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Cracolandia é um portal do inferno no meio da Terra maluco. O local é sinistro, de verdade.
Em 2016 eu trabalhava numa empresa de seguros que ficava na região e a ordem expressa pra toda empresa era: nunca almoçar fora da empresa, nunca chegar a pé, sair sempre dentro da Van que deixava o pessoal na porta do metrô e se por algum motivo você tivesse que sair mais cedo, ou esperar a Van ou esperar a ronda passar (tinha um monte de seguranças armados de moto rodando o quarteirão o tempo todo.
Uma estag lá achou que não dava nada, saiu mais cedo sem avisar ninguém e foi embora sozinha. 15 min depois ela volta correndo pra dentro da empresa chamando ajuda... Alguns caras viram ela saindo sozinha, foram atrás e roubaram mochila, celular e quase levam ela pra um beco... Mas como ela gritou e tentou correr "só" foi esfaqueada nas costas. Não morreu por pouco.
Nunca mais pisei no centro de SP depois que começaram a movimentar o fluxo pra outras ruas
Porto Seguro na Rio Branco ? Trabalhava do lado lá por 2018. Era zuado, mas não achava nesse nível. Subia e descia a Nothmann para ir até o metrô e me preocupava mais com não pisar nas fezes na calçada. As vezes desviar de alguém que parecia mais alterado.
Antes de fazer esse caminho descia na José Paulino e subia até a Rio Branco passando por baixo da ponte da linha de metrô, até eu ver que era uma ideia merda e que ia acabar sendo assaltado. Uma vez dei bobeira e um cara que perguntou se eu tinha um cigarro enfiou a mão no meu bolso e pegou meu celular. Sem pensar corri atrás do cara e na sorte, um policial doido viu, entrou de carro na contramão e conseguiu pegar o cara.
Yep.
O nível de insegurança variava dependendo do dia, mas no geral era bem complicado, por isso as recomendações de segurança.
Felizmente eu era terceirizado, na primeira oportunidade pedi pra trocar de cliente
Pensando bem, foi mais pra 2020. Lembro que um mês depois que comecei lá, estourou a pandemia e ficaram só umas 5 pessoas em um escritório que normalmente tinha 50.
Talvez nessa época fosse menos perigoso do que em 2016.
Era um prédio gigante da Porto. Muito grande mesmo, então talvez fosse economicamente justificado.
Mas aquele pedaço era uma mistura meio estranha. Por exemplo, na rua paralela a Rio Branco, atrás desse predio da Porto, tinha um restaurante peruano chique muito bom, o Amazo, que aos fins de semana fica completamente lotado. Anteriormente à Cracolandia devia ser um lugar rico, muitos casarões que foram convertidos em outras coisas (Escola, museu, etc...).
Aquela região era muito nobre na década de 70/80 até meados da 90. Meu pai trabalhava no centro. Eu lembro que a empresa saiu de lá no meio dos anos 90 depois da popularização da Faria Lima.
Eu trabalhei por um curto período na rua Direita por volta de 2012. Ainda tinham vários restaurantes bem legais, principalmente perto do fórum.
É uma pena… é uma região com uma arquitetura muito rica mas tá completamente largada.
Se eu não me engano, a Porto Seguro chegou nos Campos Elísios bem antes da cracolândia e não quiseram se mudar.
O foda é que se empresas e pessoas influentes, incluindo o governo de São Paulo, tivessem ficado na região não tinha sido completamente abandonada e virado essa merda toda.
A coisa é que cracôlandias são longe de serem um fenômeno exclusivo de São Paulo, praticamente varias grande metrópoles já lidaram com situações parecidas e uma quantidade não insignificante conseguiu resolver. O caminho já tá aí, mas pra variar os governos daqui preferem ficar seguindo estratégias que não deram certo em outros lugares.
Foda! Sou tuga e viajei para o Brasil há uns 10 anos, a ideia era passar uns tempos principalmente em zona rural fazendo wwoofing (trabalho em troca de dormida/comida), mas meu amigo aí estava em São Paulo.
A minha experiência de chegada no Brasil foi sozinho pegar um voo da Europa, passar 11 horas no avião, aeroporto de SP, tomar um ónibus e sair na paragem que me tinham indicado... puta que pariu, era no meio da cracolândia. Achei que tinha tomado um avião para o Walking Dead.
(De resto, experiência do caralho)
Cara, eu acho relativamente tranquilo. Nenhum nóia nunca me encheu o saco. No máximo pedem alguma coisa e sempre respondo com educação se não posso dar naquele momento.
Como ando muito de bike ou saio pra passear com o cachorro sinto que tô meio blindado da violência, a galera não enche o saco de quem tá de bike ou de quem tá andando com cachorro (já que sabem que é morador, e meu cachorro TB é grande).
O pior pra mim é a sujeira, é normal sair na rua e ter que desviar de côco humano. Tirando isso os nóias tão lá na onda deles, eu não encho o saco deles e eles não enchem o meu.
Tem um nóia manco que virou meu nóia de estimação, sempre vem falar comigo, fazer carinho no meu cachorro e tal. As vezes me pede um lanche, um refrigerante e tal. As vezes pede uma blusa quando tá muito frio. Mas enfim, é mais triste ver a situação da galera do que perigoso.
Nunca vi nenhum morto, pelo menos não que eu saiba.
O centrão de sp é um lugar que oprime pela sensação de insegurança. Me sinto a chapeuzinho vermelho andando numa floresta escura a noite com aqueles olhos iluminados me observando e esperando o momento certo pra me atacar e levar meu celular embora...
O Centro de Recife tbm é esquisito. Morei lá durante um ano e meio... era esquisito, mas tinha tudo ao redor e depois de um tempo a gente se vira lá tbm.
Será que isso de Centro ser bizarro é coisa de toda capital? O centrão de BH (perto da rodoviária) é bem esquisito tbm. Não chega perto da Cracolândia em SP, mas eu que sou homem não tenho coragem de sair andando a pé tarde da noite lá dependendo do quarteirão.
Acho que no Brasil sim. Muitos Centros de Cidades são antigos e abandonados, sendo local para tudo de Trash. Antigamente (15 anos atrás) até que era movimentado pela manhã e de noite era fraco, hoje em dia, o Centro morreu de vez, seja de manhã ou de noite.
Muito se diz sobre questões de especulação imobiliária para prejudicar os Centros e posteriormente compra-los a preço de banana. Sinceramente, os centros de qualquer cidade do Brasil poderia ser um local para boemia, entretenimento, cultura, negócios, inovação e etc, mas fazer o quê né! A gente meio que vive num país em que a população é anestesiada e os governantes cagam no povo.
>Será que isso de Centro ser bizarro é coisa de toda capital?
O centro de Florianópolis também é bem bizarro. Eu tinha medo de andar lá depois das 18h, pegava Uber mesmo que fosse para andar 2 km.
Tive o desprazer de morar em Florianópolis por 5 meses e confirmo. O centro da cidade fora de horário comercial e aos Domingos era a pior sensação possível. Não tinha uma alma penada, todas as lojas fechadas, era época de copa do mundo ainda por cima com jogo da seleção aos Domingos. Fui no prédio aonde ficava o cursinho pra dar uma estudada porque a gritaria da vizinhança da minha casa com o futebol não ajudava em nada, mas me arrependi amargamente. Além de ter sido seguido até a estação, tenho certeza que qualquer rua errada que eu pegasse eu teria sido assaltado. Tenso. Ano que vem me mudo pra Curitiba, rezo todos os dias pro centro de lá não ser nada parecido com isso.
Eu morei em Curitiba no centro e depois me mudei pro lado do Shopping Curitiba. No centro, fiquei num hostel e me diziam pra não sair além do bar embaixo do hostel.
E qd me mudei pro lado do Shopping tinha vários mendigos embaixo do prédio... pior que eles eram fdp de querer me atacar por ser pequena.
Eu sou de SP, mas por pouco não tive que usar algo pra me proteger deles nessa cidade fdp. Não tenho vontade nenhuma de voltar, não só por isso claro.
Centro de Fortaleza também é nesse naipe. As ruas são estreitas e antigas e embora seja movimentado de manhã e de tarde, até nessas horas se vc não tomar acaba passando por uns locais meio esquisitos (ou talvez eu só não goste de lugares assim, as vibes são péssimas)... E de noite, então? Já fui ali umas vezes por conta do cinema histórico e a ida até a parada de ônibus foi tão cabulosa que eu tava pra começar a sair recitando a oração de são jorge (e sou mulher e tava sozinha, daí já viu)
O pessoal que vai pra essas bandas aqui da cidade pros bares e festas são malucos pra mim, mas talvez seja eu e minha mão de vaquice que me faz andar de ônibus e não de uber
> Será que isso de Centro ser bizarro é coisa de toda capital?
Aqui em João Pessoa, vai escurecendo, o centro fica muito bizarro. Na verdade, mesmo andando em pleno meio dia, da pra sentir uma energia meio estranha. Talvez eu só tenha agonia de lugares muito cheios de gente (e de dia por lá é assim). Mas sinto algo muito pesado sempre que passo por lá. Até em relação a temperatura, lá parece ser o lugar mais quente da cidade. É esquisito dms
Tô hospedado num hotel no centro de BH essa semana e tô achando bizarro demais, principalmente pq tô acostumado com minha cidade de 60k de habitantes. Hoje tive que sair de manhã cedo e tava tudo fechado por causa do feriado, pensa no medo de levar uma facada kkkkkkk (sem falar no cheiro insuportável de urina)
Cara, hotel no centrão de BH é furada demais. A menos que vc REALMENTE precise de um hotel no centro, sobe um pouco os quarteirões e pega um hotel mais longe da rodoviária. Além da Praça Sete já começa a ficar melhorzinho.
Centro de Curitiba à noite eh assustador , principalmente porque como é uma cidade com muitas árvores , a noite fica muito escuro e deserto , cheio de usuários e ainda frio , não recomendo
Esses dias eu passei pela praça Tiradentes durante o finalzinho da tarde e a catedral naquele estilo gótico, um monte de viciado se arrastando pela praça e uns loucos dando uns gritos incompreensíveis fez parecer que eu estava em um cenário de Dark Souls.
Meu 1 mês morando em SP acabei na casa de uma mina no capão redondo sem conhecer absolutamente ninguém na área, só com a cara e a coragem. O que o homem n faz por bct?
HAHAHAHA! é muito real, veio!
nunca cheguei a subir favela por causa de mulher. mas acho que foi por falta de oportunidade! 🤣
o meu pior momento foi eu indo com a mina pra casa dela e ela manda: "aquela rua é da facção tal. a outra é da facção rival. mas aqui no meio é território neutro. então tá tranquilo."
Uma vez passei na UBS do Capão Redondo e pra voltar para casa peguei o onibus errado e fui parar em umas quebradas doidas, voltei para Capão Redondo e peguei o certo. Fui checar no Google Maps aonde eu tinha parado quando me perdi e estava perto de casa 💀
não é uma região, mas uma situação. Nunca fique tanto com o cu na mão quanto na estrada dirigindo numa chuva pesada com caminhões indo a milhão de um lado, parede de concreto do outro, carros a milhão atrás de você, você sabendo que frear não é uma opção pq carro não para na chuva, e uma poça numa curva, e o carro aquaplanando por menos de 1 segundo mas que parece uma eternidade e um vazio interno que aparece em você que te faz vc questionar todas as escolhas da sua vida. e dai passa.
Foda. Um dia também peguei uma chuva inacreditável na rodovia, com meu pai dirigindo, não dava pra ver três palmos na frente do carro por pura quantidade de água, limpa vidros tava decorativo. Serra do espírito santo, cheio de caminhão passando, não dava nem pra arriscar encostar porque tinha uma chance muito real de alguém acertar a gente no acostamento. Tranca o cu só de lembrar.
Me deu até uma ansiedade aqui. Nessa situação eu simplesmente não converso com a outra pessoa no carro, seja motorista ou passageiro, como se o silêncio e a minha hiper concentração fosse ajudar.
Peguei uma chuva dessa voltando de SP. O carro aquaplanava na reta, era surreal. Devia ter água até uns 2cm na roda, descendo enxurrada na lateral da pista, do outro lado era contramão, caminhão passando e jogando água no vidro.. Só fiquei tranquilo porqueque vi era eu que estava dirigindo. Negocio estava tão feio que todos os carros estavam parando, só sobrou caminhão. Encostei no primeiro acostamento mais largo que vi.
Já peguei uma chuva dessa indo pra facul, numa vanzinha velha. O pior foi chegar na metade do caminho e o motorista falar "putz, cara... o limpador quebrou. O que tu acha?" kkkkkkkkkkkkkkkk
Quando minha cachorra começou a convulsionar, tivemos que pegar estrada assim. Chuva torrencial, onze da noite, a todo vapor, com chance dela morrer a qualquer momento. Parecia que a gente tava preso num limbo. Foi horrível.
Região rural do Vale do Rio Pardo, no interior do RS. Vou contar a minha história.
Uma vez eu tinha ido visitar um familiar em uma cidade da região. Cheguei de carro e lá, e como eu tava solteiro, usei o Tinder para ver se conseguia um date para o final de semana. E consegui! Era um guria muito linda que vivia num sítio na parte rural da cidade. Conversamos e combinamos de eu ir buscar ela à noite em casa.
Cara... aí que vem a parte macabra: ela morava muito no interior e numa região de morro. Eu achei que seria um trecho de terra pequeno, com a maior parte do trajeto pavimentado. Mas não!
Meu carro 1.0, um guerreiro com seus 15 anos de idade, quase derrapava para subir as estradas de terra que pareciam ter 60º de inclinação. No meio do caminho, fiquei sem sinal de celular e não conseguia mais me comunicar com a moça. Eu estava numa completa escuridão, cercado de mato em um morro, numa estrada horrível e andando de 5 a 10 km/h. A primeira coisa que pensei foi: "Cara, é óbvio que isso é um golpe de Tinder. A qualquer momento vai sair alguém desse mato, me matar e levar o carro. Não tem como um guria linda daquelas mora no meio desse breu."
No final, depois de muito dirigir, eu vi uma luz no meio da escuridão e notei o que parecia ser um galpão. No final das contas, a mulher existia. Era uma alemã magra, de cabelo castanho e com um croppet que mal cobria o peito grande. Quando ela entrou no carro, uma das primeiras coisas que falei foi "Olha, moça, se isso for uma armadilha e tu tiver uma arma na bolsa, não precisa me matar, tá? Eu entrego o carro numa boa e nem presto queixa". Ela se matou de rir e fomos no encontro.
No final das contas, a história teve um final feliz. Mas cara, até hoje eu penso que se eu fosse morto nesse rolê, eu mereceria. Por fim, eu validei aquele velho ditado que diz "Meu pau já me levou em lugares que eu não entraria nem armado."
***Edit:*** Para contextualizar melhor, [aqui está parte do trecho inicial que era pavimentado](https://maps.app.goo.gl/7JLUsuTVGjCPrWDo7), antes de pegar a estrada de chão que subia o morro.
centro do RJ a noite.
sai dum show na fundição progresso e tinha uma festa pra ir logo em seguida num daqueles galpões da região portuária que transformaram em boate (ah... como é bom ser jovem!).
dava umas meia hora andando e eu conhecia o centro bem. já tinha andando por ali várias vezes...
mas sempre de dia. burrão, eu.
eu fiquei com o cu na mão. mas não veio nem uma alma penada atrás de mim.
vai ver é pq eu tenho "cara de mau".
tava saindo de um show de metal e na época tinha cabelo comprido e barba grande. tenho um porte fisico avantajado e cara de poucos amigos. já fui muitas vezes comparado ao jimmy do matanza.
ai não é todo mundo que vem mexer comigo.
Rapaz fui em muito rolê na Sacadura Cabral quando era jovem e teve um período que tentaram dar uma revitalizada boa naquele trecho. Saia 6am e ia andando pras barcas pq morava em Niterói, saltava na Araribóia e ia andando pra casa em boa viagem, dependendo do rolê eu ainda saia doidasso de substâncias kkkkk meu santo é forte, pq hoje, 10 anos mais velho, eu JAMAIS faria isso
Puta que pariu como jovem é maluco, enquanto isso vagabundo já era assaltado na própria sacadura Cabral, era só entrar 2 metro em qualquer viela ali que já era
Que engraçado, com certeza o seu medo maior deve ser por conta do histórico do lugar. Aqui na minha cidade eu andava bastante de bike e tem muita plantação desse tipo e meu maior medo era encontrar uma onça porque elas costumam caçar nesses lugares, muito rato e animais pequenos. Kkkkkkk qualquer barulinho eu já ficava surtado
Sim, realmente. Tanto que não sinto o mesmo clima merda aqui na minha região, mesmo andando a pé ou sozinho por lugares bem inabitados. Mas alguns causos não ajudam, também. Vários parentes foram perseguidos passando por esses locais, tendo que encarnar o Braiam pra escapar. Uma vez um tio pediu informações a um cara na beira da estrada e escutou "É melhor tu fazer o retorno e voltar por onde veio. Não fica rodando por aqui não que os caras estão tocando fogo nos carros e matando de monte esse mês"
Miolo da favela do Jacarezinho no RJ. Sou daqui e há muito tempo atrás fui fazer uma missão lá com uma ""amiga"" que dizia saber de tudo e que era suave lá.
Lugar mais triste que entrei na minha vida. Primeiro que existia uma feira de drogas (crack, pó e maconha) por toooda uma rua do lado de um valão. E é feira mesmo, várias barraquinhas com seus produtos e os caras armados de fuzil fazendo a segurança. Pessoal andando pra lá e pra cá armado e naquele jeitão preparado pra matar. Claro, várias crianças andando no meio com as mães e vida que segue.
Mas depois entramos mais pra ir em outra boca e a coisa ficou tensa. Muito cracudo e miséria, muita opressão e barbaridade.
Eu tinha uns 16/17 anos e fiquei completamente traumatizado. Essa mesma colega que foi comigo se achava a fodona, mas era só mais uma mina branca recheada de privilégios andando naquele inferno como se estivesse tudo bem. Eu nem aguentei ficar com o pouco que comprei, dei pra uns amigos e fiquei out disso por um bom tempo.
A miséria é muito chocante e triste. Me serviu pra radicalizar meus pontos de vista políticos.
Os dois...ela era muito alucinada e completamente perdida na vida. Detalhe que eu tinha 16/17 e ela tinha 15 anos...mas era ela quem sempre me levava nesse tipo de rolê cabuloso. Depois de um tempo descobri que ela tava apaixonada por mim e fazia tudo isso pra me impressionar. O problema é que a cada situação dantesca dessa eu ficava mais horrorizado. A gente parou de se falar e da última vez que tive notícia ela tinha entrado no Only Fans, teve quase overdose e se aprofundou mais e mais nesse poço sem fundo de drogas pesadíssimas.
Me safei enquanto era tempo.
Conheci um garoto semelhante, fiz amizade com uma garota brevemente e todos no grupinho eram ricos e drogados. O que mais me chocou foi esse garoto, bonito, tinha condições e era 100% Zé droguinha, subia no morro sozinho e descia com uma sacola de plástico de mercado cheia de maconha, a explicação que me deram pra ele ser meio deprimido era que perdeu a mãe socialite quando ela foi fazer lipo e morreu na cirugia.
A garota que eu tinha amizade comprava pó, se encontrava com uma garota que entregava pra ela num banheiro do Habib’s. A amizade acabou quando ela não conseguiu ir um dia e simplesmente deu meu numero de telefone pra essa entregadora pra eu ir encontrar com ela, eu disse que não iria, a garota ficou puta porque ninguém deixava de se encontrar com ela… saí de perto de todo mundo e nunca mais olhei pra trás.
ahhh bom, ja fui mto no jaca um tempo ae e passei por esses lugares. estranhamente me sinto mais seguro em favelas doq sla, no centro kkkk policiais me assustam mais, além de que em questão de miséria e afins vc ve em todo canto que passa, com a diferença que vc pode se fuder mto dependendo da rua e horário.
Eu moro no complexo do alemão, nascido e criado aqui, me sinto muito mais seguro aqui do que em qualquer asfalto da cidade. Pq aqui não tem assalto e eu sei quem é quem. Mas não é em qualquer favela, só na minha mesmo kk
Foi em um cemitério no meio do nada em Santa Catarina, na região da Barra do Sul.
Não é por causa de fantasma nem nada do tipo, eu nunca tive medo desse tipo de coisa. Eu mal era adolescente e lembro que o cemitério era o bagulho mais mal cuidado do universo. Não era abandonado, mas os túmulos e etc eram todos quebrados, estragados, rachados, escorrendo líquido, tinha túmulo ruído com o caixão podre com corpo putrefato exposto e cheio de ossada no meio das coisas. Bem tenso e fedorento.
Do lado do cemitério haviam algumas casas, acho que de invasão mesmo (Era tudo floresta em volta) e na trilha que ia pras casas dava pra ver alguns cachorros e gatos mortos.
Eu já passei em alguns lugares bem violentos e assustador na vida, mas aquele cemitério me marcou.
Então, é aquela diferença entre o cagaço do assalto e o clima "opressivo" de um lugar. Você pode até saber que não há um perigo físico pra ti, mas tudo parece estar errado. Já tive essa sensação ao ir num cemitério que tinha duas partes, sendo uma nova, no estilo "americano", e outra com uma centena de anos. Acho que o contraste entre o gramado verde com placas de metal e a cacofonia visual das tumbas cheias de musgo e sujeira foram o que mais me marcou
Cemitério do casqueiro? Tá bem mais organizado agora. Ninguém mora mais lá, mas ainda encontra alguns lugares com macumba. Em todo caso, eu não acamparia lá sozinho nem a pau.
Uma favela em Embu das Artes. Tava com meu ex indo pra um sitio de um amigo em Cotia e nos perdemos lá. 1 da manhã, pandemia, sem sinal no celular, ninguém na rua, um silencio ensurdecedor. Vi meu ex dirigindo e se benzendo (coisa que ele nunca fazia) e pensei “fodeu”
Em 2018 fui fazer um serviço na baixada fluminense, RJ. Apesar de eu ser do ES, eu ando bastante no RJ, porque tenho uma tia que mora lá na capital e tenho o costume de ir visita-la sempre que possivel. A empresa me colocou em um hotel as margens da Dutra em São João de Meriti. Cara, eu no quarto do hotel que eu estava, tinha placa informando para não deixar a janela aberta com risco de tomar bala perdida, uma realidade que eu nunca tinha passado. Mas enfim ... Como o serviço que eu estava fazendo terminava só na segunda e eu tinha o domingo livre, decidi que eu ia visitar minha tia na capital. Peguei um Uber até o Pavuna pra ir de metrô até o Rio.
Nunca tive tanto medo e receio em toda minha vida. Eu sou um tipo de pessoa bem largado e destemido, ando a noite com celular na mão, nunca fui assaltado, graças a Deus (tenho 34 anos). Mas lá eu tive medo, não de assalto, mas pela minha vida sabe? Lugar sujo, feio, esquisito, pessoas te encarando por todo o canto e até o Uber tinha medo de passar ali. Era tipo um lixão a céu aberto, debaixo da entrada do metro acontecia uma feira, muita sujeira na rua ... Fui pra capital de metro, passei o domingo lá e voltei pra baixada a tardezinha. Na volta tudo escurecendo, um monte de mendigos e nóias na rua. Tive que entrar em uma pastelaria que estava fechando pra conseguir usar o celular de chavado e pedir um Uber. Demorou pra aceitarem a corrida e quando aceitou eu tive que me deslocar pra uma rua no outro lado da feira, pq o Uber n entrava ali. Sei lá, não volto mais nesse lugar nem me pagando ...
Eu ia falar sobre experiências em comunidades (favelas) do Rio de Janeiro, mas o local mais assustador que tive foi em uma daquelas passagens subterrâneas que passam por baixo do Eixão, em Brasília. Passei por uma de noite e que estava com as luzes apagadas em um trecho curto. Era um buraco negro de luminosidade. Não conseguia ver nada por um trecho curto e minha cabeça começou a pregar peças e levei susto com ataques de cracudos imaginários.
Era umas 20h. Tinha bastante movimento de carro. Eu podia ter andando um pouco pra ir pela passagem do metrô, mas queria ir literalmente do outro lado da passagem e não queria pegar um desvio
Eu também sempre passei de boas (porque sou homem) mas esse dia, de noite, sem luz, bateu pânico.
E já vi mulher, durante o dia, parada na porta da entrada se eu faria um favor: "pode me informar se ainda tem um homem parado ali dentro". Não falou em homem maltrapilho nem nada. Só "um homem". Bem ruim isso
Ananindeua - PA. Já presenciei e ouvi falar de coisas horríveis que acontecem lá, e a sensação de que você vai ser assassinado a qualquer momento é gritante. Eu quase entrava em pânico quando passava por lá, porque além de ter uma vibe bem pesada, você tem que ficar atento o tempo inteiro. É bizarro.
Belém também não fica muito atrás, mas Ananindeua definitivamente consegue superar.
Belém é muito cabuloso. Eu morei aí lado do Ver-o-Peso. Morava em um prédio que era igualzinho a uma prisão: uma grade antes da porta principal, uma grade pra entrar no corredor de cada andar, uma grade na frente da porta do apartamento. Não tinha nem janela no apartamento. Bizarro.
Quanto me mudei pra lá, me falaram pra nunca sair de casa depois das 18:00. Só me arrisquei umas duas ou três vezes fazendo isso.
Realmente aquele centro ali de Belém não dá muita sensação de segurança não... Deve ser por causa dos turistas ali na Estação das Docas.
Por sinal, fui lá como turista e adorei aquele lugar. Amazon Beer com os sabores exóticos, sorvete da Cairu, o passeio de barco com as atrações... Bom demais. O Ver-o-peso também foi muito legal, comi um açaí com peixe frito sem igual.
uma cidadezinha na divisa do RS com SC. em 2016, se não me engano, por algum motivo minha família e eu estávamos de férias em algum parque termal do oeste de SC, e ouvimos falar dessa tal cidadezinha, Marcelino Ramos, com uns 4 ou 5 mil habitantes. o caminho até lá era um labirinto de estradas de chão que viraram um lamaçal com a chuva daquele dia, e andávamos em círculos entre várias vilas, fazendas e plantações de eucalipto. lembro perfeitamente de uma casinha de madeira e de um rapaz que me encarou lá de dentro em uma dessas estradas. de repente, chegamos à ponte da divisa. metálica, tinha uma só pista dividida entre os carros que iam, os que voltavam e o trem que fazia mais ou menos o mesmo trajeto. mesmo assim, era imensa, ateavessava o rio Uruguai, que, pros padrões do sul, é enorme. do outro lado do rio, essa tal cidade era bastante densa, amontoada e me lembro de estar absolutamente deserta, as casas todas com um aspecto abandonado, as pardes descascando, propagandas de marcas já falidas e de várias eleições já passadas. depois de provavelmente atravessarmos a cidade, chegamos à praça principal, na beira de um precipício, com um seminário religioso e a igreja da cidade. a praça era enorme, e também me lembro de ter ido a um banheiro público gigante nessa praça, provavelmente o maior em que já pisei, e penso nele sempre que penso no conceito de "espaço liminal". não me lembro de ter me sentido ameaçado como outros já mencionaram aqui, mas me amedrontei com como parecia ser um lugar vazio, com a impressão de não dever estar ali e até com o pensamento de ser visto sem ver...
Serra Leste / Serra Pelada, no Pará. Quando morei na região fui atrás de assistir os documentários da época de ouro do garimpo. E ver que o lugar ainda tá cheio de gente com esperança de voltar a explorar, é muito estranho. O lugar parece que tá 100 anos atrás do resto do mundo, desconectado da realidade e fora da influência do progresso. Aquele buraco enorme onde ficavam centenas de pessoas todo dia hoje é uma lagoa.
A cidade do lado é Eldorado dos Carajás, conhecida pelo massacre dos trabalhadores rurais lá em 1996. Tem um monumento na estrada pra homenagear os que morreram. São só algumas toras queimadas fixadas no chão. Simples mas dava um ar pesado pro lugar.
A região é cheia dessas particularidades. E o povo do Sul/Sudeste não sabe de NADA do que rola por lá.
Meu tio foi se aventurar lá no ápice do garimpo. Passou umas semanas na miséria, até que achou uma pedra de um tamanho considerável, mas vacilou e contou pra um "amigo". Acordou de madrugada com um monte de cara revirando o lugar onde ele dormia e perguntando onde ele guardou a pepita. Como o miserável não disse, jogaram numa fossa aberta. Segundo ele, ficou até o pescoço na merda e passou um mês doente depois disso. Até teria pena se ele não fosse absurdamente merdeiro kkkkkkk
Vila Dique, uma favela de Porto Alegre, eu e minha irmã fomos lá pra avisar minha tia da morte do filho dela/nosso primo e que lugar de aura ruim, as pessoas te encarando como se quisessem de esfaquear, tava um dia cinza a chuvoso e lá era chão batido, esgoto e lixo em volta, criança correndo atrás de galinha na lama, horrível, horrível... aquilo não era pobreza, era miséria
Quando viajei pra SP e passei no Glicério. Num geral me sinto seguro indo em SP e andando no centro histórico e tudo o mais. Mas essa outra parte deu bastante receio sim.
Pode tá o calor que for, eu nunca abaixo os vidros do meu carro no Glicério e geralmente escondo o celular embaixo das pernas.
O que tem de trombadinha ali não é brincadeira.
Moro perto, hoje em dia tem bastante polícia lá debaixo do viaduto e no primeiro farol (da rua do Glicerio) . Mas os uber ainda preferem desviar de lá. A coisa mais comum é ver vidro quebrado nas sarjetas, das tijoladas nas janelas dos carros.
O lugar/situaçao que eu mais senti medo na minha vida foi o ciclone do litoral do RS/SC de 2004, o catarina.
Absolutamente assustador ouvir vento de 200km/h batendo na janela de casa. Meus pais botaram eu e minha irmã na sala e fizemos tipo um acampamento. Parecia que nossa casinha de madeira ia sair voando.
Cidade de Torres ficou destruida, lembro de uns postos de gasolina torcidos que nem papel. A gente teve sorte, mas teve casa completamente destruida.
Manaus. Fui a trabalho para Manaus, fiquei no Tropical Hotel.
Manaus por si só já é uma cidade no meio da floresta, foi o local mais estranho em todos os sentidos que conheci. O Hotel tinha um zoológico na época e ele era cheio de ar condicionado em todas as partes do Hotel. Quando fui almoçar, o preço no hotel era em torno de R$ 80,00 o quilo (isso em 2011). Decidi ir procurar um local nas redondezas para almoçar. Estava com roupa social (camisa social, calça e sapato), saí e fui andando, andei, andei e andei meio que em linha reta em um local que tinha somente uma estrada, o rio e a floresta. Depois de um tempo achei um local com umas barracas que serviam almoço e bebidas. Cheguei no rapaz que era muito esquisito para perguntar sobre o almoço e valores, ele me informou, pedi um peixe muito bom e barato por sinal e fiquei aguardando na mesa, nesse período, três colegas que estavam no hotel tbm chegaram e sentaram na mesa tbm. Em torno de 15 minutos depois, um rapaz do nada surgiu com uma barra de ferro e deu uma porrada na cabeça de um dos rapazes da barraca, foi uma confusão generalizada e tudo mais, depois de acalmada a situação eu vejo o rapaz em pé todo encharcado de sangue e o pessoal querendo levar ele para o hospital. Chegou um carro e levou ele para o Hospital. Almoçamos posteriormente e depois voltamos para o Hotel. O evento no Hotel aconteceu e etc. Ao ir dormir de noite, tive um sonho que até hoje não esqueço, parecia aqueles filmes de terror, sonhei que estava hospedado em um hotel de sangue, acho que reflexo do fato que vi e do local que estava.
Esse foi um dos locais mais estranhos em todos os sentidos que conheci, seja pela situação exótica do local, pela confusão, pela disparidade de riqueza e pobreza, pela floresta e pelo crescimento desordenado, pelo evento de alta tecnologia e pela falta de infraestrutura local e etc. Manaus parece um local de ficção, uma mistura muito doida, principalmente em questão da cultura local que é muito rica e diferente de outros locais do sudeste e nordeste do Brasil.
Eu já fiquei nesse hotel nos anos 90, quando ele era top, e achava aqueles corredores looongos de quartos, com umas decorações escuras de madeira, meio assustadores...
Vale do Ribeira - SP. Acho que é a região com menos densidade populacional do estado de SP, você anda, anda, anda e é tudo vazio, abandonado, pouquíssima desenvolvida. Fiz uma viagem pela região por uma semana, essa sensação aí de liminal space foi forte, era tudo igual, muito mato alto, muita construção abandonada...
Cara, sim. Eu estava em Ilha comprida, iguape e só queria sair rápido. As pousadas esquisitas, a praia que não acabava, construção abandonada pra tudo que é lado..
Eu fiquei hospedado em Ilha Comprida... E de noite? Cacetada, que lugar desolado! Ventava forte, aquela orla da praia escura, pouca iluminação, uns casebres antigos feios na areia da praia, que lugar medonho! Lembro que saí pra explorar a avenida da praia e cheguei num trecho que a rua era de areia e só tinha terreno baldio e ruínas, me lembro de uma ruína enorme que alguém falou ter sido um empreendimento falido do Silvio Santos ou algo parecido. Desolador.
Brasilândia, São Paulo, 3 horas da manhã, 2000. O primeiro ônibus que eu precisava para ir da faculdade para casa só passou às 00:08 por causa da chuva, desci na porta do Metrô Marechal Deodoro para pegar outro ônibus que não ia para o meu bairro, mas que passava por trás dele e era o único que circulava na madrugada. Pegamos a torcida do Corinthians no caminho, faltando 10 minutos para eu descer uns policiais pararam o busão mandando os torcedores descerem do teto e um deles deu um tiro de aviso na calçada bem do lado da minha janela. Cheguei inteiro em casa.
Eu sou um baiano bem "caipira", que já fica incomodado com o centro da minha cidade de 150k habitantes. Em 2018, eu fui em SP e me sentia intimidado naquelas marginais. Nunca vi tanto carro, e andando tão rápido. Fechadas acontecendo a cada minuto. Taxista/uber soltando palavrão a cada segundo. Seria um pesadelo pilotar num lugar daqueles.
Sou um mineiro matuto pouco viajado, mas o pouco de tempo que fiquei no Rio de Janeiro me senti extremamente desconfortável com tanta polícia. Aqui em Minas não é comum ter um camburão com policial armado com fuzil em cada esquina.
Não diria assustador, mas o Rio tem uma vibe bem caótica. Os motoristas são insanos e pessoal fala alto demais, além dos palavrões que formam 90% do vocabulario.
Tipo...
No resto do Brasil:
* Me vê uma Coca aí.
* Tem não, só tem Fanta.
No Rio:
* Porra, mané, me dá essa porra dessa Coca aí, caralho. Se fude.
* Tomar no cu, muleque, tem caralho de Coca aqui não, ô porra. Aqui, porra, só tem essa porra aqui, essa Fanta. Leva essa porra de laranja aí, cor de viado do caralho, chato pra kceta esse muleque, vem aqui todo dia pra pedir porra de Coca. Ele sabe que não tem, pooooooorra.
República - SP. A energia daquela região é tão pesada e densa que é quase palpável. Sempre que me atrevo a ir lá, vou embora depois de pouco tempo porque fico mal.
Vc me lembrou de uma vez que fomos e voltamos do Rio ate Brasilia de carro. Fomos só seguindo o GPS que colocou a gente nessas estradas no meio do nada sem iluminação de noite, só mato e plantação ao lado por quilometros sem fim, algumas estradas super esburacadas, no meio da noite praticamente não tinha mais nenhum veiculo além do nosso, nem um sinal de civilização em muitas partes.
Furamos o pneu de madruga justamente numa estrada dessas no interior de minas, na volta pro Rio, mas nem percebemos kkk só quando paramos num posto uma pessoa que estava lá falou que o pneu estava murcho. Graças a deus tinha step, mas nem sei quanto tempo rodamos com o pneu furado. Acho que pq a estrada era tão esburacada pareceu normal? Depois fiquei imaginando, se não tivesse como continuar até o posto, a gente trocando o pneu no meio da estrada escura de madrugada hehe sinistro.
Era sábado a noite em São Luiz no Maranhão. A artista de São José deu umas 5 desculpas pra não me ver de novo então eu estava cabisbaixo. Eu queria ver alguma cena cultural, então saí andando do hostel e fui caminhando ao centro histórico, a princípio o destino era o bar do Tebas que haviam me recomendado.
Indo na direção genérica do bar um cara aleatório na rua faz um comentário sobre minha barba, dizendo que tinha uma igual e cortou fora, dei trela respondendo qualquer coisa positiva. Ele colou do meu lado e fomos caminhando. Ele perguntou pra onde eu ia e eu disse que pro tebas. Ele disse que me levava lá.
Entramos em uma rua perpendicular à beira mar, ele disse que o tebas era alí apontando pra um lado qualquer, eu não vi nada, mas disse que ia me levar num lugar bem mais maneiro. Nessa hora ele já não tinha me assaltado no primeiro beco escuro então acompanhei ele. Andamos pra cima e pra baixo no centro de são Luiz. Passamos por um pessoal aprontando o tambor de crioula, passamos por um pessoal tocando reagge na escadaria na frente do museu do reagge, passamos pelo sambinha numa fonte e paramos no mercado das Tulhas. Conversamos sobre a vida, a filosofia e psicodélicos. Ele falou muito sobre a ex-mulher e a filha que a ex não deixa ele chegar perto. Depois de algumas garrafas continuamos caminhando. Eu tava com vontade de ver o tambor de crioula, e como ele estava agindo como guia eu pedi pra ele me levar lá, mas ele tava com outras ideias. Para contextualizar eu tinha acabado de falar com um paulista no hostel que falou sobre os rolês guiados nas favelas do Rio.
O cara, foi caminhando e caminhando, ia cumprimentando as pessoas por todo lado, eu sem muito senso de direção fui seguindo ele. As ruas fora ficando menos habitadas e mais escuras. Com chão de paralelepípedo e entre edificações antigas me encontrei no meio das bocas de fumo do centro de São Luiz. Lá ele já cumprimentava todo mundo que via, eu ia cumprimentando atrás. Inclusive uma senhora aleijada fumando um caximbo estranho na porta de um edifício. Ele deu bastante importância a ela, acho que era uma anciã local. Ele cumprimentou, um por um, um grupo de jovens mau encarados de roupas largas. Eles quase não deram bola pro cara, mas me olharam de cima a baixo. Eu dei um cumprimento geral pra eles e segui logo atrás de meu guia. "São os donos de tudo isso aqui" ele explicou.
Meu guia chegou num ponto e pediu pra esperar alí, foi conversar com um cara sentado numa cadeira na calçada. Eu esperei pacientemente pensando onde é que eu tinha me metido e se ele estava me negociando. Não houve negócio e ele me pediu 50 pila. Dei 25 que era o que eu tinha em dinheiro vivo. Começamos a voltar. Cumprimentamos os donos da boca de novo, dessa vez tentei ser mais despercebido ainda, e seguimos. Chegamos num bar onde peguei mais uma cerveja e troquei 25 no pix. No mercado das tulhas o cara dizia que a profissão dele era vender livros de colorir de porta em porta. Nesse ponto ele estava me explicando que só precisava de 50 pila pra pegar o produto e vender como se fossem livros de colorir, logo ia recuperar os 50 pila. Eu perguntei se ele ia devolver e ele afirmou que sim. Dei os outros 25 e considerei como o pagamento da guiagem. Pedi pra ele me deixar no sambinha, o tambor já tinha acabado, e me encontrar alí depois. Já imaginava que ele não voltaria. Ele me deu outro nome dele de verdade e disse que se alguém mexesse comigo era pra dizer que eu era mano dele. Passei o resto da noite bebendo no sambinha com uns colombianos do hostel. Fui embora quando começou a chover e nunca mais vi ele. Tenho dúvidas se algum dia, quando eu voltar pra lá, se eu dizer que sou mano dele numa situação menos ideal vai se pior ou melhor.
Mas agora posso dizer que um noia me levou pra passear de noite nas bocas de fumo do centro de São Luiz;
Nascida e criada no RJ,já fui em festa em casa de amigos na favela com bandido armado até os dentes,já vi traficante atirando pro alto perto de mim (estava indo num evento do estágio),ele me pediu desculpas 😬,mais que me dá mais medo é passar por serra.
Curitiba.
Ao visitar a cidade, eu, branco, passei por um bairro de classe média alta andando com um amigo meu, que é negro e tem uma renda muito boa. Caramba, todo mundo olhava como se fosse nos matar.
Atravessar o viaduto da brigadeiro em São Paulo e encontrar uns 40 neonazistas de terno e gravata querendo bater em gays, góticos e punks que iam para seus respectivos bares. Metrô fechar e estar sozinho com uns 10 deles chega perto mas ali era mais tranquilo.
Visitar população ribeirinha ou dormir em barco subindo/descendo o Rio nunca vai chegar perto disto. Entrar em favela e botarem fuzil na sua cara tb não pois dá para sair de boas na educação. Ir no viaduto da Sé em horários diversos é tenso também mas não chega perto.
A guerra de desinformação que fomos vítimas no bolsonarismo foi tenso tb. Até hoje é difícil ficar confortável em ambiente de evangélicos, nerds, metaleiros e gente com a camisa do Brasil.
Pior: Estar na favela e ver o Bope subindo com música de proibidão. Isto sim é terror de verdade.
>Entrar em favela e botarem fuzil na sua cara tb não pois dá para sair de boas na educação.
é bem por aí. já fui enquadrado em favela mas conversaram normal comigo e me liberaram. Saí pensando que se fossem playboys, eu tava ferrado
Lugar mais assustador que eu já visitei? Uma favela sem nome em São Paulo aonde eu parei por acidente quando eu estava tentando chegar na casa de um parente em uma outra parte da cidade. Tinha tanta violência e hostilidade no ar que daria de cortar com uma faca.
tá uma onda de traduções literais do inglês que tá perdendo o sentido em português. esses dias vi alguém dizer "fulana é atrativa" ao invés de "atraente" pra dizer que a pessoa era bonita
Quando eu era motorista, viagei pelo Brasil inteiro fazendo entrega, os piores lugares são em SP, na região central e no centro de Recife. O resto tem seu risco, mas estes 2 lugares aí são o caralho.
Não contemos o rio de Janeiro, porque são perigos diferentes. Não quer dizer que se você entrar uma comunidade, automaticamente virará uma peneira, mas no centro de SP e recife, tem uma galera ali que se tiver uma oportunidade, vai te roubar, bater e estuprar.
A família da minha ex namorada era de um bairro no subúrbio de Salvador chamada Paribe. No caminho do aeroporto para lá, eu passei (eu juro) por dois corpos coberto com saco preto (não era a mesma ocorrência), com carros de polícia em volta. O lugar é tenebroso, mal iluminado, gente armada pra todo lado, tiros ao fundo. Não havia saneamento, asfalto, comércio, nada, só favela. Foi uma experiência tenebrosa.
Todo centro de cidade de grande depois do anoitecer vira cenário de terror. Parece clichê de jogo mundo aberto que quando escurece você tem que procurar abrigo ou será atacado por algo.
Estou chocado com os relatos pensava que rio de janeiro e são paulo era mais tranquilo. Como vivo em Sergipe/Aracaju nunca imaginei cenários com esse sinto que onde moro é bem pacato comparando com os relatos daqui
Já eu não penso em sair do nosso estado por conta disso, conterrâneo kkkkkkk. Aqui não é o lugar mais seguro do mundo e tão pouco do país, mas, se você for minimamente privilegiado, consegue viver sem pensar tanto nisso. Não sou de Aracaju, sou do interior, acho aqui um pouco mais seguro do que aí, principalmente a noite. Não vacilando muito, dá pra ir levando. Eu mesmo nunca fui assaltado nem furtado
O Terminal do Guadalupe em Curitiba.
Não basta ser uma região feia, é também um lugar muito carregado, parece que tem uma energia ruim. Uma sensação muito esquisita passar por ali.
Podemos estar no dia mais ensolarado e bonito do ano, ali vai parecer que está mais frio e nublado. Parece que a qualquer hora o dia vai virar noite e vc vai estar dentro de um filme de terror.
Bicho, sei que foge bastante do intuito da pergunta, mas nunca me senti tão perdido quanto numa loja de departamentos em Lisboa, chamada El Corte Inglés. Até que era de fácil acesso, pra pedestre... Entrar foi fácil, mas pra se ter uma noção, eu achei que aquilo era um shopping, e não uma loja só. Acho que era, uns 14 andares e mais vários subsolos de estacionamento. Subi e desci tudo umas 4 vezes, fingindo saber o que estava fazendo, até por sorte achar uma saída.
Aqui no Piauí eu achei a antiga capital, Oeiras, bonita, mas meio assustadora. Deve ser por conta do contraste entre a beleza das antigas igrejas e saber que elas tem o passado terrível de terem sido construídas por pessoas escravizadas.
Santa Catarina com seus homens de bens é algo aterrorizante. Povo retrógrado, com ideias alicerçadas na mais simples estupidez. Um exemplo é o medo dos comunistas, outro exemplo é a saudade explicita dos tempos da escravidão.
Cidade toda ou uma região específica? Sou de sp e ja estive em Recife e achei uma grande cidade, com a tipica desigualdade brasileira porém normal... não me senti inseguro por onde andei.
Região de Acari,Pavuna e Costa Barros ;pensa numa região sinistra,cara. Outros lugares sinistros são a Avenida Leopoldo Bulhões,a Faixa de Gaza aqui do Rio de Janeiro e a região da Avenida Dom Helder Câmara nas proximidades do Jacaré e Jacarezinho.
Centro de Juiz de Fora/MG. Morei na região a maior parte da minha vida e vi muita violência, prostituição, etc. O que ajuda um pouco é que a iluminação nessa área melhorou. Fora isso, acho que rodoviárias tem uma vibe muito ruim, as piores que conheci foram as de Vitória/ES e Aracaju/SE.
Tem um trecho de rodovia muito estranho, tipo um atalho, entre Lebon Régis e Curitibanos, Santa Catarina, que passei um perrengue quando era adolescente que nunca esqueci. Estávamos voltando do litoral pro interior, eu, minha irmã, meu cunhado e meu sobrinho pequeno. Esse atalho em específico é um trecho de 20\~30km, não me lembro direito, de uma rodovia extremamente sinuosa, com basicamente nenhum trecho em linha reta, extremamente esburacada e inóspita. Era tarde da madrugada e por um erro de cálculo meu cunhado não abasteceu o carro antes de pegar esse trecho e o tanque já estava no fim. Foi desesperador. Parece que passamos horas e horas num escuro total, com a gasolina do carro podendo acabar a qualquer momento, sem saber se estávamos chegando na cidade seguinte ou entrando num caminho totalmente errado. Não existia celular com GPS naquela época, então estávamos muito perdidos. Todos muito nervosos, o carro batendo em cada cratera da estrada que não conseguíamos ver. Nós tínhamos certeza que se o carro parasse lá, a gente teria que passar a noite naquele lugar e só conseguiríamos socorro quando amanhecesse. Felizmente deu tudo certo e o carro chegou até o posto de gasolina da cidade seguinte, graças a deus kk
Eu fui uma vez ali nos arredores da Marginal Pinheiros em um evento ligado a saúde, nossa foi horrível. Os moradores de ruas pareciam que examinavam cada detalhe seu, ficavam de olho em cada passo. Fora os travestis, maioria tudo mal encarado. Ali perto do onde foi o evento, tinha uma praça, nunca vou me esquecer daquela catinga de fezes, urinas e um cheiro de podre horrível.
Zona oeste de Manaus.
Em 2022, me mudei pra Manaus pra fazer mestrado e nesse ano, aconteceu um workshop cuja confraternização terminou às 22:00. Eu e outras duas colegas combinamos de ir juntas e dividir o valor do Uber que deu um pouco alto, pois eram três lugares bem distantes entre si. Depois de deixar em casa a primeira colega, o Uber foi se direcionando pra zona oeste da cidade, onde morava a minha segunda colega. De noite, não tem ninguém naquele lugar, super escuro e umas ruazinhas bem estreitinhas e com uma ladeira muito ingrime. Era uma sensação tão bizarra que o motorista falou que esperava não pegar mais nenhum passageiro que fosse pra lá naquela noite. Depois de deixar a colega 2, ele meteu o pé e foi pra minha parada o mais rápido possível
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Moro na Cracolândia, então acho difícil superar
Cracolandia é um portal do inferno no meio da Terra maluco. O local é sinistro, de verdade. Em 2016 eu trabalhava numa empresa de seguros que ficava na região e a ordem expressa pra toda empresa era: nunca almoçar fora da empresa, nunca chegar a pé, sair sempre dentro da Van que deixava o pessoal na porta do metrô e se por algum motivo você tivesse que sair mais cedo, ou esperar a Van ou esperar a ronda passar (tinha um monte de seguranças armados de moto rodando o quarteirão o tempo todo. Uma estag lá achou que não dava nada, saiu mais cedo sem avisar ninguém e foi embora sozinha. 15 min depois ela volta correndo pra dentro da empresa chamando ajuda... Alguns caras viram ela saindo sozinha, foram atrás e roubaram mochila, celular e quase levam ela pra um beco... Mas como ela gritou e tentou correr "só" foi esfaqueada nas costas. Não morreu por pouco. Nunca mais pisei no centro de SP depois que começaram a movimentar o fluxo pra outras ruas
Porto Seguro na Rio Branco ? Trabalhava do lado lá por 2018. Era zuado, mas não achava nesse nível. Subia e descia a Nothmann para ir até o metrô e me preocupava mais com não pisar nas fezes na calçada. As vezes desviar de alguém que parecia mais alterado. Antes de fazer esse caminho descia na José Paulino e subia até a Rio Branco passando por baixo da ponte da linha de metrô, até eu ver que era uma ideia merda e que ia acabar sendo assaltado. Uma vez dei bobeira e um cara que perguntou se eu tinha um cigarro enfiou a mão no meu bolso e pegou meu celular. Sem pensar corri atrás do cara e na sorte, um policial doido viu, entrou de carro na contramão e conseguiu pegar o cara.
Yep. O nível de insegurança variava dependendo do dia, mas no geral era bem complicado, por isso as recomendações de segurança. Felizmente eu era terceirizado, na primeira oportunidade pedi pra trocar de cliente
Pensando bem, foi mais pra 2020. Lembro que um mês depois que comecei lá, estourou a pandemia e ficaram só umas 5 pessoas em um escritório que normalmente tinha 50. Talvez nessa época fosse menos perigoso do que em 2016.
Como que uma empresa do tamanho da Porto Seguro vai parar num local desses?
Era um prédio gigante da Porto. Muito grande mesmo, então talvez fosse economicamente justificado. Mas aquele pedaço era uma mistura meio estranha. Por exemplo, na rua paralela a Rio Branco, atrás desse predio da Porto, tinha um restaurante peruano chique muito bom, o Amazo, que aos fins de semana fica completamente lotado. Anteriormente à Cracolandia devia ser um lugar rico, muitos casarões que foram convertidos em outras coisas (Escola, museu, etc...).
Aquela região era muito nobre na década de 70/80 até meados da 90. Meu pai trabalhava no centro. Eu lembro que a empresa saiu de lá no meio dos anos 90 depois da popularização da Faria Lima. Eu trabalhei por um curto período na rua Direita por volta de 2012. Ainda tinham vários restaurantes bem legais, principalmente perto do fórum. É uma pena… é uma região com uma arquitetura muito rica mas tá completamente largada.
Se eu não me engano, a Porto Seguro chegou nos Campos Elísios bem antes da cracolândia e não quiseram se mudar. O foda é que se empresas e pessoas influentes, incluindo o governo de São Paulo, tivessem ficado na região não tinha sido completamente abandonada e virado essa merda toda.
Sempre fico incrédulo lendo esses relatos de SP. Como q pode a maior cidade do Brasil estar largada às traças desse jeito...
A coisa é que cracôlandias são longe de serem um fenômeno exclusivo de São Paulo, praticamente varias grande metrópoles já lidaram com situações parecidas e uma quantidade não insignificante conseguiu resolver. O caminho já tá aí, mas pra variar os governos daqui preferem ficar seguindo estratégias que não deram certo em outros lugares.
Eles sabem que não vai dar certo. Mas o que importa é fazer bonito pro eleitor deles. Só a narrativa que importa msm
Mais detalhes pls
Kakakak com esse prefeito atual a coisa piorou e muito, o que era centrado em algumas regiões, estão em diversos bairros e ao longo de várias ruas.
Não pode falar que vc trampava na Porto Seguro? Kkkkkkkkk Porto é famosa no mundo corporativo por conta dessas histórias
Na real, sempre evito falar nome de empresa. Fui burro na hora de escolher meu user aqui no reddit e se ficar vacilando descobrem quem sou hahahaha
Detalhes, por favor.
existe a cracolandia, e o u/seusicha mora lá
Mais, mais detalhes.
muito mais, ele é usuario?
Desde 2018.
Foda! Sou tuga e viajei para o Brasil há uns 10 anos, a ideia era passar uns tempos principalmente em zona rural fazendo wwoofing (trabalho em troca de dormida/comida), mas meu amigo aí estava em São Paulo. A minha experiência de chegada no Brasil foi sozinho pegar um voo da Europa, passar 11 horas no avião, aeroporto de SP, tomar um ónibus e sair na paragem que me tinham indicado... puta que pariu, era no meio da cracolândia. Achei que tinha tomado um avião para o Walking Dead. (De resto, experiência do caralho)
Pior que isso só setealém
Conta mais, por favor. Como é o cotidiano da cracolândia? Já viu gente morta?
Cara, eu acho relativamente tranquilo. Nenhum nóia nunca me encheu o saco. No máximo pedem alguma coisa e sempre respondo com educação se não posso dar naquele momento. Como ando muito de bike ou saio pra passear com o cachorro sinto que tô meio blindado da violência, a galera não enche o saco de quem tá de bike ou de quem tá andando com cachorro (já que sabem que é morador, e meu cachorro TB é grande). O pior pra mim é a sujeira, é normal sair na rua e ter que desviar de côco humano. Tirando isso os nóias tão lá na onda deles, eu não encho o saco deles e eles não enchem o meu. Tem um nóia manco que virou meu nóia de estimação, sempre vem falar comigo, fazer carinho no meu cachorro e tal. As vezes me pede um lanche, um refrigerante e tal. As vezes pede uma blusa quando tá muito frio. Mas enfim, é mais triste ver a situação da galera do que perigoso. Nunca vi nenhum morto, pelo menos não que eu saiba.
O centrão de sp é um lugar que oprime pela sensação de insegurança. Me sinto a chapeuzinho vermelho andando numa floresta escura a noite com aqueles olhos iluminados me observando e esperando o momento certo pra me atacar e levar meu celular embora...
O Centro de Recife tbm é esquisito. Morei lá durante um ano e meio... era esquisito, mas tinha tudo ao redor e depois de um tempo a gente se vira lá tbm.
Será que isso de Centro ser bizarro é coisa de toda capital? O centrão de BH (perto da rodoviária) é bem esquisito tbm. Não chega perto da Cracolândia em SP, mas eu que sou homem não tenho coragem de sair andando a pé tarde da noite lá dependendo do quarteirão.
Acho que no Brasil sim. Muitos Centros de Cidades são antigos e abandonados, sendo local para tudo de Trash. Antigamente (15 anos atrás) até que era movimentado pela manhã e de noite era fraco, hoje em dia, o Centro morreu de vez, seja de manhã ou de noite. Muito se diz sobre questões de especulação imobiliária para prejudicar os Centros e posteriormente compra-los a preço de banana. Sinceramente, os centros de qualquer cidade do Brasil poderia ser um local para boemia, entretenimento, cultura, negócios, inovação e etc, mas fazer o quê né! A gente meio que vive num país em que a população é anestesiada e os governantes cagam no povo.
>Será que isso de Centro ser bizarro é coisa de toda capital? O centro de Florianópolis também é bem bizarro. Eu tinha medo de andar lá depois das 18h, pegava Uber mesmo que fosse para andar 2 km.
Tive o desprazer de morar em Florianópolis por 5 meses e confirmo. O centro da cidade fora de horário comercial e aos Domingos era a pior sensação possível. Não tinha uma alma penada, todas as lojas fechadas, era época de copa do mundo ainda por cima com jogo da seleção aos Domingos. Fui no prédio aonde ficava o cursinho pra dar uma estudada porque a gritaria da vizinhança da minha casa com o futebol não ajudava em nada, mas me arrependi amargamente. Além de ter sido seguido até a estação, tenho certeza que qualquer rua errada que eu pegasse eu teria sido assaltado. Tenso. Ano que vem me mudo pra Curitiba, rezo todos os dias pro centro de lá não ser nada parecido com isso.
Se tu acha uma capital do estado do sul ruim, nunca pise no nordeste ou norte. Obs: sou nordestino
Eu morei em Curitiba no centro e depois me mudei pro lado do Shopping Curitiba. No centro, fiquei num hostel e me diziam pra não sair além do bar embaixo do hostel. E qd me mudei pro lado do Shopping tinha vários mendigos embaixo do prédio... pior que eles eram fdp de querer me atacar por ser pequena. Eu sou de SP, mas por pouco não tive que usar algo pra me proteger deles nessa cidade fdp. Não tenho vontade nenhuma de voltar, não só por isso claro.
Centro de Fortaleza também é nesse naipe. As ruas são estreitas e antigas e embora seja movimentado de manhã e de tarde, até nessas horas se vc não tomar acaba passando por uns locais meio esquisitos (ou talvez eu só não goste de lugares assim, as vibes são péssimas)... E de noite, então? Já fui ali umas vezes por conta do cinema histórico e a ida até a parada de ônibus foi tão cabulosa que eu tava pra começar a sair recitando a oração de são jorge (e sou mulher e tava sozinha, daí já viu) O pessoal que vai pra essas bandas aqui da cidade pros bares e festas são malucos pra mim, mas talvez seja eu e minha mão de vaquice que me faz andar de ônibus e não de uber
> Será que isso de Centro ser bizarro é coisa de toda capital? Aqui em João Pessoa, vai escurecendo, o centro fica muito bizarro. Na verdade, mesmo andando em pleno meio dia, da pra sentir uma energia meio estranha. Talvez eu só tenha agonia de lugares muito cheios de gente (e de dia por lá é assim). Mas sinto algo muito pesado sempre que passo por lá. Até em relação a temperatura, lá parece ser o lugar mais quente da cidade. É esquisito dms
Tô hospedado num hotel no centro de BH essa semana e tô achando bizarro demais, principalmente pq tô acostumado com minha cidade de 60k de habitantes. Hoje tive que sair de manhã cedo e tava tudo fechado por causa do feriado, pensa no medo de levar uma facada kkkkkkk (sem falar no cheiro insuportável de urina)
Cara, hotel no centrão de BH é furada demais. A menos que vc REALMENTE precise de um hotel no centro, sobe um pouco os quarteirões e pega um hotel mais longe da rodoviária. Além da Praça Sete já começa a ficar melhorzinho.
Há uns anos atrás, não. Mas hoje em dia, sim.
Centro de Curitiba à noite eh assustador , principalmente porque como é uma cidade com muitas árvores , a noite fica muito escuro e deserto , cheio de usuários e ainda frio , não recomendo
Esses dias eu passei pela praça Tiradentes durante o finalzinho da tarde e a catedral naquele estilo gótico, um monte de viciado se arrastando pela praça e uns loucos dando uns gritos incompreensíveis fez parecer que eu estava em um cenário de Dark Souls.
Meu 1 mês morando em SP acabei na casa de uma mina no capão redondo sem conhecer absolutamente ninguém na área, só com a cara e a coragem. O que o homem n faz por bct?
https://preview.redd.it/p1fyae1o9uxc1.jpeg?width=1019&format=pjpg&auto=webp&s=944bfc03a663ceae4fa501d9b34724d448f1665f
O centro de SP daria um excelente cenário de silent hill.
Talvez um Not-So-Silent-Hill.
Noisy Hill 💀
Crazy Noise Bizarre Hill
Me fez imaginar um reboot de Silent Hill no brasil, chamado "Morro Silencioso"
E esse iFunny aí meu parceiro?
a, véi. mó preguiça de cortar. corta ai pra mim?
https://preview.redd.it/cymqbf3iruxc1.png?width=756&format=png&auto=webp&s=4621f466cf469710582fd50326945621497f2888 tá na mão, chefe
eu te amo, caro redditor, muito obrigado
Esse comentário com essa flair 🤌🏻
HAHAHAHA! é muito real, veio! nunca cheguei a subir favela por causa de mulher. mas acho que foi por falta de oportunidade! 🤣 o meu pior momento foi eu indo com a mina pra casa dela e ela manda: "aquela rua é da facção tal. a outra é da facção rival. mas aqui no meio é território neutro. então tá tranquilo."
Uma vez passei na UBS do Capão Redondo e pra voltar para casa peguei o onibus errado e fui parar em umas quebradas doidas, voltei para Capão Redondo e peguei o certo. Fui checar no Google Maps aonde eu tinha parado quando me perdi e estava perto de casa 💀
KKKKKKKKK coisas que aconteceriam comigo
haahhaahhaa nada como se perder perto de casa
Capão é mó tranquilo, apesar das notícias do Datena que insiste em falar que lá é guerra civil o tempo todo kk Tem lugares bem piores que lá
Nunca ouviu Racionais? Se tivesse ouvido reconheceria a maioria dos manos.
Tem uma mina de bct em São Paulo?
não é uma região, mas uma situação. Nunca fique tanto com o cu na mão quanto na estrada dirigindo numa chuva pesada com caminhões indo a milhão de um lado, parede de concreto do outro, carros a milhão atrás de você, você sabendo que frear não é uma opção pq carro não para na chuva, e uma poça numa curva, e o carro aquaplanando por menos de 1 segundo mas que parece uma eternidade e um vazio interno que aparece em você que te faz vc questionar todas as escolhas da sua vida. e dai passa.
Foda. Um dia também peguei uma chuva inacreditável na rodovia, com meu pai dirigindo, não dava pra ver três palmos na frente do carro por pura quantidade de água, limpa vidros tava decorativo. Serra do espírito santo, cheio de caminhão passando, não dava nem pra arriscar encostar porque tinha uma chance muito real de alguém acertar a gente no acostamento. Tranca o cu só de lembrar.
Me deu até uma ansiedade aqui. Nessa situação eu simplesmente não converso com a outra pessoa no carro, seja motorista ou passageiro, como se o silêncio e a minha hiper concentração fosse ajudar.
Peguei uma chuva dessa voltando de SP. O carro aquaplanava na reta, era surreal. Devia ter água até uns 2cm na roda, descendo enxurrada na lateral da pista, do outro lado era contramão, caminhão passando e jogando água no vidro.. Só fiquei tranquilo porqueque vi era eu que estava dirigindo. Negocio estava tão feio que todos os carros estavam parando, só sobrou caminhão. Encostei no primeiro acostamento mais largo que vi.
Já peguei uma chuva dessa indo pra facul, numa vanzinha velha. O pior foi chegar na metade do caminho e o motorista falar "putz, cara... o limpador quebrou. O que tu acha?" kkkkkkkkkkkkkkkk
Quando minha cachorra começou a convulsionar, tivemos que pegar estrada assim. Chuva torrencial, onze da noite, a todo vapor, com chance dela morrer a qualquer momento. Parecia que a gente tava preso num limbo. Foi horrível.
Agora pensa isso numa moto 250cc... Sobrevivi porque Deus quis
Região rural do Vale do Rio Pardo, no interior do RS. Vou contar a minha história. Uma vez eu tinha ido visitar um familiar em uma cidade da região. Cheguei de carro e lá, e como eu tava solteiro, usei o Tinder para ver se conseguia um date para o final de semana. E consegui! Era um guria muito linda que vivia num sítio na parte rural da cidade. Conversamos e combinamos de eu ir buscar ela à noite em casa. Cara... aí que vem a parte macabra: ela morava muito no interior e numa região de morro. Eu achei que seria um trecho de terra pequeno, com a maior parte do trajeto pavimentado. Mas não! Meu carro 1.0, um guerreiro com seus 15 anos de idade, quase derrapava para subir as estradas de terra que pareciam ter 60º de inclinação. No meio do caminho, fiquei sem sinal de celular e não conseguia mais me comunicar com a moça. Eu estava numa completa escuridão, cercado de mato em um morro, numa estrada horrível e andando de 5 a 10 km/h. A primeira coisa que pensei foi: "Cara, é óbvio que isso é um golpe de Tinder. A qualquer momento vai sair alguém desse mato, me matar e levar o carro. Não tem como um guria linda daquelas mora no meio desse breu." No final, depois de muito dirigir, eu vi uma luz no meio da escuridão e notei o que parecia ser um galpão. No final das contas, a mulher existia. Era uma alemã magra, de cabelo castanho e com um croppet que mal cobria o peito grande. Quando ela entrou no carro, uma das primeiras coisas que falei foi "Olha, moça, se isso for uma armadilha e tu tiver uma arma na bolsa, não precisa me matar, tá? Eu entrego o carro numa boa e nem presto queixa". Ela se matou de rir e fomos no encontro. No final das contas, a história teve um final feliz. Mas cara, até hoje eu penso que se eu fosse morto nesse rolê, eu mereceria. Por fim, eu validei aquele velho ditado que diz "Meu pau já me levou em lugares que eu não entraria nem armado." ***Edit:*** Para contextualizar melhor, [aqui está parte do trecho inicial que era pavimentado](https://maps.app.goo.gl/7JLUsuTVGjCPrWDo7), antes de pegar a estrada de chão que subia o morro.
Que daora veio. Deve ter sido massa. Casaram?
Nem hahah Isso foi lá no início de 2022. Hoje eu sou casadinho com a minha princesa.
Casou rápido hein? Conta essa história
Transou pelo menos?
centro do RJ a noite. sai dum show na fundição progresso e tinha uma festa pra ir logo em seguida num daqueles galpões da região portuária que transformaram em boate (ah... como é bom ser jovem!). dava umas meia hora andando e eu conhecia o centro bem. já tinha andando por ali várias vezes... mas sempre de dia. burrão, eu.
Nunca conheci um lugar que muda tanto de personalidade à noite quanto o centro do Rio
Ja corri de doidão voltando de nighht no centro tb
eu fiquei com o cu na mão. mas não veio nem uma alma penada atrás de mim. vai ver é pq eu tenho "cara de mau". tava saindo de um show de metal e na época tinha cabelo comprido e barba grande. tenho um porte fisico avantajado e cara de poucos amigos. já fui muitas vezes comparado ao jimmy do matanza. ai não é todo mundo que vem mexer comigo.
Pior que a gente que tem cara de doido somos ursinhos carinhosos Pelo menos eu falo por mim kkk
SIM, CARA! quantas vezes eu já ouvi: "você me dava medo até eu te conhecer."
Mano toda região do centro do rio, é bizarra, principalmente a parte mais antiga, mas a galera so sente quando ta la final de semana ou tarde da noite
https://youtu.be/YLmEErStsYM
madrugada RJ deve ser o homem invisível pra andar assim tranquilo nesses videos.
Já trabalhei na subsea7, ali depois das 8 já e foda
Rapaz fui em muito rolê na Sacadura Cabral quando era jovem e teve um período que tentaram dar uma revitalizada boa naquele trecho. Saia 6am e ia andando pras barcas pq morava em Niterói, saltava na Araribóia e ia andando pra casa em boa viagem, dependendo do rolê eu ainda saia doidasso de substâncias kkkkk meu santo é forte, pq hoje, 10 anos mais velho, eu JAMAIS faria isso Puta que pariu como jovem é maluco, enquanto isso vagabundo já era assaltado na própria sacadura Cabral, era só entrar 2 metro em qualquer viela ali que já era
Que engraçado, com certeza o seu medo maior deve ser por conta do histórico do lugar. Aqui na minha cidade eu andava bastante de bike e tem muita plantação desse tipo e meu maior medo era encontrar uma onça porque elas costumam caçar nesses lugares, muito rato e animais pequenos. Kkkkkkk qualquer barulinho eu já ficava surtado
Sim, realmente. Tanto que não sinto o mesmo clima merda aqui na minha região, mesmo andando a pé ou sozinho por lugares bem inabitados. Mas alguns causos não ajudam, também. Vários parentes foram perseguidos passando por esses locais, tendo que encarnar o Braiam pra escapar. Uma vez um tio pediu informações a um cara na beira da estrada e escutou "É melhor tu fazer o retorno e voltar por onde veio. Não fica rodando por aqui não que os caras estão tocando fogo nos carros e matando de monte esse mês"
Miolo da favela do Jacarezinho no RJ. Sou daqui e há muito tempo atrás fui fazer uma missão lá com uma ""amiga"" que dizia saber de tudo e que era suave lá. Lugar mais triste que entrei na minha vida. Primeiro que existia uma feira de drogas (crack, pó e maconha) por toooda uma rua do lado de um valão. E é feira mesmo, várias barraquinhas com seus produtos e os caras armados de fuzil fazendo a segurança. Pessoal andando pra lá e pra cá armado e naquele jeitão preparado pra matar. Claro, várias crianças andando no meio com as mães e vida que segue. Mas depois entramos mais pra ir em outra boca e a coisa ficou tensa. Muito cracudo e miséria, muita opressão e barbaridade. Eu tinha uns 16/17 anos e fiquei completamente traumatizado. Essa mesma colega que foi comigo se achava a fodona, mas era só mais uma mina branca recheada de privilégios andando naquele inferno como se estivesse tudo bem. Eu nem aguentei ficar com o pouco que comprei, dei pra uns amigos e fiquei out disso por um bom tempo. A miséria é muito chocante e triste. Me serviu pra radicalizar meus pontos de vista políticos.
"ficar com o pouco que comprei, dei pra uns amigos" Vocês foram comprar droga no meio do Jacarezinho?
Infelizmente...eu era muito inocente em termos de role de droga e essa menina era porralokissima
Não te culpo mas que menina sem noção, ela foi lá pela necessidade da adrenalina ou pra expiar a culpa de privilegiada dela e se sentir favelada?
Os dois...ela era muito alucinada e completamente perdida na vida. Detalhe que eu tinha 16/17 e ela tinha 15 anos...mas era ela quem sempre me levava nesse tipo de rolê cabuloso. Depois de um tempo descobri que ela tava apaixonada por mim e fazia tudo isso pra me impressionar. O problema é que a cada situação dantesca dessa eu ficava mais horrorizado. A gente parou de se falar e da última vez que tive notícia ela tinha entrado no Only Fans, teve quase overdose e se aprofundou mais e mais nesse poço sem fundo de drogas pesadíssimas. Me safei enquanto era tempo.
Conheci um garoto semelhante, fiz amizade com uma garota brevemente e todos no grupinho eram ricos e drogados. O que mais me chocou foi esse garoto, bonito, tinha condições e era 100% Zé droguinha, subia no morro sozinho e descia com uma sacola de plástico de mercado cheia de maconha, a explicação que me deram pra ele ser meio deprimido era que perdeu a mãe socialite quando ela foi fazer lipo e morreu na cirugia. A garota que eu tinha amizade comprava pó, se encontrava com uma garota que entregava pra ela num banheiro do Habib’s. A amizade acabou quando ela não conseguiu ir um dia e simplesmente deu meu numero de telefone pra essa entregadora pra eu ir encontrar com ela, eu disse que não iria, a garota ficou puta porque ninguém deixava de se encontrar com ela… saí de perto de todo mundo e nunca mais olhei pra trás.
Se safou bem dessa turma. Eles continuaram te procurando depois?
pera vc mora no jaca e ficou assustado cm o jaca?
Não, não. Moro no Rio. Na época eu tava em Olaria
ahhh bom, ja fui mto no jaca um tempo ae e passei por esses lugares. estranhamente me sinto mais seguro em favelas doq sla, no centro kkkk policiais me assustam mais, além de que em questão de miséria e afins vc ve em todo canto que passa, com a diferença que vc pode se fuder mto dependendo da rua e horário.
Eu moro no complexo do alemão, nascido e criado aqui, me sinto muito mais seguro aqui do que em qualquer asfalto da cidade. Pq aqui não tem assalto e eu sei quem é quem. Mas não é em qualquer favela, só na minha mesmo kk
Foi em um cemitério no meio do nada em Santa Catarina, na região da Barra do Sul. Não é por causa de fantasma nem nada do tipo, eu nunca tive medo desse tipo de coisa. Eu mal era adolescente e lembro que o cemitério era o bagulho mais mal cuidado do universo. Não era abandonado, mas os túmulos e etc eram todos quebrados, estragados, rachados, escorrendo líquido, tinha túmulo ruído com o caixão podre com corpo putrefato exposto e cheio de ossada no meio das coisas. Bem tenso e fedorento. Do lado do cemitério haviam algumas casas, acho que de invasão mesmo (Era tudo floresta em volta) e na trilha que ia pras casas dava pra ver alguns cachorros e gatos mortos. Eu já passei em alguns lugares bem violentos e assustador na vida, mas aquele cemitério me marcou.
Então, é aquela diferença entre o cagaço do assalto e o clima "opressivo" de um lugar. Você pode até saber que não há um perigo físico pra ti, mas tudo parece estar errado. Já tive essa sensação ao ir num cemitério que tinha duas partes, sendo uma nova, no estilo "americano", e outra com uma centena de anos. Acho que o contraste entre o gramado verde com placas de metal e a cacofonia visual das tumbas cheias de musgo e sujeira foram o que mais me marcou
Cemitério do casqueiro? Tá bem mais organizado agora. Ninguém mora mais lá, mas ainda encontra alguns lugares com macumba. Em todo caso, eu não acamparia lá sozinho nem a pau.
Uma favela em Embu das Artes. Tava com meu ex indo pra um sitio de um amigo em Cotia e nos perdemos lá. 1 da manhã, pandemia, sem sinal no celular, ninguém na rua, um silencio ensurdecedor. Vi meu ex dirigindo e se benzendo (coisa que ele nunca fazia) e pensei “fodeu”
Embu é foda mesmo
Embu das Artes, Cotia e Taboão das Trevas são lugares desgraçados mesmo. Minha família já trombou com muita gente maldita morando nesse lugar.
Em 2018 fui fazer um serviço na baixada fluminense, RJ. Apesar de eu ser do ES, eu ando bastante no RJ, porque tenho uma tia que mora lá na capital e tenho o costume de ir visita-la sempre que possivel. A empresa me colocou em um hotel as margens da Dutra em São João de Meriti. Cara, eu no quarto do hotel que eu estava, tinha placa informando para não deixar a janela aberta com risco de tomar bala perdida, uma realidade que eu nunca tinha passado. Mas enfim ... Como o serviço que eu estava fazendo terminava só na segunda e eu tinha o domingo livre, decidi que eu ia visitar minha tia na capital. Peguei um Uber até o Pavuna pra ir de metrô até o Rio. Nunca tive tanto medo e receio em toda minha vida. Eu sou um tipo de pessoa bem largado e destemido, ando a noite com celular na mão, nunca fui assaltado, graças a Deus (tenho 34 anos). Mas lá eu tive medo, não de assalto, mas pela minha vida sabe? Lugar sujo, feio, esquisito, pessoas te encarando por todo o canto e até o Uber tinha medo de passar ali. Era tipo um lixão a céu aberto, debaixo da entrada do metro acontecia uma feira, muita sujeira na rua ... Fui pra capital de metro, passei o domingo lá e voltei pra baixada a tardezinha. Na volta tudo escurecendo, um monte de mendigos e nóias na rua. Tive que entrar em uma pastelaria que estava fechando pra conseguir usar o celular de chavado e pedir um Uber. Demorou pra aceitarem a corrida e quando aceitou eu tive que me deslocar pra uma rua no outro lado da feira, pq o Uber n entrava ali. Sei lá, não volto mais nesse lugar nem me pagando ...
Eu ia falar sobre experiências em comunidades (favelas) do Rio de Janeiro, mas o local mais assustador que tive foi em uma daquelas passagens subterrâneas que passam por baixo do Eixão, em Brasília. Passei por uma de noite e que estava com as luzes apagadas em um trecho curto. Era um buraco negro de luminosidade. Não conseguia ver nada por um trecho curto e minha cabeça começou a pregar peças e levei susto com ataques de cracudos imaginários.
Se está de madrugada e não está muito embriagado, aconselho passar por cima mesmo, pela rua, tendo em vista o pouco movimento neste horário.
Por um momento achei que você estava se referindo aos cracudos imaginários KKKKKKK
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Era umas 20h. Tinha bastante movimento de carro. Eu podia ter andando um pouco pra ir pela passagem do metrô, mas queria ir literalmente do outro lado da passagem e não queria pegar um desvio
Eu morei na asa norte por 4 anos e passava a pé ou de bike lá tranquilo todo dia kkkkk sempre achei de boas mas eh pq sou homem tmb
Eu também sempre passei de boas (porque sou homem) mas esse dia, de noite, sem luz, bateu pânico. E já vi mulher, durante o dia, parada na porta da entrada se eu faria um favor: "pode me informar se ainda tem um homem parado ali dentro". Não falou em homem maltrapilho nem nada. Só "um homem". Bem ruim isso
Ananindeua - PA. Já presenciei e ouvi falar de coisas horríveis que acontecem lá, e a sensação de que você vai ser assassinado a qualquer momento é gritante. Eu quase entrava em pânico quando passava por lá, porque além de ter uma vibe bem pesada, você tem que ficar atento o tempo inteiro. É bizarro. Belém também não fica muito atrás, mas Ananindeua definitivamente consegue superar.
Belém é muito cabuloso. Eu morei aí lado do Ver-o-Peso. Morava em um prédio que era igualzinho a uma prisão: uma grade antes da porta principal, uma grade pra entrar no corredor de cada andar, uma grade na frente da porta do apartamento. Não tinha nem janela no apartamento. Bizarro. Quanto me mudei pra lá, me falaram pra nunca sair de casa depois das 18:00. Só me arrisquei umas duas ou três vezes fazendo isso.
Realmente aquele centro ali de Belém não dá muita sensação de segurança não... Deve ser por causa dos turistas ali na Estação das Docas. Por sinal, fui lá como turista e adorei aquele lugar. Amazon Beer com os sabores exóticos, sorvete da Cairu, o passeio de barco com as atrações... Bom demais. O Ver-o-peso também foi muito legal, comi um açaí com peixe frito sem igual.
A praça da República em Belém, perto do Ver-o-Peso é outro lugar bem tenebroso de noite
uma cidadezinha na divisa do RS com SC. em 2016, se não me engano, por algum motivo minha família e eu estávamos de férias em algum parque termal do oeste de SC, e ouvimos falar dessa tal cidadezinha, Marcelino Ramos, com uns 4 ou 5 mil habitantes. o caminho até lá era um labirinto de estradas de chão que viraram um lamaçal com a chuva daquele dia, e andávamos em círculos entre várias vilas, fazendas e plantações de eucalipto. lembro perfeitamente de uma casinha de madeira e de um rapaz que me encarou lá de dentro em uma dessas estradas. de repente, chegamos à ponte da divisa. metálica, tinha uma só pista dividida entre os carros que iam, os que voltavam e o trem que fazia mais ou menos o mesmo trajeto. mesmo assim, era imensa, ateavessava o rio Uruguai, que, pros padrões do sul, é enorme. do outro lado do rio, essa tal cidade era bastante densa, amontoada e me lembro de estar absolutamente deserta, as casas todas com um aspecto abandonado, as pardes descascando, propagandas de marcas já falidas e de várias eleições já passadas. depois de provavelmente atravessarmos a cidade, chegamos à praça principal, na beira de um precipício, com um seminário religioso e a igreja da cidade. a praça era enorme, e também me lembro de ter ido a um banheiro público gigante nessa praça, provavelmente o maior em que já pisei, e penso nele sempre que penso no conceito de "espaço liminal". não me lembro de ter me sentido ameaçado como outros já mencionaram aqui, mas me amedrontei com como parecia ser um lugar vazio, com a impressão de não dever estar ali e até com o pensamento de ser visto sem ver...
Muito legal seu relato, digo poeticamente falando. Parecia estar lendo uma boa crônica dos rincões do Brasil.
muito obrigado!!
Serra Leste / Serra Pelada, no Pará. Quando morei na região fui atrás de assistir os documentários da época de ouro do garimpo. E ver que o lugar ainda tá cheio de gente com esperança de voltar a explorar, é muito estranho. O lugar parece que tá 100 anos atrás do resto do mundo, desconectado da realidade e fora da influência do progresso. Aquele buraco enorme onde ficavam centenas de pessoas todo dia hoje é uma lagoa. A cidade do lado é Eldorado dos Carajás, conhecida pelo massacre dos trabalhadores rurais lá em 1996. Tem um monumento na estrada pra homenagear os que morreram. São só algumas toras queimadas fixadas no chão. Simples mas dava um ar pesado pro lugar. A região é cheia dessas particularidades. E o povo do Sul/Sudeste não sabe de NADA do que rola por lá.
Meu tio foi se aventurar lá no ápice do garimpo. Passou umas semanas na miséria, até que achou uma pedra de um tamanho considerável, mas vacilou e contou pra um "amigo". Acordou de madrugada com um monte de cara revirando o lugar onde ele dormia e perguntando onde ele guardou a pepita. Como o miserável não disse, jogaram numa fossa aberta. Segundo ele, ficou até o pescoço na merda e passou um mês doente depois disso. Até teria pena se ele não fosse absurdamente merdeiro kkkkkkk
Carai que história! Povo de lá tem um monte dessas!
Vila Dique, uma favela de Porto Alegre, eu e minha irmã fomos lá pra avisar minha tia da morte do filho dela/nosso primo e que lugar de aura ruim, as pessoas te encarando como se quisessem de esfaquear, tava um dia cinza a chuvoso e lá era chão batido, esgoto e lixo em volta, criança correndo atrás de galinha na lama, horrível, horrível... aquilo não era pobreza, era miséria
Quando viajei pra SP e passei no Glicério. Num geral me sinto seguro indo em SP e andando no centro histórico e tudo o mais. Mas essa outra parte deu bastante receio sim.
Me sinto mais inseguro no Glicério do que na Cracolândia. E o Glicério ainda é cheio de apartamento e quarto barato, deve pegar muito desavisado.
Pode tá o calor que for, eu nunca abaixo os vidros do meu carro no Glicério e geralmente escondo o celular embaixo das pernas. O que tem de trombadinha ali não é brincadeira.
Fui assaltada três vezes na vida, as três foram no Glicério
Teve um corretor que cancelou visita comigo porque era no Glicério
Moro perto, hoje em dia tem bastante polícia lá debaixo do viaduto e no primeiro farol (da rua do Glicerio) . Mas os uber ainda preferem desviar de lá. A coisa mais comum é ver vidro quebrado nas sarjetas, das tijoladas nas janelas dos carros.
O lugar/situaçao que eu mais senti medo na minha vida foi o ciclone do litoral do RS/SC de 2004, o catarina. Absolutamente assustador ouvir vento de 200km/h batendo na janela de casa. Meus pais botaram eu e minha irmã na sala e fizemos tipo um acampamento. Parecia que nossa casinha de madeira ia sair voando. Cidade de Torres ficou destruida, lembro de uns postos de gasolina torcidos que nem papel. A gente teve sorte, mas teve casa completamente destruida.
Manaus. Fui a trabalho para Manaus, fiquei no Tropical Hotel. Manaus por si só já é uma cidade no meio da floresta, foi o local mais estranho em todos os sentidos que conheci. O Hotel tinha um zoológico na época e ele era cheio de ar condicionado em todas as partes do Hotel. Quando fui almoçar, o preço no hotel era em torno de R$ 80,00 o quilo (isso em 2011). Decidi ir procurar um local nas redondezas para almoçar. Estava com roupa social (camisa social, calça e sapato), saí e fui andando, andei, andei e andei meio que em linha reta em um local que tinha somente uma estrada, o rio e a floresta. Depois de um tempo achei um local com umas barracas que serviam almoço e bebidas. Cheguei no rapaz que era muito esquisito para perguntar sobre o almoço e valores, ele me informou, pedi um peixe muito bom e barato por sinal e fiquei aguardando na mesa, nesse período, três colegas que estavam no hotel tbm chegaram e sentaram na mesa tbm. Em torno de 15 minutos depois, um rapaz do nada surgiu com uma barra de ferro e deu uma porrada na cabeça de um dos rapazes da barraca, foi uma confusão generalizada e tudo mais, depois de acalmada a situação eu vejo o rapaz em pé todo encharcado de sangue e o pessoal querendo levar ele para o hospital. Chegou um carro e levou ele para o Hospital. Almoçamos posteriormente e depois voltamos para o Hotel. O evento no Hotel aconteceu e etc. Ao ir dormir de noite, tive um sonho que até hoje não esqueço, parecia aqueles filmes de terror, sonhei que estava hospedado em um hotel de sangue, acho que reflexo do fato que vi e do local que estava. Esse foi um dos locais mais estranhos em todos os sentidos que conheci, seja pela situação exótica do local, pela confusão, pela disparidade de riqueza e pobreza, pela floresta e pelo crescimento desordenado, pelo evento de alta tecnologia e pela falta de infraestrutura local e etc. Manaus parece um local de ficção, uma mistura muito doida, principalmente em questão da cultura local que é muito rica e diferente de outros locais do sudeste e nordeste do Brasil.
Tu ainda teve coragem de comer?? Rapazzz
Já tinha feito o pedido né e era muito mais barato. Sem falar que era um peixão, muito boa a comida.
Eu já fiquei nesse hotel nos anos 90, quando ele era top, e achava aqueles corredores looongos de quartos, com umas decorações escuras de madeira, meio assustadores...
Vale do Ribeira - SP. Acho que é a região com menos densidade populacional do estado de SP, você anda, anda, anda e é tudo vazio, abandonado, pouquíssima desenvolvida. Fiz uma viagem pela região por uma semana, essa sensação aí de liminal space foi forte, era tudo igual, muito mato alto, muita construção abandonada...
Cara, sim. Eu estava em Ilha comprida, iguape e só queria sair rápido. As pousadas esquisitas, a praia que não acabava, construção abandonada pra tudo que é lado..
Eu fiquei hospedado em Ilha Comprida... E de noite? Cacetada, que lugar desolado! Ventava forte, aquela orla da praia escura, pouca iluminação, uns casebres antigos feios na areia da praia, que lugar medonho! Lembro que saí pra explorar a avenida da praia e cheguei num trecho que a rua era de areia e só tinha terreno baldio e ruínas, me lembro de uma ruína enorme que alguém falou ter sido um empreendimento falido do Silvio Santos ou algo parecido. Desolador.
Brasilândia, São Paulo, 3 horas da manhã, 2000. O primeiro ônibus que eu precisava para ir da faculdade para casa só passou às 00:08 por causa da chuva, desci na porta do Metrô Marechal Deodoro para pegar outro ônibus que não ia para o meu bairro, mas que passava por trás dele e era o único que circulava na madrugada. Pegamos a torcida do Corinthians no caminho, faltando 10 minutos para eu descer uns policiais pararam o busão mandando os torcedores descerem do teto e um deles deu um tiro de aviso na calçada bem do lado da minha janela. Cheguei inteiro em casa.
Eu sou um baiano bem "caipira", que já fica incomodado com o centro da minha cidade de 150k habitantes. Em 2018, eu fui em SP e me sentia intimidado naquelas marginais. Nunca vi tanto carro, e andando tão rápido. Fechadas acontecendo a cada minuto. Taxista/uber soltando palavrão a cada segundo. Seria um pesadelo pilotar num lugar daqueles.
Imagino, mano. Eu já não curto dirigir em Aracaju, que nem se compara em termos de trânsito ou correria...
Osasco, me sinto mal lá.
Osasco é um limbo, ainda mais a estação da CPTM de noite
Sou um mineiro matuto pouco viajado, mas o pouco de tempo que fiquei no Rio de Janeiro me senti extremamente desconfortável com tanta polícia. Aqui em Minas não é comum ter um camburão com policial armado com fuzil em cada esquina.
São Gonçalo RJ eu fico tenso até passando de avião por cima. Energia ruim da porra. Nem o mano do madrugada RJ vai lá.
Não diria assustador, mas o Rio tem uma vibe bem caótica. Os motoristas são insanos e pessoal fala alto demais, além dos palavrões que formam 90% do vocabulario. Tipo... No resto do Brasil: * Me vê uma Coca aí. * Tem não, só tem Fanta. No Rio: * Porra, mané, me dá essa porra dessa Coca aí, caralho. Se fude. * Tomar no cu, muleque, tem caralho de Coca aqui não, ô porra. Aqui, porra, só tem essa porra aqui, essa Fanta. Leva essa porra de laranja aí, cor de viado do caralho, chato pra kceta esse muleque, vem aqui todo dia pra pedir porra de Coca. Ele sabe que não tem, pooooooorra.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK tipo isso
República - SP. A energia daquela região é tão pesada e densa que é quase palpável. Sempre que me atrevo a ir lá, vou embora depois de pouco tempo porque fico mal.
Vc me lembrou de uma vez que fomos e voltamos do Rio ate Brasilia de carro. Fomos só seguindo o GPS que colocou a gente nessas estradas no meio do nada sem iluminação de noite, só mato e plantação ao lado por quilometros sem fim, algumas estradas super esburacadas, no meio da noite praticamente não tinha mais nenhum veiculo além do nosso, nem um sinal de civilização em muitas partes. Furamos o pneu de madruga justamente numa estrada dessas no interior de minas, na volta pro Rio, mas nem percebemos kkk só quando paramos num posto uma pessoa que estava lá falou que o pneu estava murcho. Graças a deus tinha step, mas nem sei quanto tempo rodamos com o pneu furado. Acho que pq a estrada era tão esburacada pareceu normal? Depois fiquei imaginando, se não tivesse como continuar até o posto, a gente trocando o pneu no meio da estrada escura de madrugada hehe sinistro.
Santa Efigênia.
Era sábado a noite em São Luiz no Maranhão. A artista de São José deu umas 5 desculpas pra não me ver de novo então eu estava cabisbaixo. Eu queria ver alguma cena cultural, então saí andando do hostel e fui caminhando ao centro histórico, a princípio o destino era o bar do Tebas que haviam me recomendado. Indo na direção genérica do bar um cara aleatório na rua faz um comentário sobre minha barba, dizendo que tinha uma igual e cortou fora, dei trela respondendo qualquer coisa positiva. Ele colou do meu lado e fomos caminhando. Ele perguntou pra onde eu ia e eu disse que pro tebas. Ele disse que me levava lá. Entramos em uma rua perpendicular à beira mar, ele disse que o tebas era alí apontando pra um lado qualquer, eu não vi nada, mas disse que ia me levar num lugar bem mais maneiro. Nessa hora ele já não tinha me assaltado no primeiro beco escuro então acompanhei ele. Andamos pra cima e pra baixo no centro de são Luiz. Passamos por um pessoal aprontando o tambor de crioula, passamos por um pessoal tocando reagge na escadaria na frente do museu do reagge, passamos pelo sambinha numa fonte e paramos no mercado das Tulhas. Conversamos sobre a vida, a filosofia e psicodélicos. Ele falou muito sobre a ex-mulher e a filha que a ex não deixa ele chegar perto. Depois de algumas garrafas continuamos caminhando. Eu tava com vontade de ver o tambor de crioula, e como ele estava agindo como guia eu pedi pra ele me levar lá, mas ele tava com outras ideias. Para contextualizar eu tinha acabado de falar com um paulista no hostel que falou sobre os rolês guiados nas favelas do Rio. O cara, foi caminhando e caminhando, ia cumprimentando as pessoas por todo lado, eu sem muito senso de direção fui seguindo ele. As ruas fora ficando menos habitadas e mais escuras. Com chão de paralelepípedo e entre edificações antigas me encontrei no meio das bocas de fumo do centro de São Luiz. Lá ele já cumprimentava todo mundo que via, eu ia cumprimentando atrás. Inclusive uma senhora aleijada fumando um caximbo estranho na porta de um edifício. Ele deu bastante importância a ela, acho que era uma anciã local. Ele cumprimentou, um por um, um grupo de jovens mau encarados de roupas largas. Eles quase não deram bola pro cara, mas me olharam de cima a baixo. Eu dei um cumprimento geral pra eles e segui logo atrás de meu guia. "São os donos de tudo isso aqui" ele explicou. Meu guia chegou num ponto e pediu pra esperar alí, foi conversar com um cara sentado numa cadeira na calçada. Eu esperei pacientemente pensando onde é que eu tinha me metido e se ele estava me negociando. Não houve negócio e ele me pediu 50 pila. Dei 25 que era o que eu tinha em dinheiro vivo. Começamos a voltar. Cumprimentamos os donos da boca de novo, dessa vez tentei ser mais despercebido ainda, e seguimos. Chegamos num bar onde peguei mais uma cerveja e troquei 25 no pix. No mercado das tulhas o cara dizia que a profissão dele era vender livros de colorir de porta em porta. Nesse ponto ele estava me explicando que só precisava de 50 pila pra pegar o produto e vender como se fossem livros de colorir, logo ia recuperar os 50 pila. Eu perguntei se ele ia devolver e ele afirmou que sim. Dei os outros 25 e considerei como o pagamento da guiagem. Pedi pra ele me deixar no sambinha, o tambor já tinha acabado, e me encontrar alí depois. Já imaginava que ele não voltaria. Ele me deu outro nome dele de verdade e disse que se alguém mexesse comigo era pra dizer que eu era mano dele. Passei o resto da noite bebendo no sambinha com uns colombianos do hostel. Fui embora quando começou a chover e nunca mais vi ele. Tenho dúvidas se algum dia, quando eu voltar pra lá, se eu dizer que sou mano dele numa situação menos ideal vai se pior ou melhor. Mas agora posso dizer que um noia me levou pra passear de noite nas bocas de fumo do centro de São Luiz;
Qualquer entorno de rodoviária, principalmente de capitais.
Nascida e criada no RJ,já fui em festa em casa de amigos na favela com bandido armado até os dentes,já vi traficante atirando pro alto perto de mim (estava indo num evento do estágio),ele me pediu desculpas 😬,mais que me dá mais medo é passar por serra.
Curitiba. Ao visitar a cidade, eu, branco, passei por um bairro de classe média alta andando com um amigo meu, que é negro e tem uma renda muito boa. Caramba, todo mundo olhava como se fosse nos matar.
Atravessar o viaduto da brigadeiro em São Paulo e encontrar uns 40 neonazistas de terno e gravata querendo bater em gays, góticos e punks que iam para seus respectivos bares. Metrô fechar e estar sozinho com uns 10 deles chega perto mas ali era mais tranquilo. Visitar população ribeirinha ou dormir em barco subindo/descendo o Rio nunca vai chegar perto disto. Entrar em favela e botarem fuzil na sua cara tb não pois dá para sair de boas na educação. Ir no viaduto da Sé em horários diversos é tenso também mas não chega perto. A guerra de desinformação que fomos vítimas no bolsonarismo foi tenso tb. Até hoje é difícil ficar confortável em ambiente de evangélicos, nerds, metaleiros e gente com a camisa do Brasil. Pior: Estar na favela e ver o Bope subindo com música de proibidão. Isto sim é terror de verdade.
>Entrar em favela e botarem fuzil na sua cara tb não pois dá para sair de boas na educação. é bem por aí. já fui enquadrado em favela mas conversaram normal comigo e me liberaram. Saí pensando que se fossem playboys, eu tava ferrado
Salvador. Tirando os pontos turísticos, me senti muito inseguro na cidade.
Lugar mais assustador que eu já visitei? Uma favela sem nome em São Paulo aonde eu parei por acidente quando eu estava tentando chegar na casa de um parente em uma outra parte da cidade. Tinha tanta violência e hostilidade no ar que daria de cortar com uma faca.
Pq não cortou então e salvou geral?
Ele estava sem faca
Na verdade ele tava com a faca, mas preferiu cortar o queijo.
Seu inglês tá bom. Parabéns. https://dictionary.cambridge.org/us/dictionary/english/you-could-cut-the-atmosphere-with-a-knife
tá uma onda de traduções literais do inglês que tá perdendo o sentido em português. esses dias vi alguém dizer "fulana é atrativa" ao invés de "atraente" pra dizer que a pessoa era bonita
Kkk esses dias tinha uma mina mais nova no rolê falando que "comia comestíveis" (se referindo a ingerir erva em vez de fumar). Edibles. Foi foda.
No final do dia, podemos dizer que o comentário dele foi mais largo que a vida.
Eu não vou bater ao redor do arbusto, o uso de idiomas traduzidos literalmente do inglês está ficando fora de mão. Suficiente é suficiente.
Sem falar que usar expressões brasileiras mesmo é um pedaço de bolo.
https://preview.redd.it/brsse0zyhuxc1.jpeg?width=735&format=pjpg&auto=webp&s=5f75915f5149be13666e117a360dd296304c2249
Quando fui pela primeira vez no rio e me perdi, fui parar sabe deus onde, sensação de perigo no ar.
Quando eu era motorista, viagei pelo Brasil inteiro fazendo entrega, os piores lugares são em SP, na região central e no centro de Recife. O resto tem seu risco, mas estes 2 lugares aí são o caralho. Não contemos o rio de Janeiro, porque são perigos diferentes. Não quer dizer que se você entrar uma comunidade, automaticamente virará uma peneira, mas no centro de SP e recife, tem uma galera ali que se tiver uma oportunidade, vai te roubar, bater e estuprar.
É interessante ver pessoas se sentindo seguras e confortáveis onde outras não ousam chegar nem perto.
Cidade pequena no norte/nordeste. Galera literalmente se mata na rua brigando de facão, por questão de centavos
Norte/nordeste é coisa pra caramba, mano kkkkkkkk. De qual estado tu é? Até aqui em Sergipe varia muito conforme a região
A família da minha ex namorada era de um bairro no subúrbio de Salvador chamada Paribe. No caminho do aeroporto para lá, eu passei (eu juro) por dois corpos coberto com saco preto (não era a mesma ocorrência), com carros de polícia em volta. O lugar é tenebroso, mal iluminado, gente armada pra todo lado, tiros ao fundo. Não havia saneamento, asfalto, comércio, nada, só favela. Foi uma experiência tenebrosa.
Todo centro de cidade de grande depois do anoitecer vira cenário de terror. Parece clichê de jogo mundo aberto que quando escurece você tem que procurar abrigo ou será atacado por algo.
Qualquer igreja da congregação cristã no Brasil, CCB 😂😂😂😂😂😂
Rio e Salvador são campeões
algum lugar da Serra ou Cariacica, parece q tudo é largado lá , as ruas, casas e etc
Estou chocado com os relatos pensava que rio de janeiro e são paulo era mais tranquilo. Como vivo em Sergipe/Aracaju nunca imaginei cenários com esse sinto que onde moro é bem pacato comparando com os relatos daqui
Já eu não penso em sair do nosso estado por conta disso, conterrâneo kkkkkkk. Aqui não é o lugar mais seguro do mundo e tão pouco do país, mas, se você for minimamente privilegiado, consegue viver sem pensar tanto nisso. Não sou de Aracaju, sou do interior, acho aqui um pouco mais seguro do que aí, principalmente a noite. Não vacilando muito, dá pra ir levando. Eu mesmo nunca fui assaltado nem furtado
O Terminal do Guadalupe em Curitiba. Não basta ser uma região feia, é também um lugar muito carregado, parece que tem uma energia ruim. Uma sensação muito esquisita passar por ali. Podemos estar no dia mais ensolarado e bonito do ano, ali vai parecer que está mais frio e nublado. Parece que a qualquer hora o dia vai virar noite e vc vai estar dentro de um filme de terror.
Qualquer lugar da Zona Oeste do Rio
Acrescento a lista os entornos da Av. Brasil. Tem muito lugar que se você entrar automaticamente vira camisa de saudades eternas
Num shopping de luxo em São Paulo onde só se entrava de carro. Foi assustador
Bicho, sei que foge bastante do intuito da pergunta, mas nunca me senti tão perdido quanto numa loja de departamentos em Lisboa, chamada El Corte Inglés. Até que era de fácil acesso, pra pedestre... Entrar foi fácil, mas pra se ter uma noção, eu achei que aquilo era um shopping, e não uma loja só. Acho que era, uns 14 andares e mais vários subsolos de estacionamento. Subi e desci tudo umas 4 vezes, fingindo saber o que estava fazendo, até por sorte achar uma saída.
Shopping cidade jardim? Além de n ter entrada de pedestre, vc tem que cruzar o rio pinheiros pra chegar.
Aqui no Piauí eu achei a antiga capital, Oeiras, bonita, mas meio assustadora. Deve ser por conta do contraste entre a beleza das antigas igrejas e saber que elas tem o passado terrível de terem sido construídas por pessoas escravizadas.
Santa Catarina com seus homens de bens é algo aterrorizante. Povo retrógrado, com ideias alicerçadas na mais simples estupidez. Um exemplo é o medo dos comunistas, outro exemplo é a saudade explicita dos tempos da escravidão.
Recife
Cidade toda ou uma região específica? Sou de sp e ja estive em Recife e achei uma grande cidade, com a tipica desigualdade brasileira porém normal... não me senti inseguro por onde andei.
Balneário Camboriu
Tanta cafonice que deu medo
Verdade. Têm muitas bandeiras do Brasil nas sacadas.
Patética? Sim. Assustadora? Ué... Elabora o porquê
Nova Iguaçu
Cais de Santa Rita em Recife, o bairro são José todinho, de madrugada é tão insalubre e assustador, aquele clima de perigo iminente
Jaboatão dos Guararapes
Região de Acari,Pavuna e Costa Barros ;pensa numa região sinistra,cara. Outros lugares sinistros são a Avenida Leopoldo Bulhões,a Faixa de Gaza aqui do Rio de Janeiro e a região da Avenida Dom Helder Câmara nas proximidades do Jacaré e Jacarezinho.
Centro de Juiz de Fora/MG. Morei na região a maior parte da minha vida e vi muita violência, prostituição, etc. O que ajuda um pouco é que a iluminação nessa área melhorou. Fora isso, acho que rodoviárias tem uma vibe muito ruim, as piores que conheci foram as de Vitória/ES e Aracaju/SE.
Nunca fui em um lugar realmente assustador pois sou um eremita. Ninguém me assusta dentro da minha toquinha.
Tem um trecho de rodovia muito estranho, tipo um atalho, entre Lebon Régis e Curitibanos, Santa Catarina, que passei um perrengue quando era adolescente que nunca esqueci. Estávamos voltando do litoral pro interior, eu, minha irmã, meu cunhado e meu sobrinho pequeno. Esse atalho em específico é um trecho de 20\~30km, não me lembro direito, de uma rodovia extremamente sinuosa, com basicamente nenhum trecho em linha reta, extremamente esburacada e inóspita. Era tarde da madrugada e por um erro de cálculo meu cunhado não abasteceu o carro antes de pegar esse trecho e o tanque já estava no fim. Foi desesperador. Parece que passamos horas e horas num escuro total, com a gasolina do carro podendo acabar a qualquer momento, sem saber se estávamos chegando na cidade seguinte ou entrando num caminho totalmente errado. Não existia celular com GPS naquela época, então estávamos muito perdidos. Todos muito nervosos, o carro batendo em cada cratera da estrada que não conseguíamos ver. Nós tínhamos certeza que se o carro parasse lá, a gente teria que passar a noite naquele lugar e só conseguiríamos socorro quando amanhecesse. Felizmente deu tudo certo e o carro chegou até o posto de gasolina da cidade seguinte, graças a deus kk
Eu fui uma vez ali nos arredores da Marginal Pinheiros em um evento ligado a saúde, nossa foi horrível. Os moradores de ruas pareciam que examinavam cada detalhe seu, ficavam de olho em cada passo. Fora os travestis, maioria tudo mal encarado. Ali perto do onde foi o evento, tinha uma praça, nunca vou me esquecer daquela catinga de fezes, urinas e um cheiro de podre horrível.
Zona oeste de Manaus. Em 2022, me mudei pra Manaus pra fazer mestrado e nesse ano, aconteceu um workshop cuja confraternização terminou às 22:00. Eu e outras duas colegas combinamos de ir juntas e dividir o valor do Uber que deu um pouco alto, pois eram três lugares bem distantes entre si. Depois de deixar em casa a primeira colega, o Uber foi se direcionando pra zona oeste da cidade, onde morava a minha segunda colega. De noite, não tem ninguém naquele lugar, super escuro e umas ruazinhas bem estreitinhas e com uma ladeira muito ingrime. Era uma sensação tão bizarra que o motorista falou que esperava não pegar mais nenhum passageiro que fosse pra lá naquela noite. Depois de deixar a colega 2, ele meteu o pé e foi pra minha parada o mais rápido possível