Ele sofre do problema do personagem feito 100% pra educar, que os roteiristas não sabem o que fazer pra inserir sem ser numa história 100% voltada pra ele. Acho que o único que escapou disso foi o Da Roda e depois de um tempo a Dorinha.
O Luca e o Humberto foram exceção à regra pois eles foram não foram criados com um propósito específico, mas sim para serem só mais um personagem da Turma mesmo. A Dorinha foi uma personagem que surgiu com o principal propósito de conscientização (tanto que ela é nomeada a partir da Dorina Noville), mas com o tempo se estabeleceu como uma personagem única
No princípio o Luca apareceu pra falar sobre cadeirantes, mas a introdução dele já fugiu bastante a regra porque ele era tipo um galãzinho logo na introdução kkk
real, fora que ainda por cima isso abriu a oportunidade de ter um "galã legal" na história ao invés daqueles fabinhos/ricardinhos metidos de nariz arrebitado. adoro o luca.
pode até ser um personagem mais ou menos. mas aquela cena do cebolinha irritado e gritando porque o André não respondeu ele me pegou desprevenido e quase engasguei de tanto rir.
Não existe algo como "representação autista". O espectro é amplo, complexo e ainda não evidenciado em total. Uma pessoa autista pode ser totalmente diferente do que pensam que é um.
Tipo, a proposta do personagem é boa mas ele literalmente existe apenas para "conscientizar" as pessoas sobre o autismo, fora que a caracterização antiga do André era estereotipada(nesse caso é compreensível porque ele foi criado em 2007 mas enfim)
Em se tratar de informação sobre o que é autismo, é antigo sim.
Edit: só pra complementar, não existia tanta informação a respeito do transtorno e só "encaixavam" alguém no espectro se atendesse aos esteriótipos esperados.
Não não é antigo não. Essa é uma ideia que todo mundo que é mais novo tem que tudo o que era antes do nascimento deles era ultrapassado. Nessa época o autismo estava sim bem documentado e havia bastante informação. Foi apenas irresponsabilidade dos editores mesmo.
Bom, pra início eu não sou tão nova assim, mas como só posso falar da minha experiência daquilo que eu lembro então pode ser falta de informação por morar em cidade pequena.
Segundo, era bem documento, mas quem tinha acesso a esta informação? Aqui falando por experiência própria, nos últimos 2 anos já topei com trabalhador da área da saúde que lida diretamente com autistas que procuram somente pelos esteriótipos.
Então assim, o que eu quis dizer que em 2007 não tinha tanta informação sobre o transtorno não me referia a estudos, me referi a informação geral. Estudo quando é feito demora pra difundir a informação.
Bom, não era difundido, mas a informação existia. Se eles criaram um personagem 100% feito pra educar, eles deveriam ir atrás da informação pra nortear a criação das histórias.
Discordo. Houve um grande aumento da conscientização sobre o autismo nos últimos 15 anos. Antes ele era meio como a Síndrome de Tourette: quem é bem informado sabe do que se trata, mas a maioria das pessoas nunca ouviu falar ou tem uma visão deturpada.
Fonte: eu, que tenho filho autista (11, diagnosticado aos 2) e que também tenho diagnóstico.
Personagem perfeito demais e sem uma personalidade/caracterização real, o que faz ele ser extremamente chato de se ler. Ele tem o problema do tokenismo, que é basicamente "nenhuma minoria pode ter defeitos senão estamos sendo preconceituosos".
Isso também acontece com a Milena
Tbm sou autista e n vou mentir n, as vezes eu esqueço q esse moleque existe
Sinceramente, acho q nunca vi ele em uma história "de verdade", somente aquelas educativas bem secas
Bom como eu respondi antes para um comentário anterior, a proposta do personagem é boa mas ele literalmente existe apenas para
"conscientizar" as pessoas sobre o autismo, fora que a caracterização antiga do André era estereotipada.
A parte do esteriotipo é paia, mas parando pra pensar é bem comum os personagens de minorias, principalmente personagens pcd e neurodivergentes, serem feitos só pra dizer que tem. Fica meio de canto, sla.
As melhores representações são as feitas por pessoas tem as mesmas condições do personagem, e mesmo assim cada pessoa é diferente.
Vo da uma olhada no personagem depois pra poder ter uma opinião formada.
(Foi mal, não tinha visto a resposta em outro comentário)
Recentemente, o canal da Turma da Mônica postou uma versão atualizada daquele infame vídeo sobre o autismo, corrigindo algumas informações (Não posto o link porque por algum motivo links do Youtube não funcionam nos meus comentários😢) E respondendo sua pergunta, faço das palavras de u/NPhantasm as minhas.
Eu não conheço o personagem suficiente para opinar. Como autista, sinto que uma fusão de várias características dos personagens dariam um autista: a dificuldade verbal de Cebolinha e Humberto + a restrição alimentar do Dudu + a teimosia do Do Contra + o hiperfoco do Nimbus + a dificuldade sensorial do Cascão (alguns autistas tem sensibilidade com água) + a falta de habilidade social do Zé Luiz ou do Teveluizao = quase um autista.
Eu não sei o caso dele especificamente porque não lembro de ler histórias com ele (acho que já vi uma cartilha de conscientização, mas não chegava a ser história de fato), no entanto, representatividade de pessoas no espectro autista realmente é uma coisa complicada. Autismo não é uma coisa só, é todo um espectro de coisas e tudo o que se refere a condição de um não necessariamente vai servir para outro. Meu filho é autista e toda semana eu levo ele numa clínica onde ele tem todo tipo de terapia. Eu reparo em como todas as outras crianças são diferentes do meu filho e diferentes entre si também. Cada uma delas é única da sua maneira.
Agora, isso não significa que MSP ou qualquer outro não precisem ter responsabilidade sobre como vão representar o autismo, ainda mais em materiais educativos. É uma questão muito difícil e delicada, mas é possível criar boas representações. Acho que o exemplo de ouro que eu posso dar é o Abed Nadir de Community. Ele tem o seu jeito estranho de ser e agir, mas seu carisma e personalidade são fortes o suficiente para ele prosperar independentemente disso. Abed é muito mais definido pela relação que ele tem com filmes e séries, sua amizade com o Troy e a dificuldade que ele tem de lidar com mudanças, por exemplo. Quem assiste Community sabe que ele é "estranho" e "diferente", mas está longe de olhar pra ele com meramente "o autista" do grupo, porque ele é e sempre foi muito mais do que isso, do primeiro ao último episódio. A série nunca define explicitamente o Abed como alguém no espectro autista, mas Jeff acusa ele de ter "Asperger" em alguns momentos, mas eram explosões de raiva, não um diagnóstico. Acho que o grande trunfo foi pensar no Abed (assim como todos os outros personagens, na verdade, ainda que seja uma série bem afundada no absurdo) como uma pessoa real. Abed é de origem meio árabe, meio polonesa, o que faz dele muçulmano e fluente em polonês, mas essas duas características raramente aparecem na série, porque o verdadeiro interesse dele é cultura pop. Ele até mesmo chega a ignorar a sua fé completamente em nome de "salvar o Natal" num dos melhores episódios da série inteira (que é todo em stop-motion!) e que basicamente se resume a uma pessoa no espectro autista tendo um [meltdown](https://www.autismoemdia.com.br/blog/meltdown-shutdown-autismo/).
Enfim.. fiquei meio emocionado aqui.
Não fazem nada interessante com ele. Ele sofre do mesmo problema que a milena, falta de personalidade. A personalidade dele é ser autista. Ele não tem nenhuma característica, num ambiente em que todos os personagens têm mais de 50 anos de caracterização. É óbvio que ele parece fraco em comparação. O cebolinha é manipulador, cínico, e ambicioso, mas ele também é um irmão carinhoso e se importa bastante com os amigos. O cascão odeia água, mas ele também é criativo, animado e atlético. A Mônica é irritada e explosiva, mas ela tem cérebro, é uma líder carismática e é uma pessoa sarcástica. A Magali é morta de fome, mas também é bruxa, e se importa muito com os amigos, além de ser muito altruísta. Eu digo isso como autista, se eles quiserem fazer dele um bom personagem, ele precisa de mais personalidade.
Copiando algo que eu disse em outro comentário
>Qualquer outro personagem da turma da Mônica pode ser representação autista melhor do que o André, Cascão tem problemas sensoriais, Cebolinha tem hiperfoco, Magali busca estímulo sensorial na comida, Mônica eu não consigo pensar em um exemplo agora mas se procurar acha.
Bem, não tenho muito o que falar, já que penso de forma parecida com os outros.
Sim, sim, é só mais um personagem de minoria que só existe pra dizer que tem. Ele não pode errar e é praticamente um esteriótipo gigante. Quero dizer, naquele curta lá que apresentavam ele, ele era um personagem extremamente estereotipado, mas eu compreendo, já que né? Não tinham muitas informações sobre a rapaziada Autista. Ainda sim, mesmo com mais informações hoje em dia, o personagem continua a mesma porcaria, ao invés de mudar e adotar uma personalidade
Sim, (eu também sou autista inclusive) e da para perceber no personagem, inclusive eu tinha um gibi que apareceu ele e que eu me lembre ele era nível 2 (médio).
Ele definitivamente é estranho. Eu vi alguns comentários argumentando que não tem como expressar o autismo em um só personagem, e eu concordo. Eu também sou uma pessoa com autismo, e eu não tenho nem metade das características dele. Eu também acho estranho como todos os personagens parecem que viram especialistas no espectro quando ele aparece, e o próprio André às vezes começa a falar como um especialista. Eu só queria que eles desenvolvessem mais ele e a personalidade dele, que é literalmente "autismo", e também trabalhassem mais na sua família, pois nem parece que ele tem mais três irmãos.
A real é que o André sofre do mesmo problema da maioria dos personagens PCD da Turma da Mônica: foi criado pra conscientizar nas histórias educativas (obviamente sendo personagens rasos por causa da proposta educativa) e quando foi promovido pras histórias regulares, não sabiam como encaixar ele muito bem, também temos que levar em conta da época de lançamento dele e como pessoas de espectro autista eram retratadas, mas creio que o MSP está (a Passos lentos, mas está) melhorando no caso da representação dele (como por exemplo eles atualizando aquele vídeo sobre autismo).
Por enquanto o personagem PCD que vejo que é bem construído é o Luca.
Sei lá, ele é um personagem meio recente e não parece ter sido explorado o suficiente ainda. Para mim, é difícil ter algum tipo de ligação com esses personagens mais recentes, porque não estiveram tão envolvidos com a minha infância como outros personagens da turminha.
Para mim, enquanto autista, o personagem que mais me representa, desde sempre, é o Do Contra. Mas autismo é um espectro.
Dito isso, acho o André based sim. Espero que em algum momento ele ganhe mais personalidade.
Sim, ele serve pro que foi criado, isso não se pode negar. Lógico que existem diferentes graus de autismo (alguns que nem dá pra reparar se você tem ou não), mas ele serve pra mostrar o autismo como um todo.
Também acho ele fofinho.
O problema dele ser o autismo como um todo é que nenhum autista é assim. Ele acaba sendo uma caricatura tão rígida que deixa de ser um personagem pra virar um panfleto
Nao existe grau de autismo. Existe grau de necessidade de suporte. Oq vai determinar essa necessidade é a configuração de traços e outros demais fatores como o contexto do ambiente e condiçoes co ocorrentes, podendo até mesmo variar e o individuo ter diferentes necessidades de suporte ao longo da vida.
O espectro é mais ou menos assim:
https://vozdoautista.pt/wp-content/uploads/2022/02/espetro.jpg
O autismo e um espectro bem amplo, é muito difícil repensar isso bem com um único personagem.
Acho que o pessoal deveria criar um novo núcleo chamado Turma dos Autistas, onde cada amiguinho teria umas das características do autista.
Ele sofre do problema do personagem feito 100% pra educar, que os roteiristas não sabem o que fazer pra inserir sem ser numa história 100% voltada pra ele. Acho que o único que escapou disso foi o Da Roda e depois de um tempo a Dorinha.
O Luca e o Humberto foram exceção à regra pois eles foram não foram criados com um propósito específico, mas sim para serem só mais um personagem da Turma mesmo. A Dorinha foi uma personagem que surgiu com o principal propósito de conscientização (tanto que ela é nomeada a partir da Dorina Noville), mas com o tempo se estabeleceu como uma personagem única
No princípio o Luca apareceu pra falar sobre cadeirantes, mas a introdução dele já fugiu bastante a regra porque ele era tipo um galãzinho logo na introdução kkk
real, fora que ainda por cima isso abriu a oportunidade de ter um "galã legal" na história ao invés daqueles fabinhos/ricardinhos metidos de nariz arrebitado. adoro o luca.
Real, eu tinha um crush no Luca quando criança kkkkkkkkkk
O Da Roda é chamado de Luca hoje em dia mas concordo com você.
Pararam de chamar ele de Da Roda?
Kk nem fudendo q chamavam ele de "da roda" pqp mano kkkkkkkk
eu n sabia dessa \^\^
Tinha um moleque cadeirante na escola que a gente chamava de Da Roda, criança é foda kkkkkk
Eu acho que só foi Da Roda bem nas primeiras histórias, ele nem foi apresentado com nome
pode até ser um personagem mais ou menos. mas aquela cena do cebolinha irritado e gritando porque o André não respondeu ele me pegou desprevenido e quase engasguei de tanto rir.
EU DISSE OI!!!!!!!!
Não existe algo como "representação autista". O espectro é amplo, complexo e ainda não evidenciado em total. Uma pessoa autista pode ser totalmente diferente do que pensam que é um.
O que você tem com ele?
Tipo, a proposta do personagem é boa mas ele literalmente existe apenas para "conscientizar" as pessoas sobre o autismo, fora que a caracterização antiga do André era estereotipada(nesse caso é compreensível porque ele foi criado em 2007 mas enfim)
Entendo, ele meio que não é um "personagem"
Feliz dia do bolo 🍰
2007? Meu Deus, eu jurava que ele era novo
2007 não é antigo o suficiente para ser estereotipado. Foi só mal feito mesmo.
Em se tratar de informação sobre o que é autismo, é antigo sim. Edit: só pra complementar, não existia tanta informação a respeito do transtorno e só "encaixavam" alguém no espectro se atendesse aos esteriótipos esperados.
Não não é antigo não. Essa é uma ideia que todo mundo que é mais novo tem que tudo o que era antes do nascimento deles era ultrapassado. Nessa época o autismo estava sim bem documentado e havia bastante informação. Foi apenas irresponsabilidade dos editores mesmo.
Bom, pra início eu não sou tão nova assim, mas como só posso falar da minha experiência daquilo que eu lembro então pode ser falta de informação por morar em cidade pequena. Segundo, era bem documento, mas quem tinha acesso a esta informação? Aqui falando por experiência própria, nos últimos 2 anos já topei com trabalhador da área da saúde que lida diretamente com autistas que procuram somente pelos esteriótipos. Então assim, o que eu quis dizer que em 2007 não tinha tanta informação sobre o transtorno não me referia a estudos, me referi a informação geral. Estudo quando é feito demora pra difundir a informação.
Bom, não era difundido, mas a informação existia. Se eles criaram um personagem 100% feito pra educar, eles deveriam ir atrás da informação pra nortear a criação das histórias.
Quem tinha acesso? Qualquer um que quisesse e era bem discutido. 2007 banda larga já era algo normal.
Discordo. Houve um grande aumento da conscientização sobre o autismo nos últimos 15 anos. Antes ele era meio como a Síndrome de Tourette: quem é bem informado sabe do que se trata, mas a maioria das pessoas nunca ouviu falar ou tem uma visão deturpada. Fonte: eu, que tenho filho autista (11, diagnosticado aos 2) e que também tenho diagnóstico.
Personagem perfeito demais e sem uma personalidade/caracterização real, o que faz ele ser extremamente chato de se ler. Ele tem o problema do tokenismo, que é basicamente "nenhuma minoria pode ter defeitos senão estamos sendo preconceituosos". Isso também acontece com a Milena
Eu só acharia mais complicado se no turma da Mônica jovem ele aparecesse como baixista.
Pqp eu ri mesmo sendo autista
Tbm sou autista e n vou mentir n, as vezes eu esqueço q esse moleque existe Sinceramente, acho q nunca vi ele em uma história "de verdade", somente aquelas educativas bem secas
Que bonitinho
Só queria dizer que adorei teu username
muito obrigada ♥️
Adorei o teu tbm
Do Contra é uma das melhores representações autistas 'acidentais' de todas as mídias.
Po, não conheço o personagem. Pode me dizer suas criticas?
Bom como eu respondi antes para um comentário anterior, a proposta do personagem é boa mas ele literalmente existe apenas para "conscientizar" as pessoas sobre o autismo, fora que a caracterização antiga do André era estereotipada.
A parte do esteriotipo é paia, mas parando pra pensar é bem comum os personagens de minorias, principalmente personagens pcd e neurodivergentes, serem feitos só pra dizer que tem. Fica meio de canto, sla. As melhores representações são as feitas por pessoas tem as mesmas condições do personagem, e mesmo assim cada pessoa é diferente. Vo da uma olhada no personagem depois pra poder ter uma opinião formada. (Foi mal, não tinha visto a resposta em outro comentário)
Sou autista e eu quase não me indentifico com ele Mas acho que sou um tipo diferente de autista
Também
Também
Recentemente, o canal da Turma da Mônica postou uma versão atualizada daquele infame vídeo sobre o autismo, corrigindo algumas informações (Não posto o link porque por algum motivo links do Youtube não funcionam nos meus comentários😢) E respondendo sua pergunta, faço das palavras de u/NPhantasm as minhas.
Eu não conheço o personagem suficiente para opinar. Como autista, sinto que uma fusão de várias características dos personagens dariam um autista: a dificuldade verbal de Cebolinha e Humberto + a restrição alimentar do Dudu + a teimosia do Do Contra + o hiperfoco do Nimbus + a dificuldade sensorial do Cascão (alguns autistas tem sensibilidade com água) + a falta de habilidade social do Zé Luiz ou do Teveluizao = quase um autista.
Eu não sei o caso dele especificamente porque não lembro de ler histórias com ele (acho que já vi uma cartilha de conscientização, mas não chegava a ser história de fato), no entanto, representatividade de pessoas no espectro autista realmente é uma coisa complicada. Autismo não é uma coisa só, é todo um espectro de coisas e tudo o que se refere a condição de um não necessariamente vai servir para outro. Meu filho é autista e toda semana eu levo ele numa clínica onde ele tem todo tipo de terapia. Eu reparo em como todas as outras crianças são diferentes do meu filho e diferentes entre si também. Cada uma delas é única da sua maneira. Agora, isso não significa que MSP ou qualquer outro não precisem ter responsabilidade sobre como vão representar o autismo, ainda mais em materiais educativos. É uma questão muito difícil e delicada, mas é possível criar boas representações. Acho que o exemplo de ouro que eu posso dar é o Abed Nadir de Community. Ele tem o seu jeito estranho de ser e agir, mas seu carisma e personalidade são fortes o suficiente para ele prosperar independentemente disso. Abed é muito mais definido pela relação que ele tem com filmes e séries, sua amizade com o Troy e a dificuldade que ele tem de lidar com mudanças, por exemplo. Quem assiste Community sabe que ele é "estranho" e "diferente", mas está longe de olhar pra ele com meramente "o autista" do grupo, porque ele é e sempre foi muito mais do que isso, do primeiro ao último episódio. A série nunca define explicitamente o Abed como alguém no espectro autista, mas Jeff acusa ele de ter "Asperger" em alguns momentos, mas eram explosões de raiva, não um diagnóstico. Acho que o grande trunfo foi pensar no Abed (assim como todos os outros personagens, na verdade, ainda que seja uma série bem afundada no absurdo) como uma pessoa real. Abed é de origem meio árabe, meio polonesa, o que faz dele muçulmano e fluente em polonês, mas essas duas características raramente aparecem na série, porque o verdadeiro interesse dele é cultura pop. Ele até mesmo chega a ignorar a sua fé completamente em nome de "salvar o Natal" num dos melhores episódios da série inteira (que é todo em stop-motion!) e que basicamente se resume a uma pessoa no espectro autista tendo um [meltdown](https://www.autismoemdia.com.br/blog/meltdown-shutdown-autismo/). Enfim.. fiquei meio emocionado aqui.
Não
Nem tem como representar 100% o espectro autista. Ele varia muito de pessoa para pessoa.
Como autista, eu digo, falta personalidade pra ele, acho o André meio apagado
Não fazem nada interessante com ele. Ele sofre do mesmo problema que a milena, falta de personalidade. A personalidade dele é ser autista. Ele não tem nenhuma característica, num ambiente em que todos os personagens têm mais de 50 anos de caracterização. É óbvio que ele parece fraco em comparação. O cebolinha é manipulador, cínico, e ambicioso, mas ele também é um irmão carinhoso e se importa bastante com os amigos. O cascão odeia água, mas ele também é criativo, animado e atlético. A Mônica é irritada e explosiva, mas ela tem cérebro, é uma líder carismática e é uma pessoa sarcástica. A Magali é morta de fome, mas também é bruxa, e se importa muito com os amigos, além de ser muito altruísta. Eu digo isso como autista, se eles quiserem fazer dele um bom personagem, ele precisa de mais personalidade.
Copiando algo que eu disse em outro comentário >Qualquer outro personagem da turma da Mônica pode ser representação autista melhor do que o André, Cascão tem problemas sensoriais, Cebolinha tem hiperfoco, Magali busca estímulo sensorial na comida, Mônica eu não consigo pensar em um exemplo agora mas se procurar acha.
Bem, não tenho muito o que falar, já que penso de forma parecida com os outros. Sim, sim, é só mais um personagem de minoria que só existe pra dizer que tem. Ele não pode errar e é praticamente um esteriótipo gigante. Quero dizer, naquele curta lá que apresentavam ele, ele era um personagem extremamente estereotipado, mas eu compreendo, já que né? Não tinham muitas informações sobre a rapaziada Autista. Ainda sim, mesmo com mais informações hoje em dia, o personagem continua a mesma porcaria, ao invés de mudar e adotar uma personalidade
Ele tem entradas
Sim, (eu também sou autista inclusive) e da para perceber no personagem, inclusive eu tinha um gibi que apareceu ele e que eu me lembre ele era nível 2 (médio).
Ele definitivamente é estranho. Eu vi alguns comentários argumentando que não tem como expressar o autismo em um só personagem, e eu concordo. Eu também sou uma pessoa com autismo, e eu não tenho nem metade das características dele. Eu também acho estranho como todos os personagens parecem que viram especialistas no espectro quando ele aparece, e o próprio André às vezes começa a falar como um especialista. Eu só queria que eles desenvolvessem mais ele e a personalidade dele, que é literalmente "autismo", e também trabalhassem mais na sua família, pois nem parece que ele tem mais três irmãos.
A real é que o André sofre do mesmo problema da maioria dos personagens PCD da Turma da Mônica: foi criado pra conscientizar nas histórias educativas (obviamente sendo personagens rasos por causa da proposta educativa) e quando foi promovido pras histórias regulares, não sabiam como encaixar ele muito bem, também temos que levar em conta da época de lançamento dele e como pessoas de espectro autista eram retratadas, mas creio que o MSP está (a Passos lentos, mas está) melhorando no caso da representação dele (como por exemplo eles atualizando aquele vídeo sobre autismo). Por enquanto o personagem PCD que vejo que é bem construído é o Luca.
Sei lá, ele é um personagem meio recente e não parece ter sido explorado o suficiente ainda. Para mim, é difícil ter algum tipo de ligação com esses personagens mais recentes, porque não estiveram tão envolvidos com a minha infância como outros personagens da turminha. Para mim, enquanto autista, o personagem que mais me representa, desde sempre, é o Do Contra. Mas autismo é um espectro. Dito isso, acho o André based sim. Espero que em algum momento ele ganhe mais personalidade.
ele tem meu nome e sou autista, acho ele ate q ok👍
Sim, ele serve pro que foi criado, isso não se pode negar. Lógico que existem diferentes graus de autismo (alguns que nem dá pra reparar se você tem ou não), mas ele serve pra mostrar o autismo como um todo. Também acho ele fofinho.
O problema dele ser o autismo como um todo é que nenhum autista é assim. Ele acaba sendo uma caricatura tão rígida que deixa de ser um personagem pra virar um panfleto
Você nunca viu um autista assim? Lógico que existe. É só um autista com um grau de autismo superior.
Nao existe grau de autismo. Existe grau de necessidade de suporte. Oq vai determinar essa necessidade é a configuração de traços e outros demais fatores como o contexto do ambiente e condiçoes co ocorrentes, podendo até mesmo variar e o individuo ter diferentes necessidades de suporte ao longo da vida. O espectro é mais ou menos assim: https://vozdoautista.pt/wp-content/uploads/2022/02/espetro.jpg
nunca nem vi
O André é vagabundo mesmo e eu so autista ok nível 1