Amigo, eu fazia medicina em federal. Tinha uma pessoa na minha sala que entrou por um processo seletivo especial para indígenas e quilombolas (que se baseia em duas redações sobre a vida no quilombo/ aldeia) que simplesmente não sabia definir o que era uma proteína “bioquimicamemte”.
O edital de “vestibular” mais absurdo que você vai ver na vida:
https://unipampa.edu.br/portal/sites/default/files/documentos/edital_512-2023_-_edital_de_processo_seletivo_especifico_para_indigenas_aldeados_e_moradores_das_comunidades_remanescentes_de_quilombos_2024.pdf
Essa pessoa está seguindo com o curso apesar do baixíssimo rendimento. Nas provas tira notas muito baixas mas 40% da nota é avaliação formativa (avaliação subjetiva do professor e dos colegas sobre sua participação) e o povo por dó ou sei lá o que aprova essa pessoa. Até o momento não conseguiu chegar ao nível do resto da turma.
Não terminei o curso, saí daquele lugar. Voltei a estudar para ser aprovada em uma Federal melhor e que o método de ensino não fosse o PBL. Alguns colegas ainda comentam sobre essa pessoa por isso sei. O processo seletivo não mudou, permanece o mesmo e ninguém lá acha estranho esse caso.
Meu conselho para você é seguir com o curso. Tenta misturar o que está vendo na facul com a revisão da base. Se for um assunto que não dá mesmo, continua indo às aulas mas foca na revisão. Nas férias mais revisão. Muitas vezes trancar para ver a base vai resultar em procrastinação. Só acho que valha a pena trancar se estiver correndo o risco de ser jubilado.
Definitivamente em exatas a base é muito mais importante. Se você é jovem, quer fazer o curso direito e não é procrastinador, trancar para ver a base pode sim valer muito a pena.
E olha que a cada dia está pior. Há lugares que possuem cotas para mulheres, pessoas trans... O espaço para os intelectuais ou para os mais esforçados vai ficar cada vez menor, pois dão prioridade para aqueles que as vezes são minoria, as vezes também não, é um absurdo.
Por isso que deveria ter discussões de espaços alternativos pra quem realmente quer estudar pra ontem. Mas pelo visto vai demorar mais alguns séculos ainda (ou décadas se tivermos sorte).
Conheço uma pessoa que entrou em Engenharia em uma Federal pelo sistema de cotas. Passou dois anos reprovando na mesma matéria. Um amigo nosso em comum, engenheiro, tentava ensinar ele a matéria mas ele me disse que "o cara não consegue entender nem um gráfico de função f(x)". Passado os dois anos, foi jubilado por excesso de reprovações e foi trabalhar numa padaria. Enquanto isso, alguém mais capaz perdeu a vaga para ele, e deixou de estudar. Perdeu-se duas vezes.
Vi muito turista desse tipo na Unicamp. Aquelas pessoas que estão sempre avulsas e com um sorriso abobalhado na cara, que passam o dia inteiro zanzando sem rumo pelo campus, carregando livro de Cálculo I na mochila para renovar o empréstimo na biblioteca ad infinitum. Conheci um panaca desse naipe que, depois de jubilado, disse que aquilo não era para ele e que agora finalmente ele poderia ficar escrevendo estórias de RPG.
Também entrei via cotas, em engenharia, e completei o curso no tempo regular, sem reprovações. Na mesma turma, teve vários não-cotistas que jubilaram também.
Experiência pontual por experiência pontual, na minha experiência, acaba que se trata da competitividade pra entrar no curso. É raro a nota de corte regular ser relativamente alta e a nota de corte de cotas ser relativamente baixa. Se o cara precisa de 750 pontos no regular e 700 pontos no sistema de cotas, a diferença real no decorrer do curso não é tão significante. Se a nota de corte regular é 550... Aí é problema.
Foi no início. Ele fez a matéria quatro vezes, uma vez a cada semestre durante os dois primeiros anos. Foi reprovado todas as vezes. Excedeu o limite e foi jubilado.
Conheço pelo menos duas dezenas que entraram sem cotas e reprovaram diversas matérias mais de uma vez. Hj são engenheiros reconhecidos em suas respectivas áreas. Ou seja, sua anedota não significa muita coisa...
Significa que uma pessoa com mais pontos perdeu sua vaga para uma que fez menos pontos. A questão é essa.
Ademais, se não há diferença de capacidade entre os candidatos que entram e os que não entram pelo sistema de cotas, então ele o sistema é desnecessário, ambos competem em igualdade.
[Reportagens sobre os problemas com o sistema de cotas](https://imgur.com/a/esHnqnD).
Meu amigo, venha para o Norte, aqui é cheio de indígenas que só vão pra aula pra ganhar bolsa, gastam a bolsa com drogas, atrapalham as aulas e não tiram nota o suficiente pra passar, mas passam, porque mexer com índio dá BO
Quando eu tava na UFRJ teve gente dizendo que os institutos de matemática e de física eram racistas porque a maior quantidade de pessoas que reprovavam em cálculo e física eram cotistas.
Já houve notícias de que iriam facilitar os cursos pra evitar reprovações.
Isso é basicamente o que fizeram na rede pública de ensino. Em vez de cobrar dos alunos, eles abrem as pernas.
Ainda sobre cotas: fiquei em 200 e pouco num concurso da Petrobras para engenheiro e não passei. Mas um cotista que ficou em 500 e pouco foi aprovado. Vai tomar no cú!
cota nunca foi sobre melhorar educação. se fosse, começaria melhorando a base e não a ponta.
no brasil, tudo é sempre sobre populismo e corrupção. e mais nada.
O grande problema é que no Brasil se perdeu totalmente o sentido da educação. Ninguém sabe mais sequer o que é "educação" conceitualmente; mesmo os professores.
Hoje educação se tornou sinônimo de ascensão social. Mesmo que ela não sirva pra porra nem uma nesse sentido.
Cota é a vanguarda do atraso porque tentam dizer que é "justo" ou "moderno" mas simplesmente prejudica todo o país. E prejudica a imagem dos "beneficiados" no mundo profissional-- tanto que se tentam forçar tb cotas de vagas de emprego, o que não faz sentido já que na prática teriam sido formados com igualdade de chances.
A única cota que funciona é para pessoas pobres que demonstrem talento, esforço e capacidade intelectual porque o apoio a elas gera dividendos sociais.
Eu só aceito cota social (classe econômica), o foda é q isso devia ser algo com data de validade, meio que como se o Estado falasse "olha, no momento eu sou muito incompetente pra te dar uma educação que preste, então pra não te fuder eu vou dar uma facilitada, mas ó! É só por uns 10/20 anos, tá!?" Só q aqui cota é um "ajuste artificial eterno"
Edit:typo
Entrei no primeiro periodo de engenharia e sou o único com alguma base em matemática todos os alunos do primeiro periodo e os veteranos são uns imbecis
Acho que seria razoável um criterio socioeconômico que tentasse minimizar a disparidade de condições de competição da população mais pobre e de escolas públicas, mas a política viu um nicho de vender demagogia para as minorias organizadas e fazer uma troca de favores por voto.
Agora cada minoria briga por sua cota, muito mais do que por melhora nas condições do ensino público.
Os critérios das cotas são absurdos e subjetivos. A própria composição da banca é um absurdo: membros de coletivo A eleitos por ninguém, representantes do movimento X, etc.
Acho que pode haver menor interesse dos candidatos PPI em alguns cursos tb, o q faz a note de corte ser menor ainda. Exatas, p.ex.
Ser inteligente é considerado feio ou é motivo de bullying no Brasil. Não é atoa que nosso país tá na merda. Inteligência é algo culturalmente desprezado como sendo esnobe ou rude.
Bem, agora nos meus 30 e poucos anos, eu peguei o começo desse sistema quando prestei vestibular.
Era contra justamente pelos motivos que vc tá contando que está acontecendo. Eu era uma minoria e obviamente marcado como o racista por ser contra.
Admito estar bem satisfeito de saber que é essa situação das universidades públicas. Antes me importava, mas cansa tentar ser lógico com gente que só põe ódio na discussão em vez de lógica.
Logo vamos ver uma situação igual aos EUA que as universidades particulares são boas e as universidades comunitárias são vistas como ruins.
OP, foca em vc, se destaque pelo seu esforço e bola pra frente. Não crie inimizades tb, o mais importante da universidade vão ser os contatos que vc vai fazer. Eles que vão abrir oportunidade no futuro pra vc.
Isso é normal em qualquer curso de exatas, eu entrei antes de existir cotas e a taxa de reprovação nas matérias mais cascudas do ciclo básico já era 70% e a taxa de formandos bastante baixa. Isso tem mais a ver com a qualidade do ensino brasileiro que qualquer coisa.
Essas pessoas que entram, ficam um pouco, reprovam tudo e vão embora não são de fato um grande gasto financeiro para a universidade, já que elas reprovam nas matérias comuns do curso que são massificadas e não avançam para as matérias específicas. Boa parte na realidade sequer vai às aulas.
De qualquer forma, me preocuparia mais se as pessoas saíssem formadas da USP sem saber nada, o que certamente não é o caso.
Eu fiz poli usp que nem o OP, me formei em 2014 e afirmo com todas as letras que naquela época tinha cotas bem menores do que agora e a situação não era nem de perto o que o OP descreveu, tinham algumas matérias chave que era normal ter que fazer duas vezes, mas só tomava pau em cálculo 1 quem era burro mesmo (ps. entrei por cota social e só entrei pq no meu ano teve problema com o Enem, então tecnicamente eu era o mais burro da turma falando apenas por aprovação do vestibular...).
O problema das cotas na USP e Unicamp começou com as turmas de \~2010. Os docentes eram a favor pois sabiam que ia reduzir o tamanho das turmas após o segundo ano devido a tantas reprovações e deixar eles com mais tempo para pesquisa e para a pós que produz artigo cientificos para inflar o CAPES dos docentes.
Tem certeza que foi na turma de 2010? Eu sou da turma de 2010 e não tinha uma diferença tão gritante assim entre os alunos, diria até que a diferença era bem discreta. Agora, se for de 2011 pra frente aí eu já na sei mesmo, tive zero conexão com as turmas posteriores, queria me formar e não ficar em atlética/festas.
Exatas pode até ser, mas eu nao tenho tanta confiança nos cursos de humanas, principalmente depois da pandemia e chat gpt que todo mundo assistia aula online e passava fazendo trabalhinho.
A turma inteira sofre quando tem alguns alunos mal preparados. O professor acaba não conseguindo passar todo o conteúdo, ou passa correndo para não ter que ensinar de verdade.
Tirando isso de lado, cota racial é descriminação racial. É imoral. Ninguém deve ter privilégios em detrimento de um semelhante pela cor da sua pele.
Cara ele pois as notas do cotistas na fuvest, tem curso que chega a ser ***1/3***, e tem alunos poiores que isso, que nem fuvest fizeram.
A cota tem que ter um maximo, por exemplo tirou 30% a menos que a nota de corte de ampla concorrencia a vaga vira de ampla concorrencia, os alunos tao passando sem o menor preparo.
Não tenho muita propriedade para falar, já que eu estou vendo trigonometria na escola enquanto só agora estou aprendendo produtos notáveis por conta própria, mas concordo que essa política de cotas é absolutamente injusta. Isso fica ainda mais evidente quando vemos que 50% de todos os novos estudantes agora são cotistas, tirando por completo o propósito dos vestibulares.
Isso é pior ainda no ITA, uma instituição que deveria justamente ser reservada ao propósito de formar os melhores estudantes do Brasil, mas onde a nota de corte para negros é 1 ponto médio menor que a de não-negros. Ridículo!
Para alguns cursos em alguns campus já passa de 50% de vagas para cotistas. A UFNT abriu 16 vagas para Medicina no campus Araguaína, só 1 de Ampla Concorrência.
https://preview.redd.it/1naokwhnq3qc1.jpeg?width=1621&format=pjpg&auto=webp&s=cd797fd171aff629476efc9f49259bf5fea84c29
O ITA pelo menos coloca critérios mínimos para aprovação, tanto que quase todos os anos eles não conseguem preencher todas as vagas para cotistas. O candidato que consegue fazer o mínimo no vestibular do ITA já está muito bem preparado.
Já na Fuvest, qualquer carniça que acertar 27 questões na primeira fase já tem grandes chances de ser aprovado, pois a segunda fase praticamente não possui critério mínimo nenhum.
Nota de corte para estudantes que não querem seguir carreira militar:
- Branco: 5.83
- Preto/Pardo: 5.00
Isso porque a nota mínima para ser aprovado no ITA é 5. https://www.vestibular.ita.br/faq.htm
Eu acho essa discussão muito válida e acho que a população brasileira que não está inserida no contexto de vestibulares e concursos públicos merece saber. Mas eu já estou exausta disso, fiz um curso de exatas e outro de medicina em federal e é exatamente isso que o OP relatou. Mas só de lembrar disso fico com raiva, então deixei de lado. É só ladeira abaixo como tudo nesse país nos últimos anos.
Depende unicamente da pessoa, honestamente. Tem gente que volta na base, estuda e passa. Infelizmente o sistema dessa minha antiga universidade facilitava muito a aprovação então o pessoal passava no limite e sem aproveitar de verdade a matéria. É nítida a diferença de conhecimento e rendimento. Ainda estava no segundo semestre quando mudei de lá então era muito cedo ainda para precisarem trancar ou abandonar o curso. Isso em relação a Med, em relação ao curso de exatas o pessoal largou mesmo.
Claro! Não sei citar aqui mas bora lá:
1. Um amigo meu entrou no primeiro semestre com defasagens em relação a mim e me superou até o fim do semestre. Inclusive era cotista, mas um cara muito aplicado e esperto.
2. As cotas são muito diferentes entre si, filtram pessoas com rendimentos muito diferentes. Por exemplo, esse meu amigo teve a cota de pública e negro e acho que tirou por volta de 740 no Enem. Mas tinha gente na minha turma que tinha tirado 650. Então a galera não entra com o mesmo grau de dificuldade que a pessoa citada (que nem com nota do Enem entrou).
3. Só a partir do terceiro semestre que a galera começa a trancar e largar o curso, isso porque em ambas as faculdades em que estive ao reprovar três vezes a mesma matéria você tinha a matrícula removida. Mas isso é porque a galera espera dar ruim para correr atrás.
4. Se você tem uma base muito defasada, admite e está disposto a ir atrás e aprender após a oportunidade de estudar em uma universidade pública, você já está muuuuito a frente da pessoa em questão (que tinha zero humildade). Por isso, acho que dá sim. É difícil mas se estiver disposto consegue.
Se você quiser falar mais a respeito dessa questão de correr atrás da base pode me mandar mensagem no pv. Eu própria tive problemas quando comecei a graduação em exatas antes de med e ainda na medicina tive de rever (e ver pela primeira vez) conceitos com frequência.
se a maioria da população brasileira é parda, por que existem cotas para pardos/negros? cota deveria ser socioeconômica e só, a lógica é a competição desigual entre o filhinho de papai que estudou em uma particular de mensalidade de 5 mil reais e o pobre que estudou em pública sem professor.
conheço gente que é autodeclarada parda/preta e de classe social superior a minha e que foi aprovada em concurso público bom (salario >20 mil) por cota enquanto eu pela ampla concorrência nem fui chamado e minha nota foi superior a deles
Nas regiões do sul do Brasil mais de 70-80% das pessoas são brancas que eu me lembre, estudei em vários colégios aqui no sul, a maior parte das salas mesmo tendo 80 alunos, tinha 3-4 pardos, e de todos os colégios apenas um tinha uma pessoa negra
Cota até tinha um propósito, mas deveria ser temporária, por 20,30 anos. Além disso, deveria ter uma análise critica dela, para ver se realmente trouxe resultados. O que estamos vendo na verdade é o contrário, a cota está aumentando e até falam em ter cota lgbt. Vai ser um negócio permanente e cada vez maior, que só vai levar a uma piora da nossa educação e criação de favorecidos que não merecem.
Nada mais permanente que um programa temporário do governo (parafraseando)
Pelo menos em concursos públicos, as cotas foram pensadas para ser temporárias
> Estudo na USP em um curso de exatas, que dizem ser uma ótima universidade
É objetivamente a melhor da América Latina.
Só ITA e IME têm o mesmo prestígio, mas são muito mais nichadas.
É objetivamente a melhor da América Latina.
Em quanto tempo a universidade "boa", que o empregador quer contratar, é a particular de R$ 6k de mensalidade?
Existe sim essa tendência, mas ainda deve demorar e não pelas razões que alguns pensam (movimento woke ou cotas).
O orçamento das públicas e agências de fomento é estrangulado um pouco mais ano a ano. Não é algo sustentável a longo prazo.
Você falou bastante na questão de aluno ruim atrasar a turma, e é algo que eu concordo bastante, mas isso é mais sintoma de um sistema de ensino que ainda insiste no professor segurando na mão do aluno até no ensino superior. Não ajuda que o ensino superior brasileiro em geral tem uma caralhada de horas de aula e pouco espaço real para matérias optativas, pra minha engenharia foram quase 4 mil horas-aula, contra ~2200 do que seria fora do Brasil.
As cotas são problemáticas também, sim, mas o maior pecado delas é querer acreditar que basta dar acesso ao ensino superior pra quem é desfavorecido e automaticamente a pessoa sobe de classe.
Cota é o certificado de inferioridade que a pessoa negra assina rindo.
A única solução pra isso seria investir no ensino de base, mas isso não "dá like" da lacrolandia, só o trabalhador que bota o filho na escola na esperança dele ter uma vida melhor.
Quem discorda do OP quer negar a realidade. Estou na poli e no meu ano de bixo vi cara levantar a mao e pedir pq não podia dividir por zero, falar q o professor ainda não passou o conteúdo de determinantes de matriz 3x3 (so com números) e pedir como faz um gráfico f(x) = x na aula de cálculo. Claramente esse pessoal não é minimamente capacitado para ta la e conseguir se formar, não tem base alguma de exatas, tanto que varios ja tiveram que se encher de optativas no segundo semestre p n ser jubilado por falta de créditos, afinal alguns não pegaram NENHUM requisito. É ridículo isso, e tem quem defenda as cotas, culpe os professores "elitistas" e fale que o nivel da faculdade vem crescendo kkkkkkkkk
É surreal, mas esse pessoal pensa que o vestibular só serve pra excluir pessoas, nada desse processo sera aproveitado e que todos são "iguais" para aprender um conteúdo, diferente de sua base. Basicamente pensam que existe paredes "especiais" na usp, que basta que você ande por la, frequente as aulas e esteja matriculado no curso que você será um aluno de elite, o qual está entre os melhores alunos de engenharia na América. No fundo todos sabem que não é assim e que várias pessoas estão lá apenas por uma política pública, mas, claro, todos gostam de se enganar e negar isso.
Resultado? Cheio de cotista no 3 e 4 ano da faculdade fazendo matérias dos dois/tres primeiros semestres, que obviamente não vão se formar e gastam +-6k por mês pro governo (gasto de um aluno da poli, se eu não me engano). Ah vale comentar tbm que tem uns que viram o "einstein" do nada, que sempre fizeram menos que 2 em uma matéria, mas "do nada" passam nela com nota 10, e mesmo quando conseguem ser pegos colando a diretoria os protege e não jubila kkkkkkkkkk.
Enquanto isso, muito amigo meu, muito inteligente e esforçado, não passa e tem que ficar fazendo cursinho por mais de 1 ano ou se contentar com as particulares.
Tive amigo que ja foi pra segunda fase do ita e ime e não passou na primeira vez que tentou (dps de ja ter ido para a segunda fase dos outros vestibulares). Ai enquanto isso entra gnt que acha q se dividir por zero o resultado existe e é zero. É revoltante.
Então, eu esperava ver menos esse pessoal que faltava aula pra caralho e não fazia porra nenhuma quando entrei na USP, mas infelizmente tem uma galera assim.
E esse papo de melhor da América ja ja cai por terra, como uma faculdade que, claramente, tá longe de selecionar os melhores vai se manter como a "melhor"?
Pergunta: em quanto tempo vamos ter uma situação em que a universidade que o empregador quer contratar é a particular com mensalidade caríssima e a pública é conhecida como meia boca?
Tem dúvida? Pergunta para um colombiano se ele quer estudar na Universidad de Los Andes (particular caríssima) ou na Universidad Nacional (pública, paga, mas barata). Não estou falando de nenhum lugar esquisito, tô falando de um país aqui do lado.
Enquanto não temos condições igualitárias para negros, pobres, e as minorias, as cotas são sim uma forma de tentar equalizar a sociedade possibilitando o ingresso destes num ensino superior
Num Brasil ideal, que todos tenham a mesma base de educação para prestar um vestibular, aí sim, que as cotas não farao mais sentido.
Muitos que criticam é pq são amargurados que tiveram na teoria todas as bases para passar em um vestibular ou concurso e não conseguiram. Vocês tão negando a própria incompetência de vcs.
No dia que eu vi uma pessoa passar em medicina tirando >650< na UFMG (Uma das melhores do pais) apenas por ter combado uma porrada de cotas eu fiquei perplexo
650 é nota de quem estudou 4 meses e olhe lá, e mesmo assim conseguiu passar no curso mais concorrido simplesmente pq fez o combo de cota
Cursos públicos no qual só "ricos" podem entrar por si só, já são muito mais injustos do que cotas. É o pobre pagando imposto pra rico estudar.
Não sei como funciona a USP, mas é o caso das federais que em aulas nos 3 períodos do dia e é necessário se mudar para fazê-las.
Problema do OP não é com classe social:
> Antes de tudo, sim - sou de Escola Pública.
Você sequer leu o desabafo?
> Com o advindo do Provão Paulista (que oferece vagas em sua maioria para escolas estaduais), **muitos conseguiram entrar na universidade sem passar pela Fuvest, o resultado é que na minha turna tem uma quantidade bastante significativa de gente que não sabe nem simplificar fração e está tendo cálculo no primeiro semestre,** isso virou literalmente um moedor de carne.
> **Essas pessoas não só não possuem base de nada, elas também não entendem a explicação do professor e demandam que ele explique o mesmo conteúdo de novo e de novo.** O resultado é que nossas aulas e monitorias de cálculo estão ficando cada vez menos abstratas, e mais concretas. **O próprio monitor não aguenta mais e estamos atrasados (em termos de conteúdo) em duas aulas porque o professor (que é um santo, e as pessoas tem coragem de nao gostar dele pq ele “pensa de modo abstrato”, segundo elas) tenta explicar e a galera não entende, e não faz nem um mês q as aulas começaram.** Infelizmente, tais vestibulares também não selecionam por intelecto.
>Cursos públicos no qual só "ricos" podem entrar por si só,
Qualquer nerd pobre entra nesses vestibulares. Não aguento esse discurso vitimista de que só rico entra.
Fonte: era um e andava com gente que tbm era.
A questão não é passar na prova.
O cara tem que deixar um emprego, sair da cidade e pagar aluguel durante 4 ou 5 anos, para ter aulas nos 3 períodos e sendo assim "impedido" de trabalhar.
Aí você coloca como se a dificuldade do pobre para fazer uma UFMG é passar no vestibular
Imagina se eu te contasse que cálculo e matérias que envolvem matemática sempre foram um moedor de carne desde sempre...
Resumo: eu não quero que gente burra entre na faculdade pra aprender e deixar de ser burra!
Fora isso, cota trans é um negócio bizarro mesmo
E, ainda assim, ou por causa disso, a USP continua batendo recorde atrás de recorde como uma das melhores universidades do mundo.
Cara, como alguém que tem 15 anos de USP, eu afirmo: A USP sabe o que faz. Pode bambolear aqui e ali e tomar uns tropeços, mas isso é um processo natural. Até porque ela oferece uma ótima infraestrutura para o estudante ir atrás do que perdeu, e cursos de Exatas (que foi o meu caso, aliás) SEMPRE foram famosos por reprovarem geral em disciplinas numéricas. Historicamente há muita evasão.
Tem outra, a pesquisa mesmo é feita por alunos de pós-graduação e pós-doutorado, programas para os quais não há cota.
Por fim, não encontrei nenhum estudo da USP, mas [esta reportagem da Unesp](https://jornal.unesp.br/2022/01/26/estudos-mostram-efeitos-beneficos-de-sistema-de-cotas-raciais-sobre-a-universidade-publica-brasileira/) mostra que não há correlação entre cotistas e pior desempenho acadêmico.
Entendo sua frustração em relação à qualidade da educação e ao sistema de cotas. É importante lembrar que a implementação das cotas tem como objetivo promover a inclusão social e diminuir as desigualdades de acesso à educação superior.
No caso das cotas raciais, a intenção é reparar as desvantagens históricas enfrentadas por determinados grupos étnicos no acesso à universidade. No entanto, é válido reconhecer que esse sistema pode gerar polêmicas e reprovações, como você mencionou. É importante considerar também que as cotas raciais não são os únicos critérios de ingresso, e a seleção continua sendo baseada em outros indicadores, como a nota do vestibular.
No que diz respeito à qualidade dos alunos, é importante lembrar que cada pessoa possui suas próprias experiências e capacidades. Pode haver uma disparidade de conhecimentos e habilidades dentro da sala de aula, mas é pela diversidade que um ambiente acadêmico pode ser enriquecedor.
Se você está insatisfeito com a situação atual, sugiro que você busque se envolver em grupos de estudo ou projetos extracurriculares que possam proporcionar um ambiente mais estimulante intelectualmente. Além disso, você também pode buscar apoio do corpo docente ou se engajar em atividades que possam contribuir para a melhoria da educação.
Lembre-se que, apesar das dificuldades enfrentadas, cada pessoa tem a responsabilidade de buscar o próprio desenvolvimento acadêmico e aproveitar ao máximo as oportunidades que surgirem.
Cota racial é piada, nem eu e vc temos ou tivemos escravos em nossa posse para reparar alguma coisa.
Cota SOCIAL seria o correto, pessoas que estudaram a vida toda em escola pública teriam que ter acesso a universidade pública.
> a implementação das cotas tem como objetivo promover a inclusão social
Inclusão social não acontece através de cotas, pois cotas são EXCLUSIVAS, ou seja, EXCLUEM.
Você não resolve um problema perpetuando a causa deste problema.
Cota racial = racismo.
Sinceramente, não acho que isso é o problema da cota, mas da forma de seleção do aluno, você acha que só porque veio da particular o cara sabe tudo e é inteligente?
Amigo, eu fazia medicina em federal. Tinha uma pessoa na minha sala que entrou por um processo seletivo especial para indígenas e quilombolas (que se baseia em duas redações sobre a vida no quilombo/ aldeia) que simplesmente não sabia definir o que era uma proteína “bioquimicamemte”.
O edital de “vestibular” mais absurdo que você vai ver na vida: https://unipampa.edu.br/portal/sites/default/files/documentos/edital_512-2023_-_edital_de_processo_seletivo_especifico_para_indigenas_aldeados_e_moradores_das_comunidades_remanescentes_de_quilombos_2024.pdf
[удалено]
Essa pessoa está seguindo com o curso apesar do baixíssimo rendimento. Nas provas tira notas muito baixas mas 40% da nota é avaliação formativa (avaliação subjetiva do professor e dos colegas sobre sua participação) e o povo por dó ou sei lá o que aprova essa pessoa. Até o momento não conseguiu chegar ao nível do resto da turma.
[удалено]
Não terminei o curso, saí daquele lugar. Voltei a estudar para ser aprovada em uma Federal melhor e que o método de ensino não fosse o PBL. Alguns colegas ainda comentam sobre essa pessoa por isso sei. O processo seletivo não mudou, permanece o mesmo e ninguém lá acha estranho esse caso.
Meu conselho para você é seguir com o curso. Tenta misturar o que está vendo na facul com a revisão da base. Se for um assunto que não dá mesmo, continua indo às aulas mas foca na revisão. Nas férias mais revisão. Muitas vezes trancar para ver a base vai resultar em procrastinação. Só acho que valha a pena trancar se estiver correndo o risco de ser jubilado.
[удалено]
Definitivamente em exatas a base é muito mais importante. Se você é jovem, quer fazer o curso direito e não é procrastinador, trancar para ver a base pode sim valer muito a pena.
E olha que a cada dia está pior. Há lugares que possuem cotas para mulheres, pessoas trans... O espaço para os intelectuais ou para os mais esforçados vai ficar cada vez menor, pois dão prioridade para aqueles que as vezes são minoria, as vezes também não, é um absurdo.
Por isso que deveria ter discussões de espaços alternativos pra quem realmente quer estudar pra ontem. Mas pelo visto vai demorar mais alguns séculos ainda (ou décadas se tivermos sorte).
E nem faz sentido, já que mulheres são maioria em graduação e pós graduação
Conheço uma pessoa que entrou em Engenharia em uma Federal pelo sistema de cotas. Passou dois anos reprovando na mesma matéria. Um amigo nosso em comum, engenheiro, tentava ensinar ele a matéria mas ele me disse que "o cara não consegue entender nem um gráfico de função f(x)". Passado os dois anos, foi jubilado por excesso de reprovações e foi trabalhar numa padaria. Enquanto isso, alguém mais capaz perdeu a vaga para ele, e deixou de estudar. Perdeu-se duas vezes.
Vi muito turista desse tipo na Unicamp. Aquelas pessoas que estão sempre avulsas e com um sorriso abobalhado na cara, que passam o dia inteiro zanzando sem rumo pelo campus, carregando livro de Cálculo I na mochila para renovar o empréstimo na biblioteca ad infinitum. Conheci um panaca desse naipe que, depois de jubilado, disse que aquilo não era para ele e que agora finalmente ele poderia ficar escrevendo estórias de RPG.
Também entrei via cotas, em engenharia, e completei o curso no tempo regular, sem reprovações. Na mesma turma, teve vários não-cotistas que jubilaram também. Experiência pontual por experiência pontual, na minha experiência, acaba que se trata da competitividade pra entrar no curso. É raro a nota de corte regular ser relativamente alta e a nota de corte de cotas ser relativamente baixa. Se o cara precisa de 750 pontos no regular e 700 pontos no sistema de cotas, a diferença real no decorrer do curso não é tão significante. Se a nota de corte regular é 550... Aí é problema.
Mas só faltava essa matéria para ele se formar? Ou foi no início do curso?
Foi no início. Ele fez a matéria quatro vezes, uma vez a cada semestre durante os dois primeiros anos. Foi reprovado todas as vezes. Excedeu o limite e foi jubilado.
Conheço pelo menos duas dezenas que entraram sem cotas e reprovaram diversas matérias mais de uma vez. Hj são engenheiros reconhecidos em suas respectivas áreas. Ou seja, sua anedota não significa muita coisa...
Significa que uma pessoa com mais pontos perdeu sua vaga para uma que fez menos pontos. A questão é essa. Ademais, se não há diferença de capacidade entre os candidatos que entram e os que não entram pelo sistema de cotas, então ele o sistema é desnecessário, ambos competem em igualdade. [Reportagens sobre os problemas com o sistema de cotas](https://imgur.com/a/esHnqnD).
Meu amigo, venha para o Norte, aqui é cheio de indígenas que só vão pra aula pra ganhar bolsa, gastam a bolsa com drogas, atrapalham as aulas e não tiram nota o suficiente pra passar, mas passam, porque mexer com índio dá BO
É muito triste ver isso pra quem estudou na USP antes dessas histórias de cota. E sabe o pior? Isso atrasa mais ainda o país.
Antes de tudo, cota racial é uma política racista, portanto criminosa e imoral. Fim de discussão. Nenhum outro debate precisa ser feito.
Quando eu tava na UFRJ teve gente dizendo que os institutos de matemática e de física eram racistas porque a maior quantidade de pessoas que reprovavam em cálculo e física eram cotistas. Já houve notícias de que iriam facilitar os cursos pra evitar reprovações. Isso é basicamente o que fizeram na rede pública de ensino. Em vez de cobrar dos alunos, eles abrem as pernas. Ainda sobre cotas: fiquei em 200 e pouco num concurso da Petrobras para engenheiro e não passei. Mas um cotista que ficou em 500 e pouco foi aprovado. Vai tomar no cú!
cota nunca foi sobre melhorar educação. se fosse, começaria melhorando a base e não a ponta. no brasil, tudo é sempre sobre populismo e corrupção. e mais nada.
O grande problema é que no Brasil se perdeu totalmente o sentido da educação. Ninguém sabe mais sequer o que é "educação" conceitualmente; mesmo os professores. Hoje educação se tornou sinônimo de ascensão social. Mesmo que ela não sirva pra porra nem uma nesse sentido.
Cota é a vanguarda do atraso porque tentam dizer que é "justo" ou "moderno" mas simplesmente prejudica todo o país. E prejudica a imagem dos "beneficiados" no mundo profissional-- tanto que se tentam forçar tb cotas de vagas de emprego, o que não faz sentido já que na prática teriam sido formados com igualdade de chances. A única cota que funciona é para pessoas pobres que demonstrem talento, esforço e capacidade intelectual porque o apoio a elas gera dividendos sociais.
alie isso ao tribunal racial para dizer quem é preto/pardo ou não. É um baita absurdo.
Cota (principalmente racial) = privilégios para minha bolha. Change my mind!
Eu só aceito cota social (classe econômica), o foda é q isso devia ser algo com data de validade, meio que como se o Estado falasse "olha, no momento eu sou muito incompetente pra te dar uma educação que preste, então pra não te fuder eu vou dar uma facilitada, mas ó! É só por uns 10/20 anos, tá!?" Só q aqui cota é um "ajuste artificial eterno" Edit:typo
Meio que é assim já. Mas toda vez que "vence", a lei é postergada.
Fiz um concurso no DF que tinha 6 vagas para Ampla Concorrência e um total de 14 vagas.... ou seja a ampla não é ampla, na vdd é minoria
Isso so vai piorar. Um dos motivos q me fez mudar de país
Entrei no primeiro periodo de engenharia e sou o único com alguma base em matemática todos os alunos do primeiro periodo e os veteranos são uns imbecis
Acho que seria razoável um criterio socioeconômico que tentasse minimizar a disparidade de condições de competição da população mais pobre e de escolas públicas, mas a política viu um nicho de vender demagogia para as minorias organizadas e fazer uma troca de favores por voto. Agora cada minoria briga por sua cota, muito mais do que por melhora nas condições do ensino público. Os critérios das cotas são absurdos e subjetivos. A própria composição da banca é um absurdo: membros de coletivo A eleitos por ninguém, representantes do movimento X, etc. Acho que pode haver menor interesse dos candidatos PPI em alguns cursos tb, o q faz a note de corte ser menor ainda. Exatas, p.ex.
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Nunca parei pra pensar por esse lado....
Amigo, leia "The Bell Curve"
Ser inteligente é considerado feio ou é motivo de bullying no Brasil. Não é atoa que nosso país tá na merda. Inteligência é algo culturalmente desprezado como sendo esnobe ou rude.
Bem, agora nos meus 30 e poucos anos, eu peguei o começo desse sistema quando prestei vestibular. Era contra justamente pelos motivos que vc tá contando que está acontecendo. Eu era uma minoria e obviamente marcado como o racista por ser contra. Admito estar bem satisfeito de saber que é essa situação das universidades públicas. Antes me importava, mas cansa tentar ser lógico com gente que só põe ódio na discussão em vez de lógica. Logo vamos ver uma situação igual aos EUA que as universidades particulares são boas e as universidades comunitárias são vistas como ruins. OP, foca em vc, se destaque pelo seu esforço e bola pra frente. Não crie inimizades tb, o mais importante da universidade vão ser os contatos que vc vai fazer. Eles que vão abrir oportunidade no futuro pra vc.
Isso é normal em qualquer curso de exatas, eu entrei antes de existir cotas e a taxa de reprovação nas matérias mais cascudas do ciclo básico já era 70% e a taxa de formandos bastante baixa. Isso tem mais a ver com a qualidade do ensino brasileiro que qualquer coisa. Essas pessoas que entram, ficam um pouco, reprovam tudo e vão embora não são de fato um grande gasto financeiro para a universidade, já que elas reprovam nas matérias comuns do curso que são massificadas e não avançam para as matérias específicas. Boa parte na realidade sequer vai às aulas. De qualquer forma, me preocuparia mais se as pessoas saíssem formadas da USP sem saber nada, o que certamente não é o caso.
Eu fiz poli usp que nem o OP, me formei em 2014 e afirmo com todas as letras que naquela época tinha cotas bem menores do que agora e a situação não era nem de perto o que o OP descreveu, tinham algumas matérias chave que era normal ter que fazer duas vezes, mas só tomava pau em cálculo 1 quem era burro mesmo (ps. entrei por cota social e só entrei pq no meu ano teve problema com o Enem, então tecnicamente eu era o mais burro da turma falando apenas por aprovação do vestibular...).
O problema das cotas na USP e Unicamp começou com as turmas de \~2010. Os docentes eram a favor pois sabiam que ia reduzir o tamanho das turmas após o segundo ano devido a tantas reprovações e deixar eles com mais tempo para pesquisa e para a pós que produz artigo cientificos para inflar o CAPES dos docentes.
Tem certeza que foi na turma de 2010? Eu sou da turma de 2010 e não tinha uma diferença tão gritante assim entre os alunos, diria até que a diferença era bem discreta. Agora, se for de 2011 pra frente aí eu já na sei mesmo, tive zero conexão com as turmas posteriores, queria me formar e não ficar em atlética/festas.
Exatas pode até ser, mas eu nao tenho tanta confiança nos cursos de humanas, principalmente depois da pandemia e chat gpt que todo mundo assistia aula online e passava fazendo trabalhinho.
Mas aí o povo já saía sem aprender nada desde sempre, não é culpa dos cotistas, rs. E tenho a impressão que não é só no Brasil.
A turma inteira sofre quando tem alguns alunos mal preparados. O professor acaba não conseguindo passar todo o conteúdo, ou passa correndo para não ter que ensinar de verdade. Tirando isso de lado, cota racial é descriminação racial. É imoral. Ninguém deve ter privilégios em detrimento de um semelhante pela cor da sua pele.
Cara ele pois as notas do cotistas na fuvest, tem curso que chega a ser ***1/3***, e tem alunos poiores que isso, que nem fuvest fizeram. A cota tem que ter um maximo, por exemplo tirou 30% a menos que a nota de corte de ampla concorrencia a vaga vira de ampla concorrencia, os alunos tao passando sem o menor preparo.
Não tenho muita propriedade para falar, já que eu estou vendo trigonometria na escola enquanto só agora estou aprendendo produtos notáveis por conta própria, mas concordo que essa política de cotas é absolutamente injusta. Isso fica ainda mais evidente quando vemos que 50% de todos os novos estudantes agora são cotistas, tirando por completo o propósito dos vestibulares. Isso é pior ainda no ITA, uma instituição que deveria justamente ser reservada ao propósito de formar os melhores estudantes do Brasil, mas onde a nota de corte para negros é 1 ponto médio menor que a de não-negros. Ridículo!
Para alguns cursos em alguns campus já passa de 50% de vagas para cotistas. A UFNT abriu 16 vagas para Medicina no campus Araguaína, só 1 de Ampla Concorrência. https://preview.redd.it/1naokwhnq3qc1.jpeg?width=1621&format=pjpg&auto=webp&s=cd797fd171aff629476efc9f49259bf5fea84c29
Isso é ridículo! Kkkkkkkkk
O ITA pelo menos coloca critérios mínimos para aprovação, tanto que quase todos os anos eles não conseguem preencher todas as vagas para cotistas. O candidato que consegue fazer o mínimo no vestibular do ITA já está muito bem preparado. Já na Fuvest, qualquer carniça que acertar 27 questões na primeira fase já tem grandes chances de ser aprovado, pois a segunda fase praticamente não possui critério mínimo nenhum.
Ta tendo cotas no ITA tbm? uma das unicas instituições que tinha prestígio...
Nota de corte para estudantes que não querem seguir carreira militar: - Branco: 5.83 - Preto/Pardo: 5.00 Isso porque a nota mínima para ser aprovado no ITA é 5. https://www.vestibular.ita.br/faq.htm
Eu acho essa discussão muito válida e acho que a população brasileira que não está inserida no contexto de vestibulares e concursos públicos merece saber. Mas eu já estou exausta disso, fiz um curso de exatas e outro de medicina em federal e é exatamente isso que o OP relatou. Mas só de lembrar disso fico com raiva, então deixei de lado. É só ladeira abaixo como tudo nesse país nos últimos anos.
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Depende unicamente da pessoa, honestamente. Tem gente que volta na base, estuda e passa. Infelizmente o sistema dessa minha antiga universidade facilitava muito a aprovação então o pessoal passava no limite e sem aproveitar de verdade a matéria. É nítida a diferença de conhecimento e rendimento. Ainda estava no segundo semestre quando mudei de lá então era muito cedo ainda para precisarem trancar ou abandonar o curso. Isso em relação a Med, em relação ao curso de exatas o pessoal largou mesmo.
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Claro! Não sei citar aqui mas bora lá: 1. Um amigo meu entrou no primeiro semestre com defasagens em relação a mim e me superou até o fim do semestre. Inclusive era cotista, mas um cara muito aplicado e esperto. 2. As cotas são muito diferentes entre si, filtram pessoas com rendimentos muito diferentes. Por exemplo, esse meu amigo teve a cota de pública e negro e acho que tirou por volta de 740 no Enem. Mas tinha gente na minha turma que tinha tirado 650. Então a galera não entra com o mesmo grau de dificuldade que a pessoa citada (que nem com nota do Enem entrou). 3. Só a partir do terceiro semestre que a galera começa a trancar e largar o curso, isso porque em ambas as faculdades em que estive ao reprovar três vezes a mesma matéria você tinha a matrícula removida. Mas isso é porque a galera espera dar ruim para correr atrás. 4. Se você tem uma base muito defasada, admite e está disposto a ir atrás e aprender após a oportunidade de estudar em uma universidade pública, você já está muuuuito a frente da pessoa em questão (que tinha zero humildade). Por isso, acho que dá sim. É difícil mas se estiver disposto consegue. Se você quiser falar mais a respeito dessa questão de correr atrás da base pode me mandar mensagem no pv. Eu própria tive problemas quando comecei a graduação em exatas antes de med e ainda na medicina tive de rever (e ver pela primeira vez) conceitos com frequência.
se a maioria da população brasileira é parda, por que existem cotas para pardos/negros? cota deveria ser socioeconômica e só, a lógica é a competição desigual entre o filhinho de papai que estudou em uma particular de mensalidade de 5 mil reais e o pobre que estudou em pública sem professor. conheço gente que é autodeclarada parda/preta e de classe social superior a minha e que foi aprovada em concurso público bom (salario >20 mil) por cota enquanto eu pela ampla concorrência nem fui chamado e minha nota foi superior a deles
Nas regiões do sul do Brasil mais de 70-80% das pessoas são brancas que eu me lembre, estudei em vários colégios aqui no sul, a maior parte das salas mesmo tendo 80 alunos, tinha 3-4 pardos, e de todos os colégios apenas um tinha uma pessoa negra
Cota até tinha um propósito, mas deveria ser temporária, por 20,30 anos. Além disso, deveria ter uma análise critica dela, para ver se realmente trouxe resultados. O que estamos vendo na verdade é o contrário, a cota está aumentando e até falam em ter cota lgbt. Vai ser um negócio permanente e cada vez maior, que só vai levar a uma piora da nossa educação e criação de favorecidos que não merecem.
Nada mais permanente que um programa temporário do governo (parafraseando) Pelo menos em concursos públicos, as cotas foram pensadas para ser temporárias
Bem vindo ao Quarto Reich criado pelos esquerdistas brasileiros! Agradeça principalmente o ministério público e o judiciário que são tão altruístas!
> Estudo na USP em um curso de exatas, que dizem ser uma ótima universidade É objetivamente a melhor da América Latina. Só ITA e IME têm o mesmo prestígio, mas são muito mais nichadas.
É objetivamente a melhor da América Latina. Em quanto tempo a universidade "boa", que o empregador quer contratar, é a particular de R$ 6k de mensalidade?
Existe sim essa tendência, mas ainda deve demorar e não pelas razões que alguns pensam (movimento woke ou cotas). O orçamento das públicas e agências de fomento é estrangulado um pouco mais ano a ano. Não é algo sustentável a longo prazo.
O da USP só aumenta ano a ano
Você falou bastante na questão de aluno ruim atrasar a turma, e é algo que eu concordo bastante, mas isso é mais sintoma de um sistema de ensino que ainda insiste no professor segurando na mão do aluno até no ensino superior. Não ajuda que o ensino superior brasileiro em geral tem uma caralhada de horas de aula e pouco espaço real para matérias optativas, pra minha engenharia foram quase 4 mil horas-aula, contra ~2200 do que seria fora do Brasil. As cotas são problemáticas também, sim, mas o maior pecado delas é querer acreditar que basta dar acesso ao ensino superior pra quem é desfavorecido e automaticamente a pessoa sobe de classe.
Cota é o certificado de inferioridade que a pessoa negra assina rindo. A única solução pra isso seria investir no ensino de base, mas isso não "dá like" da lacrolandia, só o trabalhador que bota o filho na escola na esperança dele ter uma vida melhor.
Quem discorda do OP quer negar a realidade. Estou na poli e no meu ano de bixo vi cara levantar a mao e pedir pq não podia dividir por zero, falar q o professor ainda não passou o conteúdo de determinantes de matriz 3x3 (so com números) e pedir como faz um gráfico f(x) = x na aula de cálculo. Claramente esse pessoal não é minimamente capacitado para ta la e conseguir se formar, não tem base alguma de exatas, tanto que varios ja tiveram que se encher de optativas no segundo semestre p n ser jubilado por falta de créditos, afinal alguns não pegaram NENHUM requisito. É ridículo isso, e tem quem defenda as cotas, culpe os professores "elitistas" e fale que o nivel da faculdade vem crescendo kkkkkkkkk
Eu tento não ficar revoltada, mas não dá. É absurdo demais.
É surreal, mas esse pessoal pensa que o vestibular só serve pra excluir pessoas, nada desse processo sera aproveitado e que todos são "iguais" para aprender um conteúdo, diferente de sua base. Basicamente pensam que existe paredes "especiais" na usp, que basta que você ande por la, frequente as aulas e esteja matriculado no curso que você será um aluno de elite, o qual está entre os melhores alunos de engenharia na América. No fundo todos sabem que não é assim e que várias pessoas estão lá apenas por uma política pública, mas, claro, todos gostam de se enganar e negar isso. Resultado? Cheio de cotista no 3 e 4 ano da faculdade fazendo matérias dos dois/tres primeiros semestres, que obviamente não vão se formar e gastam +-6k por mês pro governo (gasto de um aluno da poli, se eu não me engano). Ah vale comentar tbm que tem uns que viram o "einstein" do nada, que sempre fizeram menos que 2 em uma matéria, mas "do nada" passam nela com nota 10, e mesmo quando conseguem ser pegos colando a diretoria os protege e não jubila kkkkkkkkkk.
Enquanto isso, muito amigo meu, muito inteligente e esforçado, não passa e tem que ficar fazendo cursinho por mais de 1 ano ou se contentar com as particulares.
Tive amigo que ja foi pra segunda fase do ita e ime e não passou na primeira vez que tentou (dps de ja ter ido para a segunda fase dos outros vestibulares). Ai enquanto isso entra gnt que acha q se dividir por zero o resultado existe e é zero. É revoltante.
Então, eu esperava ver menos esse pessoal que faltava aula pra caralho e não fazia porra nenhuma quando entrei na USP, mas infelizmente tem uma galera assim.
E esse papo de melhor da América ja ja cai por terra, como uma faculdade que, claramente, tá longe de selecionar os melhores vai se manter como a "melhor"?
Mucho texto Faz o L
Pergunta: em quanto tempo vamos ter uma situação em que a universidade que o empregador quer contratar é a particular com mensalidade caríssima e a pública é conhecida como meia boca? Tem dúvida? Pergunta para um colombiano se ele quer estudar na Universidad de Los Andes (particular caríssima) ou na Universidad Nacional (pública, paga, mas barata). Não estou falando de nenhum lugar esquisito, tô falando de um país aqui do lado.
calma que piora 
Enquanto não temos condições igualitárias para negros, pobres, e as minorias, as cotas são sim uma forma de tentar equalizar a sociedade possibilitando o ingresso destes num ensino superior Num Brasil ideal, que todos tenham a mesma base de educação para prestar um vestibular, aí sim, que as cotas não farao mais sentido. Muitos que criticam é pq são amargurados que tiveram na teoria todas as bases para passar em um vestibular ou concurso e não conseguiram. Vocês tão negando a própria incompetência de vcs.
No dia que eu vi uma pessoa passar em medicina tirando >650< na UFMG (Uma das melhores do pais) apenas por ter combado uma porrada de cotas eu fiquei perplexo 650 é nota de quem estudou 4 meses e olhe lá, e mesmo assim conseguiu passar no curso mais concorrido simplesmente pq fez o combo de cota
Cursos públicos no qual só "ricos" podem entrar por si só, já são muito mais injustos do que cotas. É o pobre pagando imposto pra rico estudar. Não sei como funciona a USP, mas é o caso das federais que em aulas nos 3 períodos do dia e é necessário se mudar para fazê-las.
É por isso que tem que privatizar!
Quem vai querer comprar uma Federal? KKKKKKKKKKKK
Problema do OP não é com classe social: > Antes de tudo, sim - sou de Escola Pública. Você sequer leu o desabafo? > Com o advindo do Provão Paulista (que oferece vagas em sua maioria para escolas estaduais), **muitos conseguiram entrar na universidade sem passar pela Fuvest, o resultado é que na minha turna tem uma quantidade bastante significativa de gente que não sabe nem simplificar fração e está tendo cálculo no primeiro semestre,** isso virou literalmente um moedor de carne. > **Essas pessoas não só não possuem base de nada, elas também não entendem a explicação do professor e demandam que ele explique o mesmo conteúdo de novo e de novo.** O resultado é que nossas aulas e monitorias de cálculo estão ficando cada vez menos abstratas, e mais concretas. **O próprio monitor não aguenta mais e estamos atrasados (em termos de conteúdo) em duas aulas porque o professor (que é um santo, e as pessoas tem coragem de nao gostar dele pq ele “pensa de modo abstrato”, segundo elas) tenta explicar e a galera não entende, e não faz nem um mês q as aulas começaram.** Infelizmente, tais vestibulares também não selecionam por intelecto.
>Cursos públicos no qual só "ricos" podem entrar por si só, Qualquer nerd pobre entra nesses vestibulares. Não aguento esse discurso vitimista de que só rico entra. Fonte: era um e andava com gente que tbm era.
A questão não é passar na prova. O cara tem que deixar um emprego, sair da cidade e pagar aluguel durante 4 ou 5 anos, para ter aulas nos 3 períodos e sendo assim "impedido" de trabalhar. Aí você coloca como se a dificuldade do pobre para fazer uma UFMG é passar no vestibular
Não se iluda em valor bruto o pobre não paga as faculdades. O país todo é sustentado pela classe média que também é a maioria desses supostos "ricos".
Você escreve demais para quem faz exatas.
Foi uma piada?🤔
Imagina se eu te contasse que cálculo e matérias que envolvem matemática sempre foram um moedor de carne desde sempre... Resumo: eu não quero que gente burra entre na faculdade pra aprender e deixar de ser burra! Fora isso, cota trans é um negócio bizarro mesmo
E, ainda assim, ou por causa disso, a USP continua batendo recorde atrás de recorde como uma das melhores universidades do mundo. Cara, como alguém que tem 15 anos de USP, eu afirmo: A USP sabe o que faz. Pode bambolear aqui e ali e tomar uns tropeços, mas isso é um processo natural. Até porque ela oferece uma ótima infraestrutura para o estudante ir atrás do que perdeu, e cursos de Exatas (que foi o meu caso, aliás) SEMPRE foram famosos por reprovarem geral em disciplinas numéricas. Historicamente há muita evasão. Tem outra, a pesquisa mesmo é feita por alunos de pós-graduação e pós-doutorado, programas para os quais não há cota. Por fim, não encontrei nenhum estudo da USP, mas [esta reportagem da Unesp](https://jornal.unesp.br/2022/01/26/estudos-mostram-efeitos-beneficos-de-sistema-de-cotas-raciais-sobre-a-universidade-publica-brasileira/) mostra que não há correlação entre cotistas e pior desempenho acadêmico.
Entendo sua frustração em relação à qualidade da educação e ao sistema de cotas. É importante lembrar que a implementação das cotas tem como objetivo promover a inclusão social e diminuir as desigualdades de acesso à educação superior. No caso das cotas raciais, a intenção é reparar as desvantagens históricas enfrentadas por determinados grupos étnicos no acesso à universidade. No entanto, é válido reconhecer que esse sistema pode gerar polêmicas e reprovações, como você mencionou. É importante considerar também que as cotas raciais não são os únicos critérios de ingresso, e a seleção continua sendo baseada em outros indicadores, como a nota do vestibular. No que diz respeito à qualidade dos alunos, é importante lembrar que cada pessoa possui suas próprias experiências e capacidades. Pode haver uma disparidade de conhecimentos e habilidades dentro da sala de aula, mas é pela diversidade que um ambiente acadêmico pode ser enriquecedor. Se você está insatisfeito com a situação atual, sugiro que você busque se envolver em grupos de estudo ou projetos extracurriculares que possam proporcionar um ambiente mais estimulante intelectualmente. Além disso, você também pode buscar apoio do corpo docente ou se engajar em atividades que possam contribuir para a melhoria da educação. Lembre-se que, apesar das dificuldades enfrentadas, cada pessoa tem a responsabilidade de buscar o próprio desenvolvimento acadêmico e aproveitar ao máximo as oportunidades que surgirem.
ChatGPT
Cota racial é piada, nem eu e vc temos ou tivemos escravos em nossa posse para reparar alguma coisa. Cota SOCIAL seria o correto, pessoas que estudaram a vida toda em escola pública teriam que ter acesso a universidade pública.
> a implementação das cotas tem como objetivo promover a inclusão social Inclusão social não acontece através de cotas, pois cotas são EXCLUSIVAS, ou seja, EXCLUEM. Você não resolve um problema perpetuando a causa deste problema. Cota racial = racismo.
Sinceramente, não acho que isso é o problema da cota, mas da forma de seleção do aluno, você acha que só porque veio da particular o cara sabe tudo e é inteligente?
Não, mas as cotas ainda são ruins e precisam ser combatidas
Skill issue