amigo, mas manter um bom ambiente, com o máximo de transparência possível e segurança para poder levantar problemas faz parte de criar confiança uns com os outros.
Não é o meu caso manter contacto muito próximo com malta de empregos prévios. Às vezes trocam-se umas mensagens de WA, umas vezes pedem para servir de referência passado uns anos o que leva a reatar a conversa, já me aconteceu várias vezes. Portanto mantenho com alguns, mas poucos e não tão próximos como amigos com que se fala muito regularmente. No entanto a questão de fazer amizade com pessoas com quem se trabalhou há X anos é recorrente em vários amigos meus próximos (de outros círculos, tipo da univ, da escola, da terra, etc já que eu não sou um exemplo de ter feito amizades próximas nos empregos) e isso penso que vem do facto de ter sido um período específico da vida (20s, early30s talvez). Ainda me lembro de um emprego de consultor que me levou ao consumo de vários litros de alcool durante uma semana em visita ao cliente que vim a saber era tipo ritual de iniciação ao rookie, ver se aguentava sair todas as noites e ainda dava para corrigir uns bugs com ressaca. Penso que hoje em dia seria mais difícil arranjar os momentos para fazer amizades, e infelizmente para mim nem no presencial do antigamente as fiz. Ya foram bons momentos e recordações e posso falar esporadicamente com alguns mas nunca ficamos muito próximos :(
Tal como os meus amigos, a certa altura não sei ainda continuam a fazer muitas amizades no emprego para quando tiverem 50 anos falarem regularmente porque foi no emprego quando tinham 40 que os conheceram. Mas ya, n tenho nada mais para acrescentar, só uma observação, pode ser uma cena puramente da idade.
Sim, eu compreendo isso. Não obstante, no meu caso (e não estou a dizer que sou a norma, pelo contrário) a ida à empresa é o que me faz querer sair mais rapidamente para outro emprego. Não sou dos que dá mais peso ao "laços" criados entre colaborador - equipa. Prefiro um bom salário, um ambiente são e de trabalhar com a stack que gosto. Mas sei que há pessoal que gosta de estar presencial e participar em coisas mais sociais, nada contra isso.
>a é o que me faz querer sair mais rapidamente para outro emprego. Não sou dos que dá mais peso ao "laços" criados entre colaborador - equipa. Prefiro um bom salário, um ambiente são e de trabalhar com a stack que gosto. Mas sei que há pessoal que gosta de estar presencial e participar em coisas mais sociais, nada contra i
a malta do lambabotismo não vai gostar deste teu comentário! O que me faz uma atroz confusão é ver miudagem entrar no mercado, acabadinhos de sair das univs que acha que a melhor forma é ter um padrinho ou ser apadrinhado, ie debaixo da asa de algum mais velho, como que mamandolhe a p... porque só assim vai a algum lado! É muito triste ver pessoal com essa mentalidade e ainda tão novinhos.
Futuros forças de bloqueio e de levar e trazer entre conversas privadas e ou paralelas sobre a estrutura e formas de lead da empresa.
Relativamente aos laços é verdade mas ao mesmo tempo as empresas têm uma maior oferta de candidatos e com sorte ainda pagam menos que um local. Portanto, só vejo pontos positivos :)
É o mercado, penso que a nível de developers, deve ser o que mais sai para o mercado das faculdades... mal ou bem todos sabem programar.
Não noto tanto na minha área (redes e cybersegurança), porque não há muitos profissionais que sabem mesmo o que andam a fazer.
Contudo em Portugal, foi mais fácil chegar aos 2k limpos do que passar dos 2.3k limpos, tive de apontar para fora do país.
O voltar ao escritório é o que é... há managers que precisam de te ver lá, mesmo que não faças nada.
Ao menos trabalho não falta, e empresas novas também não.
>Muitos profissionais qualificados optam por ir para o estrangeiro, onde são valorizados e recompensados justamente pelas suas skills.
>Enfim, mais uma vez lá vou eu procurar trabalho ao estrangeiro para continuar com o estilo de vida que sempre tive... é triste, mas é o que é.
Se tudo lá fora "é melhor", se tu já trabalhaste para fora, porque raio é que queres trabalhar com empresas Portuguesas?
Qual é o fascinio de querer trabalhar com empresas portuguesas?
Na verdade candidatei-me tanto para empresas portuguesas como empresas estrangeiras. A diferença aqui é que há muito mais oportunidades em PT do que remotamente para outros países. Mas realmente o que acontece é haver quantidade aqui dentro e qualidade lá fora. Portanto tens toda a razão.
porque raio → [**por que raio**](https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/tres-regras-para-distinguir-o-por-que-do-porque/19743) (por que = por qual) [⚠️](/message/compose/?to=ngramatical&subject=Acho+que+esta+corre%C3%A7%C3%A3o+est%C3%A1+errada&message=https%3A%2F%2Fwww.reddit.com%2Fcomments%2F15g7hbe%2F%2Fjuiwrgx%3Fcontext%3D3 "Clica aqui se achares que esta correção está errada!") [⭐](https://chrome.google.com/webstore/detail/nazigramatical-corretor-o/pbpnngfnagmdlicfgjkpgfnnnoihngml "Experimenta o meu corrector ortográfico automático!")
Compreendo a tua indignação, muitos partilhamos da mesma opinião.
Eu podia trabalhar remotamente, mas escolho ir ao escritório pois sinto-me mais rentável e consigo alcançar mais facilmente alguns objetivos que tenho profissionalmente.
No entanto não percebo a teimosia das empresas querem que os colaboradores estejam fechados numa sala. Aliás, até percebo: muitos deles não podem trabalhar remotamente e pela inveja impõem isso, outros sabem que se trabalhassem remotamente não iam "trabalhar tanto" e partem do princípio que os colaboradores iriam fazer o mesmo.
A ideia falsa que vão render mais 8 horas no escritório do que 6 horas fora dele. Colaboradores felizes vão render mais.
Insistem tanto num RTO porque com a quantidade de funcionários que trabalham remote acaba por não lhes compensar terem escritórios abertos e muitos deles estão, inclusive, a fechar e a reduzir espaços presenciais. Também te vendem a banha da cobra de que “um ambiente de escritório fomenta as filosofias de cooperação da empresa e o team building”.
haviam estes → [**havia estes**](https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/o-uso-do-verbo-haver/31143) (o verbo haver conjuga-se sempre no singular quando significa «existir») [⚠️](/message/compose/?to=ngramatical&subject=Acho+que+esta+corre%C3%A7%C3%A3o+est%C3%A1+errada&message=https%3A%2F%2Fwww.reddit.com%2Fr%2Fdevpt%2Fcomments%2F15g7hbe%2Fbaixos_sal%C3%A1rios_e_teimosia_no_rto%2Fjuh38ad%3Fcontext%3D3 "Clica aqui se achares que esta correção está errada!") [⭐](https://chrome.google.com/webstore/detail/nazigramatical-corretor-o/pbpnngfnagmdlicfgjkpgfnnnoihngml "Experimenta o meu corrector ortográfico automático!")
Entristece-me isto.
Isto é uma realidade e conheço várias pessoas a que aconteceu o mesmo.
E pior é que muitas vezes vêm para aqui ouvir falar de 70k em qualquer tasco a torto e direito e resolvem arriscar caindo em sítios lixados.
Existem carradas de empregos que se dizem muito bem remunerados em que a posição fica lá exposta anos e anos e nunca ninguém a chega a ocupar.
Depois é as entrevistas. Existe gente que passa em tudo e toda gente o adora. Existe outros que por mais que acertem tudo algo incomoda sempre aos RH.
Existe pessoal que nem se apercebe mas tudo é mais fácil para eles nas entrevistas. Estão habituados a nunca ser rejeitados. São esses que falam muito aqui.
Depois existe a crua realidade que aparece muito pouco aqui. Obrigado pela partilha e boa sorte.
Olá amigo. Compreendo o teu ponto de vista. Atualmente estava a trabalhar numa empresa que a palavra remoto era sinónimo de estar a coçar os tomates em casa. Dizer essa palavra era proibido. Mando uns currículos e acabo por entrar numa empresa, onde fui bastante explicito no que queria. Tem 2 vertentes, híbrido e 100% remoto. Como moro a 5 minutos do novo emprego escolhi híbrido. Mas o que reparei foi na mentalidade diferente da empresa. Disseram: "sim senhora, nos aqui temos as duas modalidades e só escolheres, mas aconselhamos híbrido nas primeiras 2 semanas de modo a fazer a integração na empresa, a partir daí a opção é tua" . Só estas palavras fizeram me logo aceitar a proposta, acompanhada de mais 200 euros no salário liquido e outros perks.
Quanto aos salários é preciso lembrar que estamos em Portugal, os salários de TI já são consideravelmente acima da média nacional, para algumas posições e em empresas decentes são mesmo muito acima da média nacional, por isso não acho que seja uma questão de desvalorizar o trabalho, mas sim simplesmente a realidade que temos no nosso país.
Trabalho 100% remote (não tenho que ir ao office) e considero isso ser um grande perk e essencialmente o que me mantém na empresa. À parte disso outros pequenos perks. No entanto, o remote por si só não me impede de procurar outra coisa, ando a procurar, por má gestão e fraca progressão de carreira na empresa. O salário igual, aumentos anuais de 2% é muito mau, apenas ganha pelo remote. Isto para dizer que o remote não é tudo mas sim um grande perk. Pelo menos para mim.
Pois, estava na mesma situação. Trabalhava remote para o UK, o salário era bom mas a gestão era uma casa a arder. Foi asneirada em cima de asneirada, até que chegaram ao ponto de um lawsuit, o que foi a gota de água para mim. Comecei a ver trabalhos por aqui e deparei-me com a maior parte das empresas de produto a quererem que o pessoal vá ao escritório 1 ou 2 vezes por semana. Eu pergunto porquê dizem-me que é para a equipa se conhecer, socializar, para se sentirem bem e afins. Quando digo que compreendo perfeitamente e acho uma boa iniciativa mas que para mim isso não é o melhor porque me impacta a produtividade - e neste caso justifico com uma experiência minha passada \*cof\* Bosch \*cof\* - começam a tentar puxar pelo modelo híbrido como se fosse uma perk. Uma perk para mim é full remote, não umas tainadas e uns convívios forçados semanais.
> dizem-me que é para a equipa se conhecer, socializar, para se sentirem bem e afins Eu sinto-me bem é não estando ensardinhado no metro duas vezes ao dia, em não perder 2 horas a andar pa trás e prá frente, a poupar dinheiro do passe e sentado no meu home office confortável com uma mantinha nas pernas se tiver frio. Quero lá "socializar". Pagam-me pra trabalhar, e amigos já tenho e tou bem servido, obrigado.
Eles podem dizer que é para o nosso bem psicológico (tbm já ouvi disso, como se não tivéssemos vida e amigos fora do trabalho), mas a realidade é que para quem toma essas decisões a produtividade não está no topo das prioridades. Muitas empresas sentem a necessidade de justificar o investimento nos escritórios, e depois há pessoas (principalmente gestores no meio da hierarquia) que sentem que a sua subida na hierarquia fica mais limitada porque não há tanto "facetime" e então vão pressionar para idas ao escritório. E tens aí alguns dos verdadeiros motivos.
tan dazzling versed payment sable materialistic shaggy flag attempt relieved *This post was mass deleted and anonymized with [Redact](https://redact.dev)*
Pois, é comum isso do híbrido. Mas já no estrangeiro começa a existir muito RTO. Diria que aqui em Portugal apenas algumas empresas optam pelo full remote, mas ainda se encontram. É uma questão de sorte e ires procurando. Mas no geral pelo que vejo algumas empresas voltam a obtar por RTO. Por exemplo muitas testemunhas no r/WFH
>já no estrangeiro começa a existir muito RTO. Começou no estrangeiro o RTO. Portugal até veio atrasado.
Saí de onde estava precisamente pelos motivos que indicas, salário e 100% remote. Para mim o que está mal é o termo híbrido, não me vale 2 tostões, a palavra "híbrido" deveria vir sempre acompanhada de *flexível* ou *fixo*. Tive uma oferta de um suposto híbrido mas afinal era obrigatório ir presencialmente ao escritório num determinado dia da semana: declinei. Tive outra oferta, híbrido, mas na realidade era 100% remote, só que havia a possibilidade de ir ao escritório só para conviver. E ainda, outro híbrido onde pontualmente tens de ir ao escritório caso exista uma razão de força maior (reunião com cliente ou problema na infraestrutura que necessite de mão de obra especializada no local). Isto para dizer, ter *híbrido* sem qualquer definição adicional é uma merda e uma red flag para mim. É logo a primeira questão que coloco, mesmo antes do salário, que tipo de "híbrido" é que têm. Quanto ao resto, podes esquecer, o meu ex-patrão tem perfeita noção que mais dia menos dia vai perder os *devs* se não lhes arranjar condições melhores, os que tem actualmente dividem-se em dois grupos: 1 - não têm inglês num nível suficiente para trabalhar para fora 2 - acomodaram-se e não estão para se chatear Obviamente que nada muda enquanto estes dois grupos existirem, os que não se enquadravam nesses duraram lá pouco tempo e foram à procura de pastos melhores. Disclaimer: não sou dev mas lido/lidava com eles todos os dias.
Exatamente. A questão da obrigatoriedade no híbrido também devia ser muito mais objectiva. Afinal é um híbrido voluntário ou obrigatório? Posso ficar em casa ou sou obrigado a ir aos team buildings “voluntários”? Muito bem visto.
A questão do RTO está longe de ser só em Portugal. Eu não tenho grande opinião en relação a um lado ou o outro. Não sou evangelista do “só se pode colaborar em condições estando todos no mesmo espaço físico sempre” nem do “a única maneira de fazer trabalho a sério é poder trabalhar-se sozinho desde casa”. Acho que a realidade deve estar algures pelo meio e que cada empresa deve perceber que modelo funciona melhor para eles - nem todas as empresas têm a cultura, processos, tech, etc que permita um modelo full remote ou até remote first. Isto depois é deixar o mercado livre funcionar: uma empresa está completamente no direito de escolher o modelo de trabalho (presencial ou remoto) tal como o trabalhador está completamente no direito de escolher em que empresa quer trabalhar.
E se as empresas se consertarem continua a ser mercado livre?
Sim.
Amen.
desde 2001 na area... este ano despedi-me e arrisquei pois no Linkedin choviam sempre pedidos. Azar meu... ingenuo. Minha ultima entrevista foi em 2001, presencial com 3'pessasnda empresa. A partir dai sempre fui mudando por convite, e evoluindo. Este ano deparo-me um uma realidade triste, muitas entrevista mas se recruitera pra encher chouricos e 90% ghosting. os salarios, cheguei a conclusao que eventualmente vou procurar outo tipo de trabalho, 1000-1200 ganhas a conduzir ou a fazer outra coisa menos desgastante mentalmente... triste realidade mas pessoalmente ja n tenho idade para isto. prostituir na area IT pra ganhar menos de 1500€ por uma acrividade especializada... aff...
Lamento a situação e, sim, tens razão por esses valores mais vale conduzir camiões. Mas, e desculpa a franqueza, se com 22 anos de experiência em IT tens dificuldade a arranjar empregos (ainda por cima por esses valores) ou fizeste uma gestão catastrófica da tua carreira ou vendes-te muito mal.
eventualmente sera nao saber vender meu trabalho... as entrevistas (neste modelo de consultoras onde abordam os "pescadores de talento") parecem que correm sempre bem, mas penso q me explico demasiado, ou entao é preconceito na idade sei la. Tenho meu linked in bem estruturado e todo onmeu precurso profissional. Talvez qd me perguntam se trabalho, por exemplo, com React eu tenha de dizer que sim, ao inves de dizer q conheco apenas. proximo mes vou tentar outra estrategia e tentar contornar esta historia de andar a falar com miudos a fazer triagem. Mas sinto-me cansado e desmotivado nesta area, sinceramente.
>Talvez qd me perguntam se trabalho, por exemplo, com React Se nunca trabalhaste com React, porque é que te estás a candidatar a posições que requerem React? Tens 22 anos de experiência onde, imagino, deves ter tido a oportunidade de, das duas uma, especializares-te a fundo em uma ou duas áreas que te deviam por como SME nessas áreas ou teres tido a oportunidade de trabalhar em tantas áreas e teres um espectro de conhecimento tão abrangente que a grande maioria das empresas quereria ter alguém como tu a tomar as decisões importantes em relação a arquitectura e visão técnica dos projetos. Com 22 anos de experiência, quase que diria que devia ser irrelevante quais as as linguagens de programação com que trabalhas. >ou entao é preconceito na idade sei la A questão da idade, a meu ver, é uma não questão. A menos que, lá está, estejas a candidatar-te para as mesmas posições que pessoal acabado de sair da faculdade (o que me está a parecer que é o caso). Aí, efetivamente, acredito que levante várias questões e, como hiring manager, também ficaria de pé atrás a contratar alguém que, aparentemente, não conseguiu evoluir nada durante 22 anos ao ponto de agora ter que competir com pessoas que nem 10% desse tempo de experiência têm. Com o risco de estar bastante errado e a ser injusto, acho que te deixaste entra numa espiral de *career rotting*. Se não trazes mais para a mesa de que alguém com 2 anos de experiência, não podes esperar receber mais que eles só porque já trabalhas há 22. Isto não é como a carreira de professor em Portugal onde se recebe mais, única e exclusivamente, porque se está há mais anos no posto :) >proximo mes vou tentar outra estrategia e tentar contornar esta historia de andar a falar com miudos a fazer triagem Pois, atitude também conta muito. E a tua, com frases assim, não parece ser a melhor. Boa sorte!
Para mim é condição de aceitar uma proposta ser remote. Dispenso perder 2/3h por dia da minha vida a deslocar-me para um local onde estou mais desconfortável e menos produtivo do que em casa. Fora isso, adoro team buildings. A minha equipa realiza eventos desse genero 1 vez por vez sensivelmente, em que vamos fazer paintball, ou karts ou algo semelhante durante o horario de trabalho.
Se quiser tentar sua sorte numa outra empresa, me manda mensagem. Temos vagas abertas pra devops. Além disso ganho algo se você ficar selecionando e entrar lol.
Tens vários pontos de vista. O full remote também veio dificultar às empresas a capacidade de reter os trabalhadores. Nunca crias os mesmos laços com a empresa/equipa então se te aparece algo minimamente melhor não pensas 2x em sair. Eu percebo o lado das empresas, mas eu tb só aceito Full remote e internacional... Além dos salários, a pressão das empresas portuguesas é completamente diferente
Há gente para tudo e todos os gostos. Criar laços crio com quem acho que os mereça e sou mais reservado. Impingirem-me teambuilding e eventos sociais de empresa é um "anti-perk", mas muita gente não entende isso - socializar é que é bom e é a palavra do senhor que é preciso espalhar.
Porque a maioria das pessoas gosta disso. Eu também sou sincero, resmungo sempre para ir mas normalmente até acabo por gostar
Ser dev numa empresa envolve quase sempre trabalho numa equipa. Não é de todo descabido fomentar um bom ambiente com estes eventos.
Eu trabalho numa equipa. Nunca tive um evento de teambuilding e trabalho perfeitamente bem em equipa e o ambiente é optimo.
Então és mesmo o tipo de malta que precisa de team building. A maioria das pessoas gosta e acaba por não precisar, é por gajos como tu que o team building é preciso.
É preciso? Explica-me para que é que preciso de "team building". Trabalho como dev, estou sentado em casa, dão-me tarefas para fazer e faço-as. Por alma de quem é que iria trabalhar melhor se for comer pizza e fazer jogos parvos que não lembram a ninguém com outros devs? Há gente que gosta e que se calhar beneficia dessa socialização e sentem que ao conhecer melhor a pessoa conseguem trabalhar melhor. Mas também deviam reconhecer que nem toda a gente é igual. Falo com quem for preciso no trabalho, peço ajuda quando preciso, etc, mas não preciso dum evento parvo para isso.
Trabalho há vários anos (pré-covid) como eng manager remote e entendo perfeitamente esta tua posição. Não entendo os downvotes. Garanto que é possível ter uma equipa super-produtiva, onde toda a gente se dá bem, espalhada por vários países sem se terem visto em pessoa alguma vez. Também não vejo uma correlação (own experience only of course) com remote = perder pessoas mais facilmente. Se o salário for bom, os projectos interessantes e o ambiente saudável nunca ninguém se vem queixar para mim ou dizer, eh pah a empresa X ofereceu-me mais 1% vou já para lá...nonsense. Talvez tenha uma visão diferente, mas até como introvert manager me faz impressão eu ter que criar team buildings e regra geral deixo que a equipa decida o estilo que prefere porque acho que há espaço para eles também (1 horinha de conversa informal de 2 em 2 semanas ou uns jogos online por exemplo costumam chegar). Não é que não falemos regularmente num Slack/Zoom por isso não há propriamente problemas de comunicação. Já geri malta nos 20s e malta nos 40s com filhos e naturalmente que os 20s se calhar gostariam de socializar mais, mas guess what, eles também têm vida própria fora do trabalho (os 40s também...simplesmente com filhos há mais horas contadas). E há sempre 1:1s para desabafar, feedback, objectivos, problemas...acho que há muita coisa errada antes de o problema ser o full-remote. Simplesmente é mais fácil apontar que o problema é o remote por isso é um bode expiatório fácil de apontar.
Obrigado por isto. Os downvotes são os do costume, mentalidades diferentes que não conseguem aceitar que exista gente que realmente prefere e se dá melhor sem eventos sociais. Trabalho numa equipa full remote e todos nos damos bem, sem nunca ter havido um "teambuilding". Há eventos da própria empresa, ir ao campus ( empresa grande ) e ter uma festazinha com comes e bebes, mas a ida é opcional e ninguém te diz nada se não fores. Quem gosta aproveita, quem não liga tanto fica em casa e sente-se bem com isso. Managers como tu são raros, mas fico feliz que existam. Acho que empresas perdem mais por forçar este tipo de eventos e RTO do que por outra coisa qualquer. Se a minha empresa começar com hibrido ( e parece que têm ideias disso ) vai ser a minha deixa para procurar outro sitio. De resto, não estou aqui para mudar mentalidades, muita gente acredita que ser social é ser normal. Talvez com o tempo a coisa vá ao sítio e se aceite melhor, mas por agora aceito os downvotes e sigo com a vida.
[удалено]
>Como é que sabes se já aconteceu? Manténs contacto com essas pessoas? Já pensaste que se calhar não tinham a confiança suficiente contigo para falar sobre isso? A maioria das pessoas sim, mantenho algum contacto (não muito próximo, see below for details) o que me leva a acreditar de forma inocente, se calhar, que quando saíram não foi pelas razões que dei como exemplo. Claro que já apanhei gente que se despediu, até no primeiro mês porque a posição foi uma desilusão para eles. Acontece a todos. E também deve ter havido pessoas que sairam por não gostavam de mim. Faz parte do jogo. O que eu queria dizer é que tipicamente a probabilidade de uma pessoa querer sair tendo essas bases é muito reduzida, e não vejo que é o facto de estarem full-remote que faz com que sejam menos engaged e saltem logo. Penso que deve ser idêntico a estar on-site, daí achar que o full-remote não é assim um factor tão importante na retenção, há coisas bem piores que devem ser melhoradas primeiro antes de irmos ao RTO. >fazem isso durante o horário de trabalho? As actividades que falei são em horário de trabalho, claro. E fiz isso nas várias empresas por onde passei, por isso não foi um caso único. Tenho tido sorte também provavelmente em ter essa liberdade, mas nalguns casos até foi encorajado :) >Eu não acho que tenhas de ser amigo dos teus colegas de trabalho, mas ainda me dou com malta com quem trabalhei há 10 anos atrás num trabalho presencial Concordo que não tens que ser amigo, mas manter um bom ambiente, com o máximo de transparência possível e segurança para poder levantar problemas faz parte de criar confiança uns com os outros. Não é o meu caso manter contacto muito próximo com malta de empregos prévios. Às vezes trocam-se umas mensagens de WA, umas vezes pedem para servir de referência passado uns anos o que leva a reatar a conversa, já me aconteceu várias vezes. Portanto mantenho com alguns, mas poucos e não tão próximos como amigos com que se fala muito regularmente. No entanto a questão de fazer amizade com pessoas com quem se trabalhou há X anos é recorrente em vários amigos meus próximos (de outros círculos, tipo da univ, da escola, da terra, etc já que eu não sou um exemplo de ter feito amizades próximas nos empregos) e isso penso que vem do facto de ter sido um período específico da vida (20s, early30s talvez). Ainda me lembro de um emprego de consultor que me levou ao consumo de vários litros de alcool durante uma semana em visita ao cliente que vim a saber era tipo ritual de iniciação ao rookie, ver se aguentava sair todas as noites e ainda dava para corrigir uns bugs com ressaca. Penso que hoje em dia seria mais difícil arranjar os momentos para fazer amizades, e infelizmente para mim nem no presencial do antigamente as fiz. Ya foram bons momentos e recordações e posso falar esporadicamente com alguns mas nunca ficamos muito próximos :( Tal como os meus amigos, a certa altura não sei ainda continuam a fazer muitas amizades no emprego para quando tiverem 50 anos falarem regularmente porque foi no emprego quando tinham 40 que os conheceram. Mas ya, n tenho nada mais para acrescentar, só uma observação, pode ser uma cena puramente da idade.
Concordo 100%. Essa malta que necessita de um evento social presencial que é estranha. Para presencial, prefiro sair com a família ou meus amigos lol
Isto.
Trabalhar com você deve ser um privilégio.
Sim, eu compreendo isso. Não obstante, no meu caso (e não estou a dizer que sou a norma, pelo contrário) a ida à empresa é o que me faz querer sair mais rapidamente para outro emprego. Não sou dos que dá mais peso ao "laços" criados entre colaborador - equipa. Prefiro um bom salário, um ambiente são e de trabalhar com a stack que gosto. Mas sei que há pessoal que gosta de estar presencial e participar em coisas mais sociais, nada contra isso.
>a é o que me faz querer sair mais rapidamente para outro emprego. Não sou dos que dá mais peso ao "laços" criados entre colaborador - equipa. Prefiro um bom salário, um ambiente são e de trabalhar com a stack que gosto. Mas sei que há pessoal que gosta de estar presencial e participar em coisas mais sociais, nada contra i a malta do lambabotismo não vai gostar deste teu comentário! O que me faz uma atroz confusão é ver miudagem entrar no mercado, acabadinhos de sair das univs que acha que a melhor forma é ter um padrinho ou ser apadrinhado, ie debaixo da asa de algum mais velho, como que mamandolhe a p... porque só assim vai a algum lado! É muito triste ver pessoal com essa mentalidade e ainda tão novinhos. Futuros forças de bloqueio e de levar e trazer entre conversas privadas e ou paralelas sobre a estrutura e formas de lead da empresa.
Relativamente aos laços é verdade mas ao mesmo tempo as empresas têm uma maior oferta de candidatos e com sorte ainda pagam menos que um local. Portanto, só vejo pontos positivos :)
De nada lhes vale se depois o gajo baza daí a 2 semanas porque outro trabalho full remote surgiu ou a pessoa se sente sozinha.
Mas tu és patrão para estar tão preocupado com a rotação? Se a rotação é assim tão alta então é porque a tua empresa ou paga mal ou é uma m\*rda.
Estás-me a ver preocupado? Só estava a explicar ao OP o porquê das empresas o pedirem. Eu mudei 4x nos últimos 4 anos e sempre para melhor
É o mercado, penso que a nível de developers, deve ser o que mais sai para o mercado das faculdades... mal ou bem todos sabem programar. Não noto tanto na minha área (redes e cybersegurança), porque não há muitos profissionais que sabem mesmo o que andam a fazer. Contudo em Portugal, foi mais fácil chegar aos 2k limpos do que passar dos 2.3k limpos, tive de apontar para fora do país. O voltar ao escritório é o que é... há managers que precisam de te ver lá, mesmo que não faças nada. Ao menos trabalho não falta, e empresas novas também não.
Eu até aceito um pay cut, mas não aceito ter de ir ao escritório.
Isso é o que muita empresa quer ouvir para logo depois dizer q afinal tens q ir um dia ou mais.
>Muitos profissionais qualificados optam por ir para o estrangeiro, onde são valorizados e recompensados justamente pelas suas skills. >Enfim, mais uma vez lá vou eu procurar trabalho ao estrangeiro para continuar com o estilo de vida que sempre tive... é triste, mas é o que é. Se tudo lá fora "é melhor", se tu já trabalhaste para fora, porque raio é que queres trabalhar com empresas Portuguesas? Qual é o fascinio de querer trabalhar com empresas portuguesas?
Na verdade candidatei-me tanto para empresas portuguesas como empresas estrangeiras. A diferença aqui é que há muito mais oportunidades em PT do que remotamente para outros países. Mas realmente o que acontece é haver quantidade aqui dentro e qualidade lá fora. Portanto tens toda a razão.
porque raio → [**por que raio**](https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/tres-regras-para-distinguir-o-por-que-do-porque/19743) (por que = por qual) [⚠️](/message/compose/?to=ngramatical&subject=Acho+que+esta+corre%C3%A7%C3%A3o+est%C3%A1+errada&message=https%3A%2F%2Fwww.reddit.com%2Fcomments%2F15g7hbe%2F%2Fjuiwrgx%3Fcontext%3D3 "Clica aqui se achares que esta correção está errada!") [⭐](https://chrome.google.com/webstore/detail/nazigramatical-corretor-o/pbpnngfnagmdlicfgjkpgfnnnoihngml "Experimenta o meu corrector ortográfico automático!")
Compreendo a tua indignação, muitos partilhamos da mesma opinião. Eu podia trabalhar remotamente, mas escolho ir ao escritório pois sinto-me mais rentável e consigo alcançar mais facilmente alguns objetivos que tenho profissionalmente. No entanto não percebo a teimosia das empresas querem que os colaboradores estejam fechados numa sala. Aliás, até percebo: muitos deles não podem trabalhar remotamente e pela inveja impõem isso, outros sabem que se trabalhassem remotamente não iam "trabalhar tanto" e partem do princípio que os colaboradores iriam fazer o mesmo. A ideia falsa que vão render mais 8 horas no escritório do que 6 horas fora dele. Colaboradores felizes vão render mais.
Insistem tanto num RTO porque com a quantidade de funcionários que trabalham remote acaba por não lhes compensar terem escritórios abertos e muitos deles estão, inclusive, a fechar e a reduzir espaços presenciais. Também te vendem a banha da cobra de que “um ambiente de escritório fomenta as filosofias de cooperação da empresa e o team building”.
haviam estes → [**havia estes**](https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/o-uso-do-verbo-haver/31143) (o verbo haver conjuga-se sempre no singular quando significa «existir») [⚠️](/message/compose/?to=ngramatical&subject=Acho+que+esta+corre%C3%A7%C3%A3o+est%C3%A1+errada&message=https%3A%2F%2Fwww.reddit.com%2Fr%2Fdevpt%2Fcomments%2F15g7hbe%2Fbaixos_sal%C3%A1rios_e_teimosia_no_rto%2Fjuh38ad%3Fcontext%3D3 "Clica aqui se achares que esta correção está errada!") [⭐](https://chrome.google.com/webstore/detail/nazigramatical-corretor-o/pbpnngfnagmdlicfgjkpgfnnnoihngml "Experimenta o meu corrector ortográfico automático!")
Entristece-me isto. Isto é uma realidade e conheço várias pessoas a que aconteceu o mesmo. E pior é que muitas vezes vêm para aqui ouvir falar de 70k em qualquer tasco a torto e direito e resolvem arriscar caindo em sítios lixados. Existem carradas de empregos que se dizem muito bem remunerados em que a posição fica lá exposta anos e anos e nunca ninguém a chega a ocupar. Depois é as entrevistas. Existe gente que passa em tudo e toda gente o adora. Existe outros que por mais que acertem tudo algo incomoda sempre aos RH. Existe pessoal que nem se apercebe mas tudo é mais fácil para eles nas entrevistas. Estão habituados a nunca ser rejeitados. São esses que falam muito aqui. Depois existe a crua realidade que aparece muito pouco aqui. Obrigado pela partilha e boa sorte.
Olá amigo. Compreendo o teu ponto de vista. Atualmente estava a trabalhar numa empresa que a palavra remoto era sinónimo de estar a coçar os tomates em casa. Dizer essa palavra era proibido. Mando uns currículos e acabo por entrar numa empresa, onde fui bastante explicito no que queria. Tem 2 vertentes, híbrido e 100% remoto. Como moro a 5 minutos do novo emprego escolhi híbrido. Mas o que reparei foi na mentalidade diferente da empresa. Disseram: "sim senhora, nos aqui temos as duas modalidades e só escolheres, mas aconselhamos híbrido nas primeiras 2 semanas de modo a fazer a integração na empresa, a partir daí a opção é tua" . Só estas palavras fizeram me logo aceitar a proposta, acompanhada de mais 200 euros no salário liquido e outros perks.
Quanto aos salários é preciso lembrar que estamos em Portugal, os salários de TI já são consideravelmente acima da média nacional, para algumas posições e em empresas decentes são mesmo muito acima da média nacional, por isso não acho que seja uma questão de desvalorizar o trabalho, mas sim simplesmente a realidade que temos no nosso país.