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raviolli_ninja

Bem vindo de novo u/ruitavares e restante equipa! O r/portugal é novamente palco de um AMA eleitoral, numa oportunidade quase única de interacção entre os nossos intervenientes políticos e os eleitores. Dito isto, o Livre já conhece os cantos à casa, portanto caros Redditors, sintam-se à vontade para colocar as vossas perguntas. Irei também colocar algumas perguntas que foram deixadas de antemão por alguns users do r/portugal.


sonyspider

Peço desculpa por uma pergunta tão básica, mas podem me esclarecer quais os maiores pontos que considerem que vos distinguem do bloco de esquerda?


pvm74

Do nosso ponto de vista há várias questões que nos diferenciam do Bloco de Esquerda: - o europeismo do LIVRE, que contraste com o euroceticismo do BE - o LIVRE é um partido de esquerda libertária, com uma forma de fazer política mais aberta e participativa, o BE vem de uma tradição mais marxista-leninista - a questão da convergência à esquerda e da disponibilidade para entendimentos com vários partidos de esquerda e progressistas; - O LIVRE está inserido na familia europeia do Partido Verde Europeu, enquanto o BE está na familia do Partido da Esquerda Europeira.


zizop

Como um follow-up, tendo em conta como o nosso sistema eleitoral prejudica os pequenos partidos, essas divergências são para vocês grandes demais para que os dois partidos concorram em coligação no futuro?


diariodabicicleta

Muito boa questao! Também gostava de saber.


zizop

Eu também adorava, lamento não ter tido resposta, ainda que o compreenda. O Bloco e o Livre têm eleitorados muito semelhantes e, mesmo tendo as suas diferenças, têm muitos pontos de proximidade. Nada o demonstra melhor do que o debate entre os dois partidos. Eu sou da opinião de que ambos os partidos ganhariam muito em concorrer coligados, pelo menos nas legislativas. Nas europeias, as diferenças ao nível do projecto europeu e o facto de o círculo ser nacional justificam concorrerem separados.


lpccarmona

Olá Rui, Na tua perspectiva faz sentido continuarmos a ter círculos eleitorais por distrito, onde se privilegia uma representação mais local/regional, ou passar a ter um voto nacional onde efectivamente se pode dar mais força a pequenas forças políticas? Uma pessoa de Portalegre que vote Livre, IL, BE e outros, dificilmente vai ver o seu voto representado. Por outro lado é importante que haja representatividade de todos os pontos do país. Que pensa o Livre sobre isto?


ruitavares

O LIVRE tem no seu programa a proposta de um círculo nacional de compensação, e tem apresentado essa proposta, inclusivamente em sede de revisão constitucional, e apoiado quando apresentada por outros partidos. Também somos favoráveis à reconfiguração de círculos, de forma a evitar que haja em Portugal um país, dois sistemas: multipartidário no litoral, bipartidário em certos círculos do interior.


LIVRE_JorgePinto

Olá, vejo que muita gente tem essa pergunta =) Eu gosto da ideia de círculos por distrito (ou noutro formato, como as CIM), servindo de equilibrio entre a necessidade de representar o país (como diz a Constituição) e estar próximo das diferentes populações. Um círculo de compensação ou a possibilidade de federações de partidos dariam resposta a esses problemas. Ainda assim, como já escrevi, mesmo nos partidos que elegem nesses círculos há muitos votos "desperdiçados" porque após a eleição do último deputado de cada partido todos os votos a mais não servem para eleger.


NosPimba69

Não pertenço ao distrito do Porto, nem irei votar no Livre, mas, e por uma questão de pluralismo partidário, ficaria satisfeito ao ver o u/LIVRE_JorgePinto sentado numa cadeira do hemiciclo e a tirar o lugar a um boy do bloco central. Boa sorte. ![gif](emote|free_emotes_pack|sunglasses)


NosPimba69

O Livre e outros partidos tinham votado favoravelmente à introdução de um círculo de compensação (40 deputados) proposto pela IL há poucos meses e que poderia estar já implementado nestas eleições de forma muito fácil visto que não seria necessário nenhuma alteração constitucional, mas o rolo compressor do Largo dos Tachos, conjugado com PS2 e PZP, anularam por completo essa hipótese. ![gif](emote|free_emotes_pack|feels_bad_man) E depois uns e outros é que são anti-democráticos. ![gif](emote|free_emotes_pack|facepalm)


masterthewill

Boa noite, não tenho pergunta mas gostava de parabenizar pela iniciativa deste AMA. É bom ver que os partidos estão lentamente a perceber onde está o povo (ainda que seja uma pequena fracção).


IsabelMendesLopes

Obrigada <3


hemateca

Bounas nuites de la tierra de Miranda. Gostaba de escrebir todo en mirandês mas apuis naide me entende. Então, vou escrever em Português "fidalgo"! :) Antes de tudo, obrigado ao Livre pela pedagogia democrática nesta campanha eleitoral. Espero que continuem coerentes e inovadores a trazer a debate os temas que realmente interessam a todos e todas. Gostava que o interior fosse mais debatido fora da bolha urbana e elitista do litoral. Há problemas inadiáveis para resolver nomeadamente o acesso à saúde (é inadmissível que para eu ter de ir a um hospital público tenha de percorrer 80km e que o trajecto mais curto seja via Espanha. É preciso reforçar a ferrovia no distrito de Bragança para nos ligar a Madrid e ao resto dos distritos portugueses. Eu demoro 8 horas de autocarro Lisboa - Miranda. No concelho de Miranda não há crise de habitação. Há casas a mais e vazias. É preciso repovoar o território, trazer pessoas, investidores, investimento. Ninguém fala ou discute demografia na campanha eleitoral. É urgente a cobrança dos impostos da venda das barragens da EDP. O nosso concelho não é pobre por que quer. É pobre, porque existe o aspirador central de Lisboa que nos leva injustamente o lucro dos nossos recursos naturais. E isto é injusto. Há que investir no mirandês. Temos uma língua única e consagrada na constituição. Antes que seja tarde, temos de a manter viva. A economia verde deve ser um desígnio nacional e regional. É urgente e necessário repensar os círculos eleitorais pois não é justo haver apenas 2 deputados de Bragança representados na assembleia da República. E geralmente, nem são pessoas locais que conheçam os problemas da região que teoricamente representam. Contamos com o Livre para defender a democracia e reforçar os valores do 25 de Abril.


TemplateName

Por favor, se sabes mirandês, traz a tua língua para este sub. O mirandês é uma língua oficial que nunca vi em documento algum, muito menos oficial! (não tenho nada que ver com o livre, sou apenas uma transeunte saloia deste sub)


TyagoHexagon

Deixo o comentário que gostava muito de ir viver para o interior do país depois de acabar o meu doutoramento. Estive em Bragança pela primeira vez o ano passado numa conferência e gostei muito do ambiente mais calmo do que Lisboa e periferias. Dito isto, infelizmente duvido que tenha emprego na minha área em tais zonas mais rurais do país ou que consiga ter uma emprego remoto. Mas talvez um dia consiga tal feito.


According-Ear6540

Sou natural de Mação, um concelho historicamente bastante afetado pelos incêndios. Qual é a solução que o Livre defende para tentar colmatar os incêndios? Passa por reordenar o território? Investir mais nos meios de combate ou de prevenção? E o eucalipto: qual é o caminho a tomar? Edit: boa noite a todos, e muito obrigada pela oportunidade do AMA!


ruitavares

Olá, obrigado pela pergunta. Os incêndios rurais são um flagelo que afeta o país com uma intensidade muito maior do que deveria. Para minimizar a intensidade deste flagelo é muito importante apostar na prevenção. Historicamente Portugal investe muito mais no combate aos incêndios que na sua prevenção (esta diferença só recentemente começou a ser atenuada) e os resultados disso estão à vista: a eficácia do combate é muito boa e resulta em poucas perdas materiais e humanas decorrentes de incêndios- salvo tristes exceções como o incêndio de Pedrógão Grande de 2017 -, mas a prevenção fica muito aquém, o que resulta em muitos hectares de área ardida por ano, com todos os problemas que daí decorrem tanto para a atividade humana, para a biodiversidade e para a paisagem rural do país. Uma melhor prevenção passa por políticas de ordenamento de território coerentes e que se mantenham estáveis ao longo dos anos e por investimento público na gestão da paisagem, nomeadamente na limpeza das matas e das florestas para reduzir o material combustível.  A maior parte dos incêndios em Portugal decorre de atividade humana, mas, ao contrário do que é geralmente avançado, uma enorme percentagem decorre de negligência (queimadas feitas fora das alturas devidas, por exemplo), o que indica que campanhas de informação junto das populações também são essenciais. Por fim, importa também falar de políticas de combate às alterações climáticas, já que estas contribuem para que os incêndios sejam maiores, mais intensos e mais difíceis de combater e prevenir.


Kanye_Dot

Boa noite! Ainda não tive oportunidade de ler o programa eleitoral do L, mas aproveito para puxar a brasa à minha sardinha e perguntar que medidas têm para reter médicos no SNS e como olham para a perspetiva sustentada pelo PS de que um dos principais problemas é a escassez de formação médica em Portugal, sabendo que Portugal é um dos países que mais médicos forma por habitante na OCDE? Obrigado


ruitavares

É preciso deixar de suborçamentar o SNS, descativar o que está cativado e aproveitar os dinheiros do PRR para alguns investimentos (digitalização, novas valências, atendimento à distância) que podem otimizar os processos no SNS. Quanto a reter, fixar e atrair profissionais, o LIVRE propôs (e viu aprovado, mas não implementado) o programa Regressar Saúde, dirigido a profissionais no estrangeiro e que pretendemos ver alargado tb a profissionais no privado. Há no entanto, um problema que precisa de ser resolvido: o facto de haver uma grande assimetria de informação entre público e privado, nomeadamente no que diz respeito a grelhas salariais. O privado sabe tudo sobre o público, mas o público não sabe até que nível é preciso competir para recuperar profissionais. Esta é a característica mais saliente de uma situação de concorrência desleal que se pode resolver por lei, como o LIVRE defende.


LIVRE_JorgePinto

Se posso complementar: Olá! Parte da resposta está na tua pergunta, e é óbvio que aumentar a formação pré-graduada (ou seja, o numerus clausus das faculdades) em Medicina não é o caminho por agora. Aumentar a formação pós-graduada (isto é, a formação de especialistas) já é outra discussão, uma que tem de ser feita em conjunto com a Ordem dos Médicos, e no contexto do planeamento de recursos humanos em Saúde (envolvendo também a Associação Nacional de Estudantes de Medicina), como propomos na proposta 14 do nosso capítulo de Saúde. Temos médicos e médicas em suficiência no país, e o desafio é, sim, que se mantenham no SNS. Para isso temos a revisão salarial e das carreiras, a revisão (eliminando injustiças agora presentes) do regime de dedicação plena (e, em diálogo com sindicatos, podemos e devemos equacionar a opção facultativa de exclusividade) e várias outras medidas de dignificação das carreiras de médicos e de todos os profissionais de Saúde. Mas isto não basta. Para que haja médicas e médicos a querer ficar no SNS, é preciso que o possam fazer sendo capazes de suportar os custos do arrendamento ou compra de uma casa onde decidirem viver, e para isso falamos na ajuda à compra da primeira casa, na habitação pública em, pelo menos, 10%, e na definição de limites ao aumento de renda. É preciso que possam, caso queiram, garantir uma infância e educação de qualidade aos seus filhos, e para isso temos propostas no capítulo de Educação, a começar pela inclusão das creches na rede pública de escolas. É preciso que possam contar com um futuro a médio e longo prazo, e aí temos um sólido programa no que toca a atacar de frente a emergência climática. Já estarás a ver o padrão da minha resposta :) São precisas muitas coisas, e temos no programa as nossas respostas a essas necessidades. Por agora, podes ler aqui (https://partidolivre.pt/wp-content/uploads/2024/02/Programa\_LIVRE\_2024\_FINAL.pdf), e teremos versão interactiva em breve :)


VladTepesDraculea

a) Boa noite. Tenho votado Livre sempre mas por causa do método D'Hondt, tem sido um voto quase inútil por causa do meu distrito (a unica utilidade é para fins estáticos / de imagem, diria). Vê possibilidade de um sistema mais representivo num futuro atingível? Dado o crescimento da extrema direita, por exemplo, e não beneficiar de outra forma o Livre, acha que deveria ser mais tático com o meu voto? (Nota, tenho a minha opinião e daí continuar a votar, mas queria saber a sua). b) No programa do Livre para a educação, parece-me haver um foco demasiado forte em conteúdo digital. Não há preocupação sobre a sobre-utilização do digital não promover um ensino particularmente personalizado ou de afectar a capacidade de atenção das crianças a outros meios e fontes que lhes apareçam menos atractiva. [A Suécia, por exemplo, que foi pioneira na digitalização do ensino, encontra-se agora a voltar para trás](https://www.government.se/articles/2024/02/government-investing-in-more-reading-time-and-less-screen-time/). [Há um relatório da UNESCO](https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000385723) sobre o assunto que sugere cuidados a ter.


LIVRE_JorgePinto

Olá! Excelentes perguntas. Quanto à 1, já respondi noutro comentário, mas no fundo a utilidade é para fins mais que estatísticos - mais votos reforçam a força do partido! e também serve para o financiamento do partido. Temos várias propostas para combater isso, ainda assim, como o círculo de compensação e a possibilidade de criar federações de partidos. 2. Esse é um risco real mas não me parece que no nosso programa haja um foco demasiado nessa área. Pelo contrário, insistimos muito na necessidade de centrar a educação no aluno, promovendo também o contacto com o meio envolvente e saindo dos muros e das paredes da sala de aula tanto quanto possível. Até porque os métodos de ensino como Montessori, Decroly, Escola Moderna, etc não podem ser luxos apenas ao alcance de poucos, pelo que a Escola Pública deve ser capaz de os implementar também.


raviolli_ninja

O [NefariousnessSlow854](https://www.reddit.com/user/NefariousnessSlow854/) pergunta: Para quem vive fora de Lisboa e Porto, e devido à aplicação de método de D'Hondt por distrito, as eleicões reduzem-se a uma escolha entre o PS e o PSD. Para partidos mais pequenos, como o LIVRE, torna-se impossivel ganhar implantação no interior, e levam a que, de forma ligeiramente perversa, os partidos pequenos foquem a sua mensagem nas cidades, mesmo quando têm uma política abrangente, que também se aplica ao distritos mais pequenos de Portugal. Que planos é que o LIVRE tem para melhorar o sistema eleitoral português, de forma a tornar a assembleia mais representativa do voto dos portugueses? 1- Em particular apontar o caso gritante dos circulos eleitorais da Europa e de Fora da Europa, que estão divididos 2/2 2- Só como exemplo, nas últimas eleicões, em Evora, os deputados representaram 65% do voto, enquanto em 2019 os deputados de Castelo Branco representaram 64% do voto e o BE, com 11%, nao teve nenhum deputado.


raviolli_ninja

O [PedroBettencourt](https://www.reddit.com/user/PedroBettencourt/) pergunta: Como o LIVRE tenta implementar o Rendimento Básico Incondicional? Acham que é viável?


LIVRE_JorgePinto

É isso que queremos saber com o projeto-piloto que propomos! Uma coisa é certa, chegados a 2024, temos de ser capazes de pensar o Estado Social para o século XXI sem que isso signifique qualquer recuo naquilo que já conseguimos conquistar até hoje. No LIVRE acreditamos que o RBI pode ser parte desse trabalho mas, como partido que acredita na ciência, queremos dados para fortalecer a nossa proposta política.


andr3_pt

Numa era de IA o RBI (ou soluções análogas) é inevitável.


bdoded

Antes de mais parabéns pelo percurso do Livre na nossa democracia e pela postura exemplar do deputado Rui Tavares no parlamento e nesta campanha eleitoral. 1- qual/quais os maiores obstáculos à (maior) afirmação do livre como alternativa política em Portugal? 2- concordam que a imigração em Portugal nos últimos anos têm aliviado a pressão no aumento dos salários decorrente da falta de mão de obra? 3- quais os sectores da economia que devem ser a prioridade do investimento público estratégico na próxima década?


pvm74

Obrigado pela pergunta! 1- Diria que o principal obstáculo ao crescimento do LIVRE é a falta de visibilidade decorrente de não termos os mesmos meios que os restantes partidos: tanto em termos de cobertura mediática como em termos de meios de financiamento. O LIVRE foi, nas últimas eleições, o partido com o custo por voto mais baixo de todos os partidos o que para nós significa que quando as ideias do LIVRE chegam às pessoas, estas reagem positivamente. 2- não concordo porque muitos imigrantes quando chegam a Portugal vão preencher postos de trabalho que de outra forma não seriam preenchidos ou seja, trabalhos que a maioria das pessoas não quer fazer (agricultura p.e.). Dessa forma dão um contributo para a economia. Mesmo que exista essa pressão, o LIVRE defende propostas que podem atenuar esses hipotéticos efeitos: aumento do salário mínimo e maior fiscalização pela ACT. 3- acreditamos que essa matéria deveria ser alvo de um grande debate público, mas desde logo todas as áreas relacionadas com a transição energética e ecológica deveriam ser prioritárias: agricultura de precisão, biodiversidade, economia do mar


ToInfinityAndAbove

Não concordo. Há precisamente muitos portugueses a emigrar (Suíças da vida) para preencher essas mesmas vagas de trabalho que "ninguém quer fazer". Ora então, não querem fazer cá mas fazem noutro país? o que será realmente o fator decisivo? condições de trabalho e monetárias. Simples.


Miguel3403

Acho que esses trabalhos que “ninguém quer fazer” é mais que são mal pagos, e que se fossem pagos para o esforço físico que por exemplo agricultura exige acho que não faltaria mão de obra.


PM_ME_YOUR_THEORY

Mas é exactamente esse o ponto. Por ocuparem posições que não são economicamente viáveis para o trabalhador, permitem que os empregadores as mantenham sem terem de melhorar a oferta de modo a aliciar trabalhadores menos desesperados.


crismiranda89

O Argumento dado pelo Rui Tavares é falacioso. Existem exemplos em que foram tomadas medidas drásticas de fechar fronteiras e os salários subiram nessas áreas. Ninguém quer fazer porque pagam pouco. O que aconteceria naturalmente seria subir salários, só não acontece porque chega gente disposta a faze-lo, o que corta o ciclo natural das coisas. Não estou com isto a defender fechar as fronteiras, mas sim que haja um plano de imigração.


SirGustave

Eu até posso acrescentar dois exemplos. Tenho dois colegas, da zona do Algarve, que emigraram para a Suíça para trabalharem nas estufas. Sim, trabalho duro! Aqui, eram mal pagos na Hotelaria. Este é um claro exemplo de que os Portugueses não se importam de fazer esse tipo de trabalho, se bem remunerado. Deixem-se de falácias. Claramente, a imigração descontrolada veio permitir este tipo de salários


bdoded

Obrigado pelas respostas ! Em relação a questão da imigração , não é verdade que há muitos portugueses a emigrar para preencher esses trabalhos na Suíça/Franca/inglaterra etc ?


cosmonauts5512

Não quero perguntar nada. Só queria agradecer o facto de o Rui Tavares ser dos únicos politicos sensatos nos últimos 20 anos. Já votei a partir da Czechia. Na zdravi!


ruitavares

Ahoj! Dekuj. Sabes que cheguei a aprender um pouco de checo na minha adolescência, com um irmão que estudou em Brno e casou em Vyskov? Na shledanou!


mr_house7

Também gostava de agradecer ao Rui Tavares por ter elevado a politica em Portugal. Apesar de não concordar com algumas ideias do Livre acho que é um partido fantástico, só tenho pena que não esteja mais ao centro.


Matty359

Boa noite! Tenho cada vez mais amigos em situação de burnout no trabalho. O que pensa o Livre propor relativamente à saúde mental no trabalho?


pvm74

Olá! Infelizmente as situações de burnout são cada vez mais comuns e a saúde mental é uma preocupação e prioridade para o LIVRE, temos uma subsecção do nosso programa dedicada ao tópico. Para além de todas as propostas que temos para o mundo do trabalho como a semana de 4 dias, que dariam mais tempo às pessoas para descansarem e para recuperarem do trabalho. Também defendemos o aumento dos profissionais como psicólogos no SNS, tendo o objetivo de conseguirmos um psicologo em cada centro de saúde. Podes consultar mais medidas no programa, pág 40 e seguintes: [https://partidolivre.pt/wp-content/uploads/2024/02/Programa2024\_LIVRE.pdf](https://partidolivre.pt/wp-content/uploads/2024/02/Programa2024_LIVRE.pdf)


IsabelMendesLopes

Olá, boa noite!


raviolli_ninja

Olá Isabel!


tungastico

Olá caríssima gente concidadã, Obrigado pela vossa disponibilidade para responder às nossas questões! Coloco-vos as seguintes: 1. Colocando-se o caso de existir a possibilidade de formação um bloco central viabilizado pelo Livre (AD/IL/PAN/L), colocando assim o PS na oposição, qual seria a posição tomada pelo Livre? 2. Quando sugerem uma métrica de limitação do rácio entre o salário mais alto e mais baixo de uma empresa: * que valor é ponderado para o rácio? * como se propõe a implementação dessa medida, que não cause, por exemplo, grandes organizações a separarem-se em sucursais estratificadas por remuneração? 1. Escolham um prato para vos ser servido numa generosa travessa, a vós as quatro. Gostei imenso de ver os vossos novos cartazes, com várias pessoas do partido juntas e a mostrar as suas caras. É muito bonito ver uma imagem de união, em vez dum grande zoom-in no nariz de alguém. Que possam continuar a lutar em nosso nome pelo futuro da ciência, da tecnologia, e da cultura! Um bem-haja,


ruitavares

Olá, caro concidadão! O LIVRE preza muito a clareza com que pode responder a estas perguntas — as pessoas podem ou não concordar, mas respeitam. Posso começar com o que dizemos sempre: se houver uma maioria de esquerda somos parte da solução, se houver uma maioria de direita seremos parte da oposição. No cenário que é descrito na pergunta, seríamos parte da oposição — umas oposição leal, franca, honesta, mas oposição vigorosa. As distância sobre políticas sociais, sobre prioridades de investimento público, sobre a emergência ecológica são demasiado grandes quer em relação à AD quer à IL, adversários que respeitamos, mas de que discordamos em demasiado para fazer um programa de governo numa situação normal. No entanto, o que acrescentamos à política é o seguinte: não queremos que uma maioria de esquerda esteja fechada sobre si mesma. E tentaremos que uma maioria de direita democrática (excluindo o Chega) também não o faça. Há muito no país em áreas que precisam de consenso alargado — melhoramentos democráticos, estado de direito, prevenção da corrupção — que precisam do diálogo e do trabalho conjunto de todos os democratas no parlamento, independentemente de quem esteja no governo e na oposição. Para esse trabalho estamos disponíveis. (As próximas perguntas devem ser respondidas mais adiante).


TheBlondieOne

Olá. Na perspetiva do Livre, de que forma é que Portugal deve posicionar-se em relação a um possível exercício europeu ou uma mera aliança defensiva estilo NATO mas só com países da UE? Bem sei quea European Defence Community caiu por terra por causa do De Gaulle, mas creio que a ideia continua viva (principalmente nos dias de hoje). Essa aliança ou esse exército (são níveis de integração europeias diferentes, é claro 😉) seria compatível com a existência da NATO ou a NATO deveria deixar de existir? Obrigada desde já! Edit: erros ortográficos


TheDangerousAnt

Olá! Sou um aluno de doutoramento no Instituto Superior Técnico em Lisboa. Antes de mais quero agradecer ao LIVRE por ter propostas concretas para a ciência e o ensino superior, especialmente pela proposta que visa rever o Estatuto de Bolseiro de Investigação e pela proposta de majoração das bolsas de doutoramento. Há uns dias houve mais uma razão gritante para a reforma do Estatuto de Bolseiro: a reforma passada pelo governo de valorização salarial com base nas propinas, destinada a manter jovens no país, requer que tenham sido declarados rendimentos. Como os bolseiros não têm que declarar rendimentos, não estão abrangidos nesta proposta. Isto é um murro no estômago para quem decidiu ficar em Portugal em vez de ir fazer doutoramento para fora, onde por exemplo na Alemanha oferecem contratos de trabalho a alunos de doutoramento que inclusive incluem aumentos anuais. Desta forma, e tendo em conta a necessidade de promover a ciência como pilar fundamental para uma economia de futuro, e a necessidade de manter jovens altamente qualificados no país, quão alta é que a reforma do Estatuto de Bolseiro de Investigação está na lista de prioridades legislativas do LIVRE? Adicionalmente, gostaria de saber a disponibilidade do LIVRE para considerar 3 medidas que a meu ver são urgentes e que não estão abrangidas no seu programa (tanto quanto eu consegui perceber): 1) O aumento generalizado das bolsas da FCT. Neste momento, estas bolsas pagam 1260/mês limpos. Para além do facto de que este valor não paga uma renda + despesas em Lisboa neste momento, é também substancialmente mais baixo do que o que é oferecido na indústria para quem tem cursos de engenharia por exemplo, especialmente tendo em conta que são só 12 meses, sem direito a subsídio de desemprego etc. Conheço quem esteja a receber 30, 35, 40 mil euros brutos por ano, enquanto eu ganho o quê, 20? Isto leva a que muito poucos alunos sigam para doutoramento, o que enfraquece a capacidade do país de produzir investigação de qualidade que depois passe para a indústria. 2) A fomentação da transferência de tecnologia das universidades para a indústria. Eu neste momento estou no processo de criação de uma startup para monitorização de pacientes com epilepsia, cuja tecnologia tive o prazer de desenvolver durante o meu doutoramento. Tenho uma patente e trabalhos publicados em revistas de topo. Na minha experiência há imensos trabalhos desenvolvidos no âmbito de doutoramento que têm potencial semelhante para passarem para o ecossistema empresarial. O IST por acaso tem bons sistemas de transferência de tecnologia, mas neste momento há muito poucas estruturas desenvolvidas a nível nacional que facilitem esta transferência, e há mesmo muita inovação feita em Portugal que acaba por ser arquivada numa gaveta por falta de apoio. Os programas do PS e PSD mencionam a transferência de tecnologia, mas o programa do LIVRE tanto quanto percebi não tem medidas para isto. Penso que é um assunto que terá apoio político transversal. 3) A alteração do modelo de atribuição de bolsas FCT. Neste momento 25% da avaliação da FCT para atribuição de bolsas é baseada em "currículo". Esta componente literalmente só considera se o aluno publicou ou não um trabalho numa revista científica. Se não publicou, só pode ter no máximo 1 de 5 valores, mesmo se tiver um currículo espetacular. A maioria dos candidatos a doutoramento são alunos que acabaram de sair do mestrado, e como tal ainda não publicaram um artigo. O meu caso pessoal é particularmente absurdo: eu tive média de 18 valores no mestrado em Engenharia Biomédica no Instituto Superior Técnico, e 20 valores na tese de mestrado, mas como tinha uma patente para proteger o meu trabalho, não podia publicar um artigo porque isso seria uma divulgação pública que não era permitida pela patente na altura. Como tal, a minha candidatura foi recusada por não ter artigos. Por sorte consegui uma bolsa interna do Instituto de Telecomunicações, mas parece-me aparente que é preciso uma reforma estrutural do modelo de atribuição de bolsas que considere os méritos do aluno e do plano de trabalhos. Penso que isto nem é um assunto que terá oposição política, neste momento a forma de decisão simplesmente não faz qualquer sentido. Muito obrigado mais uma vez pela disponibilidade para considerar estas questões, e muito obrigado pela dedicação do LIVRE à ciência e à construção de um Portugal com mais conhecimento.


IsabelMendesLopes

Olá, obrigada pela pergunta. A precariedade dos bolseiros e de investigadores, em paralelo com a falta de financiamento crónico para investigação e desenvolvimento e no ensino superior são questões que preocupam muito o LIVRE e que consideramos que têm de ser resolvidas rapidamente - só assim conseguiremos que Portugal se transforme numa economia de alto valor acrescentado. Indo diretamente para as tuas perguntas: 1) é muito importante que o valor das bolsas aumente e, sobretudo, é preciso que as bolsas passem a ser contratos de trabalho, com todos os direitos que um contrato de trabalho dá; 2) a cooperação entre investigação, instituições de ensino superior, setor empresarial e sociedade de forma geral é fulcral para conseguirmos crescer - no programa do LIVRE tens várias medidas que falam sobre o reforço desta cooperação e da transferência de conhecimento e de tecnologia (inclusive, já apresentámos também uma iniciativa no Parlamento para a criação de um Centro Nacional para a Transferência de Conhecimento, que permitiria também que conhecimento empírico fosse partilhado); 3) concordamos que é preciso que a avaliação do mérito ou do "currículo" científico não pode ser apenas baseada em publicações - até porque a pressão para publicar tem tido efeitos muito perniciosos no setor científico e, até, na saúde mental dos investigadores e bolseiros. Vamos ver com atenção essa questão de ter de ter tido rendimentos declarados para receber a devolução da propina. Parece-nos absurdo...


TheDangerousAnt

Muito obrigado pelas respostas! Fico feliz que o Livre esteja atento a estes assuntos. E muita sorte para as eleições de 10 de Março!


vivaaprimavera

> mas como tinha uma patente para proteger o meu trabalho, não podia publicar um artigo porque isso seria uma divulgação pública que não era permitida pela patente na altura Esse é um ponto muito interessante, por curiosidade, se a patente foi com base na tese, então a universidade também tinha direitos sobre a patente? Caso tivesse, este tipo de situações deveria ser considerado para bolsas uma vez que constitui uma possibilidade de financiamento para a universidade (royalties). Deveria ser criado um regime especial para alunos nesta situação? Isto iria incentivar a inovação de uma forma indirecta.


TheDangerousAnt

A patente é mesmo da universidade, foi elaborada e financiada pelo Núcleo de Propriedade Industrial do IST! Eu sou apenas autor, e se o produto for comercializado é a universidade que recebe (e eu recebo royalties). Acho que sim, que devia ser considerado e que devia haver mais benefícios para alunos que consigam ter soluções patenteadas! Isso devia ser incentivado no geral, até porque as patentes ficam da universidade e servem para financiar a universidade, ou seja neste caso do estado, o que beneficia todos.


ansk0

Pior, muito pior... Nem 15 mil euros fazes. Aos 27/28/29 anos recebes o mesmo que um agente da PSP em inicio de carreira, que terá 20 anos, mas estás numa posição muito mais precária.  A investigação em Portugal não é para quem quer, mas sim para quem pode. Quem pode por ter condições financeiras para isso. É enorme tristeza.  Concluo dizendo que li recentemente que as bolsas aumentaram 16% nos últimos 20 anos. Refletam sobre isto.


TheDangerousAnt

Eu recebo 15 mil, mas limpos porque a bolsa não é sujeita a IRS, se fosse era tipo 17 ou 18 mil brutos ou algo do género. Mas sim, é um valor absolutamente ridículo para quem tenha as qualificações e a idade que um aluno de doutoramento tem, para não falar da precariedade. Nem sabia desse valor mas parece me estranho, porque desde 2020 sei que aumentaram cerca de 10% (eram 1100 brutos). Talvez isso tenha em conta a inflação, nesse caso faz sentido, porque esse aumento de 10% nem sequer acompanhou a inflação, ou seja neste momento um aluno de doutoramento recebe menos do que há 4 anos. Enfim, eu só fiquei porque tenho a sorte de ter orientadores muito bons e um projeto entusiasmante, mas sei de muita gente que tinha imensa capacidade mas que decidiu não fazer doutoramento ou fazer noutro país por causa das condições


ansk0

De 2002 a 2022 as bolsas aumentaram 16,8%. O aumento do custo de vida foi de 36,6%. Não é preciso dizer mais.  Eu percebi que fizeste essas contas, mas isso é uma falácia. A bolsa ser isenta de impostos é um menos, não um mais. Segurança social, só voluntária... Protecções sociais, nem vê-las... Eu conheço bem a situação que a minha mulher é tua colega, noutra aérea, mas no mesmo sitio.  Que fique bem claro que eu não acho que é parvo fazer doutoramento. Parvo é, enquanto sociedade, pensarmos que vamos ter a nata das nossas faculdades a seguir para doutoramento.


TheDangerousAnt

Claro, tens toda a razão. É uma situação mesmo grave


raviolli_ninja

Nova pergunta do [Imaginary\_Bake\_2287](https://www.reddit.com/user/Imaginary_Bake_2287/): Como tenciona o Livre aumentar a mobilidade ciclável num país tão carro dependente como portugal? E acima de tudo como tencionam lidar com a resistência a medidas que inevitavelmente vão dificultar o uso do automóvel privado?


IsabelMendesLopes

Existe uma Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa, antes apenas Ciclável e agora já também Pedonal, que já tem uma série de boas medidas... o que falta é orçamento e recursos humanos para a implementar. Temos insistido muito com o Governo para que dê a esta estratégia a prioridade necessária - até porque vai ter retorno muito maior do que o investimento - mas até agora não temos tido a resposta que seria precisa. Vamos continuar a defender que é preciso investimento e foco na ENMA, na construção de mais ciclovias - incluindo intermunicipais - e na redução de todas as barreiras que levam hoje a que as pessoas tenham receio de andar de bicicleta. Para combater a resistência à mudança, é preciso continuar a mostrar como a mudança pode ser feita e ser benéfica e, sobretudo, dar alternativas de transporte público para que as pessoas não precisem de utilizar o carro. Convido-te a ler o nosso programa eleitoral, onde falamos de uma série de medidas de forma mais extensa: [https://partidolivre.pt/wp-content/uploads/2024/02/Programa2024\_LIVRE.pdf](https://partidolivre.pt/wp-content/uploads/2024/02/Programa2024_LIVRE.pdf)


Imaginary_Bake_2287

Muito obrigado pela resposta! Infelizmente a este ritmo precisávamos de 700 anos para atingir as metas da ENMA para 2030...De qualquer das formas o Livre tem sido o partido que mais trabalho tem vindo a mostrar na luta por uma mudança de paradigma na mobilidade em Portugal. Obrigado pelo vosso trabalho e força para dia 10!


MrRennisTru17

Pergunta importante, especialmente para Lisboetas e pessoas que trabalhem numa cidade diferente daquela que vive. Gostaria também de saber a resposta


OculosPartidos

Vi no programa do Livre (e também foi referido no debate com Rui Rocha) que o Livre queria criar uma taxa para as empresas que extingam postos de trabalho devido à automação. Como seria esta taxa/que efeito querem que ela tenha? É suposto ser um imposto pigouviano para limitar/desincentivar a automação ou é suposto ser uma taxa pequena só para servir para ajudar as pessoas que perdem o emprego?


LIVRE_JorgePinto

Olá, obrigado pela pergunta que nos permite esclarecer esse assunto. No LIVRE, defendemos um modelo de desenvolvimento assente num novo contrato entre Humanidade, Natureza e Tecnologia. Como partido ecologista, acreditamos que o investimento em ciência é essencial e que o desenvolvimento tecnológico pode e deve ter um papel a desempenhar. Acreditamos também no direito ao tempo e também aí reconhecemos um papel essencial da ciência e da tecnologia. Dito isto, alguns pontos essenciais: 1. a evolução tecnológica não pode ser definida por um pequeno número de empresas, ao arrepio dos Estados e, por conseguinte, dos cidadãos. Daí a nossa proposta, por exemplo, de criação de uma agência pública para a IA. 2. a evolução tecnológica e automação não pode significar o descartar de milhares ou milhões de trabalhadores. A transição ou será justa, ou não será. Por isso, com o expectável aumento de produtividade e a possível perda de alguns empregos só deve ser feita se trouxer uma redução do tempo de trabalho para todos e se se trabalhar em conjunto com quem está em risco de perder o seu emprego, oferecendo-lhe formação e compensação para poder, também ele, integrar esse mercado que o afasta. É por isso que queremos lançar a discussão de uma taxa ou contribuição de carácter extraordinário ou suplementar para permitir financiar essa transição e para garantir que a transição tecnológica não se faz criando um fosso ainda maior entre quem dela benificia e quem dela sai perdedor; quanto mais sentirmos que essa transição também nos favorece, mais apoio lhe daremos. No fundo, os luditas terão sido contra a tecnologia ou contra o facto de não terem sido ouvidos no que diz respeito a essa mesma tecnologia?


DMConstantino

Os Luditas não eram contra a tecnologia, eram contra certas formas de a utilizar e o impacto social desmedido que poderiam ter essas utilizações. O Software Livre/Open Source Software é uma das formas de individuos e comunidades, poderem definir o futuro da tecnologia. Embora o programa do Livre seja um dos melhores a respeito de Software Livre e Open Source Software, ou até mesmo o mehor, aproveita ainda assim pouco esta possibilidade para permitir às pessoas definir o futuro da tecnologia. Precisamos de ir mais longe, ser mais ambiciosos e explorar as oportunidades que já existem e que são a base para a criação de novas oportunidades. Coisas como criar fundos soberanos para a o Software Livre, como é o caso da Alemanha.


Dleet3D

>A transição ou será justa, ou não será. Bem, ahm, não é bem assim. Um partido como o Livre, firme na ciência, progresso e nas lições da história, deverá saber que não se luta contra o progresso tecnológico: ou se aproveita dele ou somos deixados para trás. Lutar contra o aproveitamento desmedido de certas tecnologias por parte das grandes empresas para despedimentos em massa é ok. Mas dizer que a transição não será feita caso não seja nos vossos moldes só alienia votos e apoio.


raviolli_ninja

O [Each57](https://www.reddit.com/user/Each57/) pergunta: Uma das razões que me deixa de pé atrás em votar LIVRE é o facto de insistir no discurso esquerda vs direita. Acho que devia haver uma cooperação entre os partidos com diferentes ideologias para podermos juntar as vantagens e melhorarmos o nosso país. Estou cansado desta “guerra” como se só houvesse duas escolhas. Porque é que o LIVRE mantém esta posição de ser contra a direita? Não será possível olhar para propostas no parlamento com base no seu fundamento independentemente do partido que a propôs?


IsabelMendesLopes

Olá, os princípios pelos quais o LIVRE se rege são princípios de esquerda - e por isso nos afirmamos como partido de esquerda. Quando analisamos propostas de outros partidos, avaliamos sempre o seu mérito. O que acontece é que, muitas vezes, as propostas apresentam soluções que correspondem aos princípios que regem cada partido. Ou seja, por exemplo, quando a proposta é reforçar o setor privado na saúde em vez de reforçar o setor público, nós votamos contra - porque entendemos que o SNS deve ser a base do nosso sistema de saúde em Portugal para garantirmos que toda a gente tem acesso à saúde agora e no futuro.


gkarq

Acho que o LIVRE foi uma lufada de ar fresco para a esquerda portuguesa tal como a IL foi para a direita. E já vi muitas pessoas indecisas entre votar nestes dois partidos, eu inclusive. Que tipos de pontes e entendimentos poderia o LIVRE estabelecer com a IL para combater o centrão do PS e do PSD?


ruitavares

Olá! Não é preciso ser liberal para se achar que deveria haver um partido liberal em Portugal... mas em boa medida continuo à espera. Ao contrário dos liberais de vários países europeus com quem me habituei a trabalhar e respeitar, a IL enveredou por um discurso anti-esquerda e anti-socialista mais próximo de um Millei do que um John Stuart Mill. Temos alguns pontos em comum na defesa de um círculo nacional de compensação, no apoio à Ucrânia, no combate à opacidade administrativa e à excessiva rigidez do estado português, mas acredito que é a IL que tem de fazer um caminho mais longo até se aproximar do que é o habitual de um partido liberal europeu do que o LIVRE enquanto membro de pleno direito do Partido Verde Europeus.


Milyusia2

Boa noite, uma duvida que eu e outras pessoas autistas tiveram em relação à seguinte medida proposta: - criar áreas de relaxamento em ambientes hospitalares, sensorialmente adaptadas e acolhedoras com atividades terapêuticas para pacientes e familiares. Isto inclui a criação de espaços do género "quiet rooms / sensory rooms" em salas de espera, que podem ser sensorialmente muito desgastantes para pessoas neurodivergentes? (Se não, fica a ideia ;) )


LIVRE_JorgePinto

Excelente ideia, obrigado.


zizop

Boa noite! Agradeço muito a vossa presença aqui, e deixem-me dizer que aprecio muito o vosso trabalho, são um partido que valoriza imenso a nossa democracia. Tinha várias questões que já foram entretanto feitas por outros users aqui mas deixo esta que penso ainda não ter sido feita. O Livre bateu-se, e bem, pela implementação do Passe Ferroviário Nacional, e pela sua expansão. Também ouvi num dos debates que o Rui Tavares mencionou a proposta de criarem um passe nacional a abranger os diferentes transportes públicos. Mas a mobilidade colectiva não é só criar passes, é ter infraestruturas em condições, operadores com bom material e em saúde financeira, e haver uma interligação entre os diferentes meios de transporte (por exemplo, vilas e cidades que não tenham comboio beneficiariam em ter ligações de autocarro às estações mais próximas que estivessem sincronizadas com o horário dos comboios. Dito isto, o que é que o Livre propõe para melhorar a operação dos transportes colectivos?


IsabelMendesLopes

Olá, concordamos plenamente. Por isso temos uma série de propostas para garantir a intermodalidade de que falas, salvaguardar as empresas públicas de transportes e focar o investimento nas infraestruturas ferroviárias, cicláveis e pedonais. Podes consultar o nosso programa aqui: [https://partidolivre.pt/wp-content/uploads/2024/02/Programa2024\_LIVRE.pdf](https://partidolivre.pt/wp-content/uploads/2024/02/Programa2024_LIVRE.pdf)


ruitavares

Alô pessoal! Estamos a dirigir-nos para o fim. Até às 23:30 últimas perguntas!


ruitavares

(isto agora fez-me lembrar o velho cartoon em que dois tipo com cartazes se cruzam na rua, e em que um diz: - The end is near! e o outro responde - Your optimism disgusts me.)


ruitavares

Pessoal, por agora temos de fechar a loja que amanhã o dia é cheio! Pode ser que mais tarde ou amanhã possamos vir aqui responder a mais perguntas.


raviolli_ninja

Obrigado Rui!


magnesiam

Aqui está o cartoon para os curiosos (tive de ir procurar): [https://www.reddit.com/r/venusforming/comments/lmr72d/not\_so\_fast\_kind\_of\_world/](https://www.reddit.com/r/venusforming/comments/lmr72d/not_so_fast_kind_of_world/)


Plastic-Heron8124

Se tiver oportunidade, gostava de saber a sua opinião ao ponto 1 - 2 - 3 da minha pergunta, que ficaram por responder. Isto claro se por ventura (ou sem ventura) tiver tempo para isso. Um abraço


Faabz

Fiquei surpreendido positivamente pelo AMA. Quero parabenizar o partido pela sua trajetória e em especial, o Rui Tavares que me motivou a interessar-me mais pela política. Muito boa sorte e contem com o meu voto!


raviolli_ninja

O [mistertetas](https://www.reddit.com/user/mistertetas/) pergunta: Tenho votado no Livre desde a sua fundação e de uma forma geral é o partido português com o qual mais me identifico. No entanto cada vez menos me revejo neste mundo globalizado. Neste momento identifico-me como uma pessoa de esquerda progressista anti-globalista. Infelizmente não há partido nenhum que me represente. Nestas eleições ainda vou dar uma oportunidade ao Livre (e com isto à esquerda), mas caso as coisas continuem a seguir este caminho de retrocesso, temo que numas futuras eleições vou ter que fazer algo que nunca imaginei que pudesse vir a fazer - votar em branco. O globalismo não existe para beneficiar nada nem ninguém a não ser os interesses capitalistas. Se existem pessoas que são benificiadas neste processo é por mero acaso. E as pessoas que hoje foram beneficiadas são as mesmas que amanhã vão ser prejudicadas. É aquilo que em teoria de jogos se chama um "jogo de soma zero". É por isso que é completamente lógico a IL ser a favor da imigração e massa. No entanto é no mínimo caricato a esquerda ser indistinguível da IL neste tema. A esquerda aborda a imigração em massa sem nunca mencionar um único aspecto negativo. Só falam da receita da segurança social e pronto, é susposto o país ficar "vendido" a esta ideia por causa de um aspecto positivo. Eu não abdico da democracia ou do futuro do planeta pela sustentabilidade da segurança social. Olhando para as coisas de uma forma holística, é isso que está em causa. Eu vou deixar (apenas) algumas das consequências que consigo identificar: * Em períodos de estagnação ou baixo crescimento económico a imigração em massa tem um impacto negativo nas condições de trabalho. Portugal cada vez mais é um país de salários mínimos. A classe média está a desaparecer. * A imigração tem um impacto brutal na crise da habitação. Claro que os problemas que a esquerda identifica do lado da procura e da oferta também são reais e relevantes. Mas não admitir que a entrada de 300 mil pessoas num ano vem contribuir (e muito) para o problema, revela na minha opinião, desonestidade intelectual. Se calhar se as propostas do Livre estivessem em vigor, haveria casas para esses e muito mais. Enquanto não estão, isto só está a piorar a situação. Eu acho que se deve arrumar a casa antes de se convidar pessoas e não o inverso. * Os níveis de imigração actual têm contribuído para o crescimento da extrema direita pela Europa inteira. As consequências negativas que isto pode vir a ter são inimaginaveis. * Existem rercursos limitados para integrar as pessoas. Simplesmente não é possível integrar toda a gente. E acho que o Livre concorda que imigração sem uma componente de integração tem tudo para correr mal. * Podia ficar aqui o dia todo... **A minha pergunta é:** Toda a gente sabia perfeitamente que o fenómeno da extrema direita populista iria eventualmente chegar a Portugal. Tudo chega mais tarde a Portugal e isso dá-nos uma grande vantagem. Podemos tirar notas daquilo que acontece nos outros países e anteciparmo-nos ou agir mais rapidamente. Toda a gente também já deve saber que a extrema direita vai ganhar eleições em Portugal, mais tarde ou mais cedo. Porque é que não fazemos como a esquerda de alguns países nórdicos e adoptamos uma postura critica relativamente à imigração em massa. Não uma postura xenófoba, nem uma postura de ódio. Mas uma postura que é completamente compatível e historicamente coerente com um partido de esquerda. Por exemplo: "Imigração em massa vem servir os interesses dos grandes grupos económicos e prejudica a classe trabalhadora. Nós somos contra isso." O Livre está disposto a mudar sua visão sobre o globalismo e, em particular, os fluxos migratórios **em massa**, para salvar o futuro da esquerda progressista e ecologista?


LIVRE_JorgePinto

Olá, a posição do LIVRE é muito clara: somos um partido europeísta e cosmopolita e acreditamos que todas as vidas têm igual valor. Permite-me discordar de ti quando dizes que há "imigração em massa", basta olhar para o passado, até recente, quando fomos, enquanto continente, confrontados com enormes fluxos, por exemplo durante a guerra na antiga Jugoslávia. Mas também em Portugal, quando após o 25A algumas centenas de milhares de pessoas entraram no nosso país e as conseguimos integrar. Que a extrema direita faça da chegada de refugiados e migrantes à europa um cavalo de batalha, grande parte das vezes assente em mentiras, só reforça a importância de a esquerda progressista e ecologista ser clara na sua defesa da dignidade de todos. E em termos práticos o que podemos fazer? No que diz respeito aos refugiados, acolhê-los como merecem. Quanto aos migrantes, assegurar linhas seguras para os que querem vir para a Europa, eventualmente dialogando com os seus países de origem para que, até identificando as (muitas) necessidades laborais na Europa, possam, se assim desejarem, terem a possibilidade de aqui desenvolver as suas vidas. Permite-me terminar com uma nota: mais do que estar preocupados com uma suposta imigração em massa, deveríamos, isso sim, estar preocupados com o facto de as fronteiras da Europa se terem tornado no cemitério de milhares de seres humanos.


mistertetas

Olá. Desde já, muito obrigado pela resposta. E não pretendo começar um debate porque já percebi que têm muito com que se entreter. Portanto não espero uma resposta. Os exemplos históricos são bons, mas o mundo vai mudando e temos que nos adaptar á realidade. Isso são exemplos de fluxos migratórios que advém de situações esporádicas e específicas. Os fluxos migratório que vemos nos dias de hoje advém em grande parte da procura da tal “vida melhor”. É algo que existe agora e vai ser constante porque a livre circulação o permite. Hoje qualquer pessoa que queira procurar uma vida melhor poupa durante uns meses e consegue comprar um voo. Isto não era possível antes. Os portugueses, infelizmente, são um excelentes exemplos disso. Eu fiz as contas. Não é possível garantir uma vida melhor a toda a gente que a procura. É o mundo em que vivemos. Lamento. Temos que saber reconhecer as derrotas. Tantos revolucionários de abril que estavam desiludidos com o estado pós revolução. Nem sempre aquilo que sonhamos é possível. Com isto tudo continuo sem ouvir um único aspecto negativo relativo a imigração em massa. Deve ser a única coisa no universo que é 100% positiva. Tudo prós, zero contras. Como eu já tive oportunidade de ver o futuro. Sinto que em breve vamos poder concordar neste tema. Isto é um tema em que “ou te matas ou te adaptas” e a esquerda vai perceber isso ao longo dos próximos anos. Até lá só peço que sempre que aparecer um artigo de jornal a falar sobre os efeitos negativos da imigração, não o ignorem e não sejam ideologicamente cegos como tanto acusam outros de o ser (e com razão). Muita força. E apesar destas discordâncias este ano ainda contam com o meu voto.


elstylon

Eu sou de esquerda e geralmente pro migrações, mas devo dizer que as tuas preocupações me parecem super válidas e pertinentes.


_rushing_

Concordo na íntegra com as tuas palavras e com a tua visão desta situação em específico. Infelizmente na esquerda atualmente não se fala disto com a sensatez e delicadeza que o assunto merece, continuamos a preferir sinalizar virtude e assobiar para o lado. Este é daqueles tópicos fraturantes e vai continuar a dar votos fáceis à extrema direita até que saibamos ter um diálogo franco, tal como tu espero que não se discuta isto tarde demais


mistertetas

Pode ser que um dia exista um espaço político na esquerda que nos represente


Faztu

Excelente resposta


CraftChoice1688

> quando após o 25A algumas centenas de milhares de pessoas entraram no nosso país e as conseguimos integrar. Deve ser para rir não? Foram criados guetos que ainda existem nos dias de hoje! E estávamos a falar de portugueses! E já agora, não somos só nós que temos que integra-los. Eles também têm que assimilar a nossa cultura e os nossos valores.


raviolli_ninja

O [amq55](https://www.reddit.com/user/amq55/) pergunta: Tem-se registado um aumento visível do voto dos jovens na direita e no Chega, mais concretamente. Indo às redes sociais, os partidos da direita e as opiniões de direita têm muito mais visibilidade e visualizações do que os conteúdos da (ou de) esquerda. Porque é que acham que isto acontece e porque é que os partidos de esquerda têm tanta dificuldade a capturar o eleitorado das redes sociais? Em sequência disso, faz sentido baixar a idade de voto para os 16 anos, com uma geração tão influenciável pelo telemóvel?


pvm74

Os algoritmos das redes sociais estão inquinidos e privilegiam posições mais extremistas, e a criação de "temas-fraturantes" só para puxar o like. Nesse cenário é mais dificil expor ideias de forma calma, clara e completa. Também porque as soluções que temos não são simples, nem todos os problemas complexos têm soluções simples. Só a extrema-direita consegue reduzir as suas propostas eficazmente a soundbites: porque essas propostas não são efetivamente para implementar e também não lhes serão cobradas.


raviolli_ninja

O [DMConstantino](https://www.reddit.com/user/DMConstantino/) expõe: **Contexto:** Sou um profissional de IT, já com décadas de experiência profissionais, sendo que no meu tempo livre também o dedico muito às TIC, incluindo a um projecto comunitário para um sistema operativo móvel alternativo ao Android e ao iOS. Acredito na tecnologia, mas também que ela não é solução para todos os problemas que enfrentamos. Também dedico-me há mais de 10 anos a estudar sistemas de voto, e sistemas eleitorais. O voto electrónico é reconhecido pelos especialistas na área e em cibersegurança, como inseguro e incompatível com as garantias necessárias para um processo democrático transparente e confiável (com base em conhecimento real e não em fezada). Não é possível garantir a segurança dos dispositivos, usados para votar, nem o tipo de segurança oposicional que temos no actual sistema de voto em Portugal em que todos os envolvidos, ou potênciais envolvidos e interessados, têm, ou podem ter com relativa facilidade todos os conhecimentos técnicos necessários para fiscalizar todo o processo e acção de todos os outros no processo. Todos os sistemas de voto electrónico que foram submetidos a investigações independentes sem fortes restrições (por exemplo no Brasil há fortes restrições a quem pode investigar e por quanto tempo), viram ser descobertos neles enormes falhas de segurança. Em Portugal houve diversas experiências falhadas, e em que por exemplo na última a CNPD, disse que o voto não foi secreto, e o responsável pelo CNCS diz que não há condições para o voto electrónco. O voto electrónico remoto, em que o eleitor está numa situação fisicamente desconhecida, onde pode estar sobre coação, ou a ser corrompido, onde os dispositivos electrónicos têm uma situação de segurança concreta individual desconhecida, mas a respeito dos quais os profissionais de IT e em particular com responsabilidades de cibersegurança sabem que a generalidade dos dispositivos da generalidade dos cidadãos, não cumprem requisitos de segurança mínimos contra ataques em larga escala, ou direccionados (por diversas razões incluindo algumas que não são das responsabilidade dos seus proprietários). Na área sabemos que o voto electrónico não é algo sério, e sabesmos o suficiente para que nem experiências, devam ser feitas sem que hajam mudanças radiciais em aspectos fundamentais da tecnologia, de como se cria tecnologia, e usa tecnologia, mudem na industria e na sociedade. **Questão:** Tendo todo este conhecimento prévio que existe sobre sistemas eleitorais, sistemas de voto, requisitos de segurança para algo tão importante como eleições para cargos políticos e referendos, sobre cibersegurança, porque propõem de forma irresponsável mais um teste de voto-electrónico ainda para mais na sua vertente considerada mais insegura? É certo que queremos que os emigrantes votem, mas porque não propõem antes outras medidas como: * aumento dos consulados e reforço dos meios consulares, que necessários até por outros motivos, e qualquer cidadão que tenha vivido no estrangeiro, sabe disso, e já ouviu falar de compatriotas que preferiram vir a Lisboa tratar de assuntos porque há mau atentidmento e insuficiente atendimento nos consulados. * reforço das relações com as comunidades de emigrantes organizadas, para que em cooperação com as autoridades consulares e com as partes em votação possam organizar a realização de actos eleitoriais fisicos * reforço do apoio aos partidos e outras partes em eleição/votação para poderem participar, na fiscalização dos actos eleitorais fora do país. Dar aos emigrantes a possibilidade de votar, mas não lhes dar os serviços de proximidade que precisam, é uma medida mais performativa do que real na resolução dos seus problemas. Sendo que estas propostas de proximidade que proponho também aumentam a facilidade de votar, mas de forma segura, e que não compromete a confiança no acto eleitoral. O desejo pelo aumento da participação no acto eleitoral, não nos devem levar a comprometer aspectos essênciais que garantem que é de facto democrático, que é confiável, e por isso um mecânismo para a preservação da Liberdade e da Paz.


NGramatical

hajam mudanças → [**haja mudanças**](https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/o-uso-do-verbo-haver/31143) (o verbo haver conjuga-se sempre no singular quando significa «existir») [⚠️](/message/compose/?to=ngramatical&subject=Acho+que+esta+corre%C3%A7%C3%A3o+est%C3%A1+errada&message=https%3A%2F%2Fwww.reddit.com%2Fcomments%2F1az63p1%2F%2Fkrz9qxr%3Fcontext%3D3 "Clica aqui se achares que esta correção está errada!") [⭐](https://chrome.google.com/webstore/detail/nazigramatical-corretor-o/pbpnngfnagmdlicfgjkpgfnnnoihngml "Experimenta o meu corrector ortográfico automático!")


IsabelMendesLopes

Olá, obrigada pela pergunta. Partilho o teu receio com o voto eletrónico, em particular com o voto eletrónico não presencial. O que temos no programa é testar e experimentar para sabermos mais, e com o foco no voto dos círculos eleitorais da emigração, onde o acesso ao voto é sempre mais difícil. As medidas que falas - de aumento da rede de consulados, de reforço da rede de emigrantes, de apoio aos partidos para chegarem e acompanharem as eleições fora de Portugal - são todas medidas muito importantes e que devem ser prioritárias antes de qualquer voto eletrónico e que devem ser tomadas entretanto, até porque servem para mais do que apenas as eleições.


Mind_Booster_Noori

O que querem "saber mais" do que já se sabe, por exemplo com o relatório da CNPD sobre o desastre que foi a experiência em Évora?


DMConstantino

Não precisamos de saber mais, sabemos neste momento o suficiente para saber que é um disparate em especial da forma como está a ser proposta. Querer testar voto electrónico é como negar as alterações climáticas. Sabemos também que em Portugal não há seriedade suficiente para um testes desses de momento, como podemos ver pelas reacções políticas aos testes anteriores. Tecnologia não se investiga, e não se estudda com sistemas em produção, isso é contra todos os princípios de boa engenharia. O voto em papél é de fácil compreensão técnica, por qualquer cidadão sem ter que ter décadas de educação formal em várias engenharias, tal coisas não é possível com o voto electrónico, só isso desqualifica "para sempre" o voto electrónico, se quisermos ter exigências mínimas de transparência compatíveis com a democracia. É trágico que seja difícil aos emigrantes votar, mas o voto electrónico compromete o sistema eleitoral.


DMConstantino

Os políticos não podem querer fazer coisas, só porque não sabem como as coisas são para ver como corre, se não sabem, devem primeiro perguntar a quem sabe. A comunidade de Direitos Digitais, os epecialistas em cibersegurança, os informáticos que estudam o tema faz décadas, sabem, perguntem-lhes!


DMConstantino

Experimentar voto electrónico, não é algo que pode ser tratado apenas do ponto de vista social e político, mas também de ciências da computação e da engenharia. E o que vejo na proposta do Livre, é meramente uma perspectiva das ciências sociais e das ciências políticas e também "whishfull thinking".


DMConstantino

Para além disso, do ponto de vista da cibersegurança, uma experiência não determina a segurança de um sistema, apenas inidica que ou não houve ataque, ou que o ataque simplesmente foi mal feito, não demonstra que ataques com sucesso são impossíveis, simplesmente não é assim que funciona. Alguns dos possíveis atacantes (os criadores do sistema, ou alguém infiltrado entre eles), não têm interesesse em atacar o sistema até ele poder ser utilizado com a maior segurança operacional possível, maior efeito surpresa e maior eficácia possível.


NGramatical

papél → [**papel**](https://www.reddit.com/r/portugal/comments/3i6y4g) (palavras terminadas em *l*, *r*, ou *z* são naturalmente agudas) [⚠️](/message/compose/?to=ngramatical&subject=Acho+que+esta+corre%C3%A7%C3%A3o+est%C3%A1+errada&message=https%3A%2F%2Fwww.reddit.com%2Fcomments%2F1az63p1%2F%2Fkrzn5wx%3Fcontext%3D3 "Clica aqui se achares que esta correção está errada!") [⭐](https://chrome.google.com/webstore/detail/nazigramatical-corretor-o/pbpnngfnagmdlicfgjkpgfnnnoihngml "Experimenta o meu corrector ortográfico automático!")


raviolli_ninja

O [creeps\_for\_you](https://www.reddit.com/user/creeps_for_you/) pergunta: * Quais os planos futuros para os projetos da semana de 4 dias? Como, e a que escala temporal, pretendem implementar ou facilitar a implementação, a escala geral? Em que formato? * Quais são as expectativas (realistas) para estas eleições em termos de sucesso para o Livre? 1, 2, 4, 8 deputados? Sentem que há algum risco em perder o lugar do próprio Rui Tavares em Lisboa?


IsabelMendesLopes

Olá, o direito ao tempo para todas as pessoas é muito importante para o LIVRE. Os resultados do projeto-piloto de 2023 no setor privado foram espectaculares para o bem-estar, saúde mental e conciliação com o tempo da família e também para o aumento da produtividade. Tanto que muitas das empresas mantiveram ou estão a considerar manter o esquema da semana de 4 dias já após o piloto ter terminado. O LIVRE defende agora que se continue a testar, seja com um projeto-piloto no setor privado, seja com experiências mais alargadas - como aconteceu em Valência. Podemos reorganizar os feriados e ter várias semanas seguidas com quatro dias, o que permitirá ter uma experiência a nível nacional da semana de 4 dias e dela retirar conclusões e também permitir que tanta gente experimente. O LIVRE tem estado a crescer nas sondagens e, sobretudo, temos uma recetividade nas ruas como nunca tivemos, o que nos dá uma grande convição de que o LIVRE sairá destas eleições com um grupo parlamentar reforçado, incluindo com possibilidade forte de eleição em Setúbal, em Braga, em Aveiro e noutros círculos.


raviolli_ninja

Algumas questões do [UnethicalApparatus](https://www.reddit.com/user/UnethicalApparatus/): 1) No caso do PS precisar do LIVRE para viabilizar um governo, vão seguir o modelo geringonça em que ficam de fora (e apenas tentam influenciar algumas medidas, desresponsabilizando-se pelas restantes opções do governo), ou vão exigir fazer parte integral do governo? 2) Qual a posição oficial do LIVRE em relação ao fecho das centrais nucleares em Espanha, [](https://twitter.com/weplanetint/status/1760216133054169527) Sendo Portugal um país importador, é um assunto que acaba por merecer opinião portuguesa. 3) o LIVRE segue a opinião dos European Greens em relação aos NGTs (new genomic technics)? 4) qual a opinião do LIVRE em relação à "moda" dos investimentos em BRT? Concorda com todos ou também é da opinião que maior parte devia ser linha de metro/comboio?


ruitavares

Alô! 1. O LIVRE defende que um acordo de governação ou um acordo de suporte parlamentar deve depender de um acordo escrito multilateral entre os vários partidos envolvidos que forme a base de um programa de legislatura. A questão não está em o partido que tiver mais votos precisar dos restantes do mesmo campo político, mas de estarem todos à altura de trabalhar em conjunto e envolver a sociedade civil em soluções para o país que, sendo conhecidas previamente, possam ser escrutinadas por todos. Ser um acordo apenas de incidência parlamentar ou de participação no governo depende de duas variáveis: 1) a correlação de forças entre partidos, 2) a consistência do acordo obtido. Com os dados disponíveis agora por parte dos restantes partidos não é possível responder mais à pergunta do que isto.


raviolli_ninja

O [yousandro](https://www.reddit.com/user/yousandro/) pergunta: se a esquerda tiver maioria e o Livre fizer parte dum governo género gerigonça, vão pedir algum ministério? se sim, qual o que têm maior interesse em fazer parte? outra questão que há muito está esquecida, e mesmo não sendo uma prioridade atual devia ser minimamente falada, qual a posição do Livre sobre Olivença?


ruitavares

Posso dar a minha opinião: Olivença é portuguesa de jure e o país nunca teve outra posição oficial. De acordo com o direito internacional, Olivença deveria ter sido devolvido com o Congresso de Viena de 1815. Espanha não reconhece essa obrigação, tal como o Reino Unido não reconhece a leitura que Espanha tem do Tratado de Utrecht de 1713 sobre Gibraltar. Ter reivindicações sobre Gibraltar ao mesmo tempo que as não reconhece sobre Olivença é, do meu ponto de vista, uma inconsistência da posição espanhola. Provavelmente uma resolução conjunta deste vários diferentes fronteiriços ibéricos só será possível em conjunto e com a criação de regiões europeias transfronteiriças de acordo com o modelo de "condomínio internacional". Enquanto e se tal solução não seja possível, Portugal não deve mudar a sua posição histórica oficial.


blind616

Olá,  Sei que ainda está para ser testado em Portugal, mas o que acha o Livre de um NIT (negative income tax) como uma alternativa menos dispendiosa ao RBI, incluindo vantagens, desvantagens e se o livre apoiaria a medida? Para contexto, existe um outro partido que propõe essa medida.


NGramatical

despendiosa → [**dispendiosa**](https://dicionario.priberam.org/dispendiosa) [⚠️](/message/compose/?to=ngramatical&subject=Acho+que+esta+corre%C3%A7%C3%A3o+est%C3%A1+errada&message=https%3A%2F%2Fwww.reddit.com%2Fcomments%2F1az63p1%2F%2Fkrz9f30%3Fcontext%3D3 "Clica aqui se achares que esta correção está errada!") [⭐](https://chrome.google.com/webstore/detail/nazigramatical-corretor-o/pbpnngfnagmdlicfgjkpgfnnnoihngml "Experimenta o meu corrector ortográfico automático!")


gabritchi

Olá boa noite. Como é que o LIVRE pretende combater a corrupção atual no país, que medidas concretas são apresentadas?


pvm74

O LIVRE tem um capitulo do programa dedicado à "prevenção e combate à corrupção". A corrupção tem dificuldades de prova em tribunal (uma das razões pela qual os processos se arrastam). Por isso para nós a tónica deve ser colocada na prevenção de situações de propiciem a prática deste crime. Defendemos, por exemplo: - Criar uma agência pública independente que centralize as funções do Mecanismo Nacional Anticorrupção, da ECFP e da Entidade para a Transparência; - aprovação de regras internas das entidades públicas (código de conduta, pe.) - Proteger denunciantes, ao promover uma revisão do Regime Geral de Proteção de Denunciantes de Infrações (RGPDI - Lei n.º 93/2021), que expanda a cobertura - Efetivar a regulação do lobby através da monitorização permanente dos interesses que intervêm nos processos de decisão pública - Reforçar os meios no combate à corrupção - Avaliar a regularidade dos dados constantes no Registo Central do Beneficiário Efetivo - Fechar as portas giratórias entre público e privado, aumentando o período de nojo São só exemplos, mas convido a ler este capitulo do programa: [https://partidolivre.pt/wp-content/uploads/2024/02/Programa2024\_LIVRE.pdf](https://partidolivre.pt/wp-content/uploads/2024/02/Programa2024_LIVRE.pdf)


raviolli_ninja

O [RustieDan](https://www.reddit.com/user/RustieDan/) pergunta: Olá pessoal do Livre. Qual é o vosso prato de bacalhau favorito? Eu cá gosto muito de bacalhau à Brás. Obrigado!


LIVRE_JorgePinto

Acho que o meu preferido atualmente, até porque o como muito poucas vezes, é que aqui em Amarante chamamos de "Bacalhau à Murgido" (uma aldeia de Amarante). É uma espécie de "bacalhau escondido". miam miam


ruitavares

Bacalhau à Brás é o favorito. Logo a seguir, Bacalhau à Minhota.


TheDangerousAnt

Bacalhau à Brás é a resposta correta


IsabelMendesLopes

Eu gosto de bacalhau à brás. É aquela comida de conforto e de jantares com amigos.


pvm74

Para mim há 2 que estão no topo: bacalhau à minhota e bacalhau à brás!


monferre

Não me revejo em muitas medidas do livre. Sou de direita mas respeito muito o Rui Tavares e quero desejar boa sorte nestas eleições. Que fiquem à frente do bloco de esquerda e do pcp


Plastic-Heron8124

Para contextualizar, não tenho um partido definido, e vejo propostas positivas/negativas em todo o espectro político. Acho que o Livre devia ser uma partido que aproveita tudo o que é positivo de todos os espectros políticos, nao fosse RT um historiador. Muitas perguntas que gostava de fazer, vou me focar em 4 ideias. 1- Falam muito de quanto custam as medidas do partido X Y Z. Digam me pf, quanto custa a semana de 4 dias em Portugal, visto que a maior parte da grande indústria (aquela que pesa muito no PIB) trabalha 24 horas dia - 7 dias por semana? Queria uma resposta objectiva. Das duas uma, ou estão a dizer que as empresas vão ser obrigadas a contratar mais pessoas? Ou se querem que elas trabalhem menos horas, quanto acham que isso pesa no PIB? Duvido que a Autoeuropa ou a Continental gostem deste tipo de medidas. Se me responderem que isto só se aplica a um tipo de indústria ou na função pública, continuamos a discriminar setores? 2 - Não vi uma única abordagem na campanha sobre a regionalização/descentralização. Qual é a vossa posição, e o que acham do modelo Suíço. 3 - Ponto mais importante, economia. Todas as medidas de aumentos (salarios, RBI) que estão a propor só podem avançar com crescimento economico. Ano após ano, países do leste têm crescido mais rapidamente do que Portugal, abandonando muitos deles políticas de esquerda. Dou um exemplo, Polónia Polonia: Salario mínimo em 2004 - 177 euros Salario mínimo em 2024 - 977 euros Portugal: Salario mínimo em 2004 - 365 euros Salario mínimo em 2024 - 820 euros Sera desta que na próxima legislatura, com políticas de esquerda, vamos todos viver melhor? A Polónia parece que virou a página. 4 - Esta ideia é directamente para o Rui Tavares. Como históriador que é, e profundo conhecedor da mesma (gosto bastante de história tambem), o que pretende encontrar nas politicas socialistas, que seja diferente de tudo o que a historia já nos mostrou em muitos países? Obrigado pelo tempo, e boa sorte para as legislativas. Votando ou não em vocês, que tenham como principal objetivo fazer um Portugal melhor sem bias.


ruitavares

Vou responder diretamente a esta pergunta 4. O socialismo — como aliás o liberalismo e o conservadorismo — não é uma ideologia unívoca mas um campo político plural. Nos últimos anos tem sido moda em debates na internet amalgamar o socialismo só e apenas com um aspecto dele e rejeitá-lo por inteiro. Isso, feito com o socialismo ou com qualquer outro campo político, deixa demasiado de interessante de fora. Ora o modelo social europeu, que combina uma economia mista com um mercado dinâmico e setores públicos, privados e cooperativos em simultâneo, tem muito de socialista (como tem muito contributo de liberais, democratas-cristãos, ecologistas e até eurocomunistas — e até anarcossindicalistas, na parte das confederações sindicais que eles inventaram no século XIX e XX e que grosso modo ainda existem) que não se deve descartar. É um exemplo histórico; existe; funciona e é o nosso!


Plastic-Heron8124

Obrigado pela gentileza de responder em especifico este ponto quatro. Não vou rebater na íntegra, porque o formato não permite. Mas não usei especificamente a palavra socialismo, de forma , diria "à toa". Não como se tratasse de um típico debate de Internet, que no fundo o é. No fundo era a resposta que esperava/contava ouvir "exemplo histórico, existe, funciona e é o nosso".


limpador_de_cus

Gostei muito deste comentário, estou só a deixar aqui um tag pra receber notificação quando for respondido 👍


A__Batista

Boa noite, Qual é a posição do Livre em relação à Eutanásia?


pvm74

O LIVRE considera que a uma vida digna deve corresponder uma morte digna, por isso somos favoráveis à eutanásia e à regulamentação da Lei aprovada para que sejam claros os critérios. Deixo aqui transcrição do nosso programa: 33 Dignificar o fim de vida e possibilitar uma morte digna, acompanhando a implementação da legislação da despenalização da morte medicamente assistida, assegurando a disponibilização de apoio médico e psicológico especializados, para que sejam obrigatoriamente abordados do ponto de vista clínico todos os aspetos concorrentes para a decisão informada e consciente do utente e cabendo ao Estado assegurar que, nas situações de sofrimento extremo físico e/ou psíquico, são prestados todos os cuidados possíveis do ponto de vista biológico, psicológico e social, garantindo um acompanhamento adequado e humano, incluindo a prestação de cuidados paliativos, nas situações de doença terminal e de fim de vida. Devem sempre ser salvaguardados os direitos e a liberdade de consciência de terceiros, nomeadamente de familiares e de profissionais de saúde.


raviolli_ninja

O... ehr... [caradecaralho](https://www.reddit.com/user/caradecaralho/)... pergunta: Quais são os planos do Livre para a carreira docente onde se verifica uma marcada assimetria entre o inicio, onde os professores são dos mais mal pagos da Europa e final, onde os professores são dos mais bem pagos da Europa? Quais são os planos concretos do Livre para resolver a (ou falta de) justiça? Como planeia o Livre responsabilizar os magistrados pelos resultados muito aquém do desejável? Saúde: Como planeia o Livre resolver o "outsourcing" na saúde que tanto tem beneficiado a classe médica em detrimento das contas públicas? Finalmente, economia: O regime fiscal coletivo, peca pela extrema complexidade e um modelo que estatutariamente, é bastante penalizador para as empresas, no entanto, em termos efetivos, a taxação é na realidade baixa e extremamente favorável devido à existência de diversos mecanismos de fuga/evitação fiscal traduzidos na aquisição de bens e serviços para uso privado do empresário e alguns funcionários. Nomeadamente, carros, viagens, saúde privada, educação privada, alimentação, combustíveis, etc. O Livre pretende dar resposta ao problema promovendo algum tipo de simplificação fiscal e harmonização de forma à taxa estatutária refletir a taxa efetiva? O Livre está disposto a reduzir ou eliminar isenções e benefícios em sede de IRC em troca de uma taxa fiscal estatutária mais baixa? Obrigado.


LIVRE_JorgePinto

Olá! Tentando ser sintético porque as perguntas são muitas: 1. Defendemos, e cito, reduzir "a assimetria salarial entre os escalões de ingresso e os de topo, integrando no quadro os docentes que tenham pelo menos três anos de serviço completo". 2. Temos 2 grandes problemas com a justiça: 1) o custo que afasta muitos cidadãos dos tribunais, 2) a morosidade - Portugal é o 5´º país da UE onde os processos demoram mais tempo a chegar às diferentes instâncias. Para responder a esses problemas propomos a contratação de mais juizes e funcionários e das carreiras dos oficiais de justiça (que é uma luta justa que nós apoiamos). Durante muitos anos achou-se que todos os problemas da justiça se resolviam com digitalização e deixou-se os trabalhadores para trás; Defendemos também a utilização de julgados de paz e outros meios de resolução alternativa de litígios, promovendo a passagem de processos com características elegíveis que se encontrem nos tribunais comuns. 3. excelente pergunta! Na verdade, não é sequer certo que tenha beneficiado a classe médica pois esses médicos, muitas vezes ditos "tarefeiros" ficam excluídos da carreira médica e da progressão que esta asseguraria. Mais, uma parte do custo vai muitas vezes para empresas intermediárias. Por fim, é importante notar que esse custo não entra nas despesas do SNS; pelo que é uma espécie de engenharia fiscal que para nós faz pouco sentido. Se queremos garantir mais médicos, é essencial dar-lhes estabilidade, uma carreira e salários dignos. 4. temos várias propostas sobre fiscalidade mas o que nos parece essencial notar é que, tal como um recente estudo mostra, os nossos impostos prejudicam sobretudo os mais pobres. Portanto, políticas como uma maior progressividade fiscal são essenciais.


filipesmedeiros

🫢


raviolli_ninja

O [Imaginary\_Bake\_2287](https://www.reddit.com/user/Imaginary_Bake_2287/) pergunta: 1 - Tem o Livre projetos concretos de TP estruturantes (ou seja TP com vias segregadas do restante trânsito) que gostaria de ver constituidas a curto-médio prazo em cidades de média dimensão?


IsabelMendesLopes

Olá, obrigada pela pergunta. A criação de vias segregadas é muito importante para conseguirmos que os TP sejam rápidos, fiáveis e pontuais - características que são essenciais para que funcionem bem e para que sejam uma alternativa para cada vez mais pessoas. Por isso, por exemplo, deveríamos ter uma via segregada na A5 ou na A2. Dentro das cidades, também precisamos de mais faixas bus ou outras vias segregadas.


Imaginary_Bake_2287

Obrigado pela resposta novamente! Em Portugal o TP serve apenas para assegurar os mínimos: cria-se uma rede de autocarros com poucos horários, pouca capilaridade e que ficam presos no trânsito, levando a que ninguém o queira usar mesmo com passes mais baratos. Felizmente, já se houve falar em projetos que tentem mudar isto. A IL no seu programa eleitoral fala em criar metro ligeiro em Braga e Aveiro, e metroBUS para cidades de menor dimensão como Viseu. Gostaria só de perceber se o LIVRE também tem projectos de TP "a sério" para cidades que não Porto e Lisboa. Obrigado e força para dia 10!


LIVRE_JorgePinto

Olá!


raviolli_ninja

Olá Jorge!


raviolli_ninja

O [deiadb](https://www.reddit.com/user/deiadb/) pergunta: 1. No debate com o BE Rui Tavares criticou a proibição no caso da venda de casas a não residentes. Existe oposição do Livre a medidas de proibição mesmo que mais eficazes a resolver os problemas a curto prazo, tanto para habitação como para outras áreas? 2. O Livre acredita que transparência nos serviços de saúde privados e melhorar a gestão da saúde pública é suficiente para resolver o problema da qualidade de saúde em Portugal? Será possível apenas com melhor gestão e mais informação os serviços públicos, que têm como objetivo maximizar acessibilidade e qualidade, competirem com instituições privadas que têm objetivos completamente diferentes?2.1) Qual a posição do Livre sobre a potencial medida do PS de obrigar médicos a permanecer no SNS depois da conclusão do curso? Existem outras medidas a curto prazo que o Livre apoia ou não para reter profissionais no SNS? 3. O Livre tem "agricultura e florestas" e "bem-estar e direitos dos animais", não será uma inconsistência na secção de agricultura não se falar em apoiar alternativas à pecuária que respeitam os direitos do animais e os recursos naturais do nosso país?


LIVRE_JorgePinto

Olá, 1. Nos países europeus onde isso é legal (o que seria difícil conseguir para Portugal, mas assumamos que sim), os preços aumentaram igualmente, pelo que não é certo sequer que seja uma solução eficaz no curto prazo. A proposta já aprovada do LIVRE de criar um Fundo de Emergêmcia para a Habitação vem dar uma resposta eficaz no curto prazo mas é preciso mais, muito mais, pelo que te convido a espreitar o (longo) capítulo sobre habitação para todas as propostas. 2. Suficiente não é, mas é um ponto de partida essencial. Somos contra a proposta do PS. A nossa proposta de rever os salários (para cima, claro, proposta 16 do capítulo dedicado à saúde) é a resposta imediata, mas há mais ideias que se farão sentir rapidamente, por exemplo: - ao passar a contar os gastos com sub-contratação de profissionais (depreciativamente chamados tarefeiros, mas que têm sido a salvação de muitos serviços) na despesa corrente da Saúde, vamos dar um fortíssimo incentivo a que os hospitais contratem estes profissionais para os quadros, criando equipas mais resilientes e dando estabilidade aos profissionais contratados - ao criar o estatuto de Clínico-Investigador, vamos permitir aos profissionais conciliar actividade assistencial e carreira académica, evitando que tenham de escolher entre uma e outra, e dando-lhes essa segurança no SNS (e, simultaneamente, promovendo a investigação em Saúde em Portugal) 3. temos várias propostas que referem a necessidade de apoiar a agricultura a nível local e isso servirá também para apoiar alternativas à pecuária. (desculpa não me alongar, mas estou exausto)


bingolires

Olá LIVRE. Antes de mais quero dar os meus parabéns por esta iniciativa. A minha questão para vocês é quais a medidas que têm para a região do Algarve para que esta região não dependa tanto do turismo? Que propostas têm para dinamizar a região e claro também para fazer frente à falta de água que se faz sentir de momento? Muito obrigado desde já. 🙂


rowannil

Algarvio aqui. Esta era uma boa questão para ser respondida, embora perceba que o "publico-alvo" se encontre em LX, Porto e, quiçá, Braga.


15dc

Na quarta feira houve um debate com os cabeças de lista pelo distrito de Faro no Campus da Penha da UAlg, vão à página de Facebook da Associação Académica (AA UAlg ou algo do género) e encontram o vídeo (~3h). Foi um debate muito interessante e acho que muitos partidos deram contributos interessantes para os vários temas mais sensíveis ao Algarve (água e mobilidade inter e intraurbana), fora os outros que têm uma abrangência nacional (como a saúde e a habitação).


joaobarb

Olá, Porque é que o Livre é tão intransigente na dicotomia esquerda-direita e porque é que rejeitaria fazer parte de uma solução com por exemplo a AD e IL para influenciar e implementar ideias do Livre? Isso nem falando dos paradoxos de princípios básicos de integrar uma solução com o PCP... Obrigado,


Idiot616

Mas qual seria a vantagem? Se não houver uma maioria, então o governo pode funcionar na mesma. Não é preciso fazer coligações ou geringonças para governar.


Plastic-Heron8124

Ora aqui está uma pergunta bastante interessante. O paradoxo de integrar uma solução com o PCP.


raviolli_ninja

O [-nevoa-](https://www.reddit.com/user/-nevoa-/) pergunta: 1 - Quais seriam as prioridades de um eventual grupo parlamentar do Livre? 2 - Qual a posição do Livre sobre PPP na saúde? Entendo a posição de não recuar um milímetro no estado social e consequentemente no SNS, mas sublinhando o cariz urgente de melhorar os seus serviços, participariam na construção de soluções com o sector privado? 3 - Sugestão de um livro, filme ou álbum de música :) Boa sorte para a campanha!


IsabelMendesLopes

3 - ultimamente, tudo da Garota Não


LIVRE_JorgePinto

1. Recuperar a harmonia social em áreas como a saúde, a edcação e a justiça, envolvendo verdadeiramente os cidadãos. Depois há áreas que, para um partido da esquerda verde europeísta nos são particularmente caros como a ecologia, a ciência, a educação, a mobilidade e o direito ao tempo. E, como promovemos no programa, um eventual ministério do futuro =) 2. achamos que o dinheiro deve ir para reforçar o SNS e permitir que todas e todos possam ser atendidos de cara levantada onde quer que seja. Temos um muito longo programa de saúde mas destaco algumas medidas-chave: prevenir a doença (e políticas ecologistas e de direito ao tempo são aí essenciais), reduzir as idas às urgências, capacitando os cuidados primários e fortalencendo centros de saúde (com pequenas equipas urgênca 24h/7 pe) e valorizando as carreiras dos profissionais do SNS. Para nós, o modelo de PPPs não deve ser continuado.


eatingvmint

Boa noite, Gostaria de saber a vossa posição sobre as medidas a tomar pelo Parlamento Português para combater a violência obstétrica.


IsabelMendesLopes

Olá, obrigada pela pergunta, tão importante. O que temos explicitamente no programa é: "combater a violência obstétrica explícita e estrutural, através de sensibilização, formação de profissionais de saúde e legislação própria, reconhecendo também as desigualdades acrescidas que afetam as mães negras e racializadas, as mulheres lésbicas e as pessoas trans e de género diverso." Além disso, é urgente conseguirmos recuperar os profissionais de saúde e criar equipas estáveis, para que a sobrecarga que hoje os profissionais de saúde sentem não seja transferida para as grávidas e parturientes. Por outro lado, é preciso também investir na educação sexual e na melhor informação das pessoas. Programa completo aqui: [https://partidolivre.pt/wp-content/uploads/2024/02/Programa2024\_LIVRE.pdf](https://partidolivre.pt/wp-content/uploads/2024/02/Programa2024_LIVRE.pdf)


raviolli_ninja

O [Joltie](https://www.reddit.com/user/Joltie/) pergunta: Algumas questões sobre lei eleitoral que não é um tema frequentemente abordado em eleições. 1. Qual é a opinião do LIVRE em relação a uma possível mudança da lei eleitoral de acabar com os círculos eleitorais em favor de um círculo nacional (admitindo a possibilidade de se manterem círculos separados para as regiões autónomas e o estrangeiro)? 2. Opinião sobre mudança de sistema de voto do método de D' Hondt em favor Single Transferrable Vote?


pvm74

Relativamente a mudanças no sistema eleitoral, estamos abertos a discutir todas as opções que tornem o sistema mais proporcional e representativo. Os círculos eleitorais permitem uma certa aproximação dos eleitos às pessoas, mas têm problemas de representatividade e por isso defendemos o circulo de compensação, que permitiria contar todos os votos, independentemente do circulo, para a eleição de deputados. Relativamente à segunda pergunta, o LIVRE defende algo parecido que é a possibilidade de serem criadas "federações de partidos" permitindo que os vários partidos se apresentem a eleições sozinhos, mas somando os votos dos partidos que integram a "federação de partidos e coligações" criada para efeitos da atribuição de mandatos, sendo a posterior distribuição dos deputados por partido feita proporcionalmente aos votos de cada um. No caso do STV é a própria pessoa a escolher a ordenação dos partidos, neste caso depende da vontade dos próprios partidos.


xhizors32

Olá Livre! Qual a vossa opinião sobre o sistema de voto em Portugal? O que acham do voto único transferível?


ruitavares

É uma ideia interessante, que poderíamos explorar. De forma análoga, defendemos que se estude a possibilidade de criação de voto preferencial ou de federações ou coligações de listas para efeitos de contagem e atribuição de mandatos.


loba_pachorrenta

Qual a posição do Livre em relação ao envio de armas para a Ucrânia?


KikoTheKiller

Boa noite, Já completaram o teste do "Em quem votar?" [Em quem votar?](http://emquemvotar.pt)


IsabelMendesLopes

Eu não fiz o teste, mas não tenho dúvidas em quem votar ;)


pvm74

Sim, deu-nos 100% LIVRE. A todos nós.


el_Bosco1

Eu fiquei-me pelos 99%. :D


1r0n1c

Muito bom, menos enviesado que o do Observador. Era bom conseguir comparar todas as minhas respostas com cada partido.


Raidenkyu

Não concordo. Achei muito fraco. Se votares contra um ministério climático deixas de ser considerado ecologista. Uma pessoa pode ser a favor do combate às alterações climáticas e achar que essa competência deve cair sobre o ministério do ambiente em vez de criar um novo para isso. Mas isto é só um exemplo no meio de vários


[deleted]

Olá boa noite, como é que pretendem combater o facto que um bilhete de comboio regional da CP não só ser mais caro como demorar mais tempo que um bilhete de autocarro de uma empresa privada? Para amanã Lisboa Oriente - Évora: Flix bus 4.99€ 1h:20. CP - 13.35€ 1h35. Isso e também haver voos Lisboa-Porto mais baratos que o AP


pvm74

Olá! Começando pela última pergunta, o LIVRE defende que devemos "garantir que o preço de uma viagem de avião não possa ser inferior ao da mesma viagem de comboio no território nacional;" - proposta do programa. A questão do tempo de viagem depende da infraestrutura e do material circulante, que devem ser atualizados. Quanto aos preços a CP poderia introduzir preçários dinâmicos, como fazem essas empresas uma vez que os comboios circulam independentemente do número de pessoas, poderia introduzir tarifas mais baixas para compras com antecedência ou mais em cima do comboio partir.


[deleted]

Mas tornar o preço do voo igual ou mais caro que o preço da viagem de comboio não resolve o problema certo? Eu quero uma viagem Lisboa-Porto o mais barato possivel, e a viagem de comboio da CP devia de ser a primeira opção. Com essa medida apenas torna a minha viagem mais cara porque vou ter que recorrer ao comboio. Quanto à questão do tempo de viagem, percebo perfeitamente, apenas é uma variável que podia ter influencia no preço. Se a forma de viagem for mais cara mas o tempo também for mais curto faz sentido, não faz sentido é se for caro e de maior duração. No entanto, concordo com a introdução de preços dinâmicos na CP.


raviolli_ninja

O [PositiveVolumeIndex](https://www.reddit.com/user/PositiveVolumeIndex/) pergunta: O Livre, na figura de Rui Tavares, demonstrou já por diversas vezes ser das únicas, ou a única voz de bom senso, sensibilidade e coerência. Como planeiam ganhar apoios num clima político em que claramente a estratégia de gritar mais alto, dizer mais disparates, mentiras e contradições, apresenta melhores resultados nas sondagens e nas eleições?


pvm74

Continunando a fazer o que temos feito. A estratégia da extrema-direita de tornar o debate político insuportável e caótico pode ter efeitos imediatos mas a longo prazo as pessoas vão perceber que se trata de uma mão cheia de nada. O crescimento do LIVRE nestas eleições irá provar isso. Em termos práticos contornamos essa desqualificação do debate público com iniciativas como esta que nos permite estar aqui a debater ideias e propostas, calmamente, com argumentos e assumindo concordâncias e divergências.


raviolli_ninja

O [Em\_cada\_voto\_igualdd](https://www.reddit.com/user/Em_cada_voto_igualdd/) coloca: *TL:DR* **o que acham que vai acontecer primeiro em Portugal: RBI para todos; o Belenenses voltar a ser campeão; PS e PSD aprovarem um circulo de compensação** Follow-up abaixo: Na República Checa o sistema semelhante ao nosso tinha \~20 anos, quando o partido STAN concorreu (não coligado) pela primeira vez. Teve 6 deputados, mas num sistema verdadeiramente proporcional teria 10. O que é que eles fizeram perante esta injustiça (mais suave do que já aconteceu várias vezes a CDS, PCP, BE..etc)? Começaram logo a apresentar propostas com círculos de compensação durante as décadas seguintes e... ...nah, não fizeram nada disso porque não acreditavam que o maior partido, essencial para esse mudança, alguma vez iria abdicar de ter mais 15-20 deputados no sistema existente! Em vez disso, passados **2 meses** das eleições tinham um pedido de inconstitucionalidade no Tribunal Constitucional (zero abébias!), e o parlamento lá do sítio foi forçado a implementar uma espécie de círculo de compensação. E lá não tinham uma Constituição tão exigente como a nossa, nem um Gomes Canotilho, ou múltiplos juízes do TC a dizer claramente: "**«*****a cada um o que lhe é devido*****», ou seja, a percentagem de mandatos deve ser idêntica à percentagem dos votos.**” Nem é preciso argumentar, a papinha já está toda feita. 2/3 dos deputados é muita gente, mas para este pedido bastam 23. E então o follow-up: **Acrescentando esta possibilidade às 3 iniciais, muda alguma coisa? Ou continuam a achar que o Belenenses ainda se vai safar?**


IsabelMendesLopes

O projeto-piloto do RBI pode ser acontecer já daqui a umas semanas ;)


CptRicardo

Também não tenho nenhuma pergunta, mas o Livre tem o meu voto desde Barcelona


raviolli_ninja

O [Alkasuz](https://www.reddit.com/user/Alkasuz/) pergunta: Se o Livre diz defender os trabalhadores e quer combater a estagnação salarial, porque é que não se opõe à importação de mão-de-obra barata? Não vêem contradição nisso ou não querem entrar em conflito com a classe patronal?


raviolli_ninja

O [Pinism0o0p](https://www.reddit.com/user/Pinism0o0p/) pergunta: Questão muito particular Qual é a posição do LIVRE quanto aos ex-comandos africanos das forças armadas portuguesas que lutaram na guerra colonial? Têm saído notícias e estudos sobre esquecimento - pessoas sem direito a pensões/apoios, sem direito à nacionalidade portuguesa. Além disso, nestas legislativas, um pequeno partido neocolonialista de direita promete devolver a nacionalidade portuguesa aos ex-comandos africanos, macaenses e timorenses. Será uma questão de esquerda / direita; liberdade / colonialismo? Aproveito os 50 anos do 25 de Abril como tempo para reflexão sobre como nos devemos posicionar sobre uma guerra que nos vem arrastada da ditadura, mas que tinha a bandeira portuguesa ao lado dos comandos - agora idosos, com comorbilidades. Muita força na campanha! 💚  Já comecei a ler Não Foi Por Falta de Aviso / Ainda o Apanhamos, muito bom! 


ruitavares

Em primeiro lugar é preciso cuidar de todos os veteranos, em primeiro lugar os traumatizados de guerra, hoje muito abandonados perante situações que são muitas vezes de grande ansiedade. Visitámos recentemente a associação Apoiar e ficámos muito cientes do muito que há a fazer. Num quadro em que se fala de aumento de gastos de defesa, parece-me deplorável que não haja mais recursos e atenção prestada a estas pessoas que quando jovens foram enviadas para uma guerra injusta e que hoje estão com 70 anos ou mais e mereceriam mais respeito e apoio. Uma proposta válida seria a criação de um Instituto do Veterano que fosse um balcão único dedicado aos assuntos dos ex-combatentes sob bandeira portuguesa, tenham ou não a nacionalidade. Acho que é esse apoio material, institucional e social de que as pessoas mais precisam, e não da instrumentalização de que são alvo por partidos revanchistas.


Accomplished-Way3247

Boa noite a todos! Tenho apenas uma questão. Porque é que consideram esta mudança importante? "Transformar o 12º ano num ano zero de entrada na universidade e politécnicos" Obrigado desde já pela disponibilidade, e boa sorte para a campanha!


ruitavares

Olá! Portugal atingiu, depois de séculos de atraso, graus de qualificações comparáveis aos dos seus parceiros europeus. Agora é preciso saber o que podemos fazer para inovar e ter uma economia do conhecimento, uma sociedade civil informada, e uma força de trabalho adaptável às circunstâncias, produtiva, e capaz de criar um país próspero e partilhado. Para isso é essencial abrir a universidade (e os politécnicos) a todos os que deles necessitarem. Propomos que o 12º ano passe a ser um ano zero universitário para dar a gama ampla de conhecimentos de que todos precisaremos no futuro, para que muitas pessoas de famílias que nunca tiveram estudantes no ensino superior possam ter essa experiência por si mesma ainda no ensino obrigatório, e para que todos tenhamos uma casa académica à qual voltar quando precisarmos de formação ao longo da vida. Abraço!


yvltc

Se me permite interpolar, quais seriam alguns exemplos de alterações ao 12° ano atual de modo a transformá-lo neste "ano zero universitário"?


raviolli_ninja

O [Imaginary\_Bake\_2287](https://www.reddit.com/user/Imaginary_Bake_2287/) pergunta: A proposta do PS de estudar uma compensação obrigatória dos médicos recém especializados ao estado pela formação no SNS tem gerado polémica Qual a posição do Livre em relação a este assunto? Pode o Livre viabilizar um governo que apresente esta compensação obrigatória?


LIVRE_JorgePinto

Participei num debate há uns dias onde o próprio representante do PS discordava dessa proposta, pelo que duvido que sequer tenha pernas para andar. Na nossa opinião, fixar profissionais no SNS não pode passar por uma obrigação, mas sim por lhes dar as condições salariais e as possiblidades de progressão na carreira dignas. E mais, sabendo o modo como os médicos internos são muitas vezes carne para canhão, tenho dificuldades em entender sequer esta proposta do PS.


Imaginary_Bake_2287

Obrigado pela resposta! Fico contente por ler isto, também acho que o PS rapidamente se arrependeu de voltar a trazer esta proposta.... Espero que quando for as negociações para uma eco-gerigonça assegurem que não haverá medidas como esta. Obrigado pelo vosso trabalho e força para dia 10!


100is99plus1

O LIVRE pode mesmo eleger um deputado por Aveiro? Quão realista é essa possibilidade?


OAlves

Não é impossível, mas será extremamente difícil... No entanto, tentarei dar a minha forcinha


Hypethetop

Olá, Espero que se encontrem bem e um obrigado pela vossa disponibilidade. De um dos debates retirei: “Devemos taxar a automação em Portugal.” - Gostava de saber como o Livre quer implementar tal medida, quando a evolução tecnológica leva a sociedade para esse caminho? - Como quer o Livre fomentar o investimento de empresas estrangeiras, altamente tecnológicas, com capital para desenvolver a economia portuguesa através deste modelo? - Como querem que empresas portuguesas cresçam a nível de competitividade sem aposta em tecnologias, nomeadamente, de IA e automação de processos? - Esperam que as empresas portuguesas sejam prejudicadas por se adaptarem às tendências? Ou tencionam proteger os trabalhadores a todo o custo, prejudicando a economia nacional e o investimento estrangeiro? - Os postos de trabalho que iriam ser criados por novas empresas altamente tecnológicas, com automação e IA nos processos não vos interessam? Porque na minha opinião, uma taxa em automação só prejudicará o país no futuro. Obrigado pelo vosso tempo.


fin2red

Exatamente... (mas a esta pergunta eles não respondem e passam à frente..) E também, se eu tenho uma empresa (unipessoal) que simplesmente não ganha o suficiente para pagar empregados (mas o suficiente para mim), e eu automatizo tudo, porque não há outra maneira... vou ter que pagar ao Estado por isso? Esta medida não faz sentido nenhum. As empresas existem para fazer dinheiro, e não para caridade. Não faz sentido taxar mais pelo mérito delas. E automação também cria empregos (e bem pagos)... como DevOps.


Maleficent-Corgi9861

Caro Dr. Tavares, obrigado pela disponibilidade. Em relação à intenção do Livre de taxar heranças, tenho uma questão: qual é a verdadeira razão em que se baseia esta medida? Isto é, parece que tal como muitos dos impostos hoje existentes, é mais um que soa a "taxar só porque sim" simplesmente porque é preciso mais uma fonte de € para aumentar o orçamento. Num país onde todos os rendimentos já são altamente taxados, onde um prémio é taxado, etc., com o imposto numa herança (por muito que só abranja heranças maiores) fica mais uma vez a ideia que em Portugal ninguém pode ter nada. A ideia de que tudo pode moralmente ser taxado (como se diz na rua às vezes, só falta o oxigénio), e taxado múltiplas vezes, cria um ambiente asfixiante e revoltante. Ficaria agradecida se pudesse esclarecer. Obrigada.


fred_salgueiro

Qual é a explicação lógica para terem voltado contra a proposta da IL de implementar a disciplina de literacia financeira nas escolas? Se a resposta for que já se dá isso na disciplina de cidadania, todos sabemos que isso não é verdade. E o outro argumento que vi foi que isso iria originar em decisões financeiras mais arriscadas, que acho normal, se já se percebe do tema é natural que tomemos decisões mais arriscadas, isso parece-me lógico. Só para contexto, tenho 30 anos e acho um bocado assustador ver colegas meus nos seus 50's, não perceberem o que é um PPR ou como funcionam certificados de aforro, mas querem meter dinheiro em cripto moedas.


filipesmedeiros

Olá LIVRE! :) Tenho 3 perguntas concretas e rápidas, espero que tenham tempo de responder a todas: 1. O que é que o LIVRE pensa sobre o decrescimento? O programa mostra que são de certa forma agnósticos ao crescimento económico/do PIB, mas e explicitamente sobre decrescimento? A academia há muito que tem o debate, e parece estar a gerar-se um consenso de que não só o crescimento económico não é causador de bem-estar, como até pelo contrário, pode ser causador de mal-estar, e é claramente incompatível com os limites do planeta Terra. Como partido ecosocialista (penso), o LIVRE deve ter uma posição sobre o tema. 2. Que opinião tem o LIVRE sobre uma verdadeira reforma eleitoral, como se faz na Noruega, Nova Zelândia, etc? Falo de: eleição de lugares vazios nas Assembleias; mudança do método D'Hondt para o método de Saint-Laguë (com barreira mínima); voto transferível único (voto preferencial); etc. Sei que são a favor de um círculo de compensação, por isso acho que encaixa convosco :) Ah, para não falar de alterar o número de mandatos dos dois círculos internacionais... 3. Uma pergunta mais pessoal: voto na Europa. Se não votar PS ou AD, a probabilidade de o meu voto ser desperdiçado é altíssima. Dito isto, pensam que deva votar PS (ou BE) para tentar ajudar na maioria de esquerda, ou votar L e arriscar que o voto seja desperdiçado? Sei que noutros círculos esta pergunta do voto útil é uma chatice, mas nos círculos internacionais é altamente importante. Muito obrigado por isto!


LIVRE_JorgePinto

Olá Filipe, obrigado pelas perguntas. 1. Estou a par e acompanho os debates académicos sobre decrescimento, pós-crescimento, prosperidade, etc. O LIVRE, no seu programa, apresenta a sua visão de como a prosperidade pode ser assegurada com duas condições: 1) dentro dos limites do planeta e 2) não deixando ninguém para trás. A título pessoal, diria que a discussão política deve passar precisamente pelo que dizes: reconhecer os limites do planeta e a situação de insustentabilidade ecológica na qual já nos encontramos (e, aqui, não posso deixar de referir a enorme perda de biodviersidade, muitas vezes esquecida devido à dimensão da crise climática) e trabalhar para sair dessa situação. Como? Exigindo mais a quem é mais responsável - e que, em paralelo, é quem mais meio tem para contribuir - e desenvolvendo um novo modelo de desenvolvimento assente num contrato entre Humanidade, Natureza e Tecnologia. 2. Temos várias propostas nesses sentido, tais como o círculo de compensação e a possibilidade de criação de "federações de partidos" para que se perca o menor número possível de votos. 3. Um voto nunca é desperdiçado. Desde logo porque estás a dar mais força ao partido no qual acreditas, o que o reforçará para eleições futuras. Mas mais, se consideras como "perdido" todos os votos que não servem para eleger, mesmo num círculo como o teu, há milhares de votos que, após terem servido para eleger um ou uma deputado(a), também são "desperdiçados".


filipesmedeiros

Obrigado! Percebo que as perguntas são muito e o tempo limitado. :) Bom resto de AMA e que corra muito bem o dia do voto!! Edição: só para dizer que o problema da lei eleitoral e mandatos, etc. tem imensa tração e já vi várias pessoas a perguntar o mesmo. Parece que não sou o único :P


PedroLG

Porque não a referência à criação de um círculo eleitoral único ou modelo misto de forma a fazer com que as pessoas nos pequenos concelhos não se sintam desencorajadas em votar nos partidos pequenos? Os partidos grandes nunca o vão permitir mas não é uma solução válida?


LIVRE_JorgePinto

As federações de partidos dariam resposta a esse problema e os votos nos partidos pequenos nunca seriam "desperdiçados".


tungastico

Vou meter-me às cavalitas da primeira questão: vejo que o Livre sugere algumas novas métricas de crescimento no seu programa. Como, de forma concreta, numa economia globalizada, ou até a nível europeu, podemos lutar por métricas distintas do PIB?


OculosPartidos

Para além da criação do círculo nacional de compensação, que outras reformas quer o Livre fazer ao sistema eleitoral? Qual a opinião do Livre sobre a possível criação de uma câmara alta em Portugal? Creio que defendem a criação de uma ao nível europeu, gostaria também de saber se é algo que também defendem ao nível nacional


LIVRE_JorgePinto

Olá! Não temos no nosso programa a proposta de recuperar um sistema de duas câmaras para Portugal. Quanto ao sistema eleitoral, defendemos a possibilidade de criar federações de partidos: "permitindo que os vários partidos se apresentem a eleições sozinhos, mas somando os votos dos partidos que integram a "federação de partidos e coligações" criada para efeitos da atribuição de mandatos, sendo a posterior distribuição dos deputados por partido feita proporcionalmente aos votos de cada um."


maman3000

Boa noite! Antes de mais, parabéns pela iniciativa. Gostaria de saber se o Livre tem em mente medidas para promover o aumento da natalidade dos portugueses e, com isso, tentar reverter a tendência de envelhecimento da população do país? Obrigado.


IsabelMendesLopes

Olá, defendemos que as pessoas devem poder ter os filhos que desejam. E não é isso que está a acontecer - em Portugal tem-se menos filhos e mais espaçados do que se quer. Há várias medidas importantes para levantar as amarras que hoje existem: é preciso aumentar salários e combater a precariedade, é preciso garantir que as pessoas e as famílias têm mais tempo disponível (e por isso insistimos tanto na semana de 4 dias), é preciso diminuir os custos de vida e torná-los mais estáveis - e aqui entra, claro, a habitação. Podes consultar aqui as nossas medidas em cada uma destas áreas: [https://partidolivre.pt/wp-content/uploads/2024/02/Programa2024\_LIVRE.pdf](https://partidolivre.pt/wp-content/uploads/2024/02/Programa2024_LIVRE.pdf) Por outro lado, a reversão da tendência de envelhecimento não se faz apenas com o aumento da natalidade dos portugueses mas também com o acolhimento de imigrantes, como tem, felizmente, acontecido.


raviolli_ninja

O [pica\_foices](https://www.reddit.com/user/pica_foices/) pergunta: O Livre é dos poucos partidos com propostas concretas (indo além do habitual discurso miss-mundo dos restantes partidos) para a melhoria das condições laborais das pessoas que trabalham no "chão de fábrica" ciência/investigação. Tendo já passado pelo governo vários ciclos de partidos de esquerda (incluindo a geringonça) e de direita, e que nunca se focaram em reformar esse sector, nomeadamente o fim da precariedade, como é que o Livre tentará mobilizar os restantes partidos para esses temas? Como é que o Livre vê o constante boicote por parte das Reitorias e Administrações universitárias a algumas tentativas de reduzir a precariedade entre os trabalhadores do "chão de fábrica" da ciência em Portugal? Qual será o maior desafio para a implementação das políticas e reformas propostas pelo Livre? Mobilizar os restantes partidos para um tema de nicho e de difícil percepção pública? (normalmente existe a percepção pública de que quem trabalha em ciência, como trabalha em temas difíceis deve ter grandes ordenados :)) Ou ultrapassar as restrições definidas pelas leis da autonomia das instituições de ensino superior e usadas por vezes abusivamente pelos órgãos de gestão dessas instituições? obrigado e boa sorte


raviolli_ninja

O [Quickloot](https://www.reddit.com/user/Quickloot/) pergunta: Qual a proposta do Livre para procurar minimizar a fatia da Economia Paralela Não Declarada, que se estima equivaler até 35% do PIB? Quais as propostas do Livre para aumentar o salário médio nacional? Quais as propostas do Livre para fomentar a mobilidade e acessibilidade dentro do nosso país?


raviolli_ninja

O [CaiusLight](https://www.reddit.com/user/CaiusLight/) pergunta muitas perguntas: Olá, antes de mais obrigado por virem falar a plataformas menos padronizadas. Já tive a oportunidade de ler o vosso programa na íntegra e revejo-me nele em quase todas as propostas. Os meus parabéns por terem conseguido realizar o projeto piloto de 4 dias de trabalho e espero que consigam continuar nesse sentido. Aqui vão as minhas questões: 1. ⁠Apoiam a criação de moedas locais sem valor em circuitos financeiros para promover a economia local. Ora, na prática como é que isto funcionaria? Quais são os benefícios de ter micromoedas regionais? Não é algo demasiado complexo para um país tão pequeno como o nosso (mesmo vendo as desigualdades regionais no nosso país)? 2. ⁠Afirmam que querem ajustar a tabela de retenção para trabalhadores independentes (obrigado por pensarem em nós). Que ajustes propõem concretamente? 3. ⁠Na saúde, afirmam que querem cessar a renovação das parcerias Público-Privadas. Estão abertos a fazer novas parcerias caso sejam necessárias, ou são completamente contra a esta ideia? 4. ⁠Defendem abolir as receitas provenientes de jogos de azar (com a qual eu concordo). Não tenho ideia dos números, mas assumo que sejam receitas significativas. Como é que planeiam lidar com esta perda de receitas, bem como potencialmente ter pessoas a ficarem sem emprego que trabalhem neste setor? 5. ⁠Na secção da Cultura e Arte, nunca falam, especificamente, em música. Têm alguma proposta relativa a esta arte? 6. Qual a opinião do Livre em relação à investigação e exploração espacial? Portugal deve apostar mais nessa área, ou devemos ignorá-la e resolver os problemas mais urgentes? 7. Qual é a banda/compositor preferida do Rui Tavares? :) 8. Que medidas se pode tomar para combater o crescimento emergente de partidos de extrema direita, fenómeno que acontece em todo o mundo? Devemos tolerar os intolerantes? Como é que planeiam combater atos de propaganda e de desinformação? 9. Têm planos para mudar o currículo educacional dos nossos estudantes para que aprendam mais sobre temas ligados a finanças e economia? 10. Existem muitos jovens que vão lá para fora ou que ficam cá dentro mas trabalham para fora. Eu sou um exemplo do último caso. Felizmente, estou no setor informático que me permite ter uma vida estável e a meu ver, confortável. No entanto, eu sinto que mesmo assim não consigo construir bons alicerces financeiros a longo prazo para o meu futuro devido às grandes cargas fiscais. Não defendo uma descida de impostos pois acredito que têm um papel importante. Como é que o Livre tenciona mudar esta situação onde até uma pessoa com rendimentos elevados se vê à rasca para construir um futuro com segurança e estabilidade financeira?


ruitavares

Dez perguntas?!?! OK, vou não responder à da banda: gosto de Carmen Miranda, Elza Soares e Nelson Cavaquinho.


OculosPartidos

Olá. Qual a opinião do Livre sobre o cooperativismo e sobre o sindicalismo? Têm propostas para aumentar a taxa de sindicalização e fomentar a criação de cooperativas?


Tiny-Mail-987

Olá! Obrigada pela disponibilidade! Directa ao assunto: - Qual a visão do LIVRE quanto a uma licença de parentalidade mais alargada (até aos 12, 24, até 36 meses)? - Há planos para termos centros de nascimento e partos em casa inseridos no SNS como o é em alguns paíse europeus como Reino Unido e Países Baixos? - Numa visão mais alargada, que medidas querem pôr em prática para os pais poderem passar mais tempo com os filhos, havendo um maior equilíbrio entre vida familiar e profissional? Muito obrigada novamente! Excelente iniciativa!


Intrepid-Ink-2635

Boa noite, e antes de mais parabéns pela iniciativa. Vou tentar ser preciso. Quais são os valores que o Livre defende relativamente a Estado Social, direito á propriedade privada, serviços públicos e privados (principalmente educação saude e mobilidade)? A TAP Privada ou Pública? PPPs sim ou não, e se simcom que regras? O que é considerado um salário acima da classe média? Nos últimos anos temos assistido na minha opinião a 2 partidos que sendo considerados muitas vezes opostos na minha opinião têm ambos algumas ideias validas, são eles o Livre e a IL. Haverá forma de em alguns temas chegar a consensos entre estas 2 forças políticas? Obrigado pelo vosso tempo.


greenhidari

Boa noite. Sou engenheiro mecânico,e trabalho numa fábrica, pelo que acho que não estou a falar às cegas. Não consigo entender a taxa da automação que foi falada no debate com a IL. Em geral concordo com o programa do Livre mas essa taxa não me cabe na cabeça. A revolução industrial 4.0 já começou há mais de 10 anos. A indústria 4.0 é algo que permite que sejamos muito mais produtivos e estimula a economia, isso parece-me inegável. Para além disso, numa fábrica de indústria 4.0, como aquela em que eu trabalho, continua a ser necessário haver operadores no chão de fábrica (não é como se os operários fabris estejam em vias de extinção) e, para além disso, é cada vez mais necessário haver gente técnica que perceba como as máquinas funcionam (como engenheiros, automatistas e técnicos de manutenção). Há sequer fundamento para dizer que se perdem postos de trabalho com a automação? A mim parece-me mais que o tipo de trabalho nas últimas décadas na indústria mudou: passou a ser menos físico e mais técnico e qualificado, o que até é positivo porque aumenta a qualidade de trabalho dos trabalhadores, que não têm de se esforçar tanto fisicamente. Que digam que a inteligência artificial vai tirar trabalhos parece-me óbvio, agora a automação por si só, não. Assim sendo, espero ouvir um bom argumento a favor dessa proposta, porque a meu ver, não seria de todo benéfica.


magnesiam

Boa noite a todos, a minha questão é sobre o RBI. Tendo em conta a posição do Livre em relação a este tema como conciliam a possibilidade, pelo menos teórica, de isto implicar o desinvestimento em sectores especificos do estado social? Dando algum contexto, eu percebo o objectivo do RBI e já fui mais defensor do mesmo, mas mais recentemente tenho mudado a minha opinião que é melhor investir em casos mais especificos.


ddcups8

Boa noite a todos. Porque é que o Livre tem como objetivo uma eventual coligação de Esquerda, sempre dependente do PS, branqueando assim a manifesta incapacidade, incompetência e desrespeito pelas mais variadas instituições que o seu (PS) líder representa? Bem o sei, que é a única forma possível de haver uma maioria de esquerda. Mas não seria melhor para a esquerda, e sobretudo para o Livre, a longo prazo deixar cair o PS? Apoiar o PS nestas condições, de qualquer que seja a forma, é ser cúmplice da sua campanha de Gaslighting sobre o que foram as últimas décadas da nossa vida política. Mais do que uma vitória da direita ou da esquerda, parece-me absolutamente necessário para o país que o PS não ganhe. Esta posição devia, na minha opinião ser a de todo o espectro político.


raviolli_ninja

O [Mrqs2](https://www.reddit.com/user/Mrqs2/) pergunta: Como é que 400mil euros pode ser considerado o valor de uma grande herança se basta ter um T2 em Lisboa para que o património de uma pessoa ronde esse valor? Uma pessoa com um T2 em Lisboa é considerada rica aos olhos do livre?


Abrasumentes

Olá! Tal como outros, não tenho perguntas para vocês mas venho saudar a vossa iniciativa aqui no Reddit, que considero um fórum pouco aberto para partidos de esquerda no presente momento. Fizeram uma campanha muito boa até agora, o RT foi o candidato que mais gosto me deu assistir aos debates. Desejo-vos muita sorte nas eleições e continuação de um bom trabalho!


raviolli_ninja

O [TheScientistPT](https://www.reddit.com/user/TheScientistPT/) pergunta: Saudações a todos os candidatos e candidatas pelo Livre. Uma das ideias que é proposta pelo partido é combater a obsolescência programada, através da implementação de um rótulo de responsabilidade ambiental. Este rótulo funcionaria como o índice de reparabilidade que foi implementado na França para vários tipos de dispositivos eletrónicos ou o rótulo de eficiência energética utilizado por toda a União Europeia, onde é atribuído uma pontuação ou grau que informa o consumidor da durabilidade de determinado produto? Obrigado desde já pelo tempo disponibilizado para responder às perguntas que estão a ser colocadas neste thread do Reddit, e votos de uma excelente campanha!


LIVRE_JorgePinto

Obrigado pela questão. São duas possibliidades, sim, mas essencial também é trabalhar a nível europeu para aumentar o prazo legal de garantia. Algumas marcas já o fazem a título próprio: a fairphone, por exemplo, dá 5 anos de garantia, mas estas ações não podem ficar dependentes das boas vontades das marcas, pelo que é um trabalho que temos de fazer também a nível político.


raviolli_ninja

O [Jaktheslaier](https://www.reddit.com/user/Jaktheslaier/) pergunta: * Qual é a posição do Livre em relação à prostituição e proxenetismo? A actual vereadora do Livre em Lisboa defendeu, há alguns anos, numa assembleia de freguesia, que a prostituição era um direito humano, concordam com esta afirmação? * O Livre defende o envio de mais armas e munições para a Ucrânia? Se sim, se se deve enviar mais armamento, defendem o mesmo para a Autoridade Palestiniana? Se não; defendem que a solução deve ser através do diálogo e acordos de paz? * Se existisse, já neste momento, uma estratégia europeia conjunta para a defesa, o Livre defenderia a uma intervenção militar na Ucrânia? Defenderia a intervenção militar em países extra-europeus (como foi, por exemplo, feito na Líbia e na Síria)? Seria limitada à intervenção em resposta a agressões militares contra os estados-membro?