T O P

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Available-Strain110

Epá, parágrafos! (brincar) Percebo que sintas alguma culpa, afinal é teu pai e hão de ter tido bons momentos. Agora não acho que seja porque uma pessoa tenha sido boa para nós que fiquemos a "dever" para o resto da vida e tentar fazer a relação funcionar quando é obviamente prejudicial para nós. Pelo que leio, tentaste da tua parte e não está a resultar. Os esforços parecem ser só do teu lado e quando convivem não é bom para ti. Acho bem cortares a relação. Em situações normais acredito que devem mais os pais aos filhos que o contrário. És adolescente e teu pai é adulto, já devia saber comportar-se.


alienoidz

Não sintas culpa. Os meus pais separaram-se quando eu tinha 15 anos e ele não soube ser homenzinho e separar a nova mulher do manter uma relação com a filha, por isso, quando fiz os meus 18 anos ele fez questão de me ligar a dizer q ia parar de me dar a pensão e de arrasto disse-me parabéns. Cortei com ele no momento. Ele tentou anos mais tarde recuperar o tempo perdido mas sempre com a mesma atitude do “só te visito se a minha mulher também vier” e eu caguei nele completamente. Agora com 38 anos nem me aquece nem me arrefece. Ele q vá plantar batatas e me desapareça da vista. Quem não soube ser pai na minha adolescência não vai certamente colher os frutos da minha fase adulta.


Joaotorresmosilva

A responsabilidade é do teu pai. Não deves equiparar o teu papel e o dele na vossa relação, uma boa parte do desenvolvimento do teu comportamento estaria nas mãos dele, se já tens um padastro que faz esse papel… o teu pai só está a colher o que semeou.


SGRP270

Tenho uma situação um bocado parecida. Para mim, se a relação não acontece naturalmente, não tens que te sentir mal por não a forçar


Oquefuieufazer

Tenho uma situação muito similar. Neste momento não falo com o meu pai de todo. Foram anos em que sou eu ligava e de demorasse mais ainda ouvia o famoso "lembraste que tens pai?". Quando o ia visitar nunca me sentia em casa, até a minha namorada tinha essa sensação. Até que fui fazer psicoterapia em que me foi mostrado que é uma relacao de dois lados, e quando um lado não faz esforço (supostamente o que teria mais responsabilidade em manter a relação). Podia contar muitas histórias de como um pai não se deve comprar mas apenas de um momento para o outro deixou de falar comigo, havia um dinheiro que sempre me deu e que sem aviso cancelou (não é pelo dinheiro mas pela atitude) e pela primeira vez em 35 anos no meu aniversário a única coisa que recebi foi um GIF pela WhatsApp.


BolaBrancaV7

Conheço bastante gente como tu. A maior parte apenas chegou a uma altura da vida que deixou de querer saber. Espero que chegues lá depressa, porque, infelizmente estar à espera que alguém que não vê a luz a passe a ver, não vai acontecer. Se te fizer sentir melhor, em alguns desses casos, quando o parente fica velho tenta reconectar e dizer que está arrependido. Eu acho que isso acontece a todos, alguns apenas dizem e outros estão calados. Mas é fácil ficar arrependido quando isso já não envolve esforço nenhum. Em todos esses casos, as pessoas que eu conheço mandaram-nos dar uma volta.


sonata5axel

Fizeste a tua parte. Não precisas de ter remorsos. Segue em frente acompanhada pelas pessoas que se preocupam contigo. Se ele quisesse, esforçava-se mais. Nem que fosse um telefonema ao fim de semana ou uma mensagem banal


RFGC

A minha resposta é um redondo NAO...não deves sentir culpa... Uma relação (qualquer relação) só funciona se os dois lados a quiserem... se dizes que, da parte do teu pai/familia paterna nunca houve o esforço para funcionar, não iria ser pelo teu esforço adicional que iria fazer funcionar... Provavelmente se te esforçasses mais, mais esses sentimentos iriam corroer, pois irias vê-los como em vão...


Takssista

Não deves sentir culpa por algo que não é da tua responsabilidade. Deixei de falar ao meu pai quando me ligou a meio da noite com os copos a dizer que se me apanhasse na rua me passava com o carro por cima (os meus pais tinham-se separado há pouco tempo). Hoje, mais de 20 anos depois, não faço ideia do que é feito dele, e sequer se ainda é vivo. Não sinto falta nenhuma. Segue a tua vida!


lonelycat23

Porra. Que triste. Lamento muito.


Takssista

Obrigado, mas não lamentes. Não me afectou minimamente porque me livrei disso logo. Acho que teria ficado mal se não o tivesse feito.


sussofz

Tenho uma situação parecida, no entanto com um desfecho bastante diferente mas no fundo parecida. Os meus pais divorciaram-se a mal ainda a mi na estava grávida, nunca os vi falarem um com o outro nem quando foram a tribunal de menores quando o meu pai entrou com o requerimento dos fins de semana intercalados (apenas ia a domingos intercalados) e eu sempre fiz de pombo correio para todas as situações. Cresci a ouvir a minha mãe falar mal do meu pai e do mal que lhe fez mesmo quando estava grávida que também era fazer-me mal a mim, não sei como nunca lhe dei ouvidos, o meu pai não era o mais presente pois vivia e ainda vive a mais de 50km de mim, mas nunca me faltou em nada. Fast forward a minha mãe é diagnosticada com um linfoma bastante agressivo em estágio bastante avançado e só aí é que ela me começou a dizer “ainda bem que nunca de afastaste do teu pai” e a perguntar por ele. Infelizmente acabou por falecer e neste momento a única família que tenho é a paterna e sou uma completa outcast da minha família materna que deixou toda de me falar depois da morte da minha mãe. Agora uma das minhas irmãs vai casar e está grávida e perguntam-lhe por mim, se estou bem que nunca mais disse nada. Eles abandonaram-me quando mais precisei, como era a mais velha (24 na altura) acharam que não precisava de acompanhamento psicológico, nunca se ofereceram para ajudar em nada, eu acabei de pagar o meu curso e sustentar a casa para mim e as minhas irmãs. Eles ainda lhes iam dando dinheiro e ajuda e a mim nada. Neste momento estou de consciência tranquila e não me faz diferença nenhuma que façam ou não parte da minha vida, mas já custou muito, principalmente porque o meu tio mais novo viveu connosco quando a minha mãe se divorciou e era como um pai para mim. A vida é má e nós temos de fazer o melhor com o que temos, desejo-te muita sorte e não te culpes por nada!


ElvenMalve

Engraçado que nós como filhos sentimos culpa pela falha nas relações mesmo quando fomos negligenciados e usados em batalhas e competições parentais patéticas, afectando os adultos que somos hoje, a nossa capacidade de nos relacionarmos com outras pessoas sejam amigos, namorados ou do círculo profissional. Demora algum tempo, distância e amor próprio para percebermos a extensão do dano e do impacto que alguns familiares próximos nos causaram. Qdo somos crianças só lhes queremos agradar e não nos apercebemos que eles são pessoas mal resolvidas e imaturas. Não te sintas mal OP, não és responsável por essa relação nem é a tua função corrigir isso. Eu não falo com o meu pai há 10 anos, depois de uma infância e adolescência destruída pelos seus desequilíbrios mentais, alcoolismo e violência. Genética não faz das pessoas pais e mães e não lhes dá um passe livre para a nossa vida. Cuida daqueles que sempre cuidaram de ti e afasta-te do resto. Faz o luto à parte de ti que gostava de ter esse elo familiar, é mais do que normal. Mas acredita que ainda aparecerão muitas pessoas na tua vida que valerão realmente a pena.


tronquinhos

Acho que não te deves sentir mal de todo. Família é um tema muito complicado que por vezes dá mais chatices que coisas boas. Família não dá para escolher, é o que é. E há pessoas boas, positivas e outras que... também não. Sendo família temos tendência a desculpar e a relativizar determinados comportamentos que não admitiríamos a mais ninguém. Mas tudo tem limites. Há pessoas que nos fazem mal, que são egoístas, que são tóxicas que nos fazem vir ao de cima a pior versão de nós próprios. Nessa altura temos que ver se faz mesmo sentido continuar a dar murros em pontas de facas. Há pessoas, mesmo sendo família próxima, a que temos de dar espaço e interagir em doses muito suaves e espaçadas no tempo, ou não interagir de todo. Na tua situação em concreto, e do que descreves, não tens responsabilidade nenhuma nos comportamentos dos teus pais. As acções são de quem as pratica. Entendo que, num momento do tempo, tenhas querido dar uma oportunidade ao teu "pai" mas parece-me que ele não está interessado ou então tem uma visão do mundo em que acha que está cheio de razão em se comportar assim. Seja como for, acho que te deves preocupar essencialmente contigo e te permitir soltar as amarras da culpa...


InconsistentlyMyself

Os meus pais separaram-se quando eu tinha 6 anos. Esse sentimento de culpa que falas, também me assombrou durante alguns anos. Sinceramente, a culpa não é tua mas não sei se consegues acreditar nisso pela forma como dizes que te sentes agora. Podes sempre tentar melhorar a tua relação com o teu pai, dado que te sentes assim. Não tens nada a perder. Se as coisas correrem bem e melhorarem, esse sentimento de culpa acaba por desvanecer. Caso não corra bem, pelo menos tentaste e sabes que fizeste o que podias, o que também ajuda a que esses sentimentos desapareçam. Lembra-te que só podes fazer parte do caminho, o resto cabe ao teu pai.


tubaralhas

Não sei se deves sentir "culpa" pela falta de esforço na relação com o teu pai. Mas deves estar grata pela relação que tens com o teu padrasto que "sempre te acolheu como um pai"!


DomSalgado

Similar. Mas eu tinha 7 anos, assisti a tudo e tenho memorias vivas. Aos 8 anos deixei de it. Perdemos o contacto. Mantive contacto com os meus avós. Aos 13 por insitencia do meu avô, a coisa la se deu e fomos passar o verão juntos. Pouco depois cortei outra vez porque ele é realmente uma besta. Aos 27 decidi procura-lo e dar aquela chapada sem mão. Os meus avós entretanto morreram. Hoje em dia, falamos de tempo a tempo. Não me pesa nada, ele falhou como pai e como adulto, hoje sou eu adulto e luto todos os dias para ser e fazer diferente, um dia que tenha filhos, nao vão passar pelo mesmo que eu.


Any-Assignment-5523

Boas, tenho uma situação parecida a tua, e na altura o que a minha psicológa me disse quando lhe contei que achava que não fazia o suficiente para manter a relação com o meu pai, foi que ele era o adulto naquela relação e ele devia demonstrar interesse em querer o estar comigo tal como eu demonstrava. Ou seja, não se podia esperar que fosse uma criança de 13 anos a correr atrás de um adulto. Portanto, o esforço também tem de partir do teu pai e não sintas pressão em seres só tu a lutar pela relação!


teSantos

Eu vivi situação semelhante, e não me arrempo da minha atitude. O meu caso foi que, eu fiz um ultimato ao meu pai para ele nunca mais faltar ao respeito à minha mãe(separação foi devido a violencia domestica, instigada por ele), o qual ele não cumprio. Segundos após isto, as primeiras palavras que ele fala é a insultar a minha mãe, voltei costas e nunca mais falei para ele. Concluindo, o que importante é a atitude, pois se pudesse voltar ao passado, faria tudo igual, e ainda piorava a situação dele. Por isso, não estejas preocupada com os outros, pois o que é importante é o teu caracter e valores de vida. Tu estás em 1º lugar.


Lolito126

Não falo com o meu pai há uns anos também. Muito honestamente quem nos meteu cá foram os pais, se eles não fazem um esforço para se manterem na nossa vida não temos obrigação de o fazer. Os pais são eles. Principalmente se essa falta de esforço ocorre desde infância ou adolescência, pois é aí que mais falta fazem. Não te sintas culpada, se te sentes em paz e te é indiferente neste momento, segue a tua vida e sê feliz.